Capítulo 44 — Do que se trata?

O Segredo de Fernanda

Capítulo 44 — Do que se trata?

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O telefone tocou, no display o nome \”Cristina\”, na tela a foto da irmã de Carla, irmã essa que eu não falava a muito tempo
— Alô — Atendi hesitante
— Fernando? — A Voz feminina idêntica à da Carla perguntou
— Sim, eu, Cristina? — Perguntei apenas para confirmar
— Sim, a Carla ta aí? — ela perguntou sua voz parecia ansiosa
— Aqui não, mas ela ta la no quarto, quer falar com ela?
— Não, não quero, pode me fazer um favor? 
Era estranho ela me pedir um favor, depois dos desentendimentos de anos atrás, ela sequer olhava para mim, me ligar e falar algo era no mínimo estranho, algo não estava certo.
— Meu pai não está bem, ele foi internado com Pneumonia
Carla desceu a escada e ficou me olhando no celular
— Quem é? — Sussurrou pra mim
Levantei o dedo pedindo para ela esperar
— Certo — Respondi
— Ele esta no hospital alemão central, vigésimo terceiro andar, quarto quatrocentos e treze
— Ok, entendido — Falei para que Carla não entendesse
— Ela está aí né? — Cristina perguntou
— Sim sim — Respondi ainda dissimulado
— Se você não fosse não difícil… — Ela reclamou — Enfim, da a noticia pra ela, não é bom, traga-a aqui.
Desligou o telefone sem nem se despedir.
Carla olhou para mim
— Quem era?
— Sua irmã, Cristina
Ela arqueou as sobrancelhas
— O que aconteceu? Por que ela ligou pra você? Pensei que vocês não se falavam mais
— Não nos falávamos — Respondi
— Então? — Carla perguntou levantando uma das sobrancelhas — O que vocês estavam falando?
— Carla — Dei uma pausa — Veste uma roupa, seu pai não ta bem
— Meu pai? — Carla gritou — ele morreu?
— Não, calma, ele está no hospital — Respondi tentado acalmá-la
— O que houve com ele?
— A Cris não falou, apenas pediu para irmos lá.
— Cris? Vocês são íntimos é? — Carla tinha um ciumes doentio da irmã, e eu não tiro a razão dela.
— Carla, amor, se veste, vamos sair em cinco minutos.
Carla andou devagar nas escadas indo até o quarto. Voltou rapido com uma roupa casual, Calça Jeans e camiseta preta bem justinha, brincos delicados e uma pulseira, apenas um lapis de olho e batom de maquiagem.
— Vamos — Passou por mim emburrada
— Segui ela e fomos ao carro, ela entrou sem falar comigo
Entrei no carro
— Ele está no hospital Alemão
— Tá — Falou grossa
— Ela falou o andar e o quarto mas eu não me lembro mais — Respondi sincero
— Claro, é só ela falar um \”A\” e você fica no mundo da lua.
Sem nem pensar estiquei a mão e peguei Carla pelo pescoço, ela segurou minha mão assustada
— Espero que você não se esqueça com quem esta falando, eu sou seu marido e proprietário, está me entendendo? — Soltei ela
Ela tossiu e pigarreou
— Estou, desculpe — Respondeu ofegante
— Melhor assim — Arrumei o cabelo dela — Manda uma mensagem para a sua irmã e pergunta o quarto e o andar.
— Ta bom.
Saímos em direção ao hospital e ela não falou uma palavra comigo, ficou apenas no celular o caminho todo.
Assim que chegamos no hall do prédio o telefone de Carla tocou, ela olhou o numero e eu também, não havia identificado ou seja, não estava na agenda dela
— Alô? — Carla respondeu reticente — Ah, Seu Jair? — Ela ouviu mais um pouco — Estou aqui no Hall — Escutou mais — Sim, estou com meu marido, aqui na frente da recepção, espero sim.
Assim que desligou se virou para mim
— Era o Seu Jair, ele trabalha com meu pai nas obras, falava muito com ele quando era menor, mas faz anos que não o vejo, ele esta chegando pediu pra esperar um pouco pois quer me ver.
— Te ver é? — Falei com ciumes
Ela se aproximou de mi e me beijou
— Fica com ciumes não amor, eu amo você tá!
Eu fiz que sim com a cabeça e um senhor se aproximou, tinha apele escura e o cabelo negro salpicado de branco, mancava de uma das pernas.
— Menina Carla!? — Ele abriu os braços
Carla andou na direção dele e deu um abraço apertado, ele abraçou-a pela cintura e a apertou tirando levemente seus pés do chão, achei que o abraço durou mais que o necessário, mas me contive, fazia tempo que ela não via o tal senhor.
— Seu Jair! — Carla falou ainda abraçada — O Senhor não mudou nada.
Eles soltaram o abraço
— Você continua formosa como sempre ein mocinha! — O Homem falou e eu senti a maldade nas suas palavras
Carla ficou corada
— Estou melhor agora, o senhor me conheceu quando eu ainda era uma menina
— É, era uma menina — Achei estranho ele repetir isso e ficar absorto por um segundo em pensamentos — E esse aí é o seu marido né? — Esticou a mão para mim em cumprimento.
Peguei sua mão, era áspera e forte, ele apertou forte e eu apertei de volta.
— Meu nome é Fernando — Falei olhando-o nos olhos, ele olhou de volta
— Eu sou o Engenheiro Jair, é um prazer conhecer o Marido da Carla
Ele soltou minha mão
— Ele esta te tratando bem Carlinha? — Perguntou abraçando a Carla
Ela sem jeito e ainda vermelha disse
— Sim, ele me trata como uma rainha num harém — Carla falou e olhou para mim sorrindo
Eu sorri de volta, mas aquilo estava estava me deixando encucado, havia algo ali.
Fomos até o elevador e subimos juntos até o andar para irmos ao quarto, no caminho Jair falou que tinha uma pequena empreiteira e que por ajuda do pai de Carla havia conseguido ganhar muito dinheiro, nunca fazia concorrência e agia somente onde a empresa do pai de Carla não agia, falou que isso se chama \”Lealdade\”.
Chegamos no andar e entramos no quarto, fiquei na porta pois o quarto já tinha bastante gente. Magra e baixinha, sempre num estilo gótico ultrapassado Cristina passou por mim como se eu fosse invisível, coloquei a mão na barriga dela e fiz ela retroceder uns passos
— Oi e boa noite pra você também — Falei sendo sarcástico
— Tira a mão de mim — Ela falou baixinho e apenas pra mim
Tirei a mão e ela saiu da sala com seu ódio costumeiro. Cristina era uma garota complicada, odiava tudo e a todos e sempre quis o que não podia ter. Carla foi criada em uma época onde seu pai estava em ascensão econômica então ela não tinha muitos luxos ou coisas à sua vontade como TVs, Viagens, Roupas e etc.
Já Cristina desde pequena já vivia em berço de ouro. Viajava para a Europa, Estados Unidos e para qualquer lugar que desejasse. 
O maior problema que eu via nela era a inveja que sentia de Carla, eu detectei isso cedo, quando ela tinha seus onze anos de idade mais ou menos, é dessa época que ela nutre o ódio por mim.
Quando ela saiu eu olhei para trás, usava uma calça Jeans apertada e uma blusa preta caindo por cima mostrando apernas parte do seu bumbum, suas pernas eram torneadas e ela rebolava de maneira sexy mas era algo sem querer.
Cumprimentei as pessoas rapidamente, falei com a mãe e com os irmãos de Carla, o pai dela estava consciente, eles haviam descoberto um câncer de quadril e ele iniciaria o tratamento.
Saí em fui em busca de Cristina, cheguei na ante sala próxima do elevador, onde tinham umas maquinas de bebidas e de comida além de TV e um sofá grande.
Cristina estava na frente de uma maquina de salgadinhos segurando uma nota de cinquenta reais, me aproximei e vi ela me olhando pelo reflexo
— O que você quer? — Falou sem se virar.
Eu peguei uma nota de cinco reais na minha carteira e coloquei na maquina, para colocar a nota me aproximei bastante dela, quase a encochando, ela não saiu do lugar
— A maquina não da troco para cinquenta reais, nem aceita essa nota — Com o dedo mostrei o aviso pequeno em cima do painel
\”Apenas notas de 2, 5, 10 e 20 reais\”
Ela apertou os botões e um biscoito recheado caiu. Ela se abaixou para pegar empinando a bunda, e me empurrou para trás com o movimento, dei um passo atrás desequilibrado.
Ela pegou o biscoito e foi até o sofá, sentou-se me ignorando e olhando para a TV.
Sentei ao lado dela, sendo incomodo de propósito
— Vai me ignorar mesmo? — Ela comia um biscoito e parou por um segundo quando falei, balançou suavemente a cabeça de forma negativa e continuou comendo. — Vai né.
Cristina era mais nova que a Carla, tinha agora vinte e dois anos de idade. Estava estudando engenharia Civil para trabalhar nas empresas do pai. Era mais baixa que Carla e seu corpo era completamente diferente, ao invés de bundão e peitão ela tinha tudo mais reduzido, a cintura era bem torneada, o bumbum era pequeno mas bem arrebitado e os seios eram pequenos. Seus braços eram finos e suas coxas um pouco mais grossas que anos antes.
Usava um cabelo cinza com fios e mechas azuis. O Rosto era praticamente o mesmo de Carla, uma boca carnuda com um Nariz empinado e olhos azuis torneados por um lápis bem escuro.
— O que eu te fiz de mal pra você ter essa raiva de mim? — Perguntei tentando obter uma reação
Ela riu debochada
— Ai ai, nada Fernando você não fez nada — Continuou a comer e olhar a TV
Passei a mão em seu braço
— Vamos conversar! — Falei enquanto a tocava
Ela deu um tranco no meu braço
— Tira a mão de mim hein! — Sua face ficou franzida, estava enfurecida — Não ouse encostar essa mão em mim.
— To vendo que vai ser difícil! — Falei sarcástico
— Não, vai ser impossível, Com licença — Se levantou e se preparou para sair
Eu segurei na mão dela e me levantei me aproximando e puxando ela junto do meu corpo, seu olhar era vidrado
— Pirralha, chega, você vai me explicar o que esta acontecendo
Ela tentou me empurrar mas eu a segurei
— Me solta Fernando!
— Não — Olhei em volta e vi uma porta corta-fogo, daquelas que dão para as escadas de incêndio — Vem comigo
— Não — Ela protestou — Me solta
Puxei-a até as escadas de incêndio, passei duas portas e ficamos na curva da escada
— Por que você parou de falar comigo, eu nunca entendi.
Ela estava ofegante, irada e assustada. Então ela me deu um tapa no rosto, bateu forte e com raiva, trincou os dentes enquanto batia.
Eu deixei sem esboçar reação, então ela me abraçou e me apertou, eu apenas aguardei, ela soltou o abraço e me deu um soco no peito, também bateu com força, se afastou de mim e cruzou os braços
— Você não sabe, esse tempo todo você sequer sabe o que esta acontecendo? — Ela falou nervosa
— Você pode me falar? — Perguntei sincero
— Mano, você é muito idiota, puta que pariu — ela falou já pegando na maçaneta da porta e se preparando para voltar ao hospital.
Puxei-a pela mão, dessa vez um puxão forte.
— Meu, oque você quer? Me larga! — Ela falou indignada — Vai me sequestrar agora?
— Eu quero que você fale, me explique o que aconteceu, você se afastou e passou a me tratar com indiferença a muito tempo e não tivermos chance de conversar
Ela meteu a mão no bolso de trás e tiro uma caixinha prateada, abriu e dentro haviam cigarros
— Quer um? — Ela me ofereceu e eu recusei — Ela colocou na boca e pegou um esqueiro
— Você não vai fumar dentro da escada de incêndio vai?
— Vai se fuder Fernando! — Ela acendeu o cigarro e deu uma puxada fazendo ele ficar incandescente na pota — Dei um tapa na boca dela e derrubei o cigarro, o cabelo dela ficou arrepiado e ela assustada
— Você ta louco? Você é retardado? Você é demente? — Ela falou ensandecida
Me aproximei e agarrei ela pelos pulsos, ela se debatia e mandava eu largar, encostei ela na parede e abaixei seus pulsos, dei uma cheirada em seu pescoço, tinha cheiro de cigarro, ela ainda se debatia e eu dei um beijinho estalado.
Assim que ouviu o barulho do beijo ela parou de resistir, e eu soltei seus pulsos. Continuei e dei outro beijo, subindo e indo em direção ao queixo, as mãos dela e apoiaram no meu ombro e ela não falou nada.
Subi mais e dei-lhe um beijo na bochecha enquanto acariciava seu rosto, sentia apenas a sua respiração ofegante, olhei em seus olhos, eles eram azuis vibrantes e me olhavam com apreensão.
Dei então um selinho em seus lábios e as mãos dela saíram dos meus ombros e me puxaram pela nuca, a lingua dela invadiu minha boca, tinha um gosto estranho, devia ser o cigarro mas não era ruim. Retribuí o beijo e agarrei sua cintura apertando-a.
Pressionei ela na parede e continuamos o pega, acariciei seu cabelo e agarrei seu bumbum mordendo seu pescoço com força.
Ela me empurrou para a outra parede, continuei andando de costas até bater as costas, ela veio para cima de mim e dessa vez ela mordeu meu pescoço me beijando
— Eu não acredito que to fazendo isso com você — Ela falou ofegante e entre sussurros
Puxei-a e dei outro beijo na boca, ela babava, enfiei minha mão dentro de calça dela e dentro da calcinha, estava peludinha mas consegui passar o dedo na porta da sua bocetinha, estava molhando
— Não, não — Ela protestou tentando tirar minha mão, tirei a mão e levantei a blusa dela deixando os seios expostos e abocanhando o esquerdo — Não faz isso, não de novo, por favor.
Parei de chupar os seios dela, havia algo estranho nesse \”de novo\” algo que eu não eu havia entendido.
— Pronto — Eu também estava ofegante — Acho que agora podemos conversar.
Ela arrumou o cabelo e seu rosto tremia, estava em crise, amarrou o cabelo, e não sabia qual direção andar.
Ela pegou outro cigarro e colocou na boca, mas não pegou o esqueiro
— Olha Fernando — ela parou para pensar — Fê… Não faz isso comigo, meu coração não vai aguentar isso outra vez, é melhor ficarmos longe
Me aproximei dela e peguei em suas mãos, dei um beijo nas costas das mãos.
— Eu não faço ideia do que você está falando
— Não faz? — Ela parecia confusa, olhava para o chão como se procurasse algo perdido — Você me respondeu, mandou a carta, as flores, você fez tudo aquilo
Eu não fazia ideia do que ela estava falando
— Cris, eu não sei do que se trata — Falei devagar e olhando nos olhos dela — Me conta.

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Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.

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