Capítulo 45 — Box da Obra
Aqui nesse hospital o clima era muito ruim, meu pai estava com problemas, mas é claro que iria tratar, não era um ultimato, apenas significava que tudo ficaria mais difícil daqui por diante.
Enquanto conversávamos eu notei Seu Jair passando atrás de mim algumas vezes, ele propositalmente passava me encochando esfregando-se em mim. Em uma das vezes eu me mexi e propositalmente empurrei ele com meu bumbum.
— Desculpe querida — Ele me abraçou por trás, pegando na minha cintura e puxando-me para ele.
Eu conheci o Seu Jair a muito tempo, quando eu era jovem, antes de ter me casado com o Fernando, adolescente ainda, meu pai já era dono da grande empreiteira que ele tem hoje. Eu lembro muito bem que meus irmãos e meu pai deixavam claro para todos os peões da empresa que eu e minha irmã eramos preciosas e proibidas e que todos deveriam cuidar de nós duas. Mas nessa idade eu já estava com os hormônios à flor da pele e percebi que os homens me olhavam diferente, deve ser por que com essa idade eu já tinha uma bunda arrebitada, seios crescidos e uma cintura fina, além do jeito de moleca, na época a informação sexual não era como hoje, e tinham coisas que eu simplesmente não sabia e só imaginava como eram.
Uma das obras era próxima à minha escola, e nas obras sempre haviam estabelecimentos temporários para os funcionários tomarem banho almoçarem e etc.
Um dia, voltando da escola eu me envolvi em uma confusão com uma menina idiota por que ela achava que eu estava dando em cima do namorado dela, e eu estava mesmo, eu adorava seduzir e sentir o poder da sedução feminina sobre os homens.
— Ei filhinha do papai — Rita uma repetente me chamou, ela adorava uma confusão — Para que eu vou falar com você, ordenou
Como eu era nova na escola ela queria me dar ordens, e eu sabia que isso não podia acontecer se não eu estaria perdida dali em diante
Ignorei e continuei andando, ela se aproximou
— To falando com você caralho — Pegou no meu ombro
Tirei a mão dela do meu ombro com força
— Não encosta em mim sua Lésbica! — Desafiei
Ela serrou os olhos e me empurrou
— Lésbica o que filha da puta, você ta dando em cima do Toninho sua vaca
— Toninho? Ta loca nem sei de quem você está falando — Eu sabia, era um menino que estudava na sala dela e que ela, eu e varias meninas, ficavam de vez em quando.
— Não sabe é? — Ela levantou a mão e me deu um soco
Desviei como pude mas pegou no meu ombro, grudei no cabelo dela com as duas mãos e caí no chão puxando ela junto comigo.
Ela começou a se debater me dar socos e chutes e então agarrou minha camisa do uniforme e puxou com tudo, os botoes se arrebentaram e meus seios cobertos pelo sutiã saltaram para fora.
Ouvi a turma gritar \”Viiixeeee\” quando ela fez isso, tentei fazer igual mas ela não deixou, então enfiei o pé na parte debaixo da camisa dela e fiz o mesmo, abri fazendo até o sutiã sair e ela ficar com os peitões gigantes à mostra.
Ela gritou e segurou os peitos, pulei em cima dela batendo no rosto como pude, mas logo me seguraram e me tiraram de cima dela, consegui arranhar um pouco.
— Ela vai te matar — Ouvi uma voz de outra menina próxima de mim, mas quem me segurava era um menino desconhecido.
Peguei minha mochila e corri dali, achei que realmente ia morrer, fui em direção à obra que a empresa de meu pai tinha perto dali
Cheguei na frente da obra e entrei, meu uniforme estava todo sujo de terra e amarrotado. O Uniforme da escola era daqueles projetados por tarados japoneses, uma camiseta social branca com botões, uma saia estilo colegial azul marinho com um detalhe branco na barra, meias brancas até o joelho e sapatilhas confortáveis também na cor azul marinho.
Quando entrei vi o Seu Jair, que por vezes eu chamava de Tio Jair na minha infância, ele fiscalizava as Obras para meu pai
— Carlinha, o que você está fazendo aqui? — Ele olhava em volta preocupado
— Tem umas meninas querendo me pegar, eu vou ficar aqui um pouco ta?
— Tudo bem, mas não devia se envolver em confusão
Assim que me aproximei ele me olhou de cima embaixo
— O que foi, você ta toda machucada — Ele se aproximou e arrumou meu cabelo — Quem te bateu?
— Ninguém bateu em mim não! — Falei com ar de vitoriosa — Eu dei foi na cara dela, aquela Lésbica repetente!
Seu Jair riu e fez um sinal de negativo com a cabeça
— O que você precisa menina? Quer que eu liguei pro seu pai ou pros seus irmãos virem te buscar?
— Não, deixa só essas doidas saírem do meu pé que eu vou embora, não fala pra eles que eu estive aqui, por favor! — falei preocupada
— Eu não falo, mas como você vai esconder que ta toda suja
Ele apontou para a minha roupa, eu segurava a parte de cima pois os botoes haviam arrebentado, a saia estava torta e minhas coxas com terra, todas as peças estavam sujas
Olhei preocupada e respirei fundo, não sabia o que dizer ou fazer.
— Então você precisa se lavar, tem um chuveiro box separado aqui, os outros chuveiros são juntos la embaixo.
— Mas… pode vir alguém, tenho medo — Falei preocupada
— Não se preocupe Carla, eu vou vigiar pra ninguém ficar te espiando
Dei um sorriso e agradeci me dirigindo ao local.
Era um banheiro grande que tinha acesso por dentro de um refeitório com duas mesas de doze cadeiras de cada lado.
Seu Jair entrou e mexeu em um armário pegando uma toalha e sabão.
— Toma, tenho esse sabonete novo que ia abrir hoje e tenho uma toalha extra quando eu tomo banho aqui.
— Não vai atrapalhar o senhor? — Perguntei preocupada, eu já era educada e preocupada naquela época
Ele riu
— Não, não se preocupe, hoje eu vou pra casa e tomo banho lá.
Eu sorri e agradeci, entrei no banheiro, era um banheiro grande com um lavatório e um box de vidro transparente, acho que eles não se preocupavam muito em dar conforto e privacidade por que aquilo era temporário e no fim eram todos homens, pra mim os homens não se importavam de ficarem todos nus uns na frente dos outros, mais tarde descobri que não era bem assim.
Assim que entrei tentei fechar a porta e vi que a mesma não fechava de jeito nenhum.
— Seu Jair, a porta não fecha? — Gritei de dentro do banheiro
Ele não ouviu o que eu disse e se aproximou
— A porta? — Perguntou sem entender
— É, ela não fecha?
— Ah, fecha não querida, por isso eu fico vigiando aqui, pode tomar banho tranquila
— Obrigada — Ele ficou na porta virado para fora, de costas para mim.
Tirei a camisa e coloquei no gancho ao lado do banheiro, depois tirei a saia, sempre atendo em ele olhar, mas ele não olhava.
Tirei a meia e os sapatos e pendurei a meia no box, fiquei apenas de calcinha e sutiã, achei mais prudente da minha parte.
Liguei o chuveiro e comecei a limpar minhas pernas cheias de barro
— E por que foi que você entrou numa briga menina? — Seu Jair perguntou curioso
Olhei para ele preocupada, mas ele estava como um vigia imóvel na porta de costas para mim
— Eu não entrei, a menina que veio tirar satisfações comigo por causa de outro menino — Respondi
— Namorado seu? — Ele perguntou mais curioso
— Não, só amigo — Respondi tentando me lavar com cuidado
— Vai dizer que nunca deu uns beijos nele?
Eu ri
— Uma vez só!
— Você não tem idade pra namorar ein! — Ele falou com ar engraçado
— Mas não to namorando, Seu Jair, foram só uns beijinhos
— Menina menina, seu pai e teus irmãos te matam ein — Suas palavras ainda eram engraçadas
— Não to fazendo nada de nada! — Falei também no tom de comédia
Passado alguns minutos eu percebi que não dava pra me lavar daquele jeito e como ele não estava olhando, seria melhor me banhar direito, já tinha sabão, toalha e tudo o mais.
Tirei o sutiã e depois a calcinha ficando completamente nua.
A Sensação era estranha, havia um homem comigo, um homem adulto, ele estava a poucos metros de mim e eu completamente pelada, entrei embaixo do chuveiro e lavei o rosto.
Quando tirei a agua dos olhos, tive a sensacao de ele ter se mexido rapido… achei que estivesse olhando
— Seu Jair — Chamei por ele
Ele olhou por cima do ombro, quase virando toda a cabeça
— Oi Carlinha, fale!
— Meu pai ou meus irmãos vem nessa obra? — Estava apenas jogando conversa fora
— Normalmente não, eles vem aqui no começo, fazem a parte do pessoal e eu toco, só vem se eu chamo ou se da algum problema
— Hmmmm — Apenas murmurei entender o que ele disse.
— Por que? — Ele perguntou
— Por nada, só pra saber mesmo
Eu havia esquecido o sabonete na pia do lavatório do outro lado do banheiro
— Ah, o sabonete, droga — Falei sem esperar nada
— Eu pego — Seu Jair se virou e pegou o sabonete, seus olhos pareciam estar fechados, estavam na verdade serrados pois eu podia ver o brilho.
Cobri meus seios e me virei de lado para ele. Abri o vidro do box e peguei o sabonete
— Obrigada — O Movimento dele foi tão rápido que eu não tinha como não pegar.
Ele voltou para a porta, dessa vez de frente para mim e com os olhos serrados.
Achei estranho ele me olhar, eu não tinha tanta malicia até aquele dia, mais precisamente até aquele momento.
Mas o que senti foi estranho, um homem perto de mim, olhando pra mim, tentando me ver e disfarçando, eu sabia que ele queria me ver.
Comecei a ensaboar meu corpo e a tomar banho normalmente, o vapor do chuveiro embaçou um pouco o box, por alguns minutos eu esqueci o Seu Jair do lado de fora e fiquei perdida em pensamentos, até que olhei para ele e tomei um susto.
Uma parte do box não estava embaçada, ele estava me olhando e sua mão mexia em algo que eu não conseguia ver.
— O que você está fazendo? — Falei me virando de costas e tentando me cobrir
— Ah menina, você é tão formosa, ta me deixando louco
Ele colocou a mão no box e tentou abrir o vidro, empurrei com toda a força e prensei a mão dele
— Nãããããoooo — Gritei
Ele me olhou assustado, mas seus olhos estavam vidrados e ele ainda mexia a mão em algo que eu não podia ver
— Então deixa o tio olhar, deixa?
Eu estava gostando dele olhar, mas não sabia exatamente por que, nem o que fazer se ele tentasse entrar, sabia como minha mãe havia me ensinado que eu não deveria ficar sozinha com um homem desconhecido ou que não confiasse, que não era totalmente o caso, mas eu estava realmente gostando de ser observada.
— Só olhar? — Perguntei tímida
— Sim, prometo que só vou olhar você tomar banho
Pensei um pouco no assunto, não sabia oque fazer
— Vamos fazer assim — Ele continuou — Eu não conto que você está arrumando briga na escola e namorando e você deixa eu te ver e fica em silêncio
Achei um absurdo, mas antes de eu falar ele falou
— E ae, vai querer que eu fale pro seu pai e pros seus irmãos?
— Não! — Respondi e a voz saiu fina da minha garganta — Não conta — Se eles soubessem iam me dar um sermão, castigo e tudo mais.
— Então vou só te olhar — Ele parecia muito ansioso por aquilo — Joga água no vidro aí pra eu ver direitinho e abre a janela
Abri a Janela como ele pediu e com o chuveirinho joguei água no vidro, ele ligou a pia e jogou água por fora, ficou completamente transparente. Eu estava encolhida embaixo d’agua tentando não deixar ele ver nada, isso durou uns dois minutos então ele falou já sem paciência
— Ai ai ai menina, se você não tomar banho direito eu vou falar pra todo mundo a mal criada que você é.
— Ta bom! — Respondi emburrada e comecei a me enxaguar e voltar a ensaboar sem nem pensar nele, queria que acabasse rápido.
Quando olhei pra ele de novo ele estava sem camisa e com a calça abaixada até os tornozelos, na sua mão direita estava seu pau, era o primeiro pau que eu via ao vivo, era grande escuro, com a cabeça gigante e bem largo, era do tamanho do meu pulso e a cabeça do tamanho do meu punho fechado.
— O que é isso? — Perguntei inocente, é claro que eu sabia o que era, mas eu não sabia o que ele estava fazendo tirando e colocando a cabeça pra fora e esfregando
— Nunca viu um pau não menina? — Ele perguntou com a voz sussurrante
— Ao vivo não! — Respondi
— Vira, vira aqui pro tio te ver direitinho.
Me virei de frente pra ele, tímida com meus braços apertando meus seios e olhando para o pau enorme
Ele urrou e seu pau ficou duro e pulsando
— Huuumm isso menina, seus peitinhos são cor de rosa, puta que pariu, olha essa bucetinha já com pelinhos, que sapeca! — Sua voz era trêmula
Eu era bem inocente pra minha idade, a verdade era essa, eu achava que sabia de tudo, mas numa hora como aquela eu vi que não sabia de nada.
— Encosta o peitinho aqui no vidro vai
Qualquer menção de eu não fazer o que ele pedia ele ameaçava contar para meus pais
Me aproximei e encostei os seios no vidro, estava gelado e eu me assustei, então vi um jato branco saindo do pau dele e batendo no vidro, fez barulho pois bateu muito forte, ele urrou de dor e passou a mão no vidro onde estavam meus seios.
— Vira o bumbum pro tio ver, vira? — Ele estava ofegante e seu pau estava todo melado
Virei devagar, ele continuou se acariciando e gemendo
— Você quer só enlouquecer né? ta bom, ta bom — Ele parecia meio drogado — Encosta o bumbum no vidro pro Tio, encosta.
Ele acelerou a punheta e eu fiquei olhando para trás me enxaguando, encostada com meu bumbum no vidro, então ele começou a gemer de novo e jorrar porra na parede do box do chuveiro onde eu estava encostada, cada vez que batia no vidro fazia um barulhão, ele ficou uns segundos parado com os olhos fechados e encostou o corpo todo no vidro atrás de mim, senti o calor do corpo dele e então guardou o pau na calça e se afastou.
— Eita menina gostosa dos infernos! — Ele falou sorridente
Ajeitou o pau na calça, eu sorri, achei interessante como deixei ele louco sem nem sequer tocar ou falar nada pra ele.
— Não conta pra ninguém isso não ta, se não vai todo mundo saber que você brigou na escola, esta namorando e se mostrou no banho pra mim — Ele falou rindo
— Mas foi você que me pediu pra me ver!!!! — Falei indignada
Ele riu debochado
— Ah menina, agora se você contar pra alguém todo mundo vai saber que você é puta, não quer que ninguém saiba que você é puta quer?
— Não — Falei olhando pra baixo entristecida
— Então vai ser nosso segredo — Ele falou me dando a toalha
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