Capítulo 46 — Hoje as vinte e uma
Duas semanas se passaram desde que Fabio terminou comigo, não foi bem um término né, por que eu deixei ele chocado.
Nesse meio tempo liguei para ele, mandei mensagens mas ele não me respondeu mas também não me bloqueou.
Aproveitei meu almoço e fui comprar um presente para o Fernando, eu estava fora das minhas obrigações de escrava, eu precisava despertar para a vida e dar algo para o meu mestre e amor.
Andando pelo shopping eu estava cabisbaixa, eu não tinha olhos para ninguém, parei na vitrine de uma loja de Surfe, por vezes eu passava ali e via sempre o mesmo relógio fosco, grande e bonito, ficaria lindo no pulso do Fê.
\”O Fernando não usa relógio, mas não usa por que não tem ou por que não gosta?\” — Falei baixinho vendo meu reflexo no vidro da Vitrine
Gostei de me ver, eu estava bonita, estava usando um vestidinho de malha com mangas curtas que iam até acima do meio das coxas, era vermelho e com detalhes pretos nas bordas manga curta e da gola em V, eu não estava usando sutiã, então meus biquinhos ficavam roçando o pano e ficando entumecidos, era uma chamada de atenção discreta, quem olhava de via apenas meu corpo esguio e parecia que eu era uma adolescente ainda sem seios
— Boa tarde moça, vamos entrar pra ver algo que precise? — Um vendedor se aproximou me oferecendo
Aceitei e entrei, mostrei o relógio que queria, era realmente muito bonito mas era muito caro, eu tinha o cartão de crédito que a Carla me deu mas eu havia acabado de fazer um pra mim, no meu nome, o limite não era grande pois o salário que eu ganhava também não era grande, e eu queria comprar o presente com o meu suor, o meu trabalho.
— É um relógio masculino, vai levar de presente para seu namorado? — O Vendedor perguntou
— Namorado? — Pensei um instante, o que o Fernando era pra mim? Como eu deveria apresentá-lo perante a sociedade?, me ocorreu o mais simples — É um presente para o meu chefe.
— Ele tem perfil esportivo? — O Vendedor continuou perguntando
— Sim tem — Respondi
Ele continuou explicando as vantagens e funcionalidades e garantias e tudo mais.
Pedi então que parcelasse o relógio em diversas vezes para que eu pudesse pagar de pouquinho, no momento de sair o vendedor me abordou
— Essa é sua nota — Me entregou um papel com a nota — E esse é pra você anotar — Me entregou um papel em branco e uma caneta
Peguei os dois e olhei pra ele
— Anotar o que? — Perguntei sem compreender
— O Seu telefone, pra eu te ligar e a gente sair
Eu não pude evitar o sorriso, cantada de homens eram algo realmente novo pra mim, eu não interagia muito desde que me tornei Gabriela, mas imediatamente me veio à mente o Fabio, e como tudo acabou.
Como eu faria para dizer a esse rapaz que eu era uma aberração da natureza? Eu devia fazer igual? Ficar com ele até não der mais?
Ou deveria aproveitar, dar uns beijos e depois largar? Eu não gostava de tratar as pessoas como objeto então não conseguiria fazer isso e ficaria cada vez mais envolvida até o inevitável e doloroso fim
— Como é seu nome? — Perguntei sorrindo para parecer simpática
— Fábio — Ele respondeu sorridente e visivelmente ansioso
Fábio… tinha que ser Fábio? O Destino estava realmente de brincadeira comigo.
— Fábio, eu saí de um relacionamento doloroso, estou em pausa por enquanto, me desculpe — Entreguei o papel e a caneta de volta para ele.
— Posso saber seu nome pelo menos? — Ele perguntou com o semblante entristecido
— É Gabriela, prazer — Ele sorriu — Preciso ir, obrigada.
Ele não respondeu apenas forçou um sorriso.
Saí um pouco desnorteada e com uma certa agonia apertando meu peito, eu não sabia exatamente o que eu faria da minha vida, esse lance de me transformar em mulher me deixava imensamente feliz, mas e depois que eu estivesse \”pronta\”, o que eu ia fazer? Operar? Namorar? eu andava distraída até que esbarrei em alguém.
Com o esbarrão derrubei a sacola e outras sacolas caíram no chão
— Desculpe — Falamos ao mesmo tempo, quando olhei para a pessoa era a Alicia — Alicia?
— Você? — Ela falou fazendo uma careta — Ta me perseguindo é? Deixa a gente em paz
— Eu não estou te perseguindo, vim fazer compras — Expliquei me abaixando para pegar as sacolas
Ela não falou nada, ficou apenas me olhando com cara de reprovação e uma pitada de nojo
Não me contive e perguntei
— O Fabio está bem? — Ela continuou pegando as coisas e não me respondeu — Espero que ele esteja — Continuei.
— Ele está melhor sem você — Falou se levantando
Devido ao tombo eu abri a caixa para ver se o relógio estava inteiro e ela viu
— Esse aí é pra você ou pra outro namorado?
Olhei para ela com fúria, ela fazia insinuações que me ofendia
— Não é pra mim Alicia, é um relógio masculino
— Humpf — ele riu e deu de ombros
— Eu nunca namorei ninguém só seu irmão
— Sei, conta mais — Ela falou desdenhando
— Espero que vocês fiquem bem, eu amei seu irmão pena que ele não foi homem suficiente para conversar comigo numa boa e precisa de uma mulher pra blindar ele — Falei e dei as costas
Ela pegou no meu ombro e me virou de volta
— Escuta aqui sua traveca, fica longe do meu irmão, ele esta muito bem sem você, não precisa de você pra nada, ele já arrumou um namorada mulher e não um homem, por que ele não é Gay! — Ela falou protetora e ofensiva
— Eu não vou atrás de ninguém, mas segura ele por que quando ele perceber a merda que fez ele vai me procurar — Falei blefando, eu não tinha ideia se algo assim iria acontecer
Ela riu debochada
— Meu irmão é homem, se coloque no seu lugar cara, você fica sustentando uma mentira até o mundo acabar, você é uma piada! — Falou e saiu pisando duro.
Algumas pessoas nos olhavam e eu não queria prolongar mais aquilo para chamar a atenção
Eu fiquei muito nervosa, enfurecida, eu precisava dar um soco na cara dela, mas eu não podia fazer aquilo, ela havia me chamado de mentirosa, e jogado na minha cara tudo aquilo que eu detestava, o lance de não falar a verdade sobre mim.
Voltei na loja de Surfe e o vendedor me viu de longe, olhou preocupado, me aproximei e ele me abordou
— Gabriela, tudo bem? — Ele perguntou esperando eu falar
— Eu sou homem! — Falei sem pensar
— Homem? Como assim?
— Eu sou transexual, travesti, eu tenho um pau no meio das pernas
Ele olhou para mim com surpresa, entortou a cabeça um pouco e balbuciou algo, mas nenhuma palavra saiu da sua boca.
— Quer sair comigo ainda? Ficar comigo? Me beijar?
Ele se assustou e deu um passo pra trás ainda sem dizer nada
— Imaginei! — falei em tom alto e claro, dei as costas e saí pisando duro e percebi que estava imitando Alicia
Andei rápido até a porta do shopping e parei, coloquei as mãos no rosto e dei um grito de ódio, eu tinha raiva de mim mesma, raiva de tudo, se eu tivesse uma arma tinha feito uma besteira contra mim mesma.
Chamei um carro pelo aplicativo e voltei ao trabalho, cheguei e Clarice, a garota que ficava comigo a tarde estava sozinha no balcão. Entrei e sentei, comecei a ver os e-mails e as atividades que o Fê me pedia, só queria trabalhar e esquecer aquele dia merda.
— Gabi, perguntaram de você hoje — Clarice falou sentando do meu lado
— Quem? — Perguntei meio sem interesse
— Não sei o nome, um loiro
— Fabio? — Perguntei curiosa
— Não sei o nome, mas ele ta aí, já já sai.
Entrei no sistema e fui procurar os alunos, o Fabio estava a duas semanas sem vir à academia e tinha uma marcação da biometria dele a uma hora e meia atrás, então pelo que eu entendia ele iria ir embora a qualquer momento.
Eu estava vidrada na tela do computador olhando o horário de entrada dele, então apareceu um outro horário o horário de saída. Olhei no relógio e era aquele mesmo momento. Levantei meu olhar e olhei para a catraca, apoiado no balcão, sem expressão no rosto estava Fábio, me olhando.
— Gabi, posso falar com você? — Ele falou sério, seu seu habitual ar de sorriso.
— Claro, pode falar, é sobre a rematricula? — Falei fingindo que não sabia o que era
Ele ficou desconcertado, Clarice estava ao meu lado trabalhando, não olhava para ele mas certamente estava prestando atenção
— Não, não — Ele coçou a nuca — O que eu quero falar é particular
— Particular? parcelamento de valores senhor? Pode falar, nós duas podemos fazer tudo relacionado à matrícula
Ele torceu o lábio
— Gabi, preciso falar com você sobre aquele dia
Clarice levantou a cabeça e olhou para ele, depois para mim e se levantou
— Vou arrumar os pesos, se precisar de mim chama
Saiu do balcão e sumiu na parte de trás da academia.
Fiquei olhando para Fabio coma expressão solícita, pronta a responder qualquer coisa da academia e só disso.
— Quero pedir desculpas — Ele falou se apoiando no balcão
— Atrasou a mensalidade? Se atrasar tem juros, não precisa se desculpar, eu gero outro boleto para o senhor se não deu certo o cartão.
Ele respirou fundo
— Desculpe a Alicia, desculpe se ela foi agressiva com você.
Vindo dele isso doeu, lembrei do que a Alicia tinha me chamado, tinha me desqualificado em muitos níveis, falado que ele não era gay para estar comigo, me chamado de traveca e meu orgulho estava ferido.
Não pude evitar uma lágrima cair do meu olho e escorrer pela minha bochecha, mas não saí do meu papel de funcionária.
— Temos diversos personal trainners indicados pra ajudar os alunos, se os treinos forem agressivos demais é só falar com eles. — Minhas lágrimas já rolavam em grande quantidade e creio que minha voz não estava suave, eu estava tremendo.
— Gabi, para com isso, fala comigo direito, não quero falar de academia, está tudo certo aqui.
— Aqui é o balcão da academia, estamos na academia, os assuntos tratados aqui são assuntos da academia
— Eu preciso falar com você, preciso explicar o que eu penso sobre isso
— É um assunto da academia senhor? — Meus olhos ardiam, olhei no espelho que mostrava o calendário e minha maquiagem já estava borrada.
Então vi um homem alto de terno passar por trás de Fabio, era Fernando, ele se aproximou e assim que me viu perguntou
— O que foi? — Aponto pro meu rosto
— Nada, só que esta muito quente, estou suando um pouco
— Sua maquiagem esta toda borrada
— Desculpe senhor Fernando — Perguntei um lenço e comecei a limpar meu rosto — Vou acertar isso.
— Ta bom — Ele respondeu me encarando e se virou para o lado, onde estava Fabio — Você é o Fabio, certo? — Esticou a mão para ele.
Os dois deram as mãos
— Sim, você é o Fernando né, dono da academia? — Fabio perguntou e sua voz estava para baixo, triste
— Sim, eu mesmo — Fernando soltou a mão de Fabio e se virou pra mim — Gabriela, a minha sala ta aberta, faz o backup do dia pra mim e fecha a sala ok?
— Ta bom chefe, pode deixar — Respondi solicita
— Ta, e sai desse balcão, vai conversar com o rapaz, está feio você chorando aí — Percebi que era uma ordem.
— Ta bom, pode deixar — Respondi sem pestanejar, mas fiquei com raiva do Fê momentaneamente.
Ele saiu e eu esperei ele estar longe
— Você quer conversar? — Perguntei agressiva para o Fabio
— Preciso! — Ele respondeu certo do que queria
Levantei bruscamente, empurrei a cadeira e dei a volta no balcão, acenei para Clarice e ela veio.
— Clarice, cuida aqui, o Fernando pediu pra eu fechar o Backup no PC dele, vou subir la ta.
— Ta bom Gabi, eu fico aqui.
Dei a volta completa no balcão e passei pelo Fabio
— Vem — Falei quando toquei seu braço com meu ombro
Subi a escada batendo os pés nos degraus, a porta da sala estava aberta e eu entrei, me sentando no computador e começando a trabalhar. Fabio entrou em seguida e ficou em pé na frente da mesa, em silêncio por alguns segundos até que eu perdi a paciência
— Fala cacete, quer falar fala!
Ele fechou os olhos
— Olha, Gabi, eu não tiro a sua razão de estar magoada comigo, a minha reação não foi boa
— Não foi boa? — Perguntei aos gritos me levantando e batendo as mãos na mesa — Não foi boa? Você sabe o que eu passei, o que eu senti, eu me senti uma merda de pessoa, um lixo uma aberração
— Desculpe por isso, não era mesmo a minha intenção — Ele falou arrependido
— E qual era a sua intenção ein? Pode me falar?
Esperei maldosamente ele começar a falar
— Eu….
Interrompi
— Ah pera, é melhor ligar pra sua irmãzinha, já que você não é homem suficiente pra falar por você mesmo.
Ele fez uma cara decepcionado
— Gabi — Ele se aproximou e segurou minhas mãos que estavam apoiadas na mesa — Respira, esquece mágoa um pouco
Tirei as mãos com tudo
— Olha, eu não sei onde eu tava na cabeça que eu aceitei sair com você, ainda bem que você mesmo terminou isso tudo, por que nem dor na consciência eu tenho — Falei seca
— Não tem mesmo? — Ele perguntou sério
— Não tenho — Mas tinha
— Por que você não me contou no inicio que era, que era…. Transexual — Ele falou ponderando as palavras
— Ah sim, por que eu faço isso mesmo, quando se aproximam eu falo \”Prazer Gabriela, será que seu pau é maior que o meu, vamos testar\” é assim que eu faço.
— Não precisa ser grossa — Ele falou chateado
— Ah, você não quer que eu seja grossa? — Dei a volta na mesa e fui pra frente dele, com as mãos na cintura, estava muito brava — Você nem quis me ouvir explicar, saiu andando e depois se fechou no seu mundinho de retardado.
Ele fechou os olhos, eu consegui magoá-lo
— Olha, a primeira vez que eu fiquei daquele jeito foi quando minha mãe morreu, foi um trauma muito grande pra mim, ao ponto de eu não conseguir me controlar. Passei anos em psicólogos e psiquiatras pra entender o que houve e cheguei à conclusão que isso acontecia com uma perda muito grande relacionada ao meus sentimentos, no caso amor.
Fiquei muda, não tinha o que dizer.
— Gabi — Ele pegou minha mão e tirou da minha cintura, puxou e deu um beijo — Desculpa, de verdade, eu te amo, nunca amei ninguém como eu amo você.
Tive uma euforia que mais parecia pânico, e comecei a tremer, tive essa mesma reação uma vez com o Fê, mas parecia ser diferente, eu estava mesmo apaixonada? Ao ponto de tremer e perdoar?
— Sua irmã falou que você já estava namorando uma mulher, por que você não é Gay — Minha voz tremia, me segurei pqra nao chorar
— Eu não arrumei ninguém, eu não quero ninguém, eu quero você
— Você me quer? — Perguntei confusa
— Sim, te quero
— Fabio, você esqueceu o que eu falei né? — Perguntei desanimada — É normal que pessoas com traumas tenham perda de memoria.
— Acho que Lembro de tudo, mas você se refere à qual parte? — Ele perguntou
— A parte que eu disse pra você o que eu sou de verdade, que eu sou um homem igual a você
Soltei a mão dele e me afastei me encostando na mesa do escritório, cruzando os braços e desviando o olhar. Era um drama proposital.
— Primeiro, desculpe por tudo o que a Alicia te falou, ela já teve brigas com minhas ex também, e ela tem uma tendência a ser super protetora. Ele se aproximou
— Ela é doida por você, isso sim, é mais que amor de irmão isso é platônico, tem uma prima minha que tem isso pelo irmão dela. — Falei lembrando da Marjorie
Ele não entendeu
— Deixa pra la, ela gosta de você, eu entendo ela te defender, mas as ofensas magoaram de verdade, eu chorei muito você não tem ideia — Respondi visivelmente magoada
— E você acha que eu não chorei também.? — Ele perguntou e sua voz era sofrida — E não é fácil falar isso por que eu fui criado pra ser homem, admitir isso não é fácil.
Olhei pra ele e me compadeci, eu sabia dessas coisas imbecis de \”Homem não chora\”, baixei a guarda por um momento.
— Você não precisa chorar — entortei meus braços com os dedos entrelaçados e coloquei as mãos para baixo, parecendo uma menina — Se você não quiser.
— Gabi, eu quero você — Ele se aproximou de mim, estava a menos de um palmo e suas mãos tocaram a minha cintura tentando me puxar.
Coloquei as duas mãos no seu abdome e fiz uma força contraria, para ele se afastar
— Não é fácil assim, você sabe. — Falei triste
— O que eu preciso fazer pra ter você de volta? — Ele falou com a voz pesada
— Não é a questão me ter de volta Fabio, a questão é se você vai aguentar. Eu sei que eu aguento por que eu sou isso aqui o tempo todo — Com uma mão mostrei meu corpo pra ele — Eu tenho outra opção mas eu não quero.
— E qual seria a outra opção? — Ele perguntou surpreso
— Não é uma opção real, é voltar a ser homem, mas isso eu não faço, prefiro a morte.
— Você não precisa morrer, eu aceito você como você é — Ele falou quase em suplica
— Mas e sua família? e sua irmã? E seus amigos? E as baladas? O pessoal do seu trabalho, todo mundo vai saber que você está namorando uma transexual e vai todo mundo te chamar de Viado ou algo do tipo, eu não quero que você passe por isso.
Quando percebi eu estava acariciando o rosto dele devagar com minha mão direita, nossos corpps estavam colados
— Estou com saudade, em toda minha vida eu acho que só amei você de verdade.
Olhei pra ele e fiquei hipnotizada, ele se aproximou e os lábios dele tocaram os meus, eu me afastei balançando negativamente a cabeça tentando sair do transe, ele pegou meus braços e me puxou, tentou novamente me beijar e eu desviei.
Suas mãos desceram pelo meu corpo e ele agarrou minha cintura me puxando, fiquei mole e não resisti mais, sua língua se enroscou na minha, agarrei sua cabeça puxando pelo cabelo e nos beijamos com gosto.
Ele apertou minha bunda e eu a dele, agarrei o pau dele por cima da calça e ele respirou fundo enquanto me apertava toda, beijava e mordia meu pescoço.
Peguei ele pelo colarinho
— Então você escolhe ficar comigo mesmo, é isso?
— Sim, eu quero você! — Ele falou enquanto me beijava
— Sabe no que isso implica? — Perguntei com a voz dengosa, eu sabia que ele adorava
— O que minha gatinha? — Ele perguntou
Ele usava uma camiseta, então eu puxei ela e ele levantou os braços, tirei-a e ele ficou sem camisa, desabotoei sua bermuda e abaixei-a.
— A gente vai ter que transar, e se você for um bom menino eu garanto que vai ser uma delícia do jeito que você nunca experimentou
Ele ficou ofegante
— Eu prometo pegar leve com você, não vou forçar nada ta, prometo. Eu quis fazer ele se sentir seguro
Ele sorriu:
— Feito!
Abaixei a cueca dele e o pau duro bateu na minha cara, abocanhei com vontade.
Ele gemeu alto
Lambi e chupei muito e com voracidade, então me levantei.
— Senta ali — Indiquei o sofá.
Ele se sentou e eu continuei o boquete, ele gemia e se contorcia
— Esse é o melhor boquete do mundo, realmente é algo que eu nunca experimentei
levantei e sentei no colo dele, o pau dele entrando nas bandas da minha bunda por baixo do vestido
— Eu nem comecei ainda querido! — Ri maldosa e lambi os mamilos dele enquanto arranhava seu peito e rebolava masturbando-o devagar.
Ele gemia e delirava então num rápido movimento ele agarrou a barra do meu vestido e a puxou para cima, num reflexo ergui meus braços e o vestido inteiro saiu me deixando apenas de calcinha fio dental preta.
Por um breve segundo senti vergonha, cruzei os braços na frente dos seios minúsculos me protegendo e me aproximei dele. Ele me abraçou
— Tudo bem pra você? — Ele perguntou ofegante
Continuei rebolando devagar masturbando ele com o bumbum, agora sem o vestido ficava mais difícil.
— Eu tenho vergonha de mim ainda, preciso melhorar muito. — Eu queria ser goatosa igua as amigas dele, as ex dele e a irma dele, mas eu nao era, nao tinha aquele corpão.
ele me empurrou devagar
— Não é justo, você me viu pelado, deixa eu te ver também! — Falou no meu ouvido com a voz carinhosa
Eu me afastei e descruzei os braços devagar, meus seios eram avermelhados e bem pequenos, os bicos já estavam grossos e largos, a auréola estava se formando rápido.
Tomei um susto quando ele abocanhou meu peito esquerdo, abri a boca e comecei a gemer, lembrei de quando o Fê fez a mesma coisa, era uma delicia.
Coloquei a mão no meu bumbum fazendo o pau dele roçar, estava molhado e duro.
Fabio então passou a mão em meu corpo e parou de me chupar os seios.
— Quero ver você todinha — Ele disse
— Estou aqui — Falei rindo e me mostrando
Ele agarrou a lateral da minha calcinha dos dois lados e puxou ao mesmo tempo rasgando-a
Dei um gritinho e falei pra ele não fazer isso, mas foi rápido e ele fez.
— Minha calcinha, ah não!, era tão bonitinha! — Falei choramingando
— Eu compro outra mais bonita pra você, levanta pra eu te ver, vai
Me levantei segurando meu pau e virei de costas pra ele.
— Essa bundinha, eu era doido pra ver ela assim, empinada, uma delicia, parece um desenho japonês
Eu ri e agradeci, envergonhada
— Obrigada!
— Agora vira para eu te ver — Ele insistiu
— Não quer apagar a luz? — Perguntei envergonhada
— Não Gabi, não esconde de mim, deixa eu ver você como você é, quero amar você inteirinha do jeito que você é.
Me virei devagar ainda segurando o pau com as duas mãos, olhei pra ele insegura e soltei a mão. Meu pau estava duro e molhado, dava pequenas pulsações
— Ainda bem! — Ele falou passando a mão na testa num movimento exagerado de alivio
— O que foi? — Perguntei ainda insegura
— Não é maior que o meu! — Falou e riu
— Você disse isso aquele dia mesmo, isso era uma preocupação real pra você? — Perguntei curiosa
— Era, não que isso fizesse eu gostar menos de você mas faria mal para meu ego — Ele falou em tom divertido
— Bobo! — Falei sorrindo
Ele levantou e me puxou pra ele, sentei nas suas coxas, meu pau encostou no dele e ele olhou. Agarrei o pau dele e o meu, comecei a fazer carinho em nós dois ao mesmo tempo
— Tudo bem pra você? — Perguntei carinhosa
Ele fez que sim com a cabeça, percebi que ele estava tentando aceitar, e eu admirei isso nele, provavelmente era algo que ia contra tudo o que ele pensava, mas que agora ele tentava aceitar, por mim.
Medi os dois paus e o dele era o dobro do comprimento e o triplo da largura, coloquei lado a lado e disse
— Não é tão diferente vai
Ele riu nervoso
Peguei meus dedos e lambuzei com o melzinho do meu pau, depois passei no meu cuzinho e subi em direção a ele, abaixei com o pau dele no meu cuzinho.
— Agora cuidado ta — coloquei dois dedos na boca dele e ele chupou — Baba bem, deixa bem babado — Ele deixou.
Passei a baba no meu cuzinho e encaixei o pau dele, a mão dele desceu e encostou as costas da mão no meu pau.
Peguei as duas mãos dele e segurei, entrelacei os dedos, fazendo nós dois abrirmos os braços.
— Agora não tá, depois a gente vê isso com calma, pode ser? — Dei um beijinho nos lábios dele.
Ele sorriu e beijou meu peitinho começando a lamber e chupar eles.
Fui descendo devagar no pau dele, era grosso demais pra mim, estava doendo e fiquei com medo.
— Perae — Me levantei e fui no armário do Fernando
— O que foi? — Ele perguntou curioso — O que está procurando
— Um negócio presa ajudar, você vai ver quando eu achar — Eu falei distraída
Olhei nos armários, nas gavetas e não encontrei, então vi uma necessaire em cima do frigobar e abri, nela haviam camisinhas e lubrificantes.
Sem ele ver, abri uma camisinha e coloquei na boca, peguei lubrificante, melei meu dedinho e enfiei o dedo bem fundo no meu próprio cuzinho gemendo baixinho de tesão enquanto os na direção dele.
Cheguei no pau dele e coloquei na boca de uma vez, vestindo a camisinha no pau enorme dele.
Seu olhar era uma oscilação entre maravilhado e assustado.
Chupei o pau de com camisinha, eu nunca havia feito isso, mas eu queria esperar o efeito do gel. Peguei um pouco do Gelzinho e passei na camisinha que lhe envolvia a rola.
Me posicionei de novo e coloquei o pau dele na entrada do meu cuzinho. O gel que passei era daqueles de adormecer, o Fê usou em mim algumas vezes, quando o pau entrou a dor passou e só foi gostoso.
Comecei então a engolir o pau dele todinho, parecia que ia me partir em dois, eu não sabia se doía ou se estava bom, o medo de me machucar me consumiu e eu parei antes da metade.
A sensação era inédita, edu esteve me sentindo preenchida. Era estranho de um jeito bom.
— Tudo bem? ta doendo? — Ele perguntou vendo minha hesitação.
— Puta merda, que pau gigante — Falei de olhos fechados
Ele riu e agarrou minha bunda
— Achei que você não iria ter corsgem, já experimentou um tão grande assim?
Abri os olhos e passei a mão no rosto dele. Eu sabia que ele teria dúvidas sonhe minha índole sexual, travestis são conhecidas pela promiscuidade. Então expliquei:
— Essa é a terceira rola que entra dentro de mim, a primeira foi pequena a segunda foi de tamanho bom mas a sua é enorme. Desse tamanho todo sou praticamente virgem
Ele riu e me deu um tapa na bunda
— Bate não amor! — Reclamei, pois tinha medo
Coloquei as mãos no ombro dele e puxei saindo devagar do pau, ele fez cara de desanimado, então desci rapido sem passar do limite e sorri pra ele
— Isso vai ser divertido! — Falei animada
Comecei então a subir e a descer, fazendo pau dele entrar e sair do meu cu, estava delicioso, depois de umas vinte estocadas ele me pegou e me colocou deitada no sofá, na posição papai e mamãe, levantei as pernas
— Cuidado ta amor! Não te aguento inteiro, praticamente só sua cabecinha!
— Calma, eu sei como comer um cu — Deixa comigo
Eu ri
— Sabe é, seu safado? — Torci o lábio em reprovação.
Ele começou a me comer com vontade mas respeitando o limite, quando ele enfiava mais fundo eu gemia e tinha espasmos e ele diminuía, estava delicioso então suas bolas, mesmo distante começaram a bater na minha bunda e a fazer um barulho alto, uma foda deliciosa, eu gemia e queria que o mundo acabasse, e que se foda se alguém estivesse ouvindo, aquela foda estava boa demais.
Senti o pau dele pulsar e ele anunciou
— Ai, vou gozar, vou gozar
— Então goza meu querido, tira a camisinha e goza em mim
Ele me obedeceu, quando tirou a camisinha colocou o pau ser proteção bjo meu vizinho, entrou entrou mais seco e eu vi estrelas empurrando ele por reflexo, senti então meu pau pulsar e gozar, a porra que jorrava de mim acertou minha barriga e meu peito. Ele então começou a ter espasmos e eu sentia a porra enchendo meu cu me deixando doida de tesão.
Assim que ele gozou ele me abraçou e nos beijamos.
Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, será que isso funcionaria, teríamos como manter isso? Acho que essas questões teriam que ficar para outro dia, eu só queria transar gostoso com ele.
Eu estava exausta e ofegante.
— Querido, quando eu falei pra gozar em mim, não era dentro de mim, e sim na minha barriga ou peito.
Ele fez cara de assustado
— Machuquei você? — Ele perguntou
— Tá tudo bem — abracei ele estávamos deitados no sofá.
Ele se levantou me dando a mão para me puxar
— Você já almoçou?
Eu sorri
— Já, encontrei sua irmã inclusive, uma graça de pessoa. — Falei sendo sarcástica
— Ela foi indelicada com você? — Ele perguntou apreensivo
— Foi. — Respondi seca, procurando minhas roupas
— Eu vou resolver isso ta, vou falar com ela, vou falar com todo mundo, vou bancar você. — Ele falou animado
Abracei ele, sentia a porra escorrer da minha coxa.
— Eu não sei se vai dar certo, mas só de você tentar já me anima tá. Obrigada. Prometo que vou ser a melhor namorada que você já teve, e provavelmente a ultima.
Ele me abraçou:
— Vamos, preciso me recompor, quero você de novo — Falou passando a mão na minha bunda.
Eu dei-lhe um beijo nos lábios, fiquei na ponta dos pés pra isso.
— Não, agora você vai embora e vai me buscar hoje as vinte e uma horas a gente vai sair pra jantar e dançar, ai se você for bonzinho eu deixo você me comer de novo
Ele riu.
Vestimos nossas roupas e eu achei minha calcinha rasgada.
— Eu quero uma Lingerie linda, eu amava essa calcinha — Falei magpada mostrando o paninho rasgado.
— Pode deixar — ele me agarrou me beijando — a mais bonita de todas
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