Capítulo 57 – Princesinha

O Segredo de Fernanda

Capítulo 57 – Princesinha

0
(0)

Cheguei no Hotel onde o Senhor Jair estava.
Meu corpo ardia da surra que eu havia tomado, me sentia humilhada, machucada, frágil e com muito tesão e essa ultima parte me irritava, eu queria odiar o Fê, queria mandar ele para o inferno mas eu não conseguia, só conseguia pensar nele me batendo e depois transando loucamente comigo. Eu devia estar enlouquecendo
Toquei a campainha, arrumei meu cabelo, arrumei minha saia e toquei meu pescoço
— A coleira — Falei para mim mesma
O Fernando mandou eu não tirar mais, ela tinha um F prateado.
Jair abriu a porta, vestia uma camiseta social preta, calça social bege e sapato social, estava pronto para ir a algum lugar.
— Vai sair? — Perguntei assim que o vi
— Acho melhor a gente falar fora daqui, no hospital talvez — Ele respondeu
— Está sozinho? — Perguntei tentando olhar dentro do apartamento
— Estou — Ele respondeu
Coloquei a mão no peito dele e empurrei para dentro, ele resistiu e eu coloquei as duas mãos, entramos e eu fechei a porta.
— Vai fugir de mim? — Falei em fúria
— Por que fugiria? — Ele me perguntou simulando confusão
— Vamos lá Jair, você tem me evitado a muitos anos e nunca me explicou por que!
— Carlinha, você veio aqui aqui conversar
— E aquele papo de vinho que você mandou na mensagem?
— Mudei de ideia, eu não quero problemas — Ele respondeu me mostrando as palmas das mãos
— Não quer problemas? — Falei em fúria — Como assim?
— Princesa, calma, você está alterada, seu pai está no hospital, sua família está por perto, eu sou casado.
— O que foi entrou pra igreja foi? — Perguntei estranhando — Que papo é esse?
— Eu sou um homem de Deus sim se essa é sua duvida, e tenho momentos de fraqueza, aquela mensagem foi isso, desculpe Princesa.
Apertei meus dentes fazendo meu maxilar estalar
— Princesa? Você pensa que é assim seu velho pedófilo!? — Falei batendo no peito dele — Você come uma virgem menor de idade, faz ela se apaixonar e depois some e acha que indo pra igreja você vai pro céu seu filho da puta!
— Carla, calma, eu não quero brigar!
— Eu também não quero brigar! — Gritei com ele — Eu quero seu pau!
Ele me olhou assustado
— Eu quero agora! — Falei aumentando o tom de voz.
— Carla, calma — Ele falou me empurrando
— Calma o caralho, seu velho roludo do caralho — Gritei
Eu precisava de violência, eu sofri violência, precisava extravasar de algum jeito, arranquei minha blusa e meu sutiã, ele ficou me olhando, tirei minha calça com a calcinha junto.
— Nossa! — Ele falou me olhando
— Gostou? Estou mais gostosa do que quando era uma garotinha? — Perguntei abrindo os braços e dando uma volta
— Está, mas o que são essas marcas? — Ele perguntou apontando os machucados
— Não interessa o que é, eu quero sexo — Gritei— Quero sexo agora, me come
— Calma Princesa! — Ele tentou me acalmar
Eu não queria me acalmar,  não queria ficar quieta
— Cala a boca e me come cacete! — falei pulando e sentindo meus seios balançarem.
Ele se aproximou rápido e me abraçou
— Princesa, eu vou cuidar de você, calma.
Se sentou na cama e me puxou para o colo dele, puxou minha cabeça e colocou no peito dele, toda a minha adrenalina sumiu, meu corpo tremeu e voltou a doer eu comecei a chorar, ele me apertou
— Isso, chora, coloca tudo pra fora, pra fora é melhor que pra dentro — Ele falou me balançando e me fazendo carinho no cabelo.
Chorei por mais de uma hora no colo dele, ele só dava beijinhos e cantava algo baixinho pra mim, até que parei, acho que acabaram as lágrimas. Ele me colocou na cama e me cobriu, eu adormeci.
Acordei com um cheiro forte, eu conhecia, era Unguento. Estava quente, e eu me sentia molhada.
Abri os olhos e eu estava dormindo na cama, no sofá Jair se espremia.
Esperei ele acordar, estava assustada e envergonhada pelo que fiz.
Ele me viu e se levantou, ainda estava com a roupa, se espreguiçou e se aproximou, se ajoelhando no pé da cama.
— Você está bem princesa? — Ele perguntou carinhoso, passando a mão na minha cabeça
Fiz que sim com a cabeça, apenas meu olhos estavam para fora do cobertor, a boca estava coberta
— Está mais calma? — Ele perguntou cauteloso
Confirmei com a cabeça, mas minha vontade era de chorar, pisquei e as lágrimas desceram
— Não precisa chorar, fica tranquila ta — Ele falou carinhoso
Em seguida se levantou
— Vou comprar algo pra gente comer ta, me espera aqui?
Confirmei com a cabeça.
— Toma um banho e veste suas roupas tá, vou te dar privacidade.
Fiquei olhando ele, ele se inclinou e me deu um beijo na testa.
Saiu pela porta e eu fiquei olhando, confusa e sensível.
Me levantei, ainda estava nua, as dores dos machucados haviam diminuído, meu corpo estava inteiro besuntado de Unguento, aquilo realmente aliviou minha dor. Fui ao minusculo banheiro e tomei um banho, me lavando.
Saí e peguei minha calcinha, vesti. Vi uma camiseta branca grande, era dele, peguei e coloquei, ela ia até o meio das minhas coxas.
Sentei-me na cama, não queria pensar em nada, fiquei olhando para a porta até ele chegar. Ele entrou e me viu, sorriu
— Bom dia Princesa! — Eu gostava do jeito que ele me chamava, mesmo sendo brega, era uma coisa só nossa — Dormiu bem?
— Dormi — Respondi e minha voz falhou
— Trouxe pão, frios e uns doces que você vai gostar
Sorri
— Obrigada
— Não vestiu suas roupas por que? — Ele perguntou
— Se quiser eu visto — Falei com a voz rouquinha
— Não, tudo bem, pode ficar assim, está decente.
Olhei para baixo e vi meus bicos dos seios marcados na branca preta dele.
Sentamos na mesa e ele cortou o pau pra mim, deixou tudo ao meu alcance.
Comecei a comer e ele me perguntou
— O que diabos aconteceu ontem? Quem te deu essa surra?
— Foi meu marido — respondi baixinho
— Você quer ir na delegacia fazer um B.O? — Ele me perguntou
— Não! — Gritei — Não — falei num tom mais baixo — Eu mereci
— Mereceu? — Ele não entendeu
Expliquei pra ele o que havia acontecido e ele se pronunciou
— Não acho que você mereceu, não há justificativa pra a violência física, ele não tem o direito de te bater — Ele falou preocupado
Eu bati na coleira
— Ele te sim, ele é meu Dono, ele pode fazer o que quiser comigo
— Seu dono? Como assim? — Ele perguntou franzindo a testa
Expliquei pra ele o conceito de BDSM, ele pareceu interessado
— E isso tem nome? eu não sabia. — Ele falou admirado
— Tem sim, Sr Jair, o Senhor não quer mais nada comigo? — Perguntei sem rodeios
— E como poderia querer Princesa, você é casada, não posso nem que pudesse, é contra a lei de Deus, um mandamento \”Não cobiçar a mulher do próximo\” — Ele falou apontando para cima com o dedo
— Entendi, comer a menor de idade pode né, mas se ela for casada não
Ele fechou os olhos e colocou as duas mãos nos joelhos
— Olha Princesa, eu sei que eu errei e me arrependo muito disso
— Estou confusa,o Senhor me encochou no hospital, me falou que tinha vinho e quando eu cheguei aqui mudou de ideia
Ele ainda estava de olhos fechados
— Menina, eu disse, me arrependo de tudo, tento andar na linha a algum tempo mas é bem difícil, com você é muito difícil
— Por que difícil comigo? — Perguntei sem entender
Ele abriu os olhos
— Olha, quando a gente transou a primeira vez, e depois outras vezes eu fiquei apaixonado por você, eu queria pegar você e sumir no mundo — Ele falou e um sorriso apareceu no seu rosto
— E por que não fez isso? Eu te amava também, por que não fez!? — Falei aumentando o tom de voz, indignada
— Você era muito nova pra entender, as implicações disso seriam gigantes — Ele falou abaixando a cabeça num semblante derrotado
— Você ia largar sua esposa e não queria, é isso?
— Além disso, hoje estou com minha esposa mas eu não a amo, estou apenas para honrar o matrimônio pois fiz o juramento perante Deus — Ergueu novamente o dedo para cima.
— Então? — Perguntei ainda sem entender
— Seu pai, se seu pai soubesse — ele fez uma pausa — se ele souber ele manda me matar.
— Eu não ia deixar! — Falei batendo na mesa — Não vê isso?
— Princesa — ele me olhou sorrindo, vi suas expressões marcadas no rosto, estava bem mais velho, sua barba branca dava realce à sua idade — Aos seus olhos eu era seu homem, aquele que te protegia mas os olhos do mundo eu era apenas um velho pedófilo, e eu me sentia assim, um aproveitador pedófilo.
— Eu não te via assim! — Respondi de imediato — Eu te amava
— Mas eu era, eu seduzi você, toquei você, te levei para um motel, tirei sua virgindade e continuei transando com você regularmente
Abaixei a cabeça e coloquei a mão no meu ventre.
— Eu queria ter tido um filho seu — Lembrei disso, era um sentimento bobo, eu sorri e me levantei, coloquei a mão no meu Ventre e me aproximei dele
— Princesa — Ele pegou na minha mão — Eu tinha uma filha da sua idade, você sabe.
— Sei, uma nojenta, sei bem — Falei me sentando no colo dele
— Não faz isso comigo — Ele tentou me empurrar
Coloquei a mão em volta do pescoço dele e dei um beijo na bochecha, ele me olhou e seus olhos brilhavam
— Por que não gostava da minha filha? — Ele perguntou colocando a mão na minha coxa
— Patricia né, ela achava que você era dela, dizia que amava você e que você era só dela, e quando viu você falando comigo ela surtou e puxou meu cabelo falando que você era só dela. E isso aconteceu mais de uma vez.
— Eu não sabia disso — Ele disse me olhando com surpresa
Ficamos nos olhando por alguns segundos até que ele falou
— Princesa, teve uma vez, a ultima vez que fizemos aquilo — Ele falou com cautela
— Transamos — Eu resolvi ser mais direta — O que tem aquela vez? Foi na garagem da minha casa no meu aniversário, lembro bem
— Isso, naquela vez, depois dali minha filha me confrontou, disse que tinha visto tudo e que iria contar pra todo mundo se eu não parasse com aquilo para sempre
— Foi por isso então? — Falei olhando para ele fazendo careta — Por isso que você não me quis mais
— Sim — Ele abaixou a cabeça
— Vagabunda desgraçada! — Esbravejei em voz alta
— Não fala assim, ela é minha filha
— Uma grande vagabunda, isso sim! — Reafirmei cruzando os braços 
— Isso chega na pergunta que eu queria fazer, Patricia sabia exatamente onde ficar para nos ver… transando… na garagem, foi você que avisou pra ela? — Ele me perguntou desconfiado
Eu estava brava com a situação
— O que você acha? — Perguntei sarcástica, claro que havia sido eu.
— Por que você fez isso? — Ele perguntou meio choroso
— Eu, eu — Não consegui olhar pra ele — Eu queria que ela soubesse que você era só meu, que apesar de você ser o pai dela era a mim que você amava, era em mim que você entrava e despejava a sua felicidade, era comigo que você ficava feliz de verdade.
Falei e não me aguentei, comecei a chorar devagar também, percebi que eu fui a culpada dele ter se afastado de mim, caí na minha própria arapuca e isso vinha acontecendo muito nos últimos tempos.
A cara dele era de decepção, tirou a mão da minha perna. Eu me levantei e ao invés de sentar de lado na perna dele eu coloquei a coxa dele no meio das minhas pernas
— Jair, quebra seu voto de santidade comigo, por favor — Ergui os braços e tirei a blusa e meus seios caíram na frente dele.
Ele olhou meus seios, vi seus olhos olhando para a esquerda e para a direita, admirando os dois seios ao mesmo tempo
Ele segurou minha cintura
— Não faz isso comigo Princesa
Abracei ele e sussurrei no ouvido dele \”me fode\”, ele tremeu
— Como você é macia, eu tinha esquecido! — Ele falou
Eu senti uma pontada no pé da minha barriga, me curvei rapidamente e ele percebeu
— O que foi? Tudo bem? — Ele perguntou preocupado
Esperei alguns segundos e a dor não se repetiu
— Sim, estou ótima. — Puxei a cabeça dele e ele abocanhou meus seios — Estão maiores agora né?
Ele respondeu entre uma lambida e outra
— Estão deliciosos, como são gostosos! 
Sentia as mãos dele, grosseiras, ásperas me arranhando enquanto me apertavam, isso dobrava meu tesão, me deixava mais arisca.
Ele me ergueu e me colocou na mesa, segurou minha calcinha pelas laterais e puxou me deixando nua, eu sorri pra ele e ele me beijou na boca, o rosto áspero da barba me deva mais tesão ainda.
Ele colocou o pau na porta da minha buceta
— Deixa eu ver, deixa eu ver — Falei enquanto ele desabotoava a calça
Ele tirou o pau e era como eu lembrava, escuro com a cabeça roxa e grande. Agarrei ele com uma mão e mal dava uma volta
— Que rola grossa do Caralho hein Jair, puta que pariu! — Falei isso e ele me apertou, senti a respiração ofegante — Me fode como se eu fosse aquela novinha
Senti novamente a pontada no pé da barriga, resolvi ignorar para que passasse, ele colocou o pau na porta da minha buceta e pincelou meu grelho, a dor não passava.
Ele beijou meus seios e me puxou para ele, a dor aumentou
— Perae, perae — Eu empurrei ele
Sua cara era de confusão
— O que foi? — Ele perguntou ofegante
— Alguma coisa não está certa! — Falei sentindo a dor aumentar
— Como assim?
Senti então a dor aumentar e parecia que uma faca me cortava de dentro pra fora, abracei minha barriga e me dobrei de dor
— Aaaaaaiiiii — Eu gemi, estava doendo demais
Olhei para Jair e ele ja abotoava a calça novamente, me pegou no colo e me colocou na cama
— Ai Jair, ai, ta doendo aqui — Falei apontando para o pé da barriga.
— Deus do céu! — Ele falou e correu pegando minhas roupas, colocou meu sutiã, e depois minha camiseta. Em seguida colocou minha calcinha — Vou te levar no hospital — Ele falou em urgência.
— Não, não é tão grave assim, já vai passar
Ele passou a mão na minha buceta e me mostrou, suas mãos estavam com sangue
— Não está bem não.
Sem nem perguntar nada vesti o resto da roupa, doía demais. Ele chamou um taxi e fomos ao hospital.
No caminho a dor aumentava e eu pensava que eu estava atrasada já ha algum tempo, mas eu nem tinha pensado mais nisso pois quando usava drogas meu ciclo ficou todo louco e já faziam uns oito meses desde o tratamento, e eu não menstruava a uns três ou quatro meses.
Chegamos no hospital e um segurança me trouxe a cadeira de rodas e a partir daí eu não lembro quase nada, apenas me recordo de estar deitada em uma maca e Jair ao meu lado, então vi um borrão preto, uma mulher, magra, minha visão não estava boa.
— O que foi? — Uma voz feminina conhecida perguntou para Jair — Corri o mais rapido que pude
— Preciso da sua ajuda Princesinha 
Princesinha? Eu era a princesa, quem era princesinha? Abri o olho e foquei, era Cristina minha irmã.
Ela se aproximou
— Carla, o que você tem? — Ela colocou a mão na minha testa — Ainda está com febre.
Febre? Do que ela tava falando, eu estava grogue, não conseguia falar direito.
— Vou ligar pro Fernando tá? — Ela falou colocando a mão no meu ombro
Tentei fazer que não com a cabeça, isso iria piorar tudo, mas meus reflexos estavam lentos
Ouvi então a voz de Jair.
— Eles brigaram feio ontem, ela veio falar comigo pois estava chateada, acabou dormindo no meu apartamento, eu dormi no sofá.
— Eu vou ligar pra ele, ele vai saber o que fazer.
Ela pegou o telefone e saiu da sala, ouvi uma enfermeira ou um médico entrando e falando com o Jair
— Três meses aproximadamente pelo ultrassom.
— Três meses não? Faz oito meses — Consegui falar — To limpa a oito meses
Jair se aproximou
— Não tenta levantar Princesa, fica deitada.
Me deitei e comecei a apagar
— Três meses de que? — Falei antes da minha vista apagar por completo

O que você achou dessa capítulo?

Clique nas estrelas

Razoável 0 / 5. Número de votos: 0

Dê a sua opinião, o que achou?

Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.