Capítulo 64 — Eu também
Acordei antes do fim da tarde, ao meu lado Carla dormia pesado, Fernando e Paula também dormiam, Paula apoiada na barriga dele.
Cutuquei Fernando devagar, ele abriu um olho
— Fê, to com fome, quer algo?
— Não, obrigado — ele falou.
Eu me levantei e fui pra cozinha fazer algo para comer, preparei um sanduíche, fiquei pensando na situação que estava acontecendo, eu tinha um segredo para revelar e queria revelar quando todas estivessem reunidas, quase todas estavam aqui mas a situação da Carla quebrou minhas pernas, como eu faria para contar era algo que eu teria que descobrir sozinha.
Comi na cozinha mesmo, encostada na bancada, nua, consegui ver que na piscina Fernanda e Marjorie conversavam. Fiquei lendo algumas coisas nas redes sociais do celular depois de comer e me levantei, fui para a sala principal, Fernando e Paula não estavam, ouvi barulho no chuveiro, me bateu uma pontada de inveja dela e uma pontada de ciumes.
Mesmo após ter comido minha barriga roncou
— Meu deus, que fome é essa!? — Falei baixinho para mim mesma. Eu estava com muita fome ultimamente, eu sabia por que, mas não queria engordar, queria continuar gostosona como as meninas, e como o Fernando gostava.
Parei e respirei mentalizando \”O Fê não é só meu\” dei meia volta e fui para o vestiário, peguei um biquíni amarelo, vesti e fui até a piscina, assim que cheguei me arrependi. O Clima não estava bom, Fernanda estava de braços cruzados na água até a cintura e Marjorie tentava explicar algo.
Assim que me viram eu tentei voltar
— Não Má, não precisa ir embora, já terminamos aqui, vem aqui fazer companhia. — Fernanda falou usando um tom animado falso
Fui andando devagar e sentei na borda da piscina perto delas.
Marjorie me olhou, me fuzilando com o olhar, mas eu não tinha o que fazer, planejei sair em menos de dois minutos fingindo esquecer algo.
Fernanda estendeu as mãos para mim
— Vem, entra, a água está ótima, eu te pego!
Marjorie olhou para outro lado, eu dei as mãos e ela me puxou devagar, assim que caí na água ela me abraçou, a água não estava tão quentinha mas como o dia estava quente era refrescante.
— Nossa que quentinha — Fernanda falou me agarrando como se eu fosse um ursinho — Você ta melhorzinha? — Me perguntou
— Melhor? — Pensei no que ela havia dito, pensei que ela estava falando sobre o meu segredo atual mas logo imaginei que era sobre o incidente com meu ex-noivo — Ah sim, estou bem, sem marcas já. — Mostrei os braços
Fernanda me puxou mais e me deu um beijo nos lábios
— Você é tão gatinha né, passamos tão pouco tempo juntas — Visivelmente esse foi um comentário para criar ciumes na Marjorie
— Ah Fê, obrigada, eu to sempre por aqui — Tentei ser neutra.
— Aposto que você seria uma namorada muito melhor que essa aí — Apontou para a Marjorie
Olhei para Marjorie, ela estava baixada na água, sua cara era feia para mim
— Para com isso Fê, a Marjorie é sua noiva, ela te ama, da pra ver na cara dela.
Consegui ver um sorriso breve no rosto de Marjorie
— Ah, tinha me esquecido, não é Marjorie é Margie — Fernanda falou debochada
— Margie? — Repeti sem entender
— É, Margie é o apelido carinhoso dela — Marjorie tentou falar algo mas Fernanda interrompeu antes — Mas é só pras negas delas, pra gente é Senhorita Marjorie, né \”M\”?
Marjorie murchou
— Amor, desculpa, eu já disse, a gente não tava junta quando saí com ela — Marjorie falou com a voz depressiva, eu raramente a via assim, com a guarda baixa e derrotada
— Você escondeu isso de mim Marjorie, ela é minha prima e eu não conhecia — Fernanda me puxou e me virou de costas, fiquei de frente para Marjorie e senti os braços de Fernanda me abraçando por trás, ela me deu um beijinho no pescoço que me arrepiou — Me fala uma coisa, você fudeu com aquela branquela?
Marjorie não falou nada por uns cinco segundos.
— Eu sabia — Fernanda falou num to de voz alto — Vaca!
— Fê, a gente não namorava na época — Marjorie repetiu
Aproveitei que Fernanda me largou para sair da lado
Fernanda apontou o dedo para Marjorie
— Puta, vagabunda, é isso que você é, uma vagabunda que sai por aí chupando buceta da primeira filha da puta que aparece na sua frente — Fernanda colocou as duas mãos no rosto — Eu não acredito Marjorie, puta que pariu — Esse ultimo palavrão saiu num tom de voz bem alto, quase um grito histérico.
Marjorie se aproximou e agarrou ela
— Ei, Gatinha, calma! — Falou num tom de voz brando
— Calma nada sua filha da puta, me solta! — Tentou empurrar Marjorie, mas Marjorie apertou ela mais — Me solta Marjorie! — Fernanda gritou de novo.
Marjorie apertou ela mais ainda, pressionando contra a borda da piscina
— Não solto! — Você é minha
— Me solta — Fernanda gritou e começou a chorar de soluçar
Eu fiquei olhando quieta, era uma DR bem pesada.
Marjorie ficou abraçada com ela alguns segundos, fiquei só de lado olhando, então sem avisar nada Marjorie segurou o rosto de Fernanda com as duas mãos
— Eu te amo — Marjorie falou
— Ama Nada! — Fernanda falou ainda chorando
Marjorie limpou as lágrimas dela
— Fê, eu não te traí, ela foi antes de você, eu não escondi nada, eu nem sabia que ela era irmã da Carla
— Não mesmo? — Fernanda perguntou fazendo biquinho
— Claro que não! — Marjorie falou decidida
— Você já transou com muitas garotas? — Fernanda perguntou
— Sim, com as meninas daqui, varias vezes — Marjorie falou dando um beijo no nariz de Fernanda e limpando as lágrimas, Fernanda parecia mais calma
— Não daqui, de fora, você já transou com outras mulheres? — Fernanda perguntou limpando o próprio rosto
— Sim, já transei — Marjorie respondeu reticente
— Quantas? — Fernanda perguntou sem nem pensar
— Amor, sério? O que isso tem haver? — Marjorie protestou
— Quantas? — Fernanda Repetiu
— Fê, o que isso vai agregar?
— Quantas!? — Fernanda falou em um tom de voz mais alto
— Vinte e cinco — Marjorie falou sem expressão no rosto
— Vinte e cinco? Eu sou só mais uma pra você né? — Fernanda falou magoada
— Não mais uma, mas você é a Unica pra mim, quando eu transei com a primeira mulher eu já te conhecia, todas que transei foi lembrando do seu cheiro, da sua voz, da sua risada, do seu gemido
Fernanda olhou para ela e depois pra mim, vi seu rosto corando
— Mentira — Fernanda falou num sussurro
— Você sabe que é verdade, depois que estamos juntas eu só transo com você e com o pessoal daqui — Marjorie se explicou
— Eu não gosto dela — Fernanda falou parecendo infantil
— Então vamos deixar ela pra lá — Marjorie falou dando um beijo nos lábios de Fernanda.
Fernanda deixou e logo vi as línguas se entrelaçando com vontade, elas começaram a se agarrar e a se apertar.
Comecei a sair de fininho mas senti um puxão, na cordinha do meu biquíni
— Não sai não Japinha, fica aqui um pouquinho, desculpa pela ceninha — Fernanda falou, seu nariz estava vermelho ainda por que tinha chorado.
Me aproximei, Marjorie não estava com uma cara muito boa pra mim, mas pra minha surpresa foi Marjorie que me puxou e me deu um beijo, senti sua língua invadindo minha boca, e eu me assustei, mas retribuí, era um beijo gostoso, eu já tinha beijado aquela boca varias vezes e gostava todas as vezes.
Fernanda entrou no meio do Beijo e ficamos as três nos beijando e acariciando, senti as mãos delas agarrando meus seios, minha bunda, minha cintura e comecei a fazer o mesmo, os seios de Fefe eram grandes e o de Marjorie era médio, mas ambas tinham bundinhas gostosas.
Eu não era lá muito lésbica mas me sentia confortável ali com elas, tirei meu próprio sutiã e coloquei no pescoço de Fernanda
— Japonesa safada! — Fernanda falou rindo e tirou o próprio também, depois tirou o de Marjorie — Deixa eu sentir vocês
Fernanda puxou nós duas e nossos seios se encostara, ficamos roçando eles um pouco, hora biquinhos com biquinhos, hora uma mão boba que aperta eles.
Marjorie começou a se afastar e senti ela puxar minha mão
— Eu quero transar, venham.
Ela puxava Fernanda também, saímos pela rampa de acesso e fomos até a sala principal, pegamos uma toalha e vimos Fernando e Paula
Paula usava uma camisetinha apertada e uma saia de colegial, estava apoiada em um aparelho com a bunda empinada e Fernando dava chibatadas nas costas dela, ela gemia baixinho, Carla estava acordada olhando de lado, quando nos viu apenas sorriu e depois continuou olhando para eles, seu movimento embaixo do cobertor sugeria que se masturbava.
Senti novamente inveja dela, eu queria esperar todas juntas mas Gabi não estava ali, não sabia o que fazer.
Fernando veio até nós, estávamos secas já e usando apenas as partes debaixo do biquíni. Coloquem seus uniformes da escola.
Fomos até o vestiário
— Ah, eu queria só velcro hoje — Marjorie falou
— Vamos pedir pra ele, ele deixa — Eu falei animando ela
— Relaxa Margie, a gente da um jeitinho — Fernanda falou, e vi quando Marjorie franziu a testa, mas não falou nada.
Vestimos nossos uniformes e coleiras. Fomos então ao encontro de Fernando.
Ele colocou todas nós nos aparelhos, eu fiquei com a barriga apoiada numa espécie de mesa, com uma pressão que eu não gostei, fiquei preocupada, protestei mas Fernando não deu a mínima, ele ficava muito autoritário quando brincávamos, resolvi deixar rolar.
Fernanda e Marjorie foram colocadas em outros aparelhos. Todas nós fomos chupadas, beijadas, arranhadas e surradas. Estava maravilhoso, mas a minha posição me preocupava, eu tinha medos.
— \”F\”, não quero ficar aqui — Falei chamando a atenção dele.
Fernando veio por trás de mim e chupou minha buceta, eu não conseguia controlar meu tesão, estava molhada e ele colocou o pau devagar dentro de mim
— Fê é sério, não quero ficar aqui. — Falei novamente pedindo pra sair.
As meninas ouviam mas não davam atenção, Marjorie estava com pregadores nos seios, Fernanda estava amarrada e Paulinha com braços e mãos amarrados sentada em um cavalete que vibrava.
Ele colocou o pau dentro de mim e empurrou devagar, era gostoso e grosso mas estava preocupada, resolvi apelar
— Masseratti! — Falei em voz alta, era a minha palavra de segurança, ela indicava que algo não estava certo no momento.
Senti Fernando sair de mim rápido e deu a volta soltando as amarras.
— O que foi? — Ele falou preocupado, me olhando — Ta tudo bem?
Eu me levantei, me senti mal pela situação que causei
— Eu quero falar uma coisa, isso está me comendo por dentro. — Falei meio chateada
Fernando foi até Paula e desligou a vibração, passou pelas meninas e soltou os pregadores e as cordas.
Elas vieram até mim
— O que foi Má? — Fernanda falou se aproximando.
Respirei fundo
— Eu, eu sei disso a algumas semanas, eu ia contar — Falei sem conseguir foco algum
— Falar o que? — Fernando se aproximou e pegou minha mão.
— Eu fiz os testes, me senti mal e estou sentindo uma fome terrível — Falei num tom de voz mais alto do que eu pretendia
— O que foi Márcia, fala logo
— Eu estou grávida também! — Falei em um grito, vi os rostos chocados de todos me olhando.
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