Capítulo 70 – Religião
Faziam algumas semanas que eu não tinha contato com o Rodrigo, depois daquela noite louca e na piscina eu fiquei pensativa, eu não sabia exatamente o que havia acontecido, não queria acusar ele de nada, queria apenas entender.
Parei a minha moto na garagem de casa e subi para casa. Preparei uma banheira para mim e fui tomar banho, recebi uma mensagem de Rodrigo, ele queria me ver, disse para ele vir a minha casa, ali eu achava seguro, e como eu não sabia o que era exatamente eu insisti. Ele pediu para sairmos mas eu disse que meu apartamento era grande e tinha uma sala de TV separada, podíamos assistir algo lá, e que eu não queria sair.
Vesti um vestido simples, usava apenas uma calcinha confortável por baixo, como meus seios eram pequenos não ficava nada absurdo e provocativo, apenas um pouco marcadinho.
Por volta das oito horas da noite meus pais saíram, minha irmã não estava em casa. Rodrigo chegou e eu deixei o porteiro abrir para ele.
Eu não estava pensando em nada sofisticado, logo eu iria pedir algo para comer, uma pizza, hamburger, sei lá.
Quando a porta do elevador privativo se abriu rodrigo saiu sorrindo, a pele escura fosca iluminada pela luz amarela do corredor, parecia ainda maior do que o de costume, vestia uma camiseta e uma calça jeans e trazia um saco de papel nas mãos
— Boa noite luz do Luar — Ele falou sorridente
Achei engraçado as palavras e me pareceu aleatório.
Me aproximei e dei um abraço nele
— Boa noite, pode entrar .
Me dirigi à sala e ele veio atrás de mim.
— Bem, eu não sei se você comeu, mas eu trouxe algo.
— Comida é? Vai ser um jantar romântico? — Falei sendo sarcástica
Ele colocou o saco na mesa e sorriu com os dentes grandes e brancos
— Ah sim, o romantismo está onde estamos
Fiquei parada observando e ele abriu o saco, de dentro tirou alguns saquinhos menores, eram hambúrgueres e batata frita
— Tem alguma bebida aí? — Perguntou olhando em volta, seria nosso acompanhamento
Eu sorri e fui até a geladeira, peguei um refrigerante.
— Excelente! — Ele falou esfregando as mãos e indo até o pequeno bar pegando algumas bebidas alcoólicas — Cuba Libre
Eu sorri mas não desaprovei
Pegamos a comida e fomos para a sala de TV, escolhemos um filme no serviço de assinatura de Streamer e começamos a ver, depois de uns vinte minutos eu mesma não aguentei e perguntei
— O que rolou naquela noite? — Cruzei as pernas no sofá e me virei pra ele.
— Que noite? — Ele respondeu sem tirar os olhos da tela
— Não se faça de idiota! — Eu falei brava.
Ele se virou para mim também.
— Transamos, foi isso? — Ele falou levantando uma das sobrancelhas
— Sim, mas estávamos drogados
Ele pensou por uns segundos e respondeu
— Aquela não é uma droga comum, ela não deixa você inconsciente ou deixa você veraneável a nada, apenas eleva o seu prazer sexual associado ao sentimento de amor para que você demonstre seus sentimentos
— Eu, eu não sei se é isso mesmo, eu não uso drogas, você sabe, sou contra isso — Falei me sentindo mal
— Paula, aquela não é uma droga comum, ela não vicia, não deixa rastros é um agente psicológico, age apenas naquele momento e desaparece, ela é só um impulso para a vontade sexual — Rodrigo explicou
— Você ta querendo dizer que eu transei com você por que eu queria transar? — Falei com desdém
— Sim, foi exatamente isso, se você tomasse ela e não sentisse nada por mim e eu nada por você nada teria acontecido, não é apenas sexual, ela liga o sentimento e demonstra sexualmente
— Eu eu — Fiquei sem palavras momentâneas
— Não precisa falar nada Paula, eu não quero te cobrar nada, te pedir nada, aliás, só peço que deixe eu ficar aqui com você.
— Você gosta de mim mesmo? — Perguntei tentando entender o que estava acontecendo
— Olha, por tudo o que eu já passei, pensei, fiz e analisei posso dizer com toda a certeza que eu te amo.
Fiquei sem palavras e abri a boca pra dizer algo, eu realmente sentia algo por ele, ele sempre esteve por perto apesar de ficar alguns anos fora, eu me sentia bem com ele, me sentia segura e tranquila com ele.
Ele se aproximou e segurou minha mão
— Paula, de novo, não precisa dizer ou fazer nada, vamos só comer nossos hambúrgueres e assistir ao filme, ou conversar se você quiser.
— Eu, eu quero saber mais sobre esse negocio,a quela casa que estávamos, pode me falar?
Ele entortou a cabeça
— Saber mais? O que você quer saber? — Ele perguntou tirando o sorriso dos lábios.
— Tudo, esse cara, esse tal de Maresh, como sua irmã teve uma mudança física tão drástica e por que os olhos ficaram violeta…
Ele respirou fundo
— OK, oficialmente Emilio Maresh é um bilionário do ramo cosmético, as empresas dele desenvolvem tecnologias voltadas para a beleza e agora entrou no ramo de tecnologias móveis, automotivas e aeroespaciais.
— Sim, vi uma reportagem sobre isso a uns meses atrás, ele parece não ter vindo de lugar nenhum né, há uma espécie de conspiração por trás da origem dele.
— Sim, existem muitas especulações sobre a origem dele, mas ele tem documentos e uma origem comprovada.
— Então, você sabe da verdade? Você é policial né, você é um agente da inteligência da Interpol. — Perguntei curiosa
Ele abaixou a cabeça
— É, eu falei demais mesmo, sim eu sou — Ele parecia lamentar
— E qual é a verdade? O que esse cara é?
— Antes de eu falar exatamente, você deve entender que qualquer coisa que eu te disser está ligada a uma condição
— Que condição? — Perguntei ainda mais curiosa
— É segredo internacional, minha palavra está ligada ao juramento de diversos códigos de diversas nações pelo mundo, se eu quebrar esse código eu serei procurado em centenas de países e ficará impossível de me esconder.
— Entendo — Respondi prestando atenção
— O que você tem que entender mesmo é que se eu te contar algo, estarei quebrando o código — Ele falou enfático
— Só se eu contar pra alguém, eu não vou falar pra ninguém, jamais prejudicaria você e você sabe.
Ele passou a mão na cabeça, o cabelo raspado fez um som áspero, ele parecia pensativo e preocupado.
Me ajoelhei e me aproximei dele segurando as sua mão com minha duas mãos.
— Confia em mim, por favor — Minha curiosidade era tamanha, e meu instinto estava gritando e dizendo que eu precisava fazer aquilo.
Ele olhou pra mim e passou a mão no meu rosto, se aproximando devagar, eu segurei a mão dele.
— Rodrigo, eu não quero que você faça algo para mim ou por mim que esteja condicionado a algo, se for para confiar em mim, confie por que você gosta de mim seja como mulher ou como amiga. — Soltei a mão dele
Ele sorriu
— Você é linda, sempre fui apaixonado por você, fazer amor com você foi como um sonho de toda uma vida pra mim. Você é tudo o que eu imaginei.
Eu sorri, ele beijou minha mão
— Obrigada — Agradeci o carinho, isso fazia bem para o ego, um homem daquele tipo me elogiando e doido por mim, respirei aliviada e sabia que ali nada de mal e descontrolado me aconteceria.
Ele colocou as duas mãos no joelhos e respirou fundo
— OK, la vai. — Apontou o dedo pra mim — Nenhuma palavra pra ninguém, ok? se não eu vou preso!
— Pode confinar em mim, de verdade.
Ele sorriu
— Eu confio.
Respirou novamente
— O que descobrimos sobre Emilio Maresh é algo fora do comum. Os documentos dele parecem reais mas são falsos, os testemunhos de pessoas que o conheceram na infância eram forjados e realmente não há quem o conheça.
As digitais dele são comuns e por muito tempo achamos que ele não era humano, até conseguirmos uma amostra de sangue, e isso revelou algumas coisas surpreendentes.
— Não era humano? Como assim? — Perguntei confusa
— Depois falamos disso, nossas investigações vão mais fundo do que você pode imaginar — Ele respondeu amoroso
— Desculpe, continue — Falei dando um tapinha no joelho dele
— Após conseguirmos a amostra de sangue identificamos um DNA completamente normal e humano, mas o sangue consistia em um detalhe simples — Ele falou fazendo o numero 1 com o dedo
— Qual? — Perguntei atenta dando uma bicada na bebida
— Doenças, o sangue dele continha cento e trinta variações do vírus da — IDS, alguns desconhecidos, Sífilis, Gonorreias e todo o tipo de doença conhecido fora outras doenças não conhecidas e que estão sendo testadas em laboratório
— Ele é doente e tem tudo isso? — Perguntei meio apavorada e enojada
— Aí que está, sim, ele tem, mas há um reagente forte no sangue dele, algo que faz todas as doenças ficarem inativas, isso torna o sangue simplesmente imune a tudo, as doenças estão lá e ele pode passar pra qualquer um, mas o corpo dele lida com isso de uma forma diferente.
— Como você sabe que o corpo lida assim?
— Depois de um tempo conseguimos predê-lo por documentos ilegais, falsidade ideológica, falsa identidade, risco de contágio, arma biológica e outros diversos processos. Então, como uma cordo ele contou a historia dele.
— E qual é? — Perguntei aflita
— Você conhece o conceito de universos paralelos? Teoria das cordas, Teoria dos muitos mundos?
— Universos paralelos? Acho que já vi algo sobre isso. — Respondi tentando puxar algo da memória
Ele deu um grande gole na bebida
— Os universos paralelos são cópias desse universo, mundos completos criados quase no mesmo momento do BIG BANG, alguns podem ser iguais ao nosso só que mais adiantados ou atrasados no tempo, outros podem ser completamente inabitáveis e em algum outro ainda existem dinossauros na terra.
— Sim, eu sei o conceito, o que haver com esse cara?— Perguntei franzindo a testa
— Ele é de um universo paralelo ao nosso — Ele respondeu sem rodeios
— Ele tem toda essa tecnologia e tudo mais por que ele é de um universo paralelo que está no futuro? é isso? — Perguntei tentando pensar no que dizia mas era muito pra mim
— Não, ele está em um universo paralelo diferente, a historia deles foi bem parecia com a nossa até uns quarenta mil anos atrás, a diferença primordial é que eles tem o \”gene da crença\” desligados — Ele falou fazendo um gesto como se desligasse um interruptor com o dedo.
— \”Gene da crença?\” — Eu não sabia o que ele estava falando — Como assim?
— Ele e ninguém no mundo dele sabe o que é crença, eles não tem nenhum tipo de crença religiosa, a civilização dele se formou sem nenhum mito sobrenatural e nem nada que indique algo fora da realidade
Fiquei pasma, não sabia nem o que pensar, aquela história estava sobrecarregando meu cérebro
— E o que a religião tem haver com isso? — Perguntei confusa
— Por não ter a religião eles se apoiaram em outras coisas, no caso, por sexo. A civilização deles gira toda em torno do culto sexual, é uma civilização direcionada para o sexo. O maior avanço deles é na parte corporal, eles dedicam todos os esforços para terem corpos belos, saudáveis e perfeitos.
— E é essa tecnologia que sua irmã usou para melhorar o corpo? — Perguntei tentando entender
— Sim, eu não tive controle disso, ela entrou em contato com ele e quando eu soube já havia feito os procedimentos
— E as pessoas que fazem os procedimentos trabalham para ele? É uma espécie de gratidão?
— Não, não é gratidão, ele cobra pelos procedimentos, mas as pessoas acabam se envolvendo em um circulo social de iguais, de pessoas com olhos violetas.
— Sim, ela tem os olhos violetas mesmo, por que isso? — Perguntei ainda curiosa, me lembrando desse detalhe
— Aparentemente é um efeito colateral do procedimento, no mundo do Emilio Maresh, a grande maioria das pessoas tem os olhos violeta também.
Eu estava ajoelhada no sofá, encostada de lado no encosto, de frente para ele, estava com o olhar pedido tentando entender o que estava acontecendo, tentando processar toda aquela história, aquilo havia me cansado, parecia um filme de ficção científica.
Senti então Rodrigo passando a mão na minha cintura e despertei do transe, o tempo todo estávamos bebendo Vodka com refrigerante, e eu já estava ficando um pouco tonta, dei então uma ultima golada no copo.
— Você por outro lado não teria os olhos violetas se fosse de lá — Ele falou apertando de leve minha cintura, não me importei.
— Porque não? — Perguntei olhando para ele confusa
— Por que você é perfeita, não precisa mudar nada.
Eu sorri com o elogio
— Obrigada pela mentira, mesmo assim obrigada
— Não é mentira não — ele correu a mão até a lateral do meu seio e até a minha coxa — Você é perfeita.
Resolvi entrar no jogo dele
— Tem muita coisa que eu mudaria — Falei prendendo meu cabelo
— Eu não mudaria nada, de verdade, mas o que você mudaria? — Ele perguntou olhando para mim.
— Meus seios, eu queria ter eles maiores
— Maiores? Eu acho eles perfeitos — Ele respondeu com um sorriso malicioso
— Não, sério, eu queria eles bem maiores, do jeito que são parecem os seios da Gabi
— Gabi, Gabi é aquela garota trans que é escrava junto com você né
Escrava? Pensei nessa palavra, não sei se gostava dela
— É, essa mesma.
— Mas ela não tem mesmo, mas você tem, bem, eu não lembro direito pois meu pensamento daquela noite não está tão certo, mas eu gostaria de ver novamente.
Sorri pra ele
— Safado! — Falei constatando a verdade.
Ele se virou para o outro lado do sofá para colocar mais bebida alcoólica no refrigerante, quando se virou para mim eu estava na mesma posição mas apenas de calcinha.
Apontei para meus seios e os peguei com as duas mãos, eram realmente pequenos com os bicos grandes.
— Olha, eles são pequenos
Ele me olhou com os dois copos na mão e virou na direção anterior, colocou os dois copos na mesinha e se virou devagar para mim, passou a mão na minha cintura e se aproximou de mim me puxando junto.
Antes que eu conseguisse falar algo a boca dele foi direto no meu seio direito chupando o mamilo com força, abri a boca e dei um gemido, era forte e grosseiro, uma delicia.
Ele apalpou meu corpo, passou a mão na minha bunda sem parar de chupar, então tirou a boca
— Eles são pequenos sim, mas são uma delicia, eu não mudaria, mas se você mudar eu vou continuar amando
Sorri satisfeita, ele me venerava!
— Vem aqui — Ele me puxou para cima dele, e com muita força rasgou minha calcinha deixando ela em trapos, em seguida começou a abrir o zíper da própria calça abaixando-a completamente mesmo estando sentado.
Eu apenas encarava ele de cima, com o queixo levemente levantado demonstrando superioridade, como se eu fosse a deusa inatingível que ele imaginava.
O Pau dele saiu da calça, grosso, escuro e molhado
— Tava o tempo todo com tesão né? — Perguntei
Ele riu e suas mãos apertaram minha bunda, ele me puxou e o pau ficou na porta da minha buceta, eu fiz um movimento e facilitei a entrada, entrou grosso me arregaçando, lembrou muito o pau delicioso do meu pai.
A iniciativa de beijá-lo foi minha, tirei então sua camiseta, seu peito era forte, estava suado e com um cheiro másculo gostoso.
Comecei a pular no pau dele, para cima e para baixo e ele tentava me apertar, batia na minha bunda e tentava abocanhar meus seios, então em poucos minutos ele começou a gozar, eu tirei o pau de dentro e sentei em suas coxas enquanto o pau duro dele gozava na barriga dele e na minha, eu segurei e massageei devagar, ele gemia satisfeito.
Me levantei e peguei uma toalha, dando para ele, me sentei ao seu lado, quando ele se recuperou da gozada ele me puxou devagar.
— Eu quero uma noite completa de amor com você, não só uma foda, você é uma deusa que merece o melhor, quero chupar você
Eu empurrei devagar
— Calma, vamos deixar rolar
Minha buceta pulsava e eu queria muito gozar, mas não queria me masturbar, ele ter gozado tão rápido provavelmente se deve à expectativa que ele tem ao me venerar, me senti como uma deusa aceitando o sacrifício de sêmen, ri sozinha disso depois.
— Já que te contei isso, preciso falar outra coisa importante.
Ele se encostou no sofá e passou a mão em meus cabelos.
— Fala — Encorajei
— Eu não sei direito como funciona o negocio do seu Harém — Ele disse enquanto me acariciava
Fiquei surpresa por ele citar o Harém novamente
— O que tem? — Perguntei sendo hostil de certa forma
— Por curiosidade fui procurar saber mais, e acabei encontrando algo errado, muito errado
— Algo errado? Como assim? — Me preocupei e imediatamente veio algo à minha mente
— Fernando é o dono né? Você transa com ele?
Resolvi ser direta
— Transo, por que? — Falei ríspida
— Apenas para saber, preciso que você me leve lá, preciso falar com ele, vocês todas estão correndo um grande perigo
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