Capítulo 88 – Cicatrizes
Já era fim de expediente no hospital, aquele plantão já estava durando quatorze horas, não era algo comum, mas devido a um surto de gripe tivemos que fazer umas extensões nos nossos horários pois haviam muitos pacientes no Pronto Atendimento e também médicos e enfermeiros de licença.
Eu havia ido até vestiário, havia colocado minha roupa de saída, com meu sapato de salto pois ficaria ali no máximo mais vinte minutos e queria sair voando.
Entrei no consultório distraída com uma radiografia de uma menininha então outra pessoa entrou também, era comum os enfermeiros entrarem para colocar exames, pegar resultados e falar comigo.
— Dra Fernanda? — Uma voz masculina me chamou
— Sim — respondi olhando a radiografia encaixada no Negatoscópio, aquele painel luminoso que se acende para vermos o resultado o Raio-X.
Ele ficou em silêncio, então me virei e olhei para ele, era um enfermeiro que eu já havia visto, as meninas comentavam com ele era gatinho, tinha a pela branca com cabelos e olhos castanhos.
Era pouca coisa mais alto que eu e tinha um vozeirão grave, ele me olhava com um sorriso simpático no rosto
— A Carolina está esperando no corredor — Senti a voz dele estremecer o ambiente
— Carolina? — Perguntei distraída
— Sim — Ele apontou para o Raio-X — A dona desse braço
— Ah sim — Respondi atrapalhada, fui na direção dele e estiquei a mão — Meu nome é Fernanda, parece que nunca nos falamos né?
O Sorriso dele se abriu, mas não era entregue
— Nos falamos sim, algumas poucas vezes, eu sou o Enfermeiro Gley
Ele sacudiu minha mão e eu desviei o olhar envergonhado
— Bem, pode pedir pra entrarem — Peguei uma outra ficha de dei pra ele — Essa ficha eu chamei e não veio ninguém pede pro balcão verificar, por favor.
— Claro — ele esticou a mão para pegar ficha mas eu acabei soltando antes e ela caiu.
Nos abaixamos para pegar enquanto eu me desculpava envergonhada, ele ria e me ajudava a pegar cada papel e colocar dentro da ficha, quando fui me levantar esqueci que estava de salto, a inclinação fez meu pé torcer e eu me joguei pra frente para não ter uma fratura ou uma torção, a projeção do corpo foi em cima de Gley, ele me segurou e me levantou rapido, era forte e de pegada firme.
— Obrigada — Agradeci envergonhada enquanto segurava no ombro dele e colava meu corpo junto o dele, mas sem segundas intenções
A porta se abriu e outra pessoa entrou, era Rosa, ela observou debaixo em cima e nos viu juntos.
— Hmm, estou vendo que se conhecem bem
Meu instinto foi empurrar Gley e dar um passo para trás
— Eu ia cair e o Gley me segurou
— Exato — Ele respondeu pegando os papéis e saindo da sala — Doutoras, até mais
— Até — Rosa e eu respondemos junto
Rosa me olhou e eu vi seu julgamento, colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça negativamente, percebi a intenção dela
— O que foi? — Perguntei nervosa
Mas antes que ela pudesse responder a porta se abriu e a mãe da garotinha entrou empurrando a filha em uma cadeira de rodas
Rosa saiu e fez um sinal de negativo com a cabeça. Isso me deixou extremamente de mau humor, quem ela pensava que era? Eu não devia lealdade a ela.
Atendi a menina e mais cinco pacientes até que o colega que iria me cobrir chegou, me despedi e saí.
Na porta do estacionamento, do outro lado da rua Rosa me esperava, estava com um cigarro em mãos nervosa.
Estufei o peito e atravessei a rua em direção ao estacionamento pronta para dar um esporro nela.
Passei por ela sem falar nada e peguei a chave na guarita, ela veio atrás de mim, quando cheguei no carro ela falou
— Você gosta de homens também é?
Apertei o alarme do carro e ele apitou, sem olhar pra ela respondi
— Gosto de quem me faz bem! — Meu tom era áspero
— Está irritada por que eu vi você e seu namorado? — Rosa perguntou petulante
— Ah, vai se fuder! — falei abrindo a porta do carro
Rosa colocou a mão na porta e fechou com força
— Que porra é essa sua moleca, ta me tirando de otária? — A Mão dela tremia
— Eu não to tirando ninguém, tava trabalhando, me deixa em paz — Tentei abrir a porta de novo, mas novamente ela empurrou
— Achei que você era uma mulher de respeito, ficar se agarrando com enfermeirinho dentro do consultório, é baixo até pra você! — Ela estava magoada
— Até pra mim? — Peguei na porta e puxei, ela empurrou de novo.
Peguei minha bolsa e abri, dentro havia um canivete suíço que a Márcia havia me dado a alguns anos, puxei a faca pra fora
— Fecha essa porra dessa porta de novo e você vai fumar por um buraco na sua traquéia! — Ameacei — Você sabe como eu sou precisa
A cara dela foi de surpresa e incredulidade, ela toda tremia de nervoso, coloquei a mão na maçaneta do carro e abri, ela deu um leve passo para trás. Joguei minha bolsa dentro e fechei a porta. Ela deu a volta para entrar pelo outro lado, mas eu apertei a trava e arranquei com o carro não dando tempo.
O rapaz da guarita estava olhando atônito para a confusão.
Peguei a estrada e percebi que a tela do celular estava acesa, Rosa estava me ligando, não atendi mas ela insistiu, na oitava tentativa eu atendi
— Fala porra! — Eu estava gritando
— Desculpa — A Voz dela do outro lado era quase uma súplica
— Desculpa Rosa? Você me chama de puta e pede desculpa? O que você tem na cabeça?
— Volta aqui vamos conversar! — Ela suplicou
— Que volta aqui o que, eu vou embora pra casa
— Eu vou aí te encontrar — Ela falou decidida
Isso me deu mais ódio ainda
— Vem aqui? Vem aqui? Filha da puta! — Gritei no telefone e desliguei
Comecei a esmurrar o voltante do carro e a gritar de nervoso, encostei no acostamento e respirei fundo, fechei os olhos e ouvi o celular vibrando, atendi sem olhar
— Alô! — Falei num tom de voz severo
— Não fica com raiva de mim, eu te amo, me deixa acertar isso — Era Rosa ainda suplicando
Encostei a cabeça no volante
— Fê, Amor? Onde você está?
— Rosa — Falei o nome dela e esperei me acalmar, eu não queria ofender ela
— Fala comigo amor, me desculpa, eu não queria insinuar nada, me deixa compensar isso, me fala onde você está que eu vou aí
— Rosa — Minha calma estava voltando
— Sim, pode falar — Ela sussurrou
— Eu vou pra minha casa, hoje eu tenho um encontro com a minha esposa, nós vamos jantar e você deveria fazer o mesmo por que você também é casada — No fim da frase levantei o tom de voz
— Eu não vou sair com aquele inútil
— Pois é, a Marjorie não é uma inútil e eu a amo, nós vamos sair hoje a noite para ficarmos juntas
— Você não quer ficar junto comigo né? — Rosa me perguntou magoada
— Eu não sei Rosa, você está me sufocando, você está me cobrando e acha que tem direito sobre mim, não me da tempo pra pensar
— Desculpa eu não queria deixar você chateada
— Mas deixou, estou realmente desapontada com você Rosa, olha, por essa eu não esperava, eu achava que você era uma pessoa que confiasse em mim
— Mas eu confio
— Não confia, o cara tava me ajudando a levantar e você fez uma cena
— Mas eu achei — Ela ia falar mas eu interrompi
— Não me interesso pelo que você achou, só não me liga mais hoje e nem manda mensagem pois vou estar com minha esposa entendeu?
Ela ficou em silêncio
— Rosa, você entendeu ou eu vou ter que desligar meu celular?
— Entendi
— Ta bom, amanha venho pro plantão a gente se fala, beijo, tchau
— Eu te amo — Ouvi ela falar e desliguei
Fiquei parada no acostamento me acalmando mais e pensando no meu acesso de raiva que tive a pouco, acho que estava trabalhando demais, tensa demais, cansada demais, eu só queria ir pra casa e ficar no sofá vendo TV, não queria sair e ver ninguém.
Coloquei no radio e estava passando uma musica tranquila, me concentrei nela e fui pra casa cantando.
Quando cheguei não havia ninguém na sala
— Marjorie! — Chamei me sentando na cadeira alta do balcão que dividia os ambientes
Ela apareceu na porta do quarto
— Por que você não me atendeu!? Ta tudo bem?
Peguei o celular e vi as ligações, quatorze chamadas não atendidas da Dra Rosa e três da Marjorie
— Eu estava com a Dra Rosa no telefone falando sobre um procedimento de amanhã, desculpe
Marjorie estava abotoando o brinco, vestia um terninho social, o cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo alto, estava de batom vinho, uma roupa muito social para o restaurante que iriamos
— Nossa, é tão formal assim onde vamos?
Ela se aproximou e me deu um beijo
— Desculpa amor, não vou poder sair hoje, surgiu uma reunião de emergência, tenho que ir
— O Fê não pode ir? — Perguntei quase numa súplica
— Não pode, ele não conhece esse segmento, mil perdões — Ela me abraçou e me deu um beijo na bochecha — Assiste alguma coisa, come e descansa você está com carinha de cansada.
Fiquei decepcionada, sentei no banquinho novamente, ouvi um barulho de alerta de celular, Marjorie veio, estava linda como sempre, calça social apertada, terninho, tudo em cor cinza grafite combinando com um sapato de salto baixo preto.
— Estou bem? — Ela perguntou sorrindo pra mim quase como uma personagem de desenho animado
— Está linda! — Falei enquanto a abraçava e apertava seu bumbum
Ela riu e me deu um selinho
— Preciso ir, quando voltar a gente faz amor tá? — Falou segurando minha cintura — To com saudade
— Combinado! — Passei as mãos nos seios dela e senti minha pepequinha pulsar de tesão.
Ela saiu e mandou um beijo para mim, o carro que ela chamou já estava na porta.
Fiquei desanimada pensando no que faria, pensei até em ligar pra Rosa mas achei melhor deixar pra lá, acho que seria melhor dar um tempo no relacionamento com ela, estava ficando perigoso, ela tinha todo o perfil de quem ia surtar a qualquer momento.
— Oi Fê, vamos? — Ouvi a voz de Mariana
Me virei
— Oi, vamos pra onde? — Mari estava com uma calça jeans bem apertada, um topzinho preto com uma camiseta furadinha transparente por cima, usava o F prateado no pescoço e brincos prateados, além de anéis e pulseiras, usava um batom vermelho
— Ah não, não é \”A\” Fê, é \”O\” Fê
— Vamos — Ouvi a voz de Fernando, estava parado na escada
Ele se aproximou de mim e me deu um selinho
— Você ta bem? — Ele perguntou carinhoso
— Estou, onde vocês vão? — Perguntei rápido
— Vamos a um evento de lançamento de equipamentos pra academia, jantar e dança
— Vai quem? — Perguntei carente
— A Mari e eu — Ele respondeu enquanto abotoava a camisa social nos pulsos
— Posso ir?
— Não, o ingresso é só pra dois — Ele respondeu me olhando e fazendo uma cara pesarosa
Olhei para Mari, ela estava animada e sorridente, estava linda e brilhante, senti inveja dela
Me levantei
— Eu vou com você, deixa a pirralha aí.
— Como é? — Mari perguntou
— Eu sou mais velha aqui, eu tenho direitos sobre você, eu vou e você fica, e pode me emprestar essa camisetinha transparente que está linda
Ela olhou para Fernando desesperada
— Não Fernanda — Ele falou decidido
Me virei e cruzei os braços
— Posso saber por que não? — Me controlei para não despejar minha raiva e inveja em cima dele, eu sabia que aquilo iria acabar em uma surra pra mim
— São três pontos importantes — Ele falou cruzando os braços e imitando a minha posição — A Primeira é que eu já prometi pra ela que ela iria comigo, A Segunda é que o convite é nominal e a Terceira é que eu quero que ela vá comigo. — Ele me encarou — Alguma objeção?
Fiz uma cara de choro por uma fração de segundo e desviei o olhar
— Não, tudo bem
Ele levantou minha cabeça e me fez olhar pra ele
— O que houve? — Fernando havia percebido que eu não estava normal
— Nada — Respondi ríspida
— Ei, o que houve? — Ele insistiu
Olhei para ele e tentei falar apenas com o olhar, ele não entendeu, claro mas sabia que algo não estava normal. Me deu um beijo na testa
— Ta bom, quando eu chegar a gente conversa e você me fala, pode me esperar?
Fiz que sim com a cabeça, apenas concordando sem falar nada.
— Ótimo — Ele pegou na mão de Mari e ia saindo até a porta, mas antes de passar ele parou — Lembrei de uma coisa, não fique sozinha, tente se divertir
— Ta bom — Falei desanimada — Vou assistir algum filme e tomar um vinho
— Vinho? Ótimo, ela vai adorar — Ele abriu um sorriso debochado
— Ela? — Perguntei sem entender
— Sim — Ele colocou as mãos na boca como se faz uma caixa acústica para ampliar o som e gritou — Cris, dá um pulinho aqui!
Olhei pra trás e Cris apareceu no corredor.
— Me chamou? — veio andando, usava uma calça verde escura cheia de bolsos e uma camiseta camuflada também justa.
— Chamei, a Fernanda tá sozinha, ela vai assistir um filme e tomar um vinho, faz companhia pra ela
Olhei pra ele indignada e ele sorriu
— Divirtam-se, não me esperem. — Saiu porta afora.
Olhei pra Cris e ela parecia mais assustada e desconfortável que eu, apenas levantou as sobrancelhas e entortou a boca mostrando seu desconforto, desviou o olhar, fazendo meia volta devagar.
E eu eu juro que não sei por que eu fiz aquilo, mas eu fiz
— Cris, já que estamos só nós duas, quer assistir um filme, comer e beber algo?
Ela se virou e parecia relutante
— Eu acabei de chegar, preciso tomar um banho, você me espera? — Ela falou me olhando nos olhos
Me levantei
— Eu também vou, acabei de chegar também, preciso tomar banho
Fui indo em direção a ela e percebi que ela ficou receosa, imaginei que ela pensou que eu iria junto com ela. Parei na porta do meu quarto
— Nos encontramos na sala em meia hora? — Perguntei me encostando no batente
Ela sorriu, parecia aliviada
— Sim, em meia hora então.
Virou-se e foi ao banheiro.
Entrei no quarto e tirei minha roupa, entrei no banheiro e tomei um banho bem quente e relaxante, me deitei na cama e me estiquei, havia me secado mas ainda estava úmida.
Acariciei meu corpo, minha barrica, meus seios, minha cintura e pinha bucetinha, assim que passei a mão senti um calor, toquei meu grelhinho massageando e acariciando ele com delicadeza, fechei os olhos e gemi baixinho relaxando. Me virei e procurei na gaveta, tinha um pequeno aparelho chamado Womanizer que eu havia comprado e nunca tive a chance de usar ele sózinha.
Olhei para a porta e estava aberta, meu sentido vouyer atiçou, mesmo Cris estando ali ela não fazia parte do Harém, e imaginar que ela podia me pegar nua novamente era algo particularmente excitante.
Coloquei o aparelho no grelhinho e liguei, era realmente fantástico em menos de um minutos eu estava em extase, parecia que ele chupava e lambia, mordia e dava choques tudo ao mesmo tempo.
Em poucos minutos eu gozei, com vontade e de forma barulhenta, gemendo e soltando o ar despreocupada arqueando meu corpo na cama enquanto tremia e tentava desligar o aparelho.
Assim que tirei ele de mim soltei-o na cama e comecei a rir
— Gente, isso é delicioso — Estava o ofegante
Olhei para a porta e não vi ninguém.
Resolvi me levantar e me vestir, então fechei a porta.
Coloquei uma calcinha confortável e um shortinho jeans, peguei uma blusinha amarela de alcinha e um sutiã branco.
Meu cabelo ainda estava úmido e o calor fazia eu me sentir fresquinha, sentei na sala e peguei o controle procurando um filme, então Cris apareceu secando os cabelos
— Já escolheu algo? — Perguntou
Quando nos olhamos ficamos paradas por uns segundos, ela vestia um shortinho Jeans e uma blusinha amarela de alcinhas com um sutiã branco, idêntica a mim.
Ela sorriu
— Ta me imitando é?
Sentou-se no outra extremidade do sofá
Fingi não me importar
— É, tava te espionando — Falei e ri
Ela me olhou mas não sei se entendeu a brincadeira.
Ela gostava de filme de ação e eu queria ver um romance e dei o controle para ela, procuramos por alguns minutos até que ela parou em uma capa com um casal
— Olha esse, Ashton Kutcher e Jessica Simons — Ela entrou na sinopse — Ela é uma policial e ele um ex traficante que cumpriu pena e agora está tentando se redimir, gostei desse
— Jessa Simons, é a Irmã da Gabi! — Falei animada
— Ah é, verdade a trans novinha né? — Ela me perguntou
— Sim — Respondi me levantando e indo pra cozinha — Quer vinho?
— Quero! — Ela respondeu — Essa Gabi era bonita né?
Voltei com uma garrafa e duas taças, dei uma pra ela
— Sim, ela e a irmã são lindas, eu pagava pau pro rostinho dela
Servi o vinho
— Mas a irmã é mais bonita — Cris falou dando uma bicada no vinho
— Mais feminina né, acho que a Gabi deve estar melhor agora
— Ela foi embora com a irma lá pros EUA? — Cris perguntou cruzando as pernas no sofá.
— Foi, não manda foto, quase não da notícia, larguei de mão
— Subiu a cabeça a fama da irmã? — Cris perguntou sem entender
— Sei lá
Peguei o controle e dei Play no filme.
Ficamos assistindo o filme, era bem divertido, a Jessica era toda durona.
Em determinado momento os protagonistas se pegaram e começaram a se beijar, então eles arrancaram a roupa e os seios de Jessica apareceram
— Nossa, que delicia — Cris deixou escapar quase como um comentario para ela mesma.
Eu ri
— Desculpa, me empolguei — Cris falou arrependida
— Não se desculpe, ela é deliciosa mesmo, morria de vontade de pegar ela — Confessei
— Sério? Ela participou do esquema aqui? — Ela se referiu ao harém
— Participar não, mas acho que o Fê pegou ela
— Pegou? — Ela deu um gole no vinho e esticou a taça para eu completar — Pegou de dar um beijinhou ou de meter com ela
O Linguajar dela estava mais chulo, relaxado
— Ele não disse, mas eu acho que eles fuderam no ultimo dia que ela estava aqui — Falei enquanto colocava o vinho, ela se aproximou de mim no sofá para não derramar pois estava com a mão tremula
— Por que você acha isso? — Ela perguntou bebendo e se arrastando para mais perto de mim
— Quando ela foi se despedir dele ela o abraçou e deixou o corpo bem juntinho, esfregou os peitos nele
— Hmmm — Ela olhou além de mim — Entendi
Cruzei as pernas também e me aproximei dela, mas sem intenção
Continuamos a ver o filme e ele terminou, nas cenas pós filme pareceu a Jessica de biquini e Cris não perdeu tempo
— Ah, eu comia, puta que pariu
Peguei o controle e pausei na cena
— Linda mesmo — Falei e senti uma tontura pelo vinho, haviamos tomado duas garrafas juntas
— Olha esses peitos, são lindos, parecem os seus — Ela falou rapido e em seguida me olhou constrangida
Eu ri
— Que bom que você gostou, obrigada
— É, gostei, desculpe
— Por que desculpe? — Perguntei terminando minha taça e colocando-a no centro da sala
Ela terminou a taça dela também em um gole e colocou também no centro da sala
— Por que eu não planejei te ver pelada, foi sem querer.
— Ah, mas você não gostou? — Perguntei com um sorriso insinuante, queria ver até onde ela ia
— Claro que eu gostei — Ela respondeu me olhando nos olhos — Você é muito gostosa
Ficamos nos olhando por uns segundos, foi constrangedor, então ela se ajoelhou no sofá e veio pra cima de mim, me deu um beijo.
Tentei resistir mas o alcool falou mais alto e eu não consegui, abri a boca e recebi a lingua dela, nossas linguas se tocaram e se massagearam.
Cris era uma figura esguia, magrinha, justinha mas sua lingua era grande, larga, volumosa, quente e molhada.
O beijo deve ter durado quase um minuto, então senti as mãos dela levantando minha blusinha, segurei as mãos dela, fiquei em duvida daquilo
— Não, espera — Eu estava ofegante e com tesão, eu havia gozado a algumas horas mas meu corpo ainda estava em extase — O que a gente vai fazer?
— Eu espero chupar você todinha, por que? — Cris falou indo direto ao ponto
As palavras dela fizeram minha cabeça girar, eu estava encarando ela tentando resistir mas ela tirou as mãos e voltou a levantar minha blusinha, em alguns segundos eu estava de sutiã. Cris me abraçou e beijou meu pescoço, eu soltei o ar pela boca, era delicioso
— Cris eu sou casada — Falei em delirio
— Eu ainda sou também — Ela falou enquanto desabotoava meu sutiã
— Não, mas você vai se separar, não sei se é certo — Respondi
Ela parou, estava ofegante
Se afastou um pouco de mim
— Você não quer, é isso? — Ela perguntou me olhando
O Sutiã estava nos meus seios mas solto
Eu também estava ofegante, olhei para ela, era magrinha e deliciosa
Segurei meus seios com as duas mãos agarrando o sutiã. Tirei ele ficando com os seios nus, meus biquinhos estavam protuberantes com muito tesão
Olhei pra ela e chamei com o dedo
— Vem! — Falei
Ela veio faminta e chupou meus seios com vontade, eu gemi também com vontade, despreocupada.
Comecei então a tentar tirar a blusinha dela também e consegui, arranquei o sutiã pela cabeça e nos abraçamos voltando a nos beijar, nossos seios ficaram se esfregando.
Empurrie ela para o sofá e dei um beijinho no seio dela
— Nossa, que pequenininho — Dei outro beijinho — Que delicadinho — Dei uma chupada — Vou me apaixonar por esse peitinho de adolescente
Ela gemeu rindo
Nos chupamos e nos beijamos e ela abriu meu shortinho
— Pera — Falei — Para
Ela parou ofegante e me olhou
— O que houve
Me levantei e peguei ela pela mão, se você vai me comer me come na cama
Saí correndo para o meu quarto, abri o shortinho e tirei ficando completamente nua, ela chegou no quarto e me viu.
Veio em minha direção, me agarrou e me empurrou para a cama, brinquei que tentaria fugir e me virei de costas pra ela.
Cris agarrou minha cintura e mordeu minha bunda
— Que bumbum gostoso!
Eu ri divertida
Ela abriu minha bunda expondo meu cuzinho, senti então a lingua quente e molhada dela
— Ai meu deus! — Falei quando senti
Ela lambeu muito, e eu me virei de frente pra ela, o rosto dela era de satisfeito, então ela caiu de boca na minha bucetinha
A chupada dela era maravilhosa, os dedos dela começaram a entrar em mim e meter gostoso, era delirante e delicioso.
Meu celular então tocou, peguei ele e Cris não parou de chupar, era Marjorie
— Para Cris, é a Marjorie
Ela parou por um segundo
— Oi amor — Atendi um pouco ofegante
— Ta cansada?
— To eu tava batendo uma siririca
— Oh amor, espera eu chegar! — Marjorie falou me dando bronca
— Não, eu vim pra cá pra fuder com você, agora eu fiquei chupando dedo, to usando o womanizer
Cris voltou a chupar, e eu gemi
— Ta usando é? É gostoso?
— Sim, é delicioso
— Vamos sair quando eu chegar — Marjorie falou — Chegou umas oito da noite
— Ah não má, muito tarde a gente sai outro dia
— Vou te comer quando chegar — Marjorie falou e parecia sussurar
— Vai nada, eu vou gozar tanto que vou estar dormindo quando você chegar
— Sem vergonha! — Marjorie respondeu — Você tá sozinha aí?
— Não, to com a Cris
Marjorie ficou em silêncio
— A Cris? — Perguntou sem entender
— Sim, a irmã da Carla a sua ex namorada — Respondi
— Ela não é minha ex namorada, não tenho nada com ela, foi só uma ficada
— Ah, ta bom — Falei meio ofendida
— Onde ela está?
— Ta aqui no meio das minhas pernas chupando meu grelho
Cris me olhou assustada
— Vai Cris, continua chupando gostoso
— Não fala assim comigo Fê — Marjorie reclamou
— Eu vou saber onde ela tá Má? Deve estar na piscina, sei lá.
— Ta amor, preciso voltar pra reunião, te amo tá
— Tambem te amo, me avisa quando estiver saindo
Cris continuou a chupar e eu gozei com força e com vontade, acho que nunca tinha gozado tão forte assim, talvez pelo perigo iminente
Desligamos e Cris me repreendeu
— Você é louca?
— Mano, você chupa muito gostoso uma buceta hein, puta que me pariu — Elogiei
— Gostou?
Ela se levantou e se ajoelhou na cama
— Amei — Respondi relaxada — Agora arranca esse paninho aí e vem cá
Apontei pro shortinho dela, ela obedeceu e veio de calcinha, era uma calcinha branquinha e fininha, ela se deitou do meu lado
— Quer descansar? — Perguntou carinhosa
— Não, senta na minha cara! — falei agarrando as laterais da calcinha dela e arrancando numa puxada
Ela sorriu
E deslizou pelo meu corpo até pousar com a buceta na minha boca
Dei o meu melhor, chupei, lambei e apertei as coxas dela, segurava a bunda e dava tapas, ela gemia e rebolava, demorei mais tempo para fazer ela gozar, minha lingua ficou com cãimbra mas consegui
Senti o melzinho escorrendo pra minha boca, o gostinho forte do gozo dela, a lubrificação esperando um pau. Então ela parou de gemer e rebolar e saiu de cima de mim.
Deitou-se ao contradio, com os pés na parede mas com a cabeça na mesma altura da minha, virou-se para mim e eu me virei para ela
— Oi Mary Jane — Falei fazendo a alusão a cena onde Mary Jane e homem aranha se beijam de ponta cabeça
— Você é a Mary Jane — Ela respondeu rindo e me deu um beijinho
Rimos, pois é muito estranho beijar de ponta cabeça.
Ficamos uns minutinhos quietas, ela brincando com os pés na parede
— Você gostou? — Ela perguntou
— Amei, sua língua é foda!
Ela riu
— Eu tava a um tempão sem treinar isso
— Sério? Não tava transando? — Perguntei
— Com mulher não.
Lembrei do relacionamento que ela teve, abusivo com um homem e resolvi fugir disso, o clima estava ótimo
— Você nunca perde a prática, é igual andar de bicicleta
Ela riu
— Verdade, você fuma? — Perguntou sentando-se na cama — Preciso urgente de um cigarro
— Eu tenho na minha bolsa, mas a Marjorie não gosta e eu acho que faz mal
Ela se levantou
— Fazia tempo que eu não metia assim, Fernanda, obrigada por isso — Ela falou e pegou a calcinha dela na mão, me mostrando fazendo cara de chateada
Eu ri
Peguei o cigarro e dei pra ela
— Vou fumar la fora ta bom? — Perguntou
— Ta bom — Tentei fazer uma piada, mas acho que foi fora de hora — Fodi melhor que minha esposa ou pior?
Ela riu e colocou o cigarro na orelha
— O que eu tive com sua esposa foi rápido e só uma vez, eu era iniciante e eu tinha muito medo e confusão na minha cabeça. Qualquer hora te conto essa história em detalhes.
— Ta bom — Respondi não querendo insistir.
Ela se sentou na cama e ficou de costas pra mim, vi então varias marcas, cicatrizes, queloides altas. Me aproximei e passei a ponta dos dedos contornando os ferimentos
— Nossa, o que foi isso? — Perguntei
Ela se levantou rápido e ficou de frente pra mim
— Ah, isso? nada, deixa pra lá. — A Voz dela era receosa, deu um sorriso forçado para mim
Vestiu a camisetinha sem sutiã mesmo, abotoou o shortinho e saiu andando rápido.
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