Capítulo 89 — Batom Vermelho
Fui até a área da Piscina, Cris fumava nervosa.
— Isso faz mal pra saúde, você sabe?
Cris olhou por cima do ombro
— Oi Doutora — Respondeu desanimada — Não fumo sempre
Me aproximei e abracei ela por trás, minhas mãos deslizaram na barriga dela
— Olha, eu sou uma médica, eu não trabalho com procedimento estético mas eu posso te ajudar a resolver isso
— Resolver as marcas? — Ela perguntou olhei pra frente e dando uma baforada no cigarro
— Sim,da pra remover tudo
— Você consegue voltar no tempo? — Ela perguntou
— Claro que não — Respondi de uma forma ríspida
— É o único jeito de fazer isso sumir.
Soltei ela e ela me deu o cigarro, saindo em seguida.
Fiquei quieta olhando pra piscina, eu vestia uma calcinha e um sutiã apenas.
Terminei o cigarro e voltei pra dentro, entrei no meu quarto e Cris estava deitada nua na cama
— Achei que você não viria
Eu sorri e avancei.
Fizemos amor novamente, dessa vez de forma mais intensa, esfregamos nossas bucetas umas nas outras e gozamos rebolando meladas e suadas quase uma hora depois.
Deitamos na cama ofegantes, Cris se virou de costas pra mim
Passei a mão nas cicatrizes, ela não falou nada. Abracei ela e cheirei seu cabelo
— Isso vai dar merda né? — Ela falou quando sentiu minha respiração
— Se alguém souber vai — Respondi — Ao menos que…. — pensei
— Ao menos que o que? — Ela perguntou surpresa
— Que você faça parte do harém do Fê, o que acha?
— Não sei, tenho pensado nisso, o marido da minha irmã, meu cunhado, com um monte de mulher que ele tem filho e ele é dominador. — Ela se virou pra mim — Ele bateu na Marggie — Pigarreou — Na Marjorie, eu fiquei um pouco assustada, não quero ver isso mais.
Acariciei o rosto dela, ela se parecia com a Carla mas o rosto era mais fino, o nariz pontudo e os olhos azuis profundos.
— Então, é algo que você aprende a apreciar, a dor, a humilhação — Falei enquanto ela me olhava atenta — São coisas que em doses pequenas podem dar prazer e nos fazer melhores. Aqui todas nos ajudamos e somos pessoas melhores por isso. No fundo somos uma família
Ela deu uma risadinha
— Família que transa!
— É, todas transamos, e não há nada errado nisso, nós nos amamos
— Você não liga do Fernando comer sua esposa? Ou sei lá, da sua esposa transar com minha irmã ou com a namorada japonesa dela?
— Ligo, mas eu entendo e é um comum acordo, e se for combinado não deveria doer
— Elas foram par ao japão ver uma tia da namorada dela né?
— Sim, foram — Respondi
— Não sei se consigo pensar assim, eu reagiria se o Fernando tentasse me bater
— Acho que devido ao seu background ele não tentaria isso, e qualquer coisa mais acima disso ele conversaria com você antes
— Ele é muito legal né? — Ela desviou o olhar — Legal demais
— Sim, eu gosto
Ouvimos um barulho, um carro
Nos olhamos e levantamos correndo, Cris pegou as roupas e correu pro seu quarto.
Entrei no banho e tomei um banho relaxante, estava exausta depois daquele sexo animal.
Quando saí do quarto vi Fernando e Cris conversando na mesa da cozinha, estava falando sobre exames.
Me sentei na mesa
— Exames de que?
Fernando e Cris olharam para mim com surpresa, Cris levantou uma sobrancelha e Fernando me encarou, em seguida ele olhou para Cris e para mim
— Ah, fizeram amizade enquanto eu não estava, deu certo então
— Nada haver, continue — Cris falou
Fernando riu e continuou falando
— Mais uma semana sessão você vai estar liberada e pode voltar a trabalhar se quiser. — Fernando prosseguiu
— Ta bom, vamos pra essas sessões, preciso dessa droga desse atestado — Cris deduziu
— São mais cinco sessões de psicologo e mais uma de psiquiatra e se você conseguir convencer as pessoas de que não está louca você estará liberada. — Fernando falou
— Se você quiser eu assino, eu sou médica — Falei constatando o obvio
— É, você pode assinar! — Cris falou sorrindo
— Não senhora, você vai fazer o tratamento do jeito certo — Fernando falou e se levantou dando as coisas
— E se eu não quiser? — Cris perguntou desafiadora
Fernando se virou para Cris, parecia sereno.
— Você é dona da sua vida, é uma hospede aqui, não uma membro. Você tem o direito de fazer o que quiser, escolher o que quiser e ser dona do seu destino, mas apenas tenho que te lembrar que você chegou até aqui por que fez escolhas erradas e tomou atitudes erradas — Cris engoliu seco, Fernando observou-a esperando que ela falasse algo, mas ela não disse nada — Foi o que eu pensei — Ele completou.
Virou-se novamente e saiu andando, quando estava prestes a sair do comodo ele disse
— Disfarcem esse tesão aí, a Marjorie vai ficar brava.
Olhei pra Cris e ela entortou a cara
— Para de ser fofa comigo, ele já notou — Cris falou se levantando.
Marjorie chegou pelas onze horas da noite, eu estava deitada na cama de camisola
— Oi amor — Ouvi a voz dela entrando debaixo da coberta comigo
— Oi — Respondi com sono
Ela beijou meu pescoço e agarrou meu seio esquerdo me encochando
— To com sono mor — Respondi dengosa
— Abre as perninhas, vou mamar nesse grelhinho! — Ela falou e eu senti o bafo de álcool
Me virei
— Você ta bebada? — Perguntei
Ela me olhou e sorriu, a boca estava mole, a maquiagem estava levemente borrada
Me sentei na cama e acendi a luz
— Onde você tava? — Perguntei severa
— Estava na reunião — A voz dela era mole
— Estava bebendo na reunião?
— Não, no fim fomos a um bar, aí consegui fechar o negócio — Ela falou
— E você transou com quantos?
— Não amor, eu não transei não — Ela respondeu e riu — Mas eles acharam que iam me comer! — Riu debochada
— Como assim? — Perguntei sentindo o cheiro forte de álcool
— Sentei no colo, deixei eles encocharem mas tudo discreto, aí quando assinamos eu fui embora, devem estar batendo punheta — Riu novamente
Me levantei
— Vai tomar banho, não vou dormir com bêbada
— Que chata, credo!
Ela se levantou e cambaleou até o banheiro, entrou e ligou o chuveiro
— Peguei o celular e fiquei mexendo, percebi que havia passado meia hora e eu não ouvia o chuveiro desligar.
Me levantei e fui ver, ela estava deitada na banheira ainda de roupa com o chuveiro ligado
Virei os olhos
— Caralho.
Cuidei dela, peguei-a, tirei sua roupa e a ajudei a tomar banho, sequei e a coloquei pra dormir.
Na manhã seguinte saí cedo e fui ao hospital trabalhar.
Antes de atender alguém Rosa entrou no meu consultório, quando a vi virei os olhos.
— Fala, o que você quer? — Perguntei sem conter minha irritação
— Quero pedir desculpas — Ela falou delicada — Quero te compensar
— Compensar? Não precisa, aceito suas desculpas — Falei enquanto fingia estar distraída por que lia algo
Sentei-me na mesa e comecei a mexer no computador
— Me deixa te levar pra almoçar num lugar bacana, vamos namorar um pouco se você quiser — Ela sentou na cadeira a minha frente
— Eu não quero namorar Rosa, entenda isso! — Falei de forma ríspida — é perigoso
— Vamos para um lugar mais afastado, ninguém vai reconhecer a gente
— Sinceramente, eu não sei se quero — Pensei um segundo enquanto ela me encarava — Na verdade eu sei, eu não quero
— Ta, não precisa ser hoje, pode ser amanhã ou no fim de semana, quando você quiser! — Ela falou de um jeito carinhoso e compreensivo
— Não, eu não quero, entenda isso por favor.
— Me fala uma data, quando? Eu espero e te dou o tempo que precisar
Me levantei e bati na mesa
— Não Rosa eu não quero mais, isso foi um erro, esse negócio entre nós foi um erro não era pra ter acontecido
— Eu nunca te forcei! — Ela falou magoada
— Eu não disse isso, não disse que me forçou mas agora eu vejo o erro que foi.
Ela estava arfando, nervosa
— O que você quer dizer com isso? — A voz dela era tremula
— Rosa, eu não quero mais ficar com você. Acho melhor a gente terminar
— Não — Ela falou alto — eu te dou um tempo, vamos conversar depois de uns dias!
— Rosa, eu não quero mais, estou pensando nisso a algum tempo, você é casada, eu sou casada
— Meu casamento é uma farsa você sabe! — Ela aumentou o tom de voz
— Eu sei — Falei no mesmo tom de voz — Mas não é por culpa minha
— Em parte a culpa é sua sim! — Ela me acusou
— Rosa, você tem uma filha da minha idade, você transa com alguém que poderia ser sua filha, já pensou nisso? — Falei cruzando os braços
— Não coloca a minha filha no meio disso sua vaca! — Ela apontou o dedo na minha cara
— Vaca é? — Me levantei ainda de braços cruzados
— Desculpa, não foi isso que eu quis dizer — Ela colocou a mão no rosto — Desculpa meu amor
— Meu amor nada, sai daqui agora — Apontei a porta
— Não, me deixa explicar
Andei até a porta e abri
— Dra, passar bem! — Falei num tom severo, fora pacientes e enfermeiros olhavam pra dentro da sala curiosos.
Ela olhou e saiu cabisbaixa. Fechei a porta e continuei a atender normalmente
O resto do dia foi infernal, Rosa mandou diversos bilhetinhos e sempre que passava por mim me tocava de algum jeito, eu sempre arredia, não sabia como fazer para que ela me deixasse em paz.
Quase no fim do dia recebi um bilhete
\”Me espera na sala de descanso do andar de reforma, juro que não vai se arrepender. Te amo, Rosa\”
Eu sabia que ela ia tentar algo, mas resolvi ir, eu esperava acabar com tudo de uma vez só, já que o lugar era isolado eu falaria e pronto.
Assim que cheguei no lugar abri a porta e havia alguém deitado no sofá, cochilava com as pernas cruzadas em um Puff, ele abriu os olhos e sorriu
— Doutora! — Era Gley.
— Ah, Enfermeiro Gley!
Me aproximei e sentei ao lado dele
— O que você está fazendo aqui? — Ele perguntou esticando os braços e bocejando
— Mandaram eu vir aqui
— Quem mandou? A Dra Lesbicona? — Ele falou irônico
— Quem? — Perguntei
— Aquela que está sempre atrás de você — Ele completou
— É isso que falam da gente — Percebi que o termo não era adequado — De mim, é isso que falam de mim? Que sou lésbica?
— Ah, as pessoas falam muito de tudo, falam que eu sou Gley o Gay — Ele falou rindo
— Gley o Gay rima, Fernanda a Lésbica não rima
— Mas eu achei que você fosse mesmo — Ele se justificou
— Lésbica? Eu? — Perguntei surpresa
— É, não é? — Ele perguntou confuso, com certeza já havia ouvido que eu era casada com uma mulher.
Olhei para ele e mordi o lábio, sem responder, ele riu
— Ok — Falou começando a se levantar — Melhor deixar você sozinha
— Me ajuda — Dei a mão para ele me levantar também, ele me puxou e meu corpo encostou ao dele.
Nesse exato instante a porta se abriu, era Rosa, o olhar dela foi dedutível, eu empurrei Gley, ela olhou de um para o outro e sua expressão se fechou
— Entendi, você tá de putaria com macho Fernanda? — Ela falou severa
— Não, mas e se estivesse? — Perguntei insolente
— Bem, melhor eu ir — Gley falou tentando sair do lugar
— Não senhor — Segurei na mão dele — Você fica aqui, ela não manda em nada, não manda em mim.
Rosa Colocou a mão no rosto, as lágrimas já desciam
— Eu dei tudo pra você. Não acredito que você vai me trocar assim, você é uma pirralha vagabunda, uma vaca que não merece respeito, sua puta, vadia! — Rosa gritou e saiu batendo a porta.
Fiquei em choque, olhando para a porta sem reação, Gley tocou meu braço e eu tomei um susto.
— Dra, acho melhor você dar uma volta, sei lá, tomar um ar
— Gley — Falei baixinho — Não conta pra ninguém o que aconteceu aqui, por favor
— Tudo bem — Ele falou baixinho
— Nem o que aconteceu, nem o que vai acontecer — Completei
— Ta bom, mas o que vai acontecer? — Ele perguntou confuso?
Em um movimento rápido tirei minha blusa e meu sutiã, os olhos de Gley se arregalaram
— Calma Doutora, a senhora está sensível por causa da briga, não faça nada que vá se arrepender
Eu estava em total e plena faculdade mentais, eu sabia o que ia acontecer, sabia que rosa iria se arrepender em alguns minutos e voltaria para aquela sala.
Empurrei Gley no sofá e desabotoei minha calça, descendo-a e ficando só de calcinha, sentei no colo dele e ele ainda estava com medo
— Por favor Doutora! — Falou franzindo o Rosto
— Gley, você é Gay? — Perguntei achando graça da rima instantânea
— Não sou — Ele respondeu rápida
— Ótimo! — Peguei a mão dele e colocou em meu seio esquerdo
Foi automático, a mão direita agarrou meu seio direito e me puxou para ele, chupando me imediatamente.
Era uma chupada desajeitada e eufórica. Eu arranquei a camiseta dele e depois a calça. Sentei em cima dele de cueca e começamos a nos pegar, Rosa demorava, eu não queria ter que transar, queria apenas que ela visse, queria magoá-la para que ela não viesse atrás de mim e não me importava com os adjetivos que ela me dava.
Gley inverteu a posição e arrancou minha calcinha e a própria cueca, passou o dedo em minha xaninha e eu senti ela molhadinha, além de preocupada eu estava com tesão, senti a cabeça do pau dele forçar, mas era estranho, parecia ser um punho, era muito grande. Empurrei ele e resolvi olhar.
— Nossa senhora! — Falei o ver o pênis dele
A Cabeça era do tamanho do meu punho fechado e devia ter uns 27 centímetros
— O que foi? — Ele perguntou ofegante
— Eu nunca tinha visto um pau desse tamanho antes
Por mais estranho que pareça, fiquei curiosa com aquela possível experiencia, eu tinha dado para alguns caras e experimentado brinquedos, eu gostava muito de dar para o Fê e ele tinha um pau grande mas não monstruoso.
Ouvi um barulho na porta, olhei apreensiva, não era nada. Desencanei e achei que rosa não viria.
Empurrei Gley e peguei seu pau com as duas mãos deixando perto do meu rosto, conseguia sentir o calor emanando daquele monstro.
— Isso funciona direitinho ou só tem tamanho? — Perguntei
Ele riu
— Faz o teste — O Rosto dele era sorridente
Sem deixar de olhar para ele comecei um boquete, mal cabia na minha boca, o esforço era grande então a porta se abriu.
Eu parei de chupar e um fio de baba se formou entre meus lábios e o pau de Gley
Era Rosa, ela olhou para nós surpresa
— Eu, eu não pensei, eu não sabia — Ela falou gaguejando
Em seguida colocou as duas mãos no rosto e correu.
Gley estava animado mas eu parei
— Desculpe, não vai rolar! — Falei desanimada — Mas parabéns, seu pau parece ser muito delicioso
Ele se largou no sofá com o pau duro na mão se masturbando
-Ah Doutora, que maldade, fala sério.
Olhei pra ele e depois pra porta, peguei minha roupa e comecei a vestir
— Me faz um favor? — Perguntei com ar de menininha
— Fala — Ele estava mal humorado
— Goza pra eu ver! — Falei mordendo o lábio
Ele não falou mais nada, começou a ase agitar e se tocar com vontade, eu percebi que ia demorar então me aproximei e fiz um carinho em seu saco, assim que toquei ele gemeu e eu saí de perto, ele gozou forte, a porra quase me atingiu. Fiquei olhando ele parar de gemer encostada na porta, quando ele abriu os olhos eu disse
— Punheteiro — Saí fechando a porta
Desci e fui para meu carro no estacionamento, quando cheguei na porta vi algo escrito no vidro, com batom vermelho
\”PUTA\”
Aquilo me preocupou, peguei um lencinho da bolsa e limpei.
Fui pra casa pensando se aquilo era uma boa coisa a ser feita.
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