Ametista 1 – Capítulo 02 – A ligação
Vinicius chegou tarde em casa, aquela não era mesmo sua casa, mas o quartinho do seu tio onde morava, trabalhava em uma empresa pequena que tinha um giro muito grande de dinheiro e se tudo desse certo teria um futuro promissor.
Tomou um banho e sentou-se na cama ainda exausto, mas aliviado pelo banho quente, o relógio na cabeceira marcava 01:55 da manhã, deitou-se e apagou a luz e olhou para o teto, ainda conseguia ver a lâmpada fluorescente apagando devagar, a claridade da tela do celular chamou sua atenção.
Pegou o aparelho na mão viu a foto da namorada Ametista escrito “Ame amor” era como estava cadastrada, seguido de “Chamada” assim que foi atender a ligação caiu e ele viu a mensagem “18 chamadas não atendidas”
Sentou-se na cama preocupado se preparando para ligar de volta, mas o telefone tocou de novo, ele atendeu
— Oi amor! — Ele disse preocupado
— Onde você tava? — A voz de Ametista parecia irritada e arrastada — Tava com alguma garota por aí, aposto!
— Eu estava trabalhando, estou tentando corrigir tudo para ir no acampamento — Vinicius respondeu
— Tava nada, tava com alguma vagabunda que eu sei, por que você não me ama? — Ametista perguntou pronunciando as palavras com a boca amolecida
— Amor, você bebeu? — O comportamento de Ametista era atípico, ela era bem religiosa, não costumava beber ou usar drogas, até no açúcar ela tinha moderação
— Não muda de assunto — Ela esbravejou — Quem é a vagabunda? — Ela perguntou visivelmente embriagada
— Não tem vagabunda nenhuma Ame, Onde você tá? — Vinicius perguntou apreensivo
— Ah, ela não é vagabunda então, vai defender mesmo? eu sabia que tinha, te peguei — Ela disse rindo de forma sarcástica
— Ametista! — Vinicius chamou o nome inteiro dela — Para, não tem ninguém, eu não tava com ninguém, onde você tá? Por que bebeu?
— Eu to chegando em casa — Ela falou — O Paulo ta me trazendo
— Quem é Paulo? Onde você tava? — Vinicius perguntou
— Fala oi pra ele Paulo — Ouviu Ame falar aos risos
— Ame — Vinicius disse preocupado — Eu vou ligar pra sua mãe, tô preocupado, onde você está
— Péra — Ela falou
Ele ouviu barulho de porta e ela falando tchau para alguém, uma voz masculina também “Tchau Carol”
— Cheguei em casa — A voz dela era arrastada, estava realmente bêbada
— Onde você tava? Quem é Carol?— Vinicius perguntou
— Tava na quermesse — Ela falou sem dar muita importância
— Da igreja? — Vinicius perguntou curioso
— Sim, aí acabou e eu sai com os meninos — Ame falou
— Que meninos? — Vinicius perguntou nervoso
— Me responde uma coisa — Ametista disse — Por que você não me ama?
— Eu te amo sim, quem falou que não? — Vinicius disse preocupado
— Você quer que eu dê pra outro homem — Ela disse magoada — Eu sou mó bonitinha, cheirosa, gostosa, fiel e você quer me ver na mão de outro cara, isso só pode ser por que você não me ama.
— Amor, isso é brincadeira, só brincadeira nossa não é algo sério, por favor! — Vinicius disse preocupado
— Ah, agora é brincadeira, não parecia brincadeira quando você falou mais cedo! — Ela disse — Agora já era!
Ele ficou pensativo
— Já era? — Ele perguntou
— Shiiiii, fala baixo, senão vai acordar todo mundo — Ela falou ao telefone
Ele esperou, ouviu uma porta abrir e depois fechar
— Onde você está? — Vinicius perguntou
— No meu quarto ué, é tarde, é hora de mulher direita estar em casa, onde eu mais estaria? — Ela perguntou cínica
— Abre a câmera Ame — Vinicius disse nervoso
— Não, vai se fuder — Ela falou e desligou o celular
Ele ligou de volta, dessa vez por chamada de vídeo
Ela atendeu, ele pode ver brevemente ela nua deitada na cama até ela posicionar no rosto
— O que você quer? — Ela falou sonolenta
Estava maquiada, com lápis de olho e sombra e sem batom, usava brincos.
— Onde você tava? — Ele perguntou preocupado
— Eu tava na quermesse, te falei, com os meninos — Ela falou sentando-se na cama e colocando o aparelho apoiado na almofada, um dos seios dela ficaram à mostra por alguns segundos, mas ela posicionou a câmera — Você não ouviu quando eu falei?
— Que meninos? — Vinicius perguntou nervoso
— Que eu conheci na quermesse, eles são da igreja, já tinha visto, mas nunca tinha conversado, eles são legais — Ela falou — A Carla que me apresentou
— Suas primas estavam com você? — Ele perguntou
— Estavam sim, elas são meio sapatas, você já notou? — Falou e riu como se fosse segredo
— Você bebeu? — Ele perguntou vendo o óbvio
Ela fez um gesto com o dedo que indicava pouca coisa
— Um pouquinho assim — Ela falou ainda tentando tirar os brincos — Tá enrroscada essa porra!
— Por que você bebeu? — Ele perguntou ofegante
— Por que ninguém me ama e eu fui beber pra afogar minhas mágoas — Falou com cara de choro
— Quem te disse que eu não te amo? — Vinicius disse — Eu to aqui em São Paulo sozinho, sofrendo e trabalhando pro nosso futuro, pra casar com você, pra ter filho com você, pra ter uma vida com você, como eu não te amo?
Ela ficou quieta, as lágrimas rolando pelo rosto
— Hein Ame? — Ele insistiu
Ela tomou ar
— Você quer que eu saia com outros homens, por isso não gosta de mim — Ela falou repetindo o que havia dito
— Meu amor, a gente já tinha feito essa brincadeira, eu falei só pra gente se animar, por que a gente tava no climinha de tesão, mas se você não gosta eu não faço mais, isso te ofende? — Ele perguntou preocupado
Ela olhou para a câmera, limpou as lágrimas
— Não sei — Respondeu pensativa — Ofendia
— Ofendia? — Ele perguntou sem entender
— É, agora já era, eu não sabia que era brincadeira — Ela falou pensativa — Preciso dormir, tchau
Desligou o telefone
Ele entrou em choque
“Agora já era, eu não sabia que era brincadeira”
O que aquilo queria dizer
Ele ligou para ela de novo, ela atendeu, dessa vez usava uma camisola transparente, os bicos dos seios quase rasgando o tecido
— Que saco, eu quero dormir, tenho que acordar cedo amanhã! — Ela falou — Hoje! — Corrigiu
— O que você quer dizer com “Agora ja era”? — Ele perguntou nervoso
— Você começou, você fez essa brincadeira, eu não sabia que era brincadeira, pensei que era de verdade mesmo, você disse que era de verdade, não foi culpa minha! — Ela falou nervosa
— O que não foi culpa sua Ametista? — Ele perguntou preocupado
— Foi culpa sua, você falou! — Ela disse — Eu vou ser uma esposa obediente, eu obedeço meu marido — Ela pensou um pouco — Se um dia eu achar alguém que goste de mim e queira casar comigo
— Ametista — Vinicius chamou a atenção dela, esperou ela focar o olhar na tela — O que aconteceu?
— Eu, eu — Ela falou pensativa e esfregou os olhos borrando mais ainda a maquiagem — Eu fiquei — Falou quase num tom quase inaudível
— Você ficou? — Ele perguntou — Ficou o que? — Perguntou sem entender
— Fiquei Vinicius, fiquei com um cara — Ela falou nervosa — Pronto, você mandou e eu fiz
— Você transou? — Ele perguntou sentindo seu coração sair pela boca
— Não! — Ela falou num tom alto e depois repetiu num volume menor — Não, não transei, ta louco?
— O que você fez? — Ele perguntou quase a beira de um ataque cardíaco
— Eu fiquei, beijei, peguei, só — Ela disse
— Beijou um homem, outro homem? — Ele perguntou devagar
— Beijei — Ela falou com os olhos cheios de lágrimas
— Eu conheço? — Ele perguntou nervoso
— Acho que não — Ela disse
— Alguém viu? — Ele perguntou nervoso
— Não, foi escondido, a gente foi pra um terreno de uma casa em construção na outra rua — Ela falou nervosa
— Vocês só beijaram? — Ele perguntou
— Não — Ela disse preocupada
— O que mais você fez? — Ele perguntou tremendo
— Eu não, você fez, você mandou eu ir lá — Ametista se defendeu
— Eu não mandei nada! — Vinicius disse — Não mandei você sair dando por aí
— Eu não dei pra ninguém! — Ela disse — Eu só peguei no pinto dele um pouquinho!
— Você pegou? — Ele perguntou sentindo seu corpo todo em choque
— Peguei — Ela disse
— E então? — Ele perguntou esperando ela continuar
— Peguei, mexi e ele gozou, foi rápido — Ela disse — Não teve muita coisa
— Você fez mais o que? — Ele perguntou nervoso
— Nada, eu juro, a gente beijou, ele queria que eu tirasse a roupa, mas eu não tirei, peguei no pinto dele e ele já gozou na minha mão, rapidinho, aí voltamos — Ela disse — Eu juro
Ele ficou em silêncio
— Vai terminar comigo? — Ela falou pensativa — Eu só fiz o que você mandou
— Ame, eu, eu — Ele gaguejou — Alguém te forçou a algo?
— Não amor, ninguém me forçou a nada — Ela disse
— Você estava bêbada né, por isso? — ele perguntou
— Não, eu bebi depois, não estava bêbada — Ela disse
— E por que bebeu, depois? — Ele perguntou preocupado
— Por que a gente ficou conversando e eu fui bebendo por que tava com medo aí conheci o Paulo — Ela explicou
— Quem é Paulo? — Vinicius perguntou
— Ele tem uma barraca na quermesse, ele desmontou, aí a gente ficou conversando e ficou, aí ele me trouxe — Ametista disse — Eu quero dormir, podemos falar amanhã?
— Não, fala agora, você ficou com esse Paulo também? — Ele perguntou preocupado
— Fiquei — Ela disse sem mentir
— E o que fizeram? — ele perguntou nervoso
— A gente ficou ué, beijou, abraçou, sarrou — Ela disse como se fosse algo normal
— Sarrou? — Ele perguntou — Como assim
— Eu dancei funk me esfregando nele Vini, ele tava de negócio duro — Ela disse
— Você pegou? — Ele perguntou
— Peguei, por cima da calça só — Ela disse — Eu juro
— E o que mais? — Vinicius estava confuso, sentia tesão em ouvir a namorada falando
— Quer que eu conte tudo? — Ela falou — Acho melhor não, amor
— Quero, conta tudo — Ele disse nervoso
— Eu não vou mentir pra você — Ela disse — Nunca, eu te amo tá? — Falou num tom sério parecendo voltar à sobriedade
— Fala — Ele disse nervoso engolindo seco
Ela respirou fundo
— Tá, teve algo mais além do beijo — Ela falou arrumando o cabelo e pensando no que havia acontecido, como se fosse algo de muito tempo atrás
*** Horas antes ***
— Caramba Carol, você é gostosa demais, nossa senhora — Paulo falou ao terminar de beijar Ametista, o beijo dela era quente, ela chupava a lingua com vontade
Ela sorriu, havia dito que o nome era Carolina, como seu próprio nome era incomum não queria ser facilmente encontrada.
— Tá tarde, preciso ir embora, vou viajar amanhã — Ela disse sonolenta
— Vai embora como? — Ele perguntou
Ela alisou o rosto dele, era um homem adulto, tinha por volta de trinta e cinco anos, mostrava alguns poucos fios brancos no cabelo denso e uma barba espessa.
— Acho que vou chamar um Uber — Ela disse procurando o celular com dificuldade
— Onde você mora? — Ele perguntou ao sentir ela beijar o pescoço dele
— Moro atrás da Yakult — Ela disse simplória
— Eu te levo e durmo com você, bora? — Ele disse animado — Tenho bebida!
— Não, moro com meus pais, tenho noivo, não posso — Ela alertou enquanto fuçava no celular pedindo um carro de aplicativo, enquanto esperava trocava beijos com Paulo em silêncio
Eles estavam em um canto, a cada beijo ela sentia o penis de Paulo cutucar sua barriga cada vez mais, não havia quase ninguém mais na rua, ninguém que ela conhecesse pelo menos
— Difícil aí — ele disse se referindo ao aplicativo
— Ninguém tá aceitando — Ela disse nervosa
— Muito tarde — Ele falou — Faz assim, eu te levo se a gente der uma requentada
Ele pegou um energético e colocou Whisky e deu pra ela que imediatamente voltou a beber
— Tá bom — Ela disse, e em seguida perguntou — Como assim? — A bebida estava afetando o pensamento dela
Ele pegou a mão dela e colocou no pau dele por cima da calça
Ela apertou como fazia com o do namorado, mas ela não disse nada.
Foram até o carro, ela deu o endereço e ele colocou no celular, foram conversando durante o caminho, a cada parada em farol ele se inclinava pedindo beijos e acariciando as coxas grossas dela cobertas por calça Jeans com rasgos sutís, então puxou a mão dela e colocou de novo em seu pau, ela apertou
— Novinha novinha — Ele disse — Faz uma gulosa vai, pela viagem
— Gulosa? — Ela perguntou sem entender
— Um bola gato! — Ele disse
— Bola gato? — Ela perguntou sem entender
— Boquete, você sabe o que é? — Ele perguntou sem paciência — Chupa minha rola
— Ah! — Ela disse ao sentir a pele quente do penis dele na mão, ele havia acabado de colocar para fora
— Não posso! — Ela disse preocupada
— Por que? — Ele perguntou
— Eu sou noiva! — Falou
— Dar uns beijos pode, chupar não pode? — Ele perguntou sem entender
— Eu, eu — Ela tentou responder — Tava só testando — Falou — Eu sou direita
— Vai novinha, só uma mamadinha básica, ninguém vai saber, só nós dois — Ele disse acariciando o rosto dela
Ametista acariciou, olhava atentamente, nunca tinha visto um penis ao vivo assim tão de perto, horas antes havia pego em um pau, mas não tinha visto, esse era o terceiro pau que tinha pegado, o primeiro foi o de um ficante que havia beijado no colégio, mas foi rapidinho e nunca contou a ninguém.
Ela acariciou devagar, estava duro, ela não sabia dizer se era grande ou não, mas gostou de apertar e sentir ele pulsando, era legal, masturbou como havia visto em filmes pornôs e deu certo, inclinou-se e beijou Paulo na boca, aumentou o ritmo e ele gemeu, aumentou mais ainda e o inesperado aconteceu, ele ejaculou no volante do carro,ela continuou segurando, jatos e mais jatos saíram do penis dele até sujar a mão dela.
Ele dirigia o carro devagar com a mão esquerda e a mão direita pegava nos seios e na buceta dela mesmo que por cima da roupa.
Ele parou o carro, abriu o porta luvas e pegou uns lenços para se limpar e para limpá-la
Voltou a dirigir e chegaram próximo a casa dela, o copo grande com Whisky e havia esgotado
— Você é maravilhosa, uma índia perfeita — Ele disse pegando o copo e jogando fora, ela estava muito bêbada
Ela sorriu
— Foi bom? — Ela perguntou pensando se havia feito certo
— Dessa idade você já é especialista hein, parabéns! — Ele falou animado e ofegante.
Ela pegou o celular e ligou para o namorado, Paulo achou estranho como ela falava
*** Momentos atuais ***
Ele ouviu a história, estava excitado
— Você gostou? — Ele perguntou nervoso
— Do que? — Ela perguntou nervosa também
— De bater uma pro cara — Ele perguntou nervoso
— Você gostou mais que eu pelo visto — Ela disse
— Você gostou ou não? — Ele perguntou novamente
— Goste — Ela disse — Por isso te liguei
— Pra me contar? — Ele perguntou preocupado
— Não, pra terminar com você — Ela disse — Eu decidi que não quero mais aguardar — Mostrou a mão para ele e tirou o anel, mostrando e jogando-o no canto do quarto
— O que você vai fazer? — Ele perguntou tremendo
— Não te interessa mais, a gente não namora mais — Ela disse
— Como assim Ame? — Ele disse
— Eu estou terminando com você Vinicius, eu quero experimentar as coisas, quero aprender, quero viver — Ela disse
— Você está bêbada, não é hora de tomar uma decisão dessa — Ele disse tentando tranquilizá-la — Vai dormir e amanhã conversamos sobre isso
— Eu to bêbada sim, e vou aproveitar isso, eu estou terminando com você, amanhã vou pro acampamento e vou repensar tudo, quando eu voltar a gente vê o que faz, preciso desse tempo
— Você vai ficar com mais gente no acampamento? — Ele perguntou trêmulo
— Não é da sua conta, quando eu voltar te mando mensagem pra saber o que vamos fazer, boa noite — Ela desligou
Ele tentou ligar de novo, mas o telefone estava desligado
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