Ametista 1 – Capítulo 13 – Cunhadinho

Ametista

Ametista 1 – Capítulo 13 – Cunhadinho

0
(0)

— Ametista? — Vanderlei falou confuso — Eu, eu achei que, eu não… — Ele não sabia o que dizer, parecia nervoso

— Nossa Van, eu achei que fosse outra pessoa — Ela disse e sentiu um elo — Digo, quer dizer, eu achei que

Ambos pararam e se olharam, aflitos, preocupados, ficaram em silêncio por alguns segundos, Ametista resolveu quebrar o silêncio

— Sua noiva está aqui? — Ela perguntou preocupada

— Não — Ele respondeu apressado — Não está não, pelo amor de Deus — Coçou a nuca nervoso, o suor descendo pela testa — E o Vini, ele ia trabalhar até mais tarde, ele me disse, ele veio? — A pergunta foi praticamente retórica, ele sabia que Vinícius não estava ali

— Não, ele não está aqui — Ametista respondeu nervosa, não tinha o que falar, estava exposta, mas Vanderlei também estava, ambos estavam

Ela respirou fundo, olhou pra ele

— Tá bom cunhado — Ametista falou tomando coragem — Ambos estamos fazendo merda

Ele sorriu sem jeito

— Pois é — Falou envergonhado — Não conta nada pra minha noiva, por favor

Ela sorriu

— Com certeza eu não vou contar, jamais! — Ametista disse

— Eu, eu também não falo de você — Vanderlei disse

— É o mínimo que eu espero né — Ametista disse nervosa e enérgica — Pelo amor de Deus — Sentia suas mãos tremerem

Olhou para o lado e Lola beijava o amigo de Vanderlei, ficaram em silêncio observando e ouvindo a música, até que Vanderlei chamou a atenção de Ametista

— Cunhadinha, quer tomar um refrigerante? — Ele perguntou nervoso

Ela o mediu debaixo em cima, era bonito, maior que o namorado, mais velho, mais experiente, sempre a comia com os olhos, mas jamais havia faltado com o respeito.

— Não, eu quero Whiskey — Ametista disse séria

Ele sorriu

— Você bebe? — Ele perguntou curioso

— Se eu não bebia vou começar agora — Ela passou por ele em direção ao bar

Vanderlei foi atrás, seguindo-a, acelerou para alcançá-la, havia uma pequena fila, ela parou de braços cruzados, a cabeça estava a mil, como seria aquilo, não queria expor Vinicius, ainda mais para o irmão, isso parecia ser inevitável

— Se tivesse me avisado que viria eu podia ter te dado uma carona — Vanderlei falou ao parar ao lado dela

Ela olhou com cara de poucos amigos

— Eu não queria a que ninguém soubesse que eu estou aqui — Ametista disse o óbvio

— É, nem eu — Vandelei repetiu sem jeito — Meu irmão sabe que você está aqui?

— O que interessa? — Ametista disse azeda

Vanderlei mostrou as palmas da mão

— Calma, calma cunhadinha, não ficar puta comigo, você também ta fazendo merda, não sou só eu

Ela abriu a boca, indignada, mas não tinha o que falar, apenas virou-se para frente petulante

— O que foi cunhadinha, não foi bom o beijo? — Vanderlei perguntou risonho, estava arriscando

Ela olhou pra ele séria

— Você tem problema? — Perguntou nervosa — Eu sou a noiva do seu irmão, sua cunhada!

— Eu sei, mas beijei tão mal assim pra você ficar puta comigo? — Ele perguntou

— Eu não sou puta não! — Ela respondeu ao entender ao pé da letra, estava nervosa, não conseguia pensar com clareza, ele era mais alto que Vinícius, ela tinha que olhar para cima para falar com ele, sem querer olhou pra boca dele

— Eu sei que não é puta — Ele disse — Não foi isso que eu quis dizer

— Não! — Ela disse de surpresa

— Não o que? — Ele perguntou sem entender

A fila andou e ela se aproximou do balcão

— Quero um Black Label com energético — Olhou para Vanderlei — Você vai querer o que?

— Quero uma dose pura de Whiskey — Falou para o barman

Ametista sorriu levemente, adorou a bebida forte que ele havia pedido, era sinal de virilidade e ela amava homens machões

— Não o que? — Ele reiterou a pergunta

— Você não beija mal — Ela respondeu pegando a bebida dela e agradecendo ao girar nos calcanhares e se distanciar

Vanderlei a alcançou, pararam em um lugar que conseguiam ver o palco

— Sua amiga ali tá arrebentando meu camarada — Vanderlei falou com o copo de plastico na mão apontando para Lola agarrada ao amigo dele

— Sim, ela tá no tesão e tá mais bêbada que eu — Ametista disse e em seguida olhou para o cunhado — Eu não bebo

Ele sorriu

— Eu senti o gosto na sua língua — Ele disse — Tá tudo bem, esse aqui vai ser nosso segredo

Ela soltou o ar, parecia nervosa

— Puta que me pariu, não era pra essa merda acontecer — Ela falou e bebeu um gole da bebida, viu que ele a observava — Quer? — Perguntou a ele

— Não, tenho o meu — Ele mostrou o seu copo — Me responde uma coisa

— Que coisa? — Ela perguntou curiosa dando outra bicada na bebida

— Você veio fazer o que aqui? — A pergunta dele era capciosa

Ametista sentiu que sua própria perna tremia, mexendo de ansiedade

— Olha cunhado — Ela falou nervosa — Vou ser direta com você, já me fodi mesmo, espero sinceridade sua, vou abrir o jogo, posso confiar? — Ela disse

Ele olhou e demorou um pouco a responder, ela continuou

— Por que se eu não puder confiar em você isso vai fuder bem rápido por que você também não vai poder confiar em mim — Ela disse nervosa

— Calma — Ele disse — Eu confio em você, não precisa me ameaçar

— Eu não estou te ameaçando, o fato é que estos os dois errados aqui, então eu to disposta a falar se você também tiver, aí é jogo aberto — Ela disse

Ele fez que sim com a cabeça, os olhos dele percorriam o corpo dela, o copo e a boca, estendeu a mão para ela

— De acordo — Falou atencioso

Ela pegou na mão dele e apertou, soltou a mão e virou-se de novo para o show musical, não conseguia mesmo prestar atenção, ouvia uma especie de chiado no ouvido de tão nervosa que estava.

— E aí? — Vanderlei insistiu

— E aí o que? — Ela respondeu evasiva dando outra bicada na bebida

— O que você veio fazer aqui? — Ele perguntou

— Fala você primeiro — Ela disse nervosa

— Eu vim pra festa, vim aqui curtir, se desse, ficaria com alguém, e você? — Ele disse simplório

— Eu vim pra isso também — Ela disse — Vim com a minha prima

— Eu vim de moto — Ele disse — Posso te dar uma carona quando você for embora, tenho um capacete na mala

Ela olhou para ele desconfiada

— Vai cunhadinha, não vou te comer — Ele disse usando as palavras erradas — Desculpe — Falou quando percebeu — Eu não quero te comer

— Não quer? — Ela perguntou curiosa vendo o embaraço dele

— Não, quer dizer, quero — Ele se enrolou e mexeu a mão nervoso de forma que o Whiskey saltou do copo

Ela riu de vê-lo atrapalhado

— Quer ou não quer? — Ela perguntou se divertindo 

— Quero — Ele disse — Quem não quer — Falou sério

Ela ficou séria também, deu outra golada na bebida, se encararam

— Meu irmão sabe que você veio beijar homens aqui? — Vanderlei perguntou

— O que você acha? — Ela perguntou, não queria mentir, queria que ele desse o parecer

— Ele é bem submisso, não me admiraria se você fizesse ele trouxa — Ele falou dando de ombros

— Eu não faço seu irmão de trouxa — Ela disse — Não escondo nada dele — Ametista disse sem querer

— Não? — Vanderlei perguntou curioso — Vai contar que me beijou

— Tá louco né? — Ela falou — E foi só um beijo, foi sem querer mesmo — Ametista justificou — Você vai contar pra Fátima que me beijou?

Ele riu debochado

— Ela me mataria, jamais — Vanderlei disse

— Não vou falar isso pro seu irmão, óbvio — Ametista disse — Tem nem cabimento, nem é importante

— E como você vai justificar que veio aqui? — Vanderlei perguntou

— Ué, eu vim com a minha prima, pro show, pra festa, ele não estava, não é por que eu saio sozinha que tenho que chupar a língua de alguém — Ametista falou sentindo o peso da bebida, ela deu outro gole e acabou, a voz já estava mole

— Você tá bonita — Vanderlei disse — Mais bonita que hoje a tarde

— Obrigada — Ametista disse parecendo bêbada — Para de olhar pra minha bunda tá, eu sei que você olha!

Ele riu

— Quem não olha cunhadinha? — Ele falou debochado — Seu bumbum é perfeito, só de olhar a galera delira

Ela olhou em volta, estava com o copo na mão, encontrou um lixo do outro lado, caminhou devagar, passando por Vanderlei, ele virou o corpo para vê-la caminhar, ela rebolou mais que o normal, ao chegar no lixo juntou as pernas e inclinou o corpo empinando levemente o bumbum e jogando no lixo, errou

— Porra! — Falou bêbada com a voz abafada pelo som alto, abaixou-se e pegou, ficou com a buda empinada virada para Vanderlei enquanto pegava e jogava no lixo

Voltou para próximo dele

— Belo show — Ele disse animado

Ela sorriu

— Eu sabia que você olhava — Ela disse satisfeita

Uma corrente de ar bateu e a fez tremer e esfregar os braços

— Tá com frio? — Ele perguntou observando

— Um pouco, tenho que esperar minha prima pra ir embora, vou lá procurar ela, to com sono já — Falou disfarçando enquanto bocejava de maneira falsa

Ele se aproximou e a abraçou, puxando-a de lado para seu peito, ela sentiu o calor, era bom, aconchegante, sem falar nada ela virou o corpo de frente para ele e enfiou as mãos embaixo da jaqueta agarrando as costas dele, encostando o rosto no peito quente, sentiu um arrepio, aquilo era proibido, o calor era gostoso, a sensação de segurança e de coisa errada era grande.

— Quentinho! — Ela disse com a voz dengosa enquanto ele a envolvia com os braços

Ela fechou os olhos e disse

— Como a gente vai fazer hein? — Ela parecia preocupada — Digo, daqui pra frente, como vai ser?

— Foi só um beijinho cunhadinha, não precisa se preocupar — Ele disse

— Não foi só um beijinho — Ela disse — Foi um puta beijão de língua

— Admito que foi delicioso — Ele disse — Tinha muita vontade de fazer isso

Ela bateu no peito dele com a mão, sem força.

— Safado, eu sou sua cunhadinha, me respeita — Ela disse com a voz mole e divertida

— Você quer esquecer o beijo? — Ele perguntou curioso

— Eu não vou esquecer — Ela disse sincera — Foi bom, não dá para esquecer isso, é muito errado também.

— Seria mais errado se a gente tivesse continuado? — Vanderlei perguntou curioso

— Não tem mais ou menos errado, se errou já era, tá errado — A voz dela era cada vez mais mole

Sentiu algo em seu rosto enquanto estava encostada no peito dele para se aquecer, a mão quente dele, pegou no queixo dela, ergueu a cabeça para cima ela viu ele se aproximando e a língua dele invadindo a boca dela, chupando sua língua de dentro da boca, não o impediu, mas poderia se quisesse

Ela o empurrou com delicadeza depois de alguns segundos

— Meu, você é doido? — Ela falou nervosa olhando em volta preocupada

— Não tem meio errado, você disse, a gente já errou, já era — Vanderlei falou usando a lógica dela mesma

Ela olhou pra ele, olhou em volta preocupada e avançou, e esticou a mão, passou a mão no rosto dele, era muito diferente do de Vinicius, era mais velho, a barba áspera a falta de cabelos dava a expressão total de motoqueiro badboy.

— Adoro sua barba, é gostosa — Ela falou acariciando devagar

Ele apenas aguardou

Ela ergueu os dois braços e pegou no pescoço dele puxando para um beijo delicioso que durou quase um minuto, as mãos dele acariciavam as costas dela, as coxas com cuidado e com respeito.

Ela riu quando paro o beijo e deu um passo pra trás

— Que merda! — Falou sorridente

— Foi ruim? — Ele perguntou confuso

— Não, foi ótimo — Ela disse — Tesão da porra — Falou animada — To fudida!

Ele também riu

— Né, tô quase te levando pra um motel — Ele disse animado

Ela riu e o abraçou, colocando novamente as mãos por dentro da jaqueta para se esquentar, corpos colados, alguns segundos depois

— Seu pau tá pulsando — Ela falou abraçada a ele — Ficou com tesão também né? — Ela perguntou ao sentir o pau dele encostado na barriga dela

— Você não tem ideia de como eu tô — Ele disse nervoso

Delicadamente ela passou a mão no pau dele por cima da calça jeans, apertando e sentindo o contorno, parecia grande, mas não podia ter certeza com o tecido duro do Jeans

— Ahm eu tenho ideia sim! — Ela falou animada e risonha — Tá fervendo dá pra sentir! — Disse rindo

— Vamos embora comigo? — Ele falou animado

— Vamos, mas eu tenho que avisar minha prima, senão ela vai ficar preocupada — Falou com a voz mole se afastando um pouco dele

— Fala que a gente vai pra outra festa, aí a gente vai pra um motel — Vanderlei falou segurando a mão dela

— Não não — Ametista disse direta— Eu não vou meter com você, tá louco? — Ela disse — Me leva pra casa só isso

— Ah cunhadinha, to no maior tesão, vou te chupar todinha, vai ser uma delicia — Ele falou e beijou o pescoço dela

— Não duvido, mas eu não posso— Ela disse pensativa — Não hoje

— Não hoje? — Ele riu

— É, prometi que não ia transar hoje — Ela disse sincera

— E você cumpre suas promessas? — Ele perguntou curioso

— Sim, todas! — Ela disse

— Então vamos sair comigo? — Vanderlei perguntou sorridente

— Pra casa? — Ela perguntou já meio aérea

— Pra um motel — Ele insistiu

— Eu disse que não posso — Ela respondeu reafirmando

— Não, não hoje — Ele pegou a mão dela e beijou — Eu te levo pra casa em segurança, aí a gente marca outro dia e sai, o que acha

Ela tirou a mão que ele beijava

— Ai cunhado, sei não — Ela falou pensativa — É Zuado isso, se descobrirem vai dar ruim

— Seu problema é se descobrirem ou transar comigo? — Ele perguntou curioso

— O que você acha? — Ela perguntou nervosa

— Acho que o problema é alguém ver, por que por você, já tava comigo faz tempo — Ele disse sério

Ela riu e mexeu no cabelo

— Você que tá falando — Ela disse sincera

— Mas e aí, topa? te levo de boa, tranquilo, aí marcamos outro dia, te levo num motel top, lá em São Paulo, ninguém vai ver, a gente tira o dia só pra nós dois

Ela olhou séria pra ele

— E vamos fazer o que? — Ela perguntou

— O que você acha? — Ele perguntou imitando a pergunta dela

Ela riu

— Eu não acho nada, você me diz — Ela falou animada mexendo no celular

— Quero você, pelada — Ele disse olhando ela.

Ametista levantou a cabeça e olhou pra ele, engoliu seco

— Tá falando sério? — Ela perguntou curiosa

— Tô sim, sempre sonhei em te ver nua, em ter você pra mim — Vanderlei disse animado

— Eu não vou ser sua, sou do seu irmão, você sabe né? — Ela disse — Isso não vai mudar

— Eu sei, minha eu digo no sentido de naquele momento, estar comigo, só nós dois — Ele disse

— Tá bom — Ela falou — Mas tem que me levar pra comer também e me comprar um presente e o lugar tem que ser bonito, por que eu nunca fui pra um motel

Ele sorriu

— Combinado, não pode voltar furar hein? — Vanderlei disse animado

— Eu sempre cumpro as minhas promessas, pode me cobrar essa, a gente dá um jeito quando seu irmão voltar

Ela pegou o celular e colocou na orelha

— Fê, oi, então, vou embora com o irmão do Vini, ele tá aqui — Ouviu por alguns segundos, olhou para Vanderlei — Não, tudo bem, tá tranquilo, obrigada tá — Falou mais algumas coisas e desligou

Guardou o celular e olhou pra Vini

— Você uma vez disse que me pegou no colo quando eu era pequena, era verdade? — Ela falou puxando ele pela mão enquanto olhava em volta 

— Era sim, você tinha uns 2 anos e eu tinha quinze acho — Ele falou — Por que?

— Não é estranho beijar alguém que você beijou no colo, e desejar ela fisicamente? — Ametista disse procurando algo na multidão

— Eu, é — Vanderlei não sabia o que responder — Não sei

— Eu não to te chamando de nada tá, fica tranquilo, só foi um pensamento, sei que você me quer agora, não quando eu era um bebe — Ela disse parecendo distraída — E talvez quando eu era adolescente, mas deixa isso pra lá — Ficou na ponta dos pés — Achei!

Puxou Vanderlei para próximo de Lola que beijava um homem

— Lola — ela cutucou a amiga

Lola parou o beijo e olhou para Ametista

— Ame? — Olhou para o rapaz — Se deu bem hein!

— A gente vai embora tá, não vou voltar com vocês — Ametista disse para Lola

Lola ergueu a mão para um High Five

— Ah você se deu bem mesmo hein! — Falou animada

Ametista tocou na mão dela para não deixá-la sem graça

— Ele é meu cunhado, irmão do meu noivo — Ametista disse séria

Lola arregalou os olhos

— Mas e aí, eu vi vocês — Falou preocupada

— Relaxa — Ametista disse sincera — Foi um mal entendido, a gente beijou sem saber, sem se conhecer, mas agora está tudo certo, ele vai me levar pra minha casa por que ta indo embora também, acabou a noite pra gente

— Puts meu, desculpa, eu não queria essa enrascada pra você, foi mal — Lola disse preocupada

— Relaxa, agora tá tudo bem, não vai dar nada, a gente conversou — Vanderlei ouvia tudo e falava baixo com o homem que estava com Lola

Lola olhou para ela, parecia apreensiva

— Posso falar com você a sós? — Puxou Ametista para um pouco longe — Tá tudo bem mesmo? tem certeza que dá pra confiar nele?

— Tenho sim amiga, pode ficar tranquila, a gente beijou, não sabia, ficamos no tesão, demos outro beijo, mas conversamos, isso vai ficar assim mesmo, aí ele tá de moto e tem como me levar em casa, obrigada pela preocupação — Ametista disse arrumando o cabelo de Lola — E seu boy, vai dar lucro hoje?

Lola fez cara de frustrada

— Não ia, mas acho que agora vai — Falou triste

— Ué, por que? — Ametista disse sem entender

— Na boa, eu tinha a esperança de terminar essa noite colando o velcro com você, aquele nosso beijo lá no banheiro, senti escorrer nas minhas pernas

Ametista sorriu, tinha poucas experiências lésbicas

— Foi bem gostoso, mas eu não posso transar, prometi que não ia fazer nada errado — Falou pensativa — Mas pega meu número, vamos conversando

Lola se empolgou, deu o celular para Ametista que digitou o número e devolveu

— Só cuidado quando for me mandar mensagem hein, você é minha “Amiga” — Fez aspas com os dedos na palavra amiga

Lola sorriu e se aproximou, deu um selinho em Ametista, ela não se afastou, o selinho virou uma chupada no lábio inferior de Ametista e logo as línguas se acariciavam por poucos segundos, Ametista a afastou

— Tchau — Falou animada e deu uma piscada.

No estacionamento ela andou de mãos dadas com o cunhado até a moto, era uma moto grande, ela nunca havia andado em estrada, apenas voltas na garupa, no quarteirão

Vanderlei mexeu no baú da moto e pegou um capacete roxo com desenhos

— É da Fátima? — Ame perguntou para ele

— É sim — Ele disse sem sentimento

— Cara, você é muito putão, dar o capacete da sua atual para uma mina que você ta pegando — Ametista riu debochada

— Ou isso ou vai sem capacete — Ele disse também debochado — Mas espera aí

— O que? — Ela disse

Ele pegou o capacete ela e colocou no guidão da moto

— Quando a gente voltar lá não vai ter como trocar um carinho — Ele disse se aproximando e abraçando Ametista

— Quer um carinho é? — Ela falou dengosa

A música estava baixa agora podiam conversar normalmente

— Quero — Ele disse

— Dá beijinho na sua cunhadinha então — Ela disse com a voz baixa

Ele obedeceu, a beijou, dessa vez beijaram-se sem preocupação, chupadas, mordidas, beijinhos na bochecha, pescoço, as mãos dele desceram e apertaram a bunda de Ametista, ela gemeu, ele a ergueu e a colocou sentada na moto, a abraçou e mordiscou seu pescoço

— Ai cunhadinho — Ela disse — Não faz isso que eu to com muito tesão, aí é foda

— Deixa rolar cunhadinha — Ele disse animado — Só deixa

— Não, se não jaja eu to de quatro e você me comendo — Ela disse

— Não quer? — Ele disse apertando ela de todos os jeitos que podia

— Quero muito, mas não pode, você tem que esperar, vai me esperar? — Ela perguntou empurrando ele com as duas mãos

Ele respirou fundo

— Vou — Fez um sinal positivo com a cabeça, parecia frustrado

Ela saltou do banco da moto e sorriu

— Eu não sou barata hein, gosto de lugar legal, quero ser mimada! — Ela disse animada — Vai me mimar?

Ele a agarrou

— Vou, muito minha gatinha dengosa — Beijou o pescoço dela

— Só mais um beijinho e vamos — Ela falou risonha

Beijaram-se por mais alguns minutos e se arrumaram para ir, ela se sentou na moto, ele também, ela agarrou a cintura dele, ele ofereceu a jaqueta, mas ela não quis, ele era muito maior que ela de largura, se mantivesse o corpo colado nele o vento não a pegaria

— Só não vai dormir — Ele disse e ela sentiu a voz dele sintetizada dentro do capacete

— Eita, tem som? — Ela disse sem pensar

— Tem, são Bluetooth, estão sincronizados — Ele disse

— Que legal! — Ela falou admirada

— Sim, a Fátima colocou, pra gente conversar enquanto anda — Ele explicou — Mas não tem gravação, pode ficar tranquila

Ela riu, já andavam pela avenida

— Que bom, a gente pode falar putaria que não vai ficar registrado — Ela disse animada

— Caramba hein — Ele disse admirado

— O que? — Ela perguntou sem entender

— Mês passado você era meio chatinha, meio carola, sempre foi linda e engraçada, mas era meio fechada, de umas semanas pra cá começou a usar umas roupas mais bonitas, não que eu já não olhasse pra sua bunda durinha

Ela riu

— Acontece, uma hora a gente acorda pra vida — Ela disse simplória

— Transou, né? — Ele perguntou curioso — Descabaçou meu irmão mesmo?

Ela corou, ele não pôde ver

— Isso não é da sua conta — Ela se protegeu

— Falaram que você tinha dado naquele acampamento, mas falaram que era boato — Vanderlei disse — Falaram que você e meu irmão sumiram a noite

— Deixa de ser indiscreto menino — Ela deu um tapinha nele — A gente é quase casado, podemos fazer o que quiser

Ele riu

— E esse anel aí de castidade? — Ele perguntou curioso

— Ué, existem jeitos da gente se divertir sem tirar nosso selinho — Ela falou, mas se arrependeu de dar tanto detalhe — Além do mais, não é da sua conta tá

Ele apenas deu risada e em seguida completou

— Gosto de saber que você fala putaria, meu pau ta duro ainda desde aquele primeiro beijo — Ele disse animado

— Relaxa ele senão vai cair, ficar tanto tempo assim faz mal — Falou debochada

— Como vou relaxar com você colada em mim me apertando? — Ele falou e tocou a mão dela que segurava na barriga dele

Ela não disse nada, continuaram pela estrada sem conversar, o frio era forte, a velocidade alta e era tudo muito escuro, ela estava assustada

— Tudo bem? Dormiu? — Vanderlei chamou-a

— Tudo, não dormi, tá muito escuro, nunca andei de moto assim a noite — Ela falou preocupada

— Você está se saindo muito bem, só segura e confia em mim — Ele disse

— Tá bom — Ela falou sentindo confiança

— Se abaixar a mão mais um pouco da pra esquentar — Ele disse

Ela não entendeu

— Esquentar o que? — ela perguntou curiosa

— A mão — Ele disse e pegou a mão dela e colocou em cima do proprio pau

Ametista não tirou, sentiu o pau duro, pulsou

— Tá durão — Ela falou acariciando devagar com a ponta dos dedos

— Se mexer assim eu não vou me controlar — Ele disse

— Continua dirigindo aí — Ela falou — A direção é com você, o carinho é comigo — Falou sorridente

Por cima da calça acariciou, apertou, passou a mão, precisava passar com um pouco de força, já estavam próximo de casa, ela conseguiu posicionar o pau dele para ficar de lado, agarrou

— É uma pica grande hein! — Ela disse — Pelo que to sentindo é grossona

— Você quer ver? — Ele disse — Eu mostro

— Hoje não posso, já disse — Ela falou ainda acariciando e sentindo pulsar mais — Mas eu vou ver depois

Ela continuou a acariciar, apertar cada vez mais rápido, não sabia se conseguiria o efeito que queria, mas queria tentar, nunca havia feito aquilo daquela maneira, não era especialista no funcionamento do pênis, mas sabia que era sensível

Ele diminuiu a velocidade da moto próximo de casa

— Vai, não para não — Ela falou

— É que você tá me desconcentrando, se fizer mais disso eu não vou aguentar

Ela segurou e apertou

— Vai e para na pracinha na frente da minha casa que eu continuo pra você — Ela falou

Ele acelerou, ela segurou o pau dele por cima o caminho todo, ele chegou na frente da casa dela e parou na praça, no escuro das árvores, era de madrugada, não havia mais ninguém, ele parou a moto

Ela começou a acariciar o pau dele por cima da calça

— Deixa eu tirar, pra você pegar nele — Ele disse alucinado

— Cala a boca, fica quietinho — Ela falou masturbando ele freneticamente, sentindo sua mao esquentar — Tá gostoso?

Mas a resposta dele não veio com ela esperava, ele apenas gemeu e ela sentiu o corpo dele tremer e ter espasmos, ela não parou imediatamente, continuou devagar, lembrou do pau dos homens, sabia que ficava sensível, começou a diminuir o ritmo devagar, segurou e apertou, sentiu o tecido molhar

— Caramba, melou tudo — Ela disse animada

Ele respirava ofegante

— Caralho cunhadinha — Ele disse parecendo cansado

Ela desmontou da moto e tirou o capacete

— É de familia mesmo, se colocar a mão explode — Ela falou debochada — Seu irmão, se eu pego ele goza na hora

— E você pega muito? — Ele perguntou sorridente

Ela fez uma careta de deboche pra ele, indicando que não era da conta dele

Se aproximou e olhou em volta, deu a bochecha para ele beijar, mas ele robou um selinho e chupou o lábio inferior dela

— Tchau cunhadinha gostosa — Ele disse animado

Ele tirou o chapéu de Cowboy dela do baú e entregou

— Tchau cunhadinho — Ela falou animada e saiu rebolando para casa colocando o chapéu

Ele ficou olhando a calça jeans dela entrar no bumbum de forma sensual

Havia mandado mensagem para a mãe que estava chegando.

Aquela noite Ame se masturbou pensando no cunhado e em partes em Lola, estava confusa, mas sabia que queria transar.

O efeito da bebida havia passado, ela se arrependeu de ter ficado com ele, mas agora era tarde demais, havia prometido que iria sair com ele e aquilo certamente seria um problema.

Olhou para o Anel de castidade e tirou-o, pensou em Vini

— É meu amor — Falou para o anel — Você vai perder a utilidade amanhã

O que você achou dessa capítulo?

Clique nas estrelas

Razoável 0 / 5. Número de votos: 0

Dê a sua opinião, o que achou?

Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.

Publicar comentário