É assim que eu me lembro 2 – Capítulo 01 – A chegada
A Viagem do aeroporto até em casa foi animada, eu me senti renovado pela visão de Danielle, mesmo visualmente diferente ela ainda me amava, poderíamos conversar sobre tudo o que ocorreu, eu queria saber tudo da vida dela de novo, eu estava eufórico, mas não deixei transparecer, recebi uma injeção de energia em meu corpo, eu que me sentia dormente a sete anos, agora tudo voltou a funcionar, é como se eu é quem houvesse perdido a memória nesse tempo que passou pois não me lembro de nada muito importante dessa época, a amizade, o amor e companheirismo de Christiane foram excelentes, sem ela eu certamente teria feito alguma besteira contra minha própria vida. Muitas pessoas acreditam na existência de almas gêmeas, mas eu acredito que uma alma, quando é feita, é gigante, perfeita e completa, dentro dela existem o amor, a paixão, a amizade, a inteligência e também a raiva e a inveja assim como os demais sentimentos bons e ruins, todos eles completos, no momento em que vamos ganhar vida essa alma se divide em centena de milhares de pedaços e viaja pelo universo depositando seus fragmentos em alguns locais e eras diferentes, para que esses pedaços se encontrem e caminhem juntos. Eu, assim como você, sou apenas um fragmentos de almas maiores. Eu encontrei dois fragmentos de minha alma original: Christiane e Danielle. Não pretendo procurar mais fragmentos, pois creio que a Inteligência de Christiane, o Amor de Danielle e a minha Racionalidade são combustíveis suficientes para vidas inteiras.
Chegamos em casa e descarregamos as malas, como sempre ninguém me auxiliou, sobrou para o porteiro, agora vamos morar em um prédio, Steve nos disse que poderíamos morar em seu apartamento já mobilhado por tempo indeterminado, minha sogra Kátia fez uma enorme pressão para que Christiane aceitasse de bom grado e que após eu retornar do Hospital mudássemos imediatamente, aceitei a mudança, mas até hoje nunca havíamos mudado realmente sempre gostei da casa antiga, decidimos que com a vinda deles passaríamos a morar definitivamente no apartamento, mesmo para não magoar Steve e Dona Kátia.
O Incidente que tirou a apagou minha Danielle foi realmente traumático, passei dias e noites sem poder dormir, imaginando uma arma atirando em mim, em Christiane, em Danielle, em Táta e todos que eu amava de verdade, nos meus sonhos eu tentava segurar as balas, mas elas atravessavam minha mão e sempre acertavam em cheio as pessoas, incontáveis foram as noites em que acordei Christiane gritando desesperadamente por um sonho que me atormentava, ela foi muito compreensiva, e sempre que isso acontecia me abraçava e me beijava, me trazendo para a realidade da vida e sussurrando palavras de carinho e conforto em meus ouvidos para em seguida adormecer, eu sempre fingia adormecer primeiro para que ela pudesse dormir, mas a verdade é que eu ficava horas e horas acordado, meu cabelo se tornou um rebelde e ganhei vários fios brancos, meus olhos se tornaram opacos e minhas olheiras profundas, minhas expressão passou de séria para severa, não que eu tenha me tornado uma má pessoa, mas estava agindo no modo “automático”, ia em festas que não tocavam musica, comia sem perceber o sabor e bebia sentindo ainda um nó na garganta, as pessoas deixavam de existir para mim no momento em que saiam da minha frente, eu queria chorar, mas não conseguia.
“Nossa que lugar bonito” disse Danielle com as duas mãos na cintura olhando em volta e apreciando o local, havíamos visitado aquele mesmo lugar horas antes de sermos vítimas da violência e intolerância do ser humano eu ia abrir a boca para dizer que ela já estivera ali, mas me lembrei que ela não possuía memória sobre quase nada, resolvi me calar e Christiane foi quem acrescentou “É, é lindo mesmo, o Beto me falou que você o Steve e ele vieram aqui uma vez” Danielle olhou para Christiane, depois para Steve e para mim, mudou a direção de seu olhar para o chão e disse “Não lembro” Steve riu e disse em um português perfeito “Vocês vão ouvir muito isso por aqui” todos rimos e Steve disse “Estaremos dois andares a cima de vocês, quando voltarmos para o Canadá a Dani vai ficar morando aqui” Christiane disse “Muito bom, Dani a clinica é pertinho daqui da para você ir a pé se quiser” e ela disse empolgada “Sim, quero muito conhecer lá” o sentimento de avisá-la de que ela já conhecia o local me veio novamente, mas me calei. Fomos até o apartamento que Steve disse, dois andares acima, tudo que havia eram caixas e mais caixas de móveis, alguns estavam montados mas a maioria ainda estava nas caixas e eu disse “Estou acompanhando a montagem dos móveis, está essa bagunça de caixas pois o pessoal montou a estante e os dois guarda- roupas hoje cedo” Christiane disse “Vamos descer até lá em casa, vocês tomam um banho e eu vou preparar algo para comer.
Voltamos até o nosso apartamento mas dona Kátia não quis deixar que Christiane fosse ao mercado, não havia nada para comer na casa, seu pé estava machucado, e Christiane mal conseguia andar e eu disse “Christiane, você prometeu que iríamos ao médico quando voltássemos” ela me olhou e coçou a cabeça “Eu sei amor, mas é que já ta melhorando” minha sogra disse “Melhorando nada, ta preto isso, vamos embora para o médico” e Christiane disse “Não, peraí gente, faz assim, vão tomar um banho, se trocar, eu vou tomar um banho também e deixar um pouco de água quente cair sobre o pé e depois a gente come algo e vai para o hospital, pode ser?”todos concordamos e fomos nos banhar. Mesmo com a pouca utilização do apartamento, pagamos a empregada para trocar ao menos uma vez por semana as roupas de cama, toalhas das gavetas e etc para que nada ficasse empoeirado, Christiane e eu fomos para o nosso quarto, Steve e Kátia pegaram um quarto grande e Danielle o quarto menor, no início do corredor, todos tinham banheiro.
No banho, ajudei Christiane a se posicionar para que tentasse colocar o pé na água quente e ver se melhorava algo, cerca de 15 minutos depois ela disse que já estava boa e eu perguntei “Se eu pegar um cachorro que foi atropelado, que está machucado mas sem ferimento aparente, e colocar ele na água quente adianta ele vai melhorar” e ela falou brava “Claro que não né, quer matar ele?” e eu disse “Então para de graça que seu pé está do mesmo jeito, você é médica e quer se enganar?” Christiane fez uma careta e me mostrou seu dedo do meio mostrando sua mal criação, ela ficou de pé se apoiando na parede e eu apreciei seu corpo, como anos não fazia, sua pele parecia mais escura, era como se eu houvesse estado fora, a abracei por trás e coloquei as mãos em seus seios, ela inclinou a cabeça e me perguntou com uma voz dengosa “Ta tudo bem amor?” eu dei-lhe um beijo no pescoço e disse “Está sim”, esfreguei lhe as costas. Saímos do banho, vesti uma calça jeans com uma camisa polo e um tênis, peguei uma roupa leve para e a forcei a vestir Christiane, um vestido azul escuro, de pano grosso e que segue até as canelas, mostra as costas e tem um decote comportado com botões pretos na frente, ela reclamou e disse “Ai amor, vestido não, vão ficar olhando debaixo da minha saia no médico, você vai ver” e eu disse “Para de besteira, se precisarem enfaixar seu pé você pode tirar a roupa fácil, se não vão ter que rasgar sua calça” ela arregalou o olho e fez que sim com a cabeça. Coloquei um pé do sapato de Christiane e peguei outro, colocando no bolso, então Christiane me perguntou “Ta feliz que a Dani não é Daniel?” e eu me fiz de desentendido “Como é? “ ela disse “Perguntei se você está feliz de a Dani ter permanecido Dani e não ter virado homem de verdade” e eu disse “Eu gosto mais dela como Danielle, estou feliz com isso sim, estou feliz por ela estar bem” e Christiane falou “Eu vi você a abraçando, todos nós vimos” e eu disse “Aonde?” e ela respondeu “No café, vimos quando vocês se beijaram, mas Steve e minha mãe não perceberam por que estava muito longe, mas eu vi” fiquei em silêncio e procurei a sua bolsa e ela disse “Eu sei que você ama ela demais, já disse uma vez que não tenho ciúmes dela ao ponto de enlouquecer, eu também a amo muito, eu quero que você volte a ser a pessoa que era antes do acidente, mas se precisarmos continuar como estava, teremos que ter uma conversinha, nós três” eu me aproximei dela e a beijei e disse “Acho que aquela época já passou” respirei fundo e disse “Vamos gatinha, vamos embora para o hospital” e ela disse “Não, vamos embora comer!”.
Chegamos na sala Steve e Dona Kátia riam de algo na televisão, era um programa com famílias problemáticas e o tema era “Minha esposa bate em mim, mas eu a amo” sentei Christiane no sofá pois ela estava pulando para que esperássemos Dani, mal Christiane sentou ela apareceu. Sempre é difícil descrevê-la, sempre está fantástica para mim, mesmo quando estava sem cabelos na cama do hospital eu a achei linda, estava agora com uma blusinha preta de alcinhas da largura de dois dedos, seu sutiã não aparecia como da outra roupa, usava agora uma calça jeans bem justa e tênis, estava também de óculos, aparentemente de leitura, seu cabelo vermelho estava amarrado eu não podia vê-lo caindo pelos ombros, estava todo enrolando na cabeça, usava pulseiras de metal e anéis, além de alguns brincos na orelha esquerda e nenhum na direita, também tinha um piercing no nariz que reluzia, todos os metais que usava eram na cor prata, suas tatuagens escapavam na blusinha busto acima e saiam pelos braços até a região dos pulsos chegou até o meio da sala e disse “Vamos pessoal?” ajudei Christiane a levantar, Christiane mediu Danielle e disse “Vamos lá história em quadrinhos ambulante” todos riram, menos Dani que resmungou algo inaudível.
Almoçamos num restaurante próximo do apartamento e no momento de sair Dani disse “Gente não quer ir no hospital, como faz para chegar na Clínica eu vou lá falar com a Táta” como ela não conhecia nada da região seria até perigoso deixá-la ir sozinha então Christiane disse para mim “Amor, leva ela na Clinica, o Steve vai comigo no outro carro, é bom que ele pratica direção perigosa aqui no Brasil” Steve pegou a carteira do bolso, tirou um papel de dentro e me mostrou sorridente, era sua habilitação brasileira, ela venceria naquele mesmo ano, fomos até em casa e Steve foi com meu carro para o hospital com Christiane e dona Kátia. Dani e eu ficamos juntos, entramos no prédio para pegar as chaves do carro, e esperamos o elevador, um silêncio mortal expandia o abismo imaginário entre nós, ela deixava um dos braços caído e segurava o cotovelo com o outro braço pelas costas, distraída e eu resolvi quebrar o gelo “Gostei dos seus óculos, te dão um ar de mais intelectual”, ela tirou-os e os olhou dizendo “Ah é? não sabia, são para leitura, uso quando minha cabeça dói” novo silêncio, ela recolocou os óculos e ficamos cada um observando os desenhos do teto e do chão, o elevador se abriu para subir e tinha bastante gente dentro, um grupo de amigos, Dani olhou para o elevador e delicadamente disse “Com licença” e se espremeu na multidão, eu deixaria o elevador passar para pegar um mais vazio, mas ao invés disso fui com ela, assim que entrei a pressionei contra a parede de lado, ela se virou de costas e fiquei enconchando-a, senti o calor do seu corpo junto ao meu, percebi que os caras do elevador mostrava uns para os outros com a cabeça a cena que ocorria, ela percebeu também e se virou rápido para mim, ficamos um de frente para o outro, assim que o olhares se encontraram nós sorrimos desconcertados, eu podia sentir a respiração dela em meu pescoço, o elevador parou em um andar e todos exceto Dani e eu desceram, continuei perto dela, apenas para ver se ela iria se desvencilhar de mim, continuei na mesma posição, colado, ela não disse e nem fez nada, o elevador subiu mais dois andares e chegou aonde iríamos descer, Chegamos no apartamento e ela me esperou na porta, peguei a chave e os documentos, voltei e chamamos o elevador, ele chegou vazio, deixei que ela entrasse primeiro e ela foi para o canto do elevador, eu fiquei perto da porta e ela falou “Ei, ta com medo de mim?” eu disse “Não, por que?” ela disse “Chega mais perto, eu não mordo”, eu me aproximei e brinquei “Olha que morde sim” ela ficou vermelha e olhou para baixo, ajeitou o cabelo e disse “É, devo morder mesmo” e eu completei em tom de brincadeira “Mas você não lembra” ela fez um sim com a cabeça, foi um movimento de tristeza, eu peguei em seu queixo e ergui sua cabeça, nossos olhos se encontraram e eu disse “Eu sei que você não lembra”, ela sorriu, a porta do elevador se abriu, a galerinha que estava subindo resolveu descer também, me espremi novamente de frente com Dani, dessa vez fui mais ousado e segurei na sua cintura, devido ao aperto imagino eu, ela levantou as mãos e pousou as palmas no meu peito, segurando em meus ombros com as pontas dos dedos e eu disse “Que situação ein” e ela corou e sorriu dizendo “É né”. Eu conhecia os rapazes que estavam no elevador, eram moradores do prédio e alguns de outros prédios, todos riquinhos, filhinhos de papai, eles olhavam para Danielle, secavam-na sem dó, e davam risadinhas, um deles colou ao braço dela com seu braço, ao ponto de ela se sentir desconfortável, eu olhei feio para ele e ele se virou para não roçar mais.
Chegamos à garagem e Dani saiu na minha frente, alguns rapazes mais atirados, que sabiam que eu era casado falaram comigo “Quem é a mina tio?” e eu disse “É minha cunhada” e um deles falou “Apresenta pra gente ai tio, mó gata” e eu disse “Ela é superior cara, não fica com moleque” e os caras zuaram o rapaz, mas eles eram realmente muito novos para ela, ela ficou me olhando de longe com um sorriso no rosto, quando me aproximei ela perguntou “O que eles falaram?” e eu disse “Eles querem que eu te apresente, te acharam bonita” ela riu e disse “Muito novos pra mim” e eu disse “Imaginei, o que você procura?” e ela disse “Não procuro nada, eu já achei o que eu quero” e nos olhamos nos olhos, ela desviou o olhar, entramos no carro, comecei a dirigir e ela estava estática ao meu lado. Bruscamente ela respirou fundo, tirou os sapatos se ajoelhou no banco, ficou de lado e sentou nas próprias pernas ficando de frente para mim, fingi que não percebi e ela ficou me encarando, olhei de canto de olho e perguntei “O que foi?” ela falou “Já fizemos isso né?” e eu perguntei “Andar de carro? Várias vezes” e ela disse “Não, isso não, eu ficava assim do seu lado né? Quando estávamos sozinhos” eu olhei para ela confirmei com a cabeça, ela encostou sua cabeça no encosto do banco e olhou através de mim, eu perguntei “Tudo bem?” ela disse com uma voz baixa e devagar “É difícil pra mim, eu queria me lembrar, desculpe” e eu disse “Não tem por que se desculpar, querida” e passei a mão em sua perna, ela se assustou, e se endireitou no banco, ajustando o cinto de segurança, estávamos quase chegando, isso me magoou, ela se esquivou como se eu fosse machucá-la, não demonstrei nada, ela não tinha culpa de não se lembrar, se tivesse que acontecer algo, iria acontecer.
Chegamos na Clínica e a sala de espera estava vazia, entrei e chamei Táta que estava atendendo naquela hora, ela veio correndo e me deu um selinho, ela sempre fazia aquilo quando não tinha ninguém olhando e disse “Oi Tio, ta bonitão ein” eu sorri e disse “Você também está linda, eu trouxe um presente pra você” e apontei para a sala de espera, ela franziu a testa e foi em direção à sala de espera, pude ouvir os gritinhos de emoção dela, antes quando cheguei na sala as duas estava abraçadas, muito forte, Táta estava com os pés fora do chão, sempre teve uma estrutura física bem franzina. Vi Dani com os olhos fechados e com lágrimas, ela girou devagar Táta no alto e eu pude ver o rosto de Táta molhado pelas lágrimas, Joyce a recepcionista me perguntou “Sr. Alberto, quem é a moça?” e eu disse “Essa é a Dani, irmã da Christiane, tia da Táta” e Joyce de um murmúrio de compreensão e perguntou “Faz tempo que elas não se veem ein?” e eu disse “Uma vida inteira”. Inesperadamente as duas deram um selinho, Joyce me olhou intrigada, eu não disse nada, Táta puxou Dani pelas mãos dizendo “Ai você vai adorar aqui, é muito bom, tem tudo pra gente trabalhar, ai que saudade tia” e parava no meio do caminho para dar um abraço em Dani. Ficamos conversando e mostrando a clínica para Dani, em determinado momento, apareceu um gatinho com conjuntivite, e Táta arrumou um avental para Dani atender junto com ela, e la foram as duas atender, fiquei esperando na recepção, Liguei para Christiane e ela me falou que estava bem e que já havia sido atendida, estava esperando apenas para colocarem uma botinha de imobilização nela, e disse que de lá iria com a mãe e o padrasto para um mercado comprar algumas coisas. Dani então apareceu toda sorridente na sala de espera aonde eu havia acabado de desligar celular e disse “Vamos?”, pelo sorriso dela, eu acabei sorrindo também e perguntei “Gostou de vir aqui” ela andou um pouco e saiu do consultório em silêncio, quando eu saí ela me abraçou e disse “Com você e com a Táta eu me sinto muito bem, obrigado” e segurou no meu abraço, quando me soltou saiu rebolando em direção ao estacionamento, e vi minha menininha serelepe dentro do corpo adulto e tatuado na minha frente.
No caminho para casa, Dani ficou mexendo no radio do carro e não falamos quase nada, já no apartamento, ela se sentou na sala e ligou a TV, eu ia saindo, pois me parecia que ela não ficava muito a vontade comigo por perto e ela me perguntou “Aonde você vai?” eu olhei surpreso e disse “Vou para meu quarto, para deixar você mais a vontade” ela me olhou, inclinou levemente a cabeça para a esquerda e disse “Fica comigo aqui” eu sorri e disse “Tá, vou pegar algo para beber e já volto”, peguei uma jarra de água gelada, e sentei no sofá ao seu lado, ela se encostou em mim e com o controle zapeava a TV, deu a volta nos cerca de 60 canais e disse “Não é possível, não tá passando nada?” e eu disse “Esse horário é complicado mesmo”, ela parou em um canal aonde passava um filme qualquer de romance, e o casal se beijou, ela respirou fundo e não disse nada, eu perguntei “Tudo bem? Por que a respiração funda?” e ela disse sem me olhar “Eu leio minhas anotações no diário e as vezes penso que é a vida de outra pessoa, eu li que você eu nos amávamos, nos beijávamos e fazíamos outras coisas” e eu para instiga-la perguntei “Que outras coisas?” ela se desencostou de mim e me olhou assustada e disse disfarçando “Outras coisas, você sabe…” e eu perguntei “No diária dizia que a gente fazia amor?” e ela olhando para a televisão fez que sim com a cabeça, eu peguei o controle e desliguei a TV, ela colocou os pés no sofá, e apoiou a cabeça no joelho, me olhou de e eu perguntei “E qual era a sua opinião sobre o que nós fazíamos?” ela respondeu “Sempre que está escrito sobre nós dois transarmos diz que foi bom, eu gostava muito de você” eu disse “Não gosta mais” ela falou “Não sei, você está em minha cabeça sempre, lembro de você em tudo, é confuso” ela olhou para baixo e com a cabeça escondida entre os joelhos disse “Eu te amo sim, mas tenho medo, não te conheço direito” eu sai silenciosamente de onde estava, me ajoelhei na frente dela e disse “Então tente me conhecer para saber se vale a pena” ela se assustou e sorriu, segurou meu rosto com as duas mãos, acariciou minha bochecha e disse “Você está diferente dos meus sonhos, mas ainda parece ser a mesma pessoa… e eu, mudei muito?” eu disse “Fisicamente sim, você tem as tatuagens, está mais velha, mais madura” ficamos nos encarando e ela me perguntou “Eu escrevi que você disse que me amava, e que me achava linda” eu confirmei com a cabeça “Eu sei que parece idiotice, mas você já me viu nua né?” e eu disse “Sim, já te vi nua diversas vezes” e ela disse sem jeito “Mas e…”, fez uma pausa como se quisesse que eu continuasse sua frase, e eu disse “Continue” ela disse pausadamente “Você viu que eu ainda tenho….” e eu completei “Você quer saber se eu vi que você tem um pinto?” os olhos dela se arregalaram para mim, seu rosto ficou mais corado do que estava, ela desviou o olhar de novo e murmurou “É, é, isso” eu levantei sua cabeça novamente pelo queixo e disse “Dani, não só vi como mamei na sua rola diversas vezes”
Ela corou novamente, e sua respiração ficou ofegante, ela olhava em meus olhos e em minha boca, avancei e ela me beijou, fui para cima dela e demos um delicioso beijo de língua, quente e molhado, pude então sentir seu perfume, dei-lhe um beijo no pescoço e percebi que ela estava se entregando para mim, me abraçava e tentava desajeitadamente levantar minha roupa, em um só movimento eu tirei minha camisa e fiquei apenas de calça jeans, ela se ajeitou no sofá, se endireitando, peguei em seus seios por baixo da blusa, levantei o sutiã e passei mão neles, voltamos a nos beijar, estávamos ofegantes, seus biquinhos estavam durinhos, a textura era a mesma, macia quente maravilhosa, apertei e ela gemeu alto, tirei sua blusa e vi seu sutiã preto fosco, sua barriguinha tinha um piercing e vi um pedaço de uma tatuagem que deveria vir das costas e acabava na lateral de sua barriguinha, beijei sua barriga e ela pegou em minha cabeça, gemia e tremia como uma adolescente no seu primeiro dia de sexo, ela puxava meu cabelo e arranhava meu ombro, arranquei seu sutiã e vi seus seios, seus biquinhos rosados, não resisti cai de boca e dei uma chupada que fez barulho, ela fechou os olhos, voltei a beijá-la, encostei minha testa na dela e disse “Isso é o amor que eu sinto por você” ela apenas me olhou com seus lindos olhos grandes e fez que sim com a cabeça, abaixei e abocanhei novamente seus seios, lambi e chupei eles com vontade, desabotoei sua calça e comecei a tirá-la, estava realmente apertada então ela disse “Para, para, por favor” eu parei, estávamos ofegantes, e eu me assustei, pensei que havia machucado e perguntei “O que foi?”, ela fez um movimento de negativo com a cabeça e cobriu os seios com as mãos “Eu nunca fiz isso antes, você acha que esta fazendo isso com a sua Danielle mas eu não sou sua Danielle, nunca transei na minha vida” e caiu aos prantos, se cobriu e ficou no sofá chorando, percebi então que ela era uma pessoa diferente, a antiga Danielle teria aceitado o momento de tesão e partido para o sexo facilmente apenas para ver o que a esperava, mas ela não tinha certeza, eu me ajoelhei no sofá a sua frente e a abracei e disse “Meu amor, calma, eu não sabia que você era virgem” e ela disse chorando “Para você eu não sou, mas pra mim eu sou, nunca fiz sexo com ninguém, não lembro de ter feito com ninguém, eu sonho fazendo amor, e imagino as situações do meu diário mas eu não sei até que ponto é verdade ou fantasia da minha cabeça”, eu afastei suas mãos e seu cabelo e disse “Calma querida, fique calma, vamos devagar ta?” ela me olhou e disse “Anham” concordando comigo, com um olhar de menina assustada e eu disse “Em primeiro lugar, não esconda o seu corpo de mim, ele é lindo e eu amo você do jeito que você é” ela ainda assustada, tirou as mãos devagar da frente do corpo e seus seios caíram alguns centímetros, ela estava ofegante e as lágrimas caiam dos seus olhos, eu disse “Posso tentar? Brincar um pouquinho com você?” e ela disse “O que você vai fazer?” e sorri e disse “Não vou entrar em você, se esse é seu medo” ela me olhou por alguns segundos e concordou com a cabeça, eu tirei devagar sua calça e vi que ela usava uma calcinha preta, em forma de cueca boxer, assim que peguei nas laterais para baixar ela colocou a mão e disse “Não!, eu tenho vergonha”, eu fui até sua boca e a beijei de novo, ela amoleceu, peguei ela pela cintura e puxei em minha direção, passei a mão aonde deveria estar sua bocetinha e disse “Eu sei o que tem aqui Dani, eu conheço sua proteção” ela fez que sim com a cabeça e eu tirei sua calcinha boxer e lá estava a proteção para segurar seu pau para trás, estava volumosa, eu arranquei o adesivo em uma só puxada ela reclamou mas eu a olhei e ela riu, agora escondia os seios de maneira que a fazia parecer uma doce menininha que estava assustada e encolhida, passei a mão em seu pau, ela fechou os olhos e levantou a cabeça batendo-a de leve na parede e disse “Ai meu amor”, o pau dela subiu rápido, e ela disse “Não é justo, tira a roupa também, por favor” eu me levantei e falei “Me ajuda?” ela se sentou no sofá com um sorriso e desabotoou minha calça, tirou minha cueca junto, meu pau subiu rápido e acertou-a na testa, ela se assustou e riu, voltou para o lugar aonde estava, sentada no sofá, aguardando eu terminar o que havia começado, me abaixei e fui em direção a seu rosto, nos beijamos e eu passei a chupar seus seios, percebi que ela pegou no próprio pau e acariciou-o devagar, eu disse “Esquentando os motores pra mim é?” e ela fez que sim com a cabeça e com um sorriso safado no rosto, eu me abaixei e senti um cheiro doce, um perfume, o mesmo que ela usava no pescoço e eu disse “Que cheirinho gostoso” e ela riu baixinho ainda mordendo o lábio”, massageei seu pau, puxei-a pelas coxas para que ela ficasse quase deitada no sofá, levantei o pau e deixei-o em riste, passei a língua em seu cuzinho até na cabeça do pau, ela se contorceu e bateu com força a cabeça na parede e deu uma risadinha dizendo “Ai” e eu disse “Cuidado amor”, abocanhei seu pau, ele já estava super molhado, e chupei com vontade, senti seu gostinho delicioso, percebi que o gosto era diferente de antes, parecia doce, eu não sabia por que, não estava como um pau normal, estava mais gostoso, resolvi curtir, chupei seu pau por uns dois minutos ininterruptos e ela massageava minha cabeça e gemia baixinho, soltava risinhos e interjeições como “ai”, “ui” e etc, o telefone tocou, ela esticou o braço e atendeu “Olô…oi mãe” ela tentou se endireitar no sofá mas eu a segurei, ela não lutou, comecei a acelerar a punheta e percebi que ela dava tapinhas da minha cabeça para que eu parasse e ela continuou “Ta voltando já? Aonde a senhora ta?…..Ah, na rua do prédio?” ela puxou minha cabeça e fez um sinal de garganta cortada com o dedo e falou “Ta bom mãe, to aqui com o Beto, pode vir” e desligou o tel, e falou “Beto, eles tão subindo, vamos parar” e eu falei “Espera amor, ta acabando já” e acelerei a punheta ela derreteu e disse “Não, ai, não…” percebi que ela estava arrepiada e ela disse “Vai, vai, assim, assim”, então em um segundo me ocorreu que esse sofá é de pano e tem um carpete no chão, não era como da outra casa, se a porra dela caísse no sofá e no carpete não daria tempo de limpar, então abri a boca e coloquei seu pau para dentro, e senti ela estremecer e puxar meu cabelo gemendo de prazer, senti também o jorro de esperma na minha boca, achei que poderia guardar até ir ao banheiro mas foi muito e a cada tremida que o corpo dela dava, mais e mais jatos vinham, então engoli sua porra e não achei ruim, a cada jato que vinha eu engolia, e continuei a punhetá-la com sua rola em minha boca, ela então deu um salto e disse “Ai minha nossa, sujou tudo e agora?” eu tirei seu pau da boca e disse “Não sujou nada” puxei a cabeça do seu pau pra fora e dei uma exprimida, e lambi novamente para limpar, soltei seu pau, sentei em minhas próprias pernas e disse “Pronto, limpinho” ela sorriu pra mim e ouvimos o elevador abrir, ela pegou suas roupas e correu para o quarto, eu peguei as minhas e fui para o banheiro.
Me vesti a tempo de olhar no espelho e conferir se algo estava sujo e voltar para a porta para ajudar Christiane a entrar com sua bota preta gigante no pé machucado, ela me olhou e disse “Agora eu estou inválida, feliz agora?” e eu disse “Tudo para você melhorar meu bem” , Steve e Kátia entraram com sacolas e Kátia disse “Eu faço o jantar”.
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