O Segredo de Fernanda – Capítulo 010 — A Troca
\”Mas você já sabe o que eu quero meu amor.\”
Aquela frase ecoou no meu cérebro, como uma pessoa podia ser assim, tão ameaçadora em uma frase tão sutil, não pude evitar minha careta.
— Não faça caretas, eu já lhe disse, isso vai deixar seu rostinho marcado
Esticou a mão e tocou minha bochecha com ternura, em seguida deu um sorriso angelical sem a maldade do anterior, mas o toque me trouxa lembranças tristes, lembranças ruins e dolorosas, dei um tapa forte na mão que me tocava
— Não encosta em mim – Ameacei
— Se não? – Uma sobrancelha se arqueou – Vai fazer o que?
— Eu, eu.. – Não tinha o que dizer, e sabia que ela notaria
— Gagueira, um sinal de fraqueza, você nunca aprende né?
O Garçon trouxe a carta de vinhos, assim que abriu não esperou o garçon sair e disse
— Traga o \”Paul Hobbs Cabernet Sauvignon Stagecoach Vineyard 2006\”, gosto desse.
— Pois não senhora.
O Garçon se virou e eu olhei no cardápio
— Marjorie, esse vinho custa mais de mil reais, você está louca?
Marjorie olhou para o Garçon e fez um movimento com a mão para que ele prosseguisse e trouxesse o vinho mesmo assim.
— É uma ocasião especial
— Que ocasião especial?
— Nosso reencontro meu amor, não acha isso especial? – Seu sorriso se arqueou de novo, era um meio termo entre o deboche e o engraçado
— Estou aqui forçada, fala logo o que você quer que eu preciso ir embora, tenho compromisso.
— Que compromisso? Vai para a casa da Carla trepar com o marido dela igual a uma cadela no cio?
Era exatamente o que eu planejava, mas não admiti.
— Não interessa, não te devo mais explicações, não sou mais sua propriedade.
— E quem falou que você já foi minha propriedade? – O rosto de Marjorie parecia intrigado.
— Ué? Não é assim? Carla, Marcia, Daniel e eu? Não somos todos seus escravos?
— Não, não é assim, eles são lixos descartáveis, você é diferente, sempre foi e sabe disso.
— Diferente como sua maluca?
Marjorie respirou fundo, olhei para aquela mulher bela e maquiada, bem vestida com até onde eu podia ver dela sentada era um vestido preto com um tecido que parecia couro. Apoiou os cotovelos na mesa e falou com calma:
— Alguma vez eu te obriguei a fazer algo? Te amarrei, te forcei ou te bati para que você fizesse algo para mim?
Forcei minha memória, não queria falar nada que pudesse ser revertido como desonestidade minha, analisei calmamente todas as situações e percebi que em nenhuma delas eu havia sido forçada a nada, fui sempre persuadida a fazer as coisas, convencida, mas a qualquer momento eu poderia desistir e ir embora.
— Você me roubou do seu irmão, lembra?
— Roubei? Não se rouba um coração, você me amava tanto quanto eu te amava, nosso sentimento era mútuo, você traiu ele lembra? A única coisa que roubei de você foi um beijo, você me agarrou em seguida
Anos antes
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Marcelo estava doente e eu estava passando aquele final de semana na casa dos pais dele com ele e Marjorie, faziam meses que Marjorie e eu não nos víamos.
— Vamos má, vamos lá tomar sorvete com a gente – Marjorie insistiu com Marcelo puxando-o pelo braço
— Não, tô com muito sono, vou dormir, estou um caco.
Marjorie se sentou como uma menina mimada e cruzou os braços
— Você nunca fica comigo quando vem. E
Marcelo revirou os olhos
— Faz assim – Pegou no meu braço – vai com a Fernanda, ela esta bem?
Marjorie me pegou pela mão
— Ta bom, levo ela então, vem comigo Fê?
— Claro! – Respondi sem nem pensar, na verdade não havia muito o que fazer com Marcelo se recuperando daquela gripe.
— Mas tem uma condição: Mas eu quero que vocês duas usem as coleiras quando estiverem na rua. – Marcelo ordenou.
Marjorie me olhou e passou a mão na mochila, pegou duas coleiras e disse.
— A gente coloca la fora.
— Vocês juram que vão usar? – Marcelo questionou já com voz de sono.
— Sim, vamos – Respondemos juntas, o que causou-nos risos.
Nessa época já havíamos tido algumas aventuras juntos, Marcelo fazia nós duas nos esfregarmos as vezes nuas, as vezes de calcinha e também vestidas, fazia darmos selinhos e beijos na boca ardentes para seu próprio deleite.
Marjorie cumprimentou Marcelo com um beijinho nos lábios e desejou melhoras, a cena do beijo era comum entre nós três, eu também o cumprimentei. Então fomos à sorveteria, durante o caminho todo Marjorie não largou da minha mão. Antes de atravessarmos a avenida da sorveteria Marjorie colocou a própria coleira, e em seguida colocou a minha.
— Pronto, você vai querer do que? – Marjorie falou ainda sem soltar minha mão e olhando o cardápio posicionado no teto da sorveteria
— Ah, chocolate eu acho
Nesse momento passou um homem mais velho e nos cantou:
— Nossa, que gatinhas gostosas, de coleira ainda.
Olhamos como por Reflexo e Marjorie puxou minha mão com força sussurrando.
— Não olha, velho tarado.
Eu ri, e continuamos a escolher o sorvete, pegamos nossos pedidos e Marjorie insistiu em pagar para mim. Sentamos na cadeira com uma mesa redonda, Marjorie se sentou ao meu lado apesar de haver uma cadeira livre à minha frente.
— Ficou interessada no velho? – A Voz de Marjorie tinha um pouco de melancolia
— Eu? Claro que não né, é só um tarado
Ela riu
— Mas ele tem razão, você é gostosa mesmo.
— Ele disse que nós somos gostosas, não só eu, ele falou de você também.
— É, mas você é mais
— Por que você diz isso? Você é linda
— Você acha?
— Acho sim – E era verdade, Marjorie tinha uma beleza singular, lábios grossos cabelos castanhos, olhos da mesma cor e uma pele bem branca. – É linda e Gostosa
Ela riu
— Você me acha gostosa? – E passou a mão na minha perna por debaixo da mesa – de verdade?
— Claro que acho, você sabe – Peguei a mão dela e empurrei
Marjorie não teve reação, continuamos a tomar nosso sorvete em silêncio. Na hora de sairmos ela pegou na minha mão de novo, e eu resolvi questioná-la
— Larga minha mão Marjorie.
— Não, eu vou cuidar de você, não vou deixar você ser xavecada e cair nas garras de qualquer um.
— Qualquer um quem Má? Só estamos nós duas aqui.
— Se você for cair nas garras de alguém que sejam as minhas garras – Mostrou as unhas pintadas de azul para mim
Eu sorri e ela me puxou pela mão, no caminho fomos conversando trivialidades até que Marjorie me perguntou sem qualquer conexão com os assuntos
— Fê, você me acha bonita mesmo?
— Claro que acha Má, por que a pergunta?
— Não só de rosto, de corpo também?
Marjorie largou minha mão e parou na minha frente, deu então uma voltinha com as mãos na cintura, e sorriu.
— Claro que você tem o corpo lindo, olha esses peitos
Marjorie usava uma blusinha preta com alcinhas de renda bem colada ao corpo valorizando seus seios firmes, não tinha muita bunda e seu corpo era bem esguio, parecia uma pré-adolescente, o tipo de ninfeta que os homens mais velhos adoram. Usava um shortinho de lycra também preto bem justo ao corpo e bem cavado na bundinha que estava bem separada e com lados distintos.
— Mas você é muito mais gostosa, olha pra você, da uma viradinha igual eu.
Coloquei as mãos na cintura mais como um deboche e me virei, eu estava usando uma bata branca com um shortinho jeans bem curto que quase mostrava a polpa da minha bunda.
— Olha esses peitos Fê, e essa bundinha arrebitada, ai que inveja.
Marjorie se encostou na parede e entrelaçou os dedos atrás da cabeça.
Me aproximei dela divertida e agarrei-a pela cintura
— Fica assim não sua boba, você é linda também, pelo menos eu acho você uma delícia, qualquer menino iria querer você.
Ela apoiou as mãos nos meus ombros, e me olhou nos olhos, fiquei envergonhada pelo olhar profundo.
— E as meninas, será que as meninas olham pra mim também?
— Claro que olham, eu sou uma menina e estou olhando.
— É, você está. – Marjorie Sorriu e me olhou.
O olhar de Marjorie era profundo e constrangedor, mas eu sentia algo por ela, gostava dela, era linda, simpática, inteligente e divertida, então mantive me imóvel.
Ela se aproximou até encostar o nariz em no meu, em seguida me abraçou.
— Estou com calor, vamos tomar um banho para nos refrescar?
— Vamos – Comprei a ideia dela, era um dia realmente muito quente – Onde você vai me levar?
Eu já usava alguns termos em duplo sentido mas eu tinha medo que aquilo evoluísse, eu apenas gostava de sentir que alguém estava gostando de mim, mesmo que fosse a irmã gêmea do meu namorado.
— Tem um riacho aqui perto, vem! – Me puxou pela mão em direção ao ponto de taxi, entramos no carro e ela deu a localização ao motorista.
Assim que chegamos vi a entrada de um sitio uma porteira, ela pagou o taxi e saímos, entramos
— O que é aqui Má? Um clube?
— Ah não, aqui é um sitio com chalés para alugar, vamos passar por dentro dele, é do outro lado.
Andamos então de mãos dadas até atravessarmos o local, confesso que fiquei um pouco decepcionada pois achei que iriamos para uma piscina, havia uma e estava cheia de pessoas divertindo-se.
Entramos em uma trilha no mato, e subimos um morro e fiquei receosa
— Má, onde a gente está indo?
— Confia em mim Fê, vai, me dá crédito, não vou te matar não.
Eu não havia pensado naquilo, fiquei um pouco assustada com o que ela disse pois a hipótese não havia me passado pela cabeça, comecei então a imaginar a manchete de jornais falando que cunhada apaixonada mata namorada do irmão, acabei viajando na maionese e suando frio, até que atingimos o alto do morro.
— Pronto, chegamos – Marjorie apontou com o dedo – Olha isso.
Assim que vi não pude conter minha emoção, coloquei as duas mãos na boca
— Que coisa mais linda! – Era um pequeno lago com água cristalina com uma cachoeira de uns três metros de altura e um riozinho com pedras no lado o posto da cachoeira no fim do lago, o chão era verde até um ponto nas margens era de areia. – Nunca vi um lugar assim, onde você achou isso?
— Foi o Má que achou, vinhamos aqui quando éramos pequenos, é muito bom!
Marjorie largou minha mão e desceu o barranco até na ponta, fiquei observando-a e ela sentou-se em uma pedra ampla perto do lago, abraçou os joelhos e ficou olhando a cachoeira. Desci o barranco também e fui atrás dela, sentei-me silenciosamente ao seu lado, ela parecia triste.
Fiquei alguns minutos quieta e então rompi o silêncio
— Oi, tem alguém aí? – Cutuquei ela com o cotovelo
— Eu venho sempre aqui quando estou triste.
— E tem vindo muito?
— Ultimamente venho bastante. – Confessou
— Então quer dizer que hoje está triste também?
Ela olhou pra mim e sorriu, apoio a cabeça no joelho e olhou pra mim
— Hoje não, você está comigo
Eu sorri
— Fico feliz de você estar bem
Ela ficou me olhando com um sorriso bobo, resolvi interromper novamente
— Vamos nos banhar?
— Você quer?
— Quero, está calor
Marjorie levantou e disse:
— Então bóra!
— Má! – cutuquei a sua coxa – Não temos roupa de banho
Marjorie riu e tirou a blusa e em seguida o shortinho colado ficando apenas de calcinha e sutiã
— Menininha da cidade – Riu alto e foi em direção ao lago – vamos tomar banho à moda antiga.
Tirou o sutiã e pendurou e vi seus seios redondos com bicos rosas, sempre que tinha a visão dela nua imaginava que os seios dela eram antigravitacionais pois apontavam para cima.
Colocou a roupa no chão da pedra me olhando com um sorriso divertido, deu as costas pra mim e foi andando em direção à cachoeira, fiquei observando seu andar leonino, rebolando devagar, sua cintura ia de um lado para o outro e sua bundinha balançava no mesmo ritimo, a calcinha preta era transparente e do modelo fio dental, na mesma cor da coleira, entrava totalmente em sua bundinha.
Ela tirou a calcinha empinando a bunda em minha direção e eu pude ver sua bucetinha cor de rosa por entre as pernas, colocou a calcinha em um galho e virou-se para mim, o sol batia no seu corpo e os respingos da cachoeira deixava-a arrepiada, os bicos dos seus seios estavam duros e o \”M\” prateado reluzia no Sol.
— Ei, menina da cidade, vem aqui, tenho uma surpresa pra você.
Tirei minha roupa e Marjorie ficou observando, fiquei de calcinha e sutiã e em seguida de Topless, Marjorie aplaudiu e mandou eu dar uma voltinha, mostrei meu dedo do meio pra ela e mostrei a língua
— Vem logo! – Marjorie protetou
Fui andando com cuidado para não cair, minha calcinha era branca e também fio dental.
Assim que cheguei perto dela tirei minha calcinha e coloquei no galho junto com a dela, fiquei como ela, apenas de coleira.
— Vem aqui – Marjorie pegou minha mão novamente
Nos esgueiramos pelas pedras até perto da cachoeira
— Não Má, a água está gelada, vamos adoecer.
— Não, essa é a surpresa!
Marjorie deu um passo pra frente dentro da cachoeira, a água bateu nela com violência e respingou em mim, e ouvi ela gritar
— A Água é quente!
Senti os respingos mornos em mim e coloquei a mão, era morna, deliciosa, entrei junto com ela e deixei a água bater em minhas costas.
— Que delicia – Falei gritando para superar o barulho da cachoeira
Ficamos assim um pouco, era realmente delicioso, então Marjorie pegou na minha mão novamente
— Sabe nadar?
— Sei, por que?
Mas antes que me respondesse ela se jogou no lago me puxando com força, cai no tranco que ela me deu e bati na água de lado, me levantei da água e tomei fôlego, ela estava rindo, joguei água na cara dela
— filha da puta, que susto!
Ela riu de novo e disse:
— Aqui é mais frio mas é gostoso também, refrescante né?
— Muito!
Ela me empurrou com o pé na minha barriga e jogou agua em mim nadando para longe, não era fundo eu conseguia tocar o chão com a ponta dos meus pés. Nadei atrás dela e ela deu gritinhos finos, cerquei-a nas pedras e ela se encolhei rindo
— Desculpa, desculpa!
Me aproximei e agarrei seus pulsos
— Peguei você!
— O que você vai fazer comigo?
Eu não tinha idéia do que fazer, apenas estava brincando, mas novamente recebi o olhar fundo dela, parecia algo que ia até o fundo da alma, ela soltou-se de mim, senti as mãos de Marjorie na minha cintura, ela me puxou para perto dela e nossos seios se encostaram, encostou o Nariz em mim e eu resolvi deixar para ver o que ela iria fazer.
Ficamos nos encarando, sentindo a respiração uma da outra, então fechei os olhos, resolvi deixar ela agir, senti os lábios dela tocarem os meus, abri boca levemente e senti a língua dela entrar, acariciei a língua dela com a minha, abracei-a e passamos a nos agarrar como um casal de namorados.
Ficamos nos beijando alguns segundos e foi ela quem parou.
— É exatamente como eu imaginei que seria sem aquela idiotice de escrava. – Agarrou a coleira e puxou soltando-a fazendo estalar no pescoço
Ela se referia as vezes que o Marcelo fazia com que nós nos beijássemos para ele ver.
— Você não gosta? – Perguntei curiosa
— Não sei exatamente, gosto mais de mandar do que de obedecer.
— Eu percebi que você manda muito nele, mas não manda em mim.
— É por que eu te amo – Marjorie falou e abaixou a cabeça – Nunca vou te obrigar a fazer nada contra sua vontade.
Peguei no queixo dela e levantei para que ela olhasse para mim:
— Como assim me ama?
— Eu te amo, igual o Marcelo ama, queria você pra mim, só pra mim.
— Ah Má, não fala assim.
— Você me ama também?
— Eu…
— Senti no seu beijo, quente, senti a sua paixão, você me ama também, você me agarrou, foi um beijo de amor não de pegação.
— Acho que sim – Eu a amava também, só não sabia por que, eu não tinha interesses por mulheres, apenas por Marjorie, no geral eu só havia me interessado por meninos.
— Então foge comigo, vamos embora, vamos viver nós duas e deixar tudo pra trás, todo esse mundo idiota pra trás.
— Não Má, não posso, e seu irmão?
— Ele não te merece!
— Por que você diz isso? – Fiquei assustada com a afirmação, ela conhecia ele tão bem, e parecia apaixonada pelo irmão, dizer isso ia totalmente contra o que ela pensava – Fala pra mim o que você está pensando.
— Eu, olha, tenho uma coisa, espera aqui.
Nadou até a margem do lago e saiu andando rápido, não havia nada de sensual no seu corpo Nu, parecia assustada e desajeitada, trêmula, pegou algo no seu montinho de roupas e voltou, nadou até mim.
— Pronto – Pegou minha mão e continuou – Fecha os olhos.
Fechei-os e senti algo no meu dedo
— Pode abrir
Abri os olhos e no meu dedo anelar da mão direita tinha um anel dourado
— O que é isso Má?
— Um anel de compromisso
— O que? Compromisso entre você e eu?
— É, entre nós duas, você quer namorar comigo?
— Marjorie, você enlouqueceu? Eu sou namorada do seu irmão?
— Ele é um cretino ele vai te abandonar, eu nunca irei, nunca!
— Me abandonar, do que você está falando?
Ela deu um soco na água
— Chegaram os resultados das provas dele da Suiça, ele vai para aquela escola lá estudar e não vai voltar mais.
— Como assim? Isso é sério?
— Eu não mentiria pra você, nunca
Os olhos de Marjorie estavam vermelhos
— Ele não me disse nada – eu estava visivelmente magoada
Marjorie me abraçou
— Não fica triste, eu estou aqui, eu fico com você por que eu te amo, é até um alívio ele ser um idiota.
Eu não sabia o que dizer
— Ele… por que ele não iria me falar nada?
— Eu ouvi ele falando no telefone com um amigo, ele vai deixar a gente aqui e vai embora, eu perguntei se ele ia deixar nós duas aqui e ele disse que era para eu me foder por que eu já estava velha e deveria arrumar um homem logo.
— Que horror! – Dessa vez foi eu quem abraçou Marjorie – E quando ele vai?
— Acho que ele vai terminar com você nesse final de semana, ele vai mês que vem.
Eu estava furiosa, eu queria bater nele, queria rasgar a cara dele, queria tirar aquela história a limpo, se fosse tudo verdade ele era realmente uma má pessoa.
Senti as mãos de Marjorie descendo pela minha cintura e apertando delicadamente minha bunda.
— Fê, faz amor comigo?
Eu olhei para ela com uma cara feia mas ela continuou
— Nós nunca transamos.
— Claro que já transamos Marjorie, varias vezes.
— Não, nunca só nós duas, sempre com alguém vendo ou sempre pensando nele, transa comigo por mim e por você, por nós duas.
Fiquei olhando-a nos olhos, não acreditando na proposta dela, então senti seus dedos no meu grelhinho, eu estava tão nervosa que queria empurrá-la com força mas por algum motivo eu não fiz isso, o toque dela era forte e suave, gentil e certeiro.
— Deixa eu te tocar, você vai ver que vai ser bom, relaxa.
Imaginei que tudo mudaria então, provavelmente não veria Marjorie de novo pois eu estava planejando terminar tudo com o Marcelo e voltar para São Paulo mais rápido possível. Fechei os olhos e tentei me concentrar, não consegui.
Senti meu corpo dar um choque quando o dedo de Marjorie entrou em mim, segurei seu punho com as duas mãos e abri os olhos, Marjorie olhava para mim sorrindo
— Calma, não vou te machucar, você está molhada
— Claro que estou, estamos dentro da água! – Falei sem pensar num tom grosseiro, mas Marjorie riu e isso me deixou desconcertada – Desculpa, não quis ser grossa, acho que isso não é uma boa ideia.
— Espera – Marjorie pegou-me pela mão e me puxou para fora da água, foi na direção da cachoeira e quando chegou na pedra se ajoelhou me puxando – vem comigo.
Me ajoelhei junto dela e ela passou a mão no meu corpo, na minha cintura, no meu pescoço, nas minhas coxas, nos meus braços, e eu ri pois fazia cócegas
— Tenta você também – Marjorie deixou os braços relaxados e fechou os olhos
Imitei-a, acariciei seus braços, cintura, coxas e quando apalpei os seios resolvi demorar mais, com os polegares circulei os mamilos e senti as mãos dela na minha cintura e ficamos nos acariciando por alguns minutos, eu percebi que estava molhada.
Senti então a mão de Marjorie na minha boceta, ela passou o dedo entre meus lábios vaginais e chupou
— Isso não parece só água, ta com gosto de baba de xaninha
— Ah é? E você conhece bem esse gosto?
— Mais especificamente a xaninha mais gostosa de todas, a sua.
Puxei-a para mim e a beijei, imaginei que deveria fazer aquilo ser bom para ela também, nos agarramos com força, foram beijos gostosos e molhados, fortes e duradouros, Marjorie chupou meu pescoço e meus seios, eu também chupei muito seus seios, então ela me empurrou para deitar me e se posicionou entre minhas pernas, abaixou-se e começou a me chupar.
Eu senti seus lábios na minha buceta, sua língua entrando e saindo de mim com força, molhada e quente, parecia um pau no tamanho reduzido, enquanto me chupava com vigor ela me acariciava nas pernas, mordia minhas coxas e me dava as mãos.
Em determinado momento abri os olhos e olhei para o céu, e caí em mim, eu estava deitada em uma pedra no meio do mato, nua em um ambiente paradisíaco e estava sendo chupada pela mulher mais bonita da cidade e que também era minha cunhada, quando menos percebi fui atingida pela tremedeira que antecede o gozo, sentia os dedos de Marjorie entrar e sair de mim com uma força e delicadeza inacreditáveis.
Agarrei as mãos de Marjorie com força e ela entendeu o recado, começou a aumentar a força da chupada e das lambidas, comecei a me contorcer e tentei gemer baixinho, mas lembrei que não precisava me conter, então comecei a gemer alto, me soltei, me liberei, foi quase um grito, um urro, ouvi Marjorie rir.
Marjorie entrou no meio das minhas pernas e se colocou de lado de forma que nossas bucetas se esfregavam, já havia visto aquilo em filme pornô, mas achei que não funcionasse, mas era incrivelmente gostoso, foi a primeira vez que senti outra buceta na minha e adorei, minha tremedeira aumentou.
Comecei e gozar feito louca Marjorie continuou se esfregando em mim só que dessa vez devagar, acariciando me o grelhinho. Marjorie saiu da posição e me deu algumas lambidas na buceta, parecia que queria experimentar meu gosto.
Então Marjorie se jogou em cima de mim e me beijou na boca, seu braço tremia, ela estava tocando uma siririca.
— Que gosto de buceta – Fiz um comentário engraçadinho
Ela riu e continuou de olhos fechando se tocando, empurrei-a e disse
— Senta aqui na minha boca, deixa eu te chupar
Ela obedeceu e ficou posicionada em cima do meu rosto, eu dei cinco lambidas e na primeira chupada ela gritou, gozou, senti sua buceta molhada escorrendo na minha boca, seu melzinho escorreu até meu pescoço. Eu sempre gostei de chupar a buceta da Marjorie, sempre era perfumada, limpinha, macia e lisinha
Marjorie tremeu e gozou muito, assim que terminou se deitou ao meu lado.
— Eu te amo, não vou te perder.
— Não vai me perder mesmo, vamos manter contato.
— Não é uma promessa vazia, você vai ser minha esposa, eu lhe garanto
— Má, não é um mundo fácil pras lésbicas você sabe.
— Claro que eu sei, sofro isso sempre. – Marjorie deu um suspiro dolorido
— Eu não sou Lésbica — Afirmei
— É, eu sei que não é.
— Mas pra você eu abro uma exceção – Falei sorrindo e ganhei um beijinho em seguida.
Marjorie sorriu e tirou o cabelo do rosto, seu corpo quente e ofegante ficou junto ao meu.
— Estou com raiva do seu irmão, vamos tirar essas coleiras? – Já fui destravando a fivela
Marjorie segurou minha mão
— Não, ele não tem honrra, a gente tem, ele que se foda. Mas faz assim, imagina que esse \”M\” é meu, é \”M\” de Marjorie e não de Marcelo.
Tirei a mão devagar
— Tá bom, se for assim eu deixo.
Marjorie sorriu pra mim e nos ajeitamos abraçadas em cima da pedra, eu deitada no braço dela. Dormimos abraçadas e suadas ao sol.
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Fiquei em silêncio por alguns minutos e Marjorie me observava, enquanto nos observávamos o vinho chegou e fomos servidas.
Marjorie levantou a taça e me pediu um brinde
— Brinda a que? – Perguntei irônica
— Ao nosso amor que nunca aconteceu, ao que nossa vida poderia ter sido se você não fosse medrosa.
Nossas taças se tocaram, ela tomou um gole e eu coloquei a taça na mesa sem beber.
— Não, você nunca vai achar nada de errado, eu não iria te machucar de verdade nunca.
— O que você quer de mim de verdade, Marjorie? estou cansada.
— Você trouxe a lingerie que eu te dei?
— Foi o Fernando que me deu, não você.
— Não, foi eu que te dei, eu convenci a Carla a fazer ele querer te dar um presente e fiz ela escolher com ele justamente esse modelo. Por isso você gostou tanto, ou você achou que um homem saberia que modelo você gosta exatamente?
Marjorie riu diabólica e tomou um gole de vinho.
— Manipuladora, psicopata!
— Eu sou inteligente querida, só isso. Eu sou o que o mundo me fez, você mesma disse uma vez que o mundo não era fácil para as Lésbicas.
— Sim eu disse, mas você não é Lésbica, eu já vi você com homem.
— Eu sou o que eu quero ser, eu tenho controle da minha vida, curto homens só as vezes, mas na grande maioria só quando me servem para algo. Homens são assim, foram feitos para serem usados por nós mulheres, você que não entendeu isso ainda.
— Você é psicopata Marjorie
— Você que é trouxa, fica que nem uma cadela no cio pra esses imbecís.
— Prossiga – Respondi desanimada
— Está com a lingerie ou não? – Marjorie falou num tom de voz sereno.
— Estou, mas você se engana se acha que vou transar com você, e ainda por cima hoje com essa lingerie.
— Se eu quisesse transar com você hoje, você não teria como me impedir.
Eu sabia, que era verdade, que ela não iria me estuprar ou algo do tipo, mas se ela quisesse mesmo eu seria posta em uma situação que me obrigaria a ter sexo com ela, já vi ela fazer isso com outras pessoas, com mulheres lindas e influentes que eram totalmente hétero mas que foram chantageadas até perderem o controle e transarem com Marjorie por dias, e muitas delas ficavam completamente apaixonadas por ela.
— O que tem a Lingerie Marjorie?
— Quero que você me dê ela, para eu vesti-la.
— O que? Aqui?
— Sim, aqui e agora.
Me levantei sem pensar
— Onde você vai? – As sobrancelhas de Marjorie se arquearam
— Vou ao banheiro, já te trago as peças
Marjorie riu
— Não, sente-se, quero ver você tirando as peça aqui, tire e me dê por debaixo da mesa.
— Aqui? Ficou louca? – Me sentei – As pessoas vão ver.
— Se não quiser eu mexo minhas peças e destruo seu namoradinho novo
Dei um soco na mesa e ela sorriu.
Meio sem jeito comecei a tentar tirar a calcinha sem ninguém perceber, mas onde eu estava era muito visível
— Vem aqui do meu lado – Marjorie bateu no banco me chamando, parecia a Marjorie de antigamente, tive saudades.
Me levantei e me sentei ao lado dela, nossos joelhos se tocaram, ela abriu o zíper da minha saia
— Deixa que eu tiro aqui – Olhou pra mim e sorriu – Tira do outro lado.
Olhei pra ela e meu coração bateu forte, o cheiro doce do seu perfume era mais forte, eu sentia aquele cheiro em todos os lugares, em lojas e em outras mulheres, mas quando vinha dela parecia diferente, pareci forte, quente, percebi então que minha buceta estava encharcada de tesão e olhei para ela ofegante.
— O que foi meu amor? – Marjorie passou a mão na minha perna – Tudo bem?
Minha cabeça voltou no tempo.
Marjorie enfiou a mão embaixo da minha saia e puxou minha calcinha tirando-a.
— Agora o sutiã – Ela mesma enfiou a mão nas minhas costas e soltou o sutiã.
Tirei-o por cima do decote.
— Está com tesão meu anjo? – Marjorie perguntou com sua voz sedutora?
— Por que? – Perguntei receosa
— Olha esses peitos, duros.
Olhei para meus seios e os biquinhos marcavam minha blusa, a auréola dos meus seios eram escuras o suficiente para fazer com que todos soubessem que eu estava sem sutiã, cruzei os braços num reflexo e disse
— Quero ir embora.
— Calma, não faz cena que vão todos percebe, pega aqui – Da bolsa ela tirou uma blusinha azul clara e me deu, vesti e abotoei na frente, cobrindo meus seios – Ficou ótima em você.
— Volta pro seu lugar, vamos terminar o vinho e vamos embora ta?
Fiz que sim com a cabeça, e fui me levantar, ela colocou a mão na minha perna e me fez sentar de novo, sua mão deslizou para dentro da minha saia e atingiu minha boceta molhada, seu dedo entrou em mim sem resistência.
Arregalei os olhos e segurei seu punho com as duas mãos
— Não Má, não!
Minha respiração ofegante não me deixava mentir, Marjorie se aproximou e eu cedi, beijei-a, foi gostoso e quente, o dedo dela mexia me fazendo tremer, então ela parou, tirou a mão e disse:
— Quero que você venha morar comigo
— O que? Como assim? – Eu ainda estava ofegante
— Eu te amo, Fê, você sabe. – Tirou uma aliança, a mesma que havia me dado anos antes – Isso ainda é seu, puxou minha mão e colocou o anel no meu dedo.
— Não, eu, não. – Respirei fundo – Você não pode voltar assim e me pedir em casamento, eu não sou assim.
— Eu te dou um tempo pra pensar. – Ela passou a mão no meu rosto e colocou algo no meu pescoço – Fica ótima em você.
Era uma coleira
— Eu não uso mais isso! – fiz o movimento de tirar mas ela me interrompeu
— Não tire, por favor, só para eu ver você assim, quando sair do restaurante pode tirar, mas fica assim, se um dia eu já signifiquei algo para você, deixa ela aí.
Abaixei a mão, mas não sei bem por que, essa minha mania de me magoar para não magoar ninguém.
Voltei para meu lugar, Bebemos o vinho sem dizer uma única palavra. Até que finalizamos, Marjorie pediu a conta e nos levantamos em direção à Saída.
— Você vem comigo.
— Marjorie, Acabou, chega, me deixa.
— Não, você vem comigo
Me pegou pela mão e me puxou para o estacionamento. Fomos até o carro dela, ela abriu o porta malas e em seguida tirou a roupa, usava só uma calcinha preta, tirou-a e pegou a bolsa, pegou as lingieries que eu as dei e as preparou para vestir, antes se virou para mim.
— Vem comigo, a gente faz amor a noite toda como fazíamos antigamente, lembra?
Marjorie estava completamente nua
— Não, não sou assim, você me magoou muito.
— Tá, então me da minha blusa.
Tirei a blusa que ela havia me dado no restaurante e joguei nela.
— Enfia no cu!
Ela olhou para meus peitos marcados e me agarrou, me pressionou contra o carro e eu tentei resistir, em seguida suas mãos habilidosas entraram por debaixo da minha roupa e apalparam meus seios colocando-os para fora e chupando os com vigor, eu quis empurrá-la mas estava delicioso, deixei ela fazer isso por quase um minuto, e tirei toda emoção da minha voz mesmo que estivesse delicioso eu não podia transparecer
— Quando você terminar me avise, pois eu preciso ir embora.
Marjorie me empurrou com força
— Puta!
Vestiu a roupa rápido, e ajeitou seu cabelo desarrumado, andou para um lado e para o outro do estacionamento.
— Olha, você…olha… – Apontou pra mim, e parecia fora de si
— Gaguejando? – Falei ironicamente ainda com os seios à mostra.
Ela voou no meu pescoço
— Não fale assim comigo sua fedelha.
— Essa Marjorie, essa é você de verdade.
Ela me soltou e deu dois passos para trás me olhando
Tirei o anel do dedo e joguei nela, ela não se protegeu e ouvi ele batendo no chão
— Isso é seu, não meu.
Vi seus olhos se enchendo de lágrimas e elas descerem rapidamente enquanto ela continuava ofegante.
Dei as costas para ela e minhas lágrimas também se formaram, mas eu queria parecer forte, saí andando.
— Fernanda!
Ela me chamou, eu não dei atenção
— Fefê!!!
Ela falou mais alto.
Em seguida ouvi o sussurro dela
— Fê, eu te amo.
Ouvi ela chorar contida.
Saí do estacionamento escuro sem olhar para trás, passou um taxi, eu dei sinal e entrei rápido nele, indo para casa, não tinha cabeça para ir na casa do Fernando, eu precisava ficar sozinha.
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