Capítulo 122 — Parte do plano
— Não vai dar pra muito, e ainda vai demorar mais uns dois meses ao até tudo poder ser revertido, os processos são lentos, os advogados entraram com vários requerimentos, estamos tentando chegar ao Supremo — Fernando falou as meninas na mesa de jantar
Estamos juntos Mari, Flávia, Carla, Márcia e Fernanda. Flávia estava em uma maratona, gravando vídeos ao vivo.
— E se a gente se mudar, vamos para o meu apartamento, ele está alugado e o dinheiro eu estou colocando aqui, mas se formos todas pra lá, dá pra ficar tranquilas, tem três quartos — Fernanda falou animada — É muito menos gasto
— Eu concordo acho que dá pra gente — Carla respondeu
— É algo para se pensar — Fernando respondeu — Eu quero agradecer todas vocês, eu falhei com meu intuito de mestre e vocês estão indo muito bem
— Não é falha Fê — Márcia respondeu — Somos uma família.
Fernando sorriu
— Sim, somos.
Na TV um comercial chamou atenção de todos, era a música do Bob Marley:
\”Don’t worry about a thing,
(Não se preocupe com qualquer coisa)
‘Cause every little thing is gonna be alright.
(Porque cada pequena coisa vai ficar bem)
Singin’: \”Don’t worry about a thing,
(Não se preocupe com isso)
‘Cause every little thing gonna be alright!\”
(Porque cada pequena coisa vai ficar bem)
Fernando sorriu
— Sua música otimista aí Mari — Comeu um pedaço de Carne
— Tudo vai ficar bem no fim Fê, se não está bem é por que não está no fim. — Mari falou séria
As meninas riram e Fernanda passou a mão no cabelo dela
— Que filosofa hein!
Terminaram o jantar e Fernanda disse que veria sobre o apartamento no dia seguinte.
Fernando foi dormir com Carla e Márcia, Carla estava cansada por causa do Bebe, Fernando estava mentalmente esgotado e caiu na cama dormindo como uma pedra.
Acordou de madrugada sentindo uma sensação boa, um boquete macio e molhado, seu pau se armou rápido
Ele esticou a mão e viu Carla dormindo, colocou as mãos por baixo do cobertor e tocou os cabelos grossos e curtos de Márcia
— Minha japinha gostosa — Sussurrou
Ela subiu e deitou-se em cima dele
— Tudo bem? — Ela tinha um sorriso satisfeito nos lábios
— Faz tempo que não fazemos amor — Fernando disse
— Bastante! — Márcia se posicionou e sentou no pau de Fernando, ele gemeu e ela tapou a boca dele, apontou para Carla dormindo e o Bebê no colo dela
Fernando se conteve e Márcia riu
Começou a rebolar devagar, para frente e para trás, Fernando acariciava o corpo dela, tocava os seios e apertava os biquinhos, era deliciosa, corpulenta, pesada e quente. O sexo foi gostoso e molhado, não variaram nas posições, ficaram apenas naquela até Fernando gozar gemendo e Márcia dar um beijo em sua boca para conter o barulho.
Assim que ele terminou, ela deitou ao seu lado
— Não pode acordar ela — Falou sorridente
— Adorei a transa — Fernando falou abraçando-a, fazendo com que ela se aninha-se em seu braço
— Eu queria só tirar a sua tensão, qualquer dia a gente faz direitinho, com calma
— Fê, eu tava pensando — Márcia falou baixinho
— No que? — Fernando perguntou
— Temos muitos filhos juntos — Ela pensou melhor — Bem, eu com você só tenho uma filha
— Sim, Erika, minha japinha lindinha! — Fernando falou sorridente, amava seus filhos.
— Eu fiquei pensando nisso, estamos ficando velhas e será que nossos filhos vão, sei lá, fazer igual a gente
— Igual como? — Fernando perguntou sonolento
— O harém, se vão continuar isso — Márcia respondeu
— Como assim? — Fernando parecia não entender
— Eu não sei se quero nossos filhos transando uns com os outros
Fernando olhou para Márcia, e ficou sério
— O que temos que fazer é mostrar para eles como as coisas funcionam na verdade, orientar e dizer o que é importante, se forem bem criados por nós não haverá decisão errada deles.
— Você transaria com uma filha sua? — Márcia perguntou
— Bem, com uma filha? — Fernando ficou pensando — Não sei, nunca pensei nisso
— Não agora, claro, digo, quando ela tiver seus dezoito anos e se ela quiser fazer parte do nosso mundo
— Como eu disse, tudo tem que ser conversado antes, se um dia ela me escolher como o primeiro dela, ou achar que isso é especial para ela, eu ficarei lisonjeado, mas é uma situação bem atípica, mesmo para mim, isso teria que ser conversado e repensado. — Fernando parou por uns segundos — Por que a pergunta?
— Besteira minha, tava só pensando — Márcia respondeu
Ele fechou os olhos e respondeu que sim com a cabeça, adormeceu, ela não demorou muito a se junto ao mundo dos sonhos.
Na manhã seguinte as meninas se reuniram bem cedo para tomar café com as crianças, Flávia saiu do quarto com cara de cansada, trazia uma caixinha nas mãos.
— Bom dia — Fernando falou ao ver Flávia se sentar — Tudo bem?
Ela olhou para ele cansada e sorriu
— Bom dia, tô exausta, a Live terminou agora, nossa senhora! — Ela falou tomando um gole de café, pegou a caixa e esticou para Fernando — Eu achei isso, talvez te interesse
Fernando pegou a caixa e a abriu, haviam alguns documentos, atestado de óbito da mãe e do pai, documentos e fotos. Fernando pegou uma foto e olhou, era ele, a irmã, a mãe e o pai juntos
Fernanda estava ao lado e se inclinou para ver a foto
— Nossa, que estranho — Ela falou entendo identificar quem era, pegou a foto da mão de Fernando — Esse é o pai de vocês? — Parecia surpresa
— Sim, meu pai, o Fernando Pai
— Fernando também? — Fernanda perguntou curiosa
— Por que a surpresa? — Flávia perguntou
— Por que ele é idêntico ao pai da Marjorie.
🏡🏡🏡EM MINAS GERAIS🏡🏡🏡
— O Motorista vai nos levar hoje, saímos as sete da noite — Marcelo falou no café da manhã
Marjorie segurava seu filho no colo, dava de mamar, olhava em volta preocupada
— O que está procurando — Marcelo perguntou
— Mikael, ele está sem blusa e está frio lá fora! — Marjorie falou
— Deixa ele, dessa idade não vai morrer com uma gripe, é bom que ele aprende
Marjorie estava aflita, ser mãe havia despertado um instinto de proteção outrora desconhecido nela, ela havia adotado Mikael como seu filho, em sua mente era isso mesmo.
— Você vai levar o Mikael também? — Marjorie perguntou
— Sim, vamos levá-lo, ele é uma parte do plano
— Ele é uma criança Marcelo, ele não é parte de nada, nada desse seu pensamento doentio
Marcelo se aproximou e deu uma bofetada na Cara de Marjorie, ela agarrou a criança com força, protegendo-a.
Marcelo deu as costas, não se atrase.
🌟🌟🌟EM ALGUM LUGAR🌟🌟🌟
— Onde está meu pai, minha mãe, irmã — Paula pensou por mais alguns segundos — Onde está o Fernando e as meninas, eles estão bem?
— Não temos notícias deles aqui e eles também não tem notícias suas — Naomi respondeu paciente
Estavam em uma espécie de refeitório, Paula usava roupas normais e Naomi o costumeiro jaleco branco. Paula notou então a beleza da moça, olhos violetas, pele clara, cabelo encaracolado esvoaçante digno de qualquer atriz de filme onde a atriz principal, no caso ela, estaria nos Posters e outdoors pela cidade.
Paula olhou em volta ansiosa
— Que tipo de lugar é esse? — Paula perguntou impaciente — Acho que agora você já pode me contar
— Tudo vai ser contado na hora certa — Naomi respondeu paciente
— Que porra de hora certa caralho! eu quero ir pra casa, esse lugar ta me dando calafrios! — Paula respondeu exacerbada
Naomi parecia imovível, incorruptível, tomou o ar e disse:
— O que você quer saber? Seja específica — A Voz de Naomi não tinha sentimentos, tinha sempre o mesmo tom.
— Que lugar é esse? — Paula perguntou
— É uma clínica de correção de infortúnios corpóreos — Naomi respondeu
Paula mostrou as palmas das mãos dando de ombros
— O que diabo significa isso? — Paula estava nervosa
— As pessoas são enviadas para cá quando perdem partes do corpo, são amputadas em acidentes, esmagadas, queimadas ou algo do tipo, bem difícil de se curar.
— Perdem partes? — Paula perguntou confusa — Você fazer nascer outro braço? algo assim?
Naomi sorriu
— Algo assim — Apenas repetiu
— E onde fica esse lugar que estamos? — Paula perguntou notando que sua perna sacudia
— Fica em Nova York — Naomi respondeu
— Em que época? — Paula perguntou nervosa
— Não fazemos viagem no tempo Senhorita, é a mesma época que você conhece, um ano depois de você ter dado entrada aqui
— Não faz sentindo nenhum, eu vi as torres gêmeas lá fora, vi aquelas naves espaciais, essas torres foram derrubadas a uns vinte anos e essas naves não existem.
Naomi batucou na mesa com as unhas, olhou para Paula e se levantou
— Não é o seu mundo, esse é outro mundo. Não sei se você está familiarizada com esse tipo de coisa, mas aqui é um mundo melhor, sem as coisas ruins que você está acostumada.
Paula sacudiu a cabeça sem entender
— Outro mundo?
Uma voz ecoou na sala
\”Doutora Naomi, por favor comparecer o laboratório central\”
— Senhorita Paula, tenha paciência, a senhora já está boa, o processo agora é o retorno para casa, mas antes a senhora precisa entender tudo, uma pessoa virá aqui para levá-la ao local onde todas as suas dúvidas serão esclarecidas, não se precipite.
Naomi se despediu e foi embora.
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