Capítulo 25 – GabriELA

O Segredo de Fernanda

Capítulo 25 – GabriELA

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Olhei bem nos seus olhos, ela estava radiante, olhos castanhos grandes, sorriso largo, batom perfeito com uma linha delineando a boca, a maquiagem era impecável também.
— Você está linda — Falei com sinceridade
— Que bom que gostou — Sua voz angelical agradeceu — Foi muito difícil ficar assim mas estou adorando.
— Pronta para fazer isso pelo resto da sua vida?
Ela me olhou e inclinou levemente a cabeça
— Ah! — Enrolou um fio de cabelo na ponta do dedo e olhou para baixo — pronta eu estou mas eu não sei como vou fazer isso, prefiro tratar hoje como um dia de sonho e que a meia noite vou virar abóbora.
Preferi não entrar nesse detalhe, sempre achei que algumas coisas devem realmente ser deixadas para depois.
— Então, pelo que estou vendo, minha surpresa para você foi boa?
— Olha, eu afirmo com certeza que esse é o melhor dia da minha vida, pra ficar ruim só se morrer alguém
Falou e sorriu, mostrando os dentes, um sorriso aberto, sincero, bem diferente do Sorriso de Daniel que era envergonhado, agora eu podia ver o rosto fino e delicado pois os cabelos escorriam pela lateral, não escondiam o rosto.
— Que bom, acho que ninguem vai morrer hoje não, pelo menos, não planejo isso!
Ela colocou os cotovelos na mesa, juntou os punhos abaixo do queixo e perguntou me olhando nos olhos
— E o que você? Planeja?
— Planejo jantar, você tem fome? — Resolvi me desviar do assunto, parecia realmente outra pessoa, acho que ninguém a reconheceria incisiva daquele jeito.
— Ah sim, tenho fome sim — pegou o cardápio toda animada, batendo as unhas cumpridas no rosto como quem pensasse em que comer.
Fiquei olhando para ela, admirando e acho que olhei demais
— O que foi? — Ela me perguntou quebrando minha concentração, em seguida olhou para si mesma — Algo errado?
Balancei a cabeça despertando do Transe
— Não, não, tudo bem sim, é que estava olhando você, os detalhes, as unhas, esse vestido.
— O que tem as unhas e o vestido? — Ela olhou para as mãos e amaciou o vestido, senti uma pitada de pânico
— Nada, estão perfeitos, o vestido ficou lindo em você
Ela inclinou a cabeça e disse \”Obrigada\” mas sem emitir som, voltou a sorrir e olhar no cardápio.
— Você que vai pagar?
— Ein? — Não entendi o teor da pergunta
— O Jantar, eu não tenho tanto dinheiro, mas posso te pagar depois
— Fique tranquila, Gabi, você é minha convidada.
Quando ouviu o próprio nome ela sorriu e acertou a postura na Cadeira,
— Gabi — Falou de forma divertida — Sou eu! — em seguida deu uma risadinha sacudindo o quadril divertida.
Achei engraçado o jeito moleca dela, aquilo estava escondido, reprimido, não sei se era algo natural ou algo simulado, talvez ele tivesse pensado nisso durante décadas, como ser uma mulher.
Chamamos o Garçom e pedimos a comida e as bebidas, insisti em um vinho, mesmo ela não tendo costume de beber.
Conversamos sobre trivialidades, ela falou sobre um programa de TV que ela gostava e então eu perguntei
— E essa voz?
— Você não gostou? — No momento que ela falou a voz falhou e ela pigarreou bebendo água — Ta muito falsa?
— Não, está mágica e perfeita, parece uma voz feminina mesmo.
— Obrigada, treinei muito pra isso, ficava em casa igual uma doida falando sózinha, mandando áudio pra mim mesma só pra ver como ficava minha voz. No começo doia um pouquinho, mas acostumei e agora não doi mais
— A Vida é assim, no começo dói mas depois fica bom
Ela me olhou assustada e bebeu um gole de vinho, ficou em silêncio constrangida
— Desculpe, te constrangi
— Não, besteira minha, fiquei com vergonha só isso — Ela falou limpando a boca com o papel.
— Me fala, como você entrou nessa de Harém?
Ela torceu o lábio, parecia algo não muito confortável para se falar, mas eu insisti, era importante saber tudo sobre o envolvimento dela nisso.
-Você é prima da Marjorie né?
— Sou, ela é bem louca né? — Falou isso e percebi uma certa moleza na voz, acho que o vinho estava fazendo seu efeito. — Não de um jeito ruim, sei lá, só louca.
Tomei um gole demorado do vinho e sorri
— Me fala, como ela te colocou nisso.
Gabi respirou fundo.
— Acho que gosto de ser Gabi ta, então, pensando aqui, amanhã serei Daniel de novo, então vou separar as pessoas, mesmo por que não sei quando vou poder ficar assim de novo. — Tomou um gole do vinho e continuou — Sim, ela é minha prima, é mais velha e o Daniel era o Viadinho da familia, sabe, toda familia tem um viadinho, só que quando eu tinha meus dez anos eu era bem afeminada, com trejeitos e espalhafatosa — Falou isso e riu, mas o rosto estava triste — aí a Marjorie veio nos visitar, e ouvi ela falando com minha mãe que era um absurdo eles aceitarem eu ser viado assim, que isso não podia ser, que eu só precisava de uma mulher na minha vida etc e tal.
Parou de falar e fez uma cara de choro, olhou para a mesa e pegou uma batata frita, ficando em silêncio olhando pra baixo. Movi minha mão até a mão dela e acariciei
— Calma, em uma situação normal eu pediria pra você falar disso depois, mas eu preciso mesmo saber disso antes de continuarmos, preciso saber quem é você, preciso que me conte. E não se preocupe, eu estou aqui para cuidar de você.
Ela limpou uma possivel lágrima com muito cuidado e falou
— Ta bom, obrigada.
Tomou outro gole do vinho e continuou
— Em fim, ela passou a vir cada vez mais para casa, quando eu já tinha uns 14 ou 15 anos e passou a ficar \”mexendo\” comigo — Fez aspas imaginárias com os dedos — para ser resumida, ela foi a minha primeira mulher, de tanto ela mexer comigo nós transamos, a esperança dela é que transando comigo eu deixaria de ser gay.
— Ela te forçou? — Notei que ainda segurava a mão dela por cima da mesa, e ela não fazia menção de soltar
— Não exatamente, ela me excitou, ela é bonita, vimos filmes, falamos besteiras e quando percebi estávamos nus fazendo, você sabe.
— Não Gabi, eu não sei, o que vocês fizeram?
Ela me olhou com olhar de reprovação, ficou corada, tirou a mão que eu segurava
— Ai Jesus.
— Fala Gabi, sem dó, já sou grande.
— Ta bom, ela me chupou, foi meu primeiro boquete, depois a gente fez amor, e eu fiquei apaixonada por isso….ela me deu uma chave de buceta
— E você não gosta de homens?
— Gosto, mas eu não tinha tanta certeza dessas coisas naquela época, eu acho que gosto dos dois, e acho que prefiro homens, apenas acho por que nunca estive de verdade com um homem para saber.
— Nunca esteve? Em que sentido?
— Em todos os sentidos hora, nunca estive.
— Já ficou com homem?
— Não!
— Nunca beijou nem tocou?
— Olha, naquela noite no motel, eu, eu…eu meio que chupei um dos caras, mas ele pediu pra parar por que eu não tava fazendo certo…
— Acho que lembro disso, foi a primeira vez que você colocou um pau de verdade na boca?
— Sim, a primeira e a unica até agora.
Fiz que sim com a cabeça e fiquei pensando
— Me acha vadia por isso? — Ela perguntou preocupada
Foi minha vez de rir alto
— Claro que não né. Mas quero saber de mais coisas, você usava brinquedos com a Marjorie?
— Sim, ela me sodomizava sim, costumava me amarrar e colocar coisas grandes no meu bumbum
— Bumbum? — Perguntei pois achei engraçado
Ela se contraiu
— É… minha bunda
— Eu entendi, achei bonitinho só — Falei entre sorriso, ela pareceu relaxar.
— Então é isso, resumindo, eu só namorei mulheres, mais especificamente a Marjorie, transei com as meninas do Harém mesmo e o que entrou em mim fora aquele pau rapido na minha boca foi de borracha
— Mas você não sabe fazer boquete então?
— Claro que sei, fiz pra machucar só pro cara não me querer
— Espertinha!
Ela sorriu e piscou pra mim levantando a taça
O Restaurante tinha uma área para dança, começou a tocar uma musica dançante no outro lado, dava para ouvir num volume baixo
— Você dança? — Perguntei interrompendo o que ela dizia sobre um livro que havia lido
— Ah, danço um pouquinho, não muito, você gosta?
Me levantei e dei a mão pra ela, o sorriso largo se abriu novamente, caminhamos de mãos dadas até o salão e entramos no meio das pessoas, não estava cheio, e dançamos bastante.
Em determinada musica, ela se virou de costas pra mim e rebolou, eu a agarrei pela cintura e a puxei para mim, ela deu um gritinho de susto, dei-lhe um beijo e uma mordiscada no pescoço
— Nossa, você é forte né? — Me elogiu com a voz mole de Vinho.
Apenas agarrei-a com mais força e beijei mais seu pescoço enquanto ela rebolava devagar dançando, me afastei e puxei-a pela mão, ela se virou de frente para mim e a puxei de novo de encontro ao meu corpo
Paramos cara a cara, ela me olhando com um sorriso que logo mudou para uma cara séria e apreensiva, piscava com cuidado e não tirava os olhos dos meus olhos, as mãos estavam encolhidas encostadas no meu peito.
Ela estava atenta, suas narinas abriam e fechavam, respirava pesado, passei a mão em seu rosto com delicadeza, ela fechou os olhos e gemeu, agarrei seu queixo com firmeza e ela me olhou de novo.
Me aproximei de seus lábios e a beijei, assim que encostamos senti sua língua invadindo minha boca e os braços se soltando e me agarrando num aperto forte, o beijo durou alguns segundos.
Quando terminamos o beijo a musica havia trocado, era outra, uma bem animada dos anos 80 e Gabi disse
— Eu amo essa musica!
Começou a dançar pulando como podia, tentei acompanha-la, dançamos mais essa e voltamos para a mesa de mãos dadas, rindo e se divertindo.
Conversamos bastante aquela noite, a conversa foi até o fim da noite, então olhei no relógio e não havia percebido o tempo passar
— Nossa, olha que horas são, nem vi!
— Sim, é muito tarde — Ela confirmou — Acho que vou virar abóbora — E sorriu.
— Você vai pedir mais algo pra comer? Eu já terminei
— Não não, já parei de comer faz um tempo, comer não é comigo sabe
Ela falou isso e eu, devido à minha malícia peguei uma conotação sexual quando ela disse \”Comer não é comigo\” então eu ri, ela entendeu minha malícia e riu também, em seguida disso
— Eu não como muita comida!
— Ah bom, melhor você especificar — Falei rindo.
Chamei o garçom em seguida para irmos embora. Estava frio, perguntei se ela não tinha um casaco e ela disse que não, dei o meu blazer para ela se esquentar
Ela pegou uma sacola preta no guarda volumes do restaurante, perguntei o que tinha dentro e ela me disse que eram as roupas do Daniel.
Fomos até o manobrista e eu notei que ela estava aflita, assim que meu Carro chegou ela pegou no meu braço me chamando
— Você pode me deixar em algum lugar pra eu pegar o Ônibus?
— Ônibus? Achei que você vinha comigo? — Perguntei confuso
— Eu, é, eu não sei
— Você não quer vir comigo? Tudo bem, quer ficar onde? — Abri a porta do carro e ela entrou
Dei a volta e entrei no lado do motorista, ela ficou em silêncio por uns segundos e disparou
— Não é isso, não é que não quero ir com você, é que eu não se se você quer ficar comigo
— Ficar com você? Em que sentido? De nos beijarmos igual na pista?
— Não, ficar do tipo, ir comigo pra algum lugar — Fechou os olhos, apertou a bolsa nas mãos e sacudiu a cabeça de forma negativa — Não não!, deixa pra lá, besteira minha, desculpa.
O Carro já estava em movimento, entrei no estacionamento de um restaurante Fastfood e parei, deixei o ar quente ligado, tirei meu cinto de segurança e me virei pra ela, soltei o cinto de segurança dela também.
— Pronto, fala o que você que falar.
Ela olhou para baixo, com os punhos fechados, parecia que estava com raiva, mas ficou quieta
— Gabi — Ela só levantou a sobrancelha, não olhou pra mim — Olha pra mim — Ela olhou devagar
Peguei no queixo dela com delicadeza, ela olhou pra minha mão, e pros meus olhos, fixando o olhar em algum ponto que não nos olhos
— Estou vendo que você está aflita, me fala o que está pensando. Por que essa confusão toda? Eu não quero forçar você a fazer nada, se for muito rápido pra você ou se não for o que você quer, pra mim esta bem, levo você embora e está tudo certo.
— Não é isso — Ela me interrompeu num tom de voz rouco, pigarreou concertando o tom para suave — Olha Fernando, você contratou a menina pra cuidar de mim, fiquei toda depilada e cheirosa, ela me maquiou, me vestiu, me fez virar uma princesa, a princesa que sempre sonhei em ser
Dessa vez foi eu que interrompi
— Não é só por que eu te dei tudo isso que você tem alguma obrigação moral, sexual ou qualquer outro \”al\” comigo
Ela sorriu.
— Eu sei, obrigada por isso, se eu dizer que ter que isso não estava na minha cabeça eu vou mentir, é claro que qualquer um pensaria que a minha obrigação é dar pra você por tudo isso.
— Mas não é isso! — Interrompi num tom de voz firme — O que fiz foi apenas para ver esse brilho, quando olhei nos olhos do Daniel vi fagulhas, cinzas, tudo apagado e frio, quando você chegou hoje o fogo estava aceso e ardendo, era isso que eu queria ver
Ela sorriu e fechou os olhos, apertou a bolsa com força e continuou
— O meu medo é que isso vai acabar já já, meu medo é que eu vou descobrir que assim que eu tirar esse vestido e tomar um banho eu volto a ser o Daniel, o viado da Família. E você pensa que eu não vi como você me olhou, eu vi, você me desejou, seus olhos brilharam
— Por que você é linda e apaixonante
Assim que eu falei isso o rosto dela se contorceu de angustia,ela permanecia de olhos fechados
— Mas isso não é real, essa beleza sai com água e sabão, eu sou toda falta, essa nem é minha voz de verdade, esse vestido é alugado, eu nem tenho peito, esta realmente na hora de eu virar abóbora, não quero alimentar isso mais pois sei que só vai me causar dor
Puxei ela pelo braço num tranco forte, e dei-lhe um beijo na boca, ela gemeu assustada mas não reagiu, senti a língua me retribuindo o beijo, em seguida a mão no meu rosto, acariciando meu cabelo, e depois minha perna.
O Beijo acabou e ela ficou me olhando, eu não quis falar nada, deixei ela pensar e falar o que queria, isso durou mais de 1 minuto
Então ela falou
— Pra onde vamos?
Eu sorri e puxei o cinto, ela puxou também
— Vamos pra um lugar onde você vai ser tratada como a princesa que é
Ela sorriu
— Ta bom! — O Sorriso bonito se abriu mas seus olhos estava marejados, mas as lágrimas não desceram.
Assim que saímos do estacionamento eu disse
— Você está cheirosa mesmo
Ela riu
— Que bom que gostou, é bem docinho e feminino né?
— Sim, eu adorei
— Que ótimo!
— E você está depilada também?
— Pelos aqui é só na cabeça e na sobrancelha
Dessa vez foi eu que ri
— Doeu muito? — Perguntei ainda em tom de brincadeira
— Doeu pra caralho, mas eu faria de novo mil vezes!
Acelerei pela estrada
— Que carrão ein! Sempre via você com ele e morria de curiosidade de ver como era dentro
— Agora mata a sua curiosidade
Ela olhou em volta, começamos a conversar sobre trivialidades, o gosto musical dela, de livros e filmes era bem parecido com o meu, então era assunto fácil.
Fui para uma área da cidade que é conhecida por ter muitos Moteis, dentre eles um mais luxoso de todos, entrei nele e ela fez um barulhinho de susto, tipo um gemido
— O que foi? Perguntei passando a mão em sua perna
— Esse Motel é muito caro, não precisa ir nele não, vamos em um outro mais básico
Continuei a entrar no Motel
— Princesas não visitam os aposentos dos plebeus, princesas ficam no palácio real!
Ela sorriu e disse
— Adorei!
E riu divertida em seguida
Peguei um quarto com uma grande Hidro e cama e muitas outras coisas que ninguém usará.
Deixamos o carro na garagem e nos preparamos para subir, as escadas, o vão de acesso à porta era gigantesco, então assim que a porta se abriu eu agarrei ela e coloquei no ombro, ela protestou rindo muito e entrei no quarto, joguei-a na cama e ela estava divertindo-se com tudo e rindo muito me chamando de bobo
Fechei a porta e subi em cima dela, e ela ficou séria e me agarrou com as duas mãos pelo cabelo, então me beijou com força, mordeu meu lábio e puxou seu rosto contra seu pescoço querendo mais beijos e mordidas, eu fiz o que ela queria, então me levantei.
Ela se sentou na cama
— Posso fazer uma ligação?
— Depende, pra quem você vai ligar?
Ela hesitou por uns segundos e disse
— Pra minha mamãe
— Mamãe? Que bonitinho, filhinha da mamãe — Debochei
Ela disse
— Ah, para vai, eu tenho que dizer que vou chegar tarde — Ela protestou
— Vai falar o que pra ela?
— Que eu vou chegar mais tarde e que é pra ela não me esperar
— Ta bom, liga, ela se levantou e foi em direção ao banheiro
— Onde você vai?
— Vou ligar lá do banheiro
— Pode ligar daqui ué
— Não, eu vou ter que falar com a voz do Daniel, não quero que você ouça
Levantei as sobrancelhas, e deixei ela ir, ela se aproximou de mim
— É rápido — Me deu um selinho
E foi para o banheiro
Ouvi a voz dela falando algo, e depois meio que reclamando, pelo que eu entendi a mãe não estava acreditando na história ou não queria deixar ela ficar, queria que fosse imediatamente para casa.
Abri a porta do banheiro e ela estava sentada no vaso falando no telefone, quando me viu fez cara de assustada
— Coloca no Viva voz — Ordenei baixinho
Ela sem pestanejar colocou, era uma senhora falando sem parar, sem respirar, parecia brava, peguei o telefone da mão de Gabi
— Boa noite — A Senhora continuava falando — Boa noite — Aumentei o tom de voz
— Boa noite — A Senhora respondeu
— Sou o Fernando, sou dono da Academia onde o Daniel trabalha, a senhora está bem?
Do outro lado um hesitante silêncio e uma resposta pausada.
— Sim, Senhor Fernando, sou Eliéte, mãe do Daniel, ele ta dando problema pro Senhor?
— De forma alguma Dona Eliéte, eu pedi para ele ficar aqui comigo essa noite, a senhora pode ficar tranquila que eu deixo ele em casa em segurança.
— E é o que aí, festa da empresa?
— Fechamos um contrato de aquisição de novas unidades, como ele é um ótimo funcionário eu o trouxe para me ajudar com os clientes, contratos e ele também vai ficar aqui na festa, vai chegar em casa alimentado, dou minha palavra.
— Bem, se o senhor ta dizendo, tudo bem então, alguém vai trazer ele aqui em casa?
— Vou tentar levar eu mesmo, pessoalmente.
— Tudo bem Senhor Fernando, muito obrigada, Deus te Abençoe, deixa eu falar com ele
— Ok Dona Eliéte, boa noite, vou passar pra ele
Dei o telefone para Gabi, me afastei pois sabia que ela não queria que eu ouvisse sua voz, mas ouvi baixinho ela falar com a mãe e mandar beijo.
Depois de uns minutos ela saiu do banheiro
— Você é espetacular!
Apenas sorri sem jeito, ela se aproximou de mim, e falou
— Vamos por uma musica?
Fui até o som e coloquei uma musica na radio, passava algo romântico, ela me abraçou, entrelaçou os braços no meu pescoço dançando, dançamos nos olhado e dando beijinhos por alguns minutos
— Você treinou muito para ser assim?
— Muito mesmo, está dando certo? Estou parecendo uma mulher?
— Está dando certo sim, você é uma mulher perfeita
Ela sorriu, eu tirei o cabelo da orelha dela, em seguida a empurrei devagar encostado-a na parece, e eu encostei na mesa a dois passos dela, ela achou estranho.
— O que eu quero que você entenda é o que está por vir
— Me explica, o que eu tenho que entender?
— O Harém, se passarmos desse ponto você fará parte do Harém, passará pelo ritual de entrada nele.
— Entrada? E qual é o ritual de entrada? Transar com você?
— Também, mas implica em apenas nós dois, e eu tenho que deixar meu sêmen dentro de você
Ela cruzou os braços envergonhada
— Como eu disse, antes de continuarmos a fazer qualquer coisa, você tem que entender — Falei de forma severa. — E sem ressentimentos, de verdade, se você decidir que é muito pra você, nós encerramos aqui, você pode até tomar seu banho e deixar de ser a Gabi aqui e eu levo você pra casa. As roupas do Daniel estão lá no carro, eu posso pegar enquanto você se Desmonta.
Ela me olhou com aflição, colocou a mão na boca
— Eu não quero deixar de ser a Gabi, eu não quero deixar você, eu quero fazer parte do Harém, mas eu tenho medo
— Medo do que?
— Senhor Fernando, Hoje dei meu primeiro beijo com um homem, nunca transei com um homem, acho você mega Atraente, apaixonante mas morro de medo
— Medo do que exatamente?
— Não sei, medo de doer, medo de me apaixonar por você, medo das coisas que eu não sei.
Coloquei as mãos para trás e andei pelo quarto
— Assim, isso é uma coisa que só você pode decidir, você tem que decidir se enfrenta seu medo, vira a mulher que você está destinada a ser ou coloca o rabo entre as pernas e continua o viado da família. Apenas decida
Ainda de cabeça baixa ela se aproximou de mim, colocou as mãos no meu peito e juntou o corpo ao meu, colocando a testa no meu peito
— Vai doer muito?
— Prometo que o mínimo possível
— E se eu me apaixonar por você?
— E se for eu que me apaixonar? — Perguntei pegando-a de surpresa
Ela levantou o olhar e me encarou
— Você vai por muito fundo no meu bumbum?
Assim que falou me deu um selinho
— Vou, vou colocar bem fundo
— Sua porra é bem quentinha?
— Sim, ela é como um vulcão
Ela se virou de costas e agarrou o bumbum com as duas mãos
— Estou com um frio aqui, me esquenta?
Eu sorri e fui para cima dela, a agarrando por trás, nos beijamos e nos agarramos, puxei o ziper do vestido e abri-o até o meio das costas puxei-a para a cama, ela me empurrou e eu me sentei na beira da cama.
Ela se virou de costas e terminou de tirar o vestido, ele caiu, vi seu corpo branco e esguio, estava de sutiã preto rendado, e uma calcinha comportada também rendada, usava meia calça preta com cinta liga.
Ela se virou para mim com a mão cobrindo suas partes, o Sutiã era de cor sólida na frente, não rendado, ela soltou a meia da cinta liga e começou a desenrolar, esticou o pé e colocou no meu joelho. Peguei seu pé e coloquei no eu pau, ela mexeu e riu.
— Ai, que frio! — Ela reclamou
— Frio?
Levantei e liguei o aquecedor
— Deve ser por que você está sem nenhum pêlo
— É mesmo, deve ser isso
Me aproximei e agarrei sua cintura, não era muito fina mas não era um corpo de homem, tinha curvas, olhei para seus seios e vi que o sutiã era enchimento, abracei-a e soltei o sutiã
— Não — Ela protestou — Aí é falso demais, você não prefere com o sutiã mesmo?
Puxei o sutiã e o peito nu dela ficou exposto, completamente sem pelo e com os mamilos rosados, me aproximei e lambi um mamilo
— Que se foda! — Ela exclamou e começou a arrancar minha roupa
Começou a puxar minha camiseta, depois desabotoar minha calça enquanto nos beijávamos, me deixou só de cueca, deu um passo para trás e disse
— Me mostra!
Sem nem pensar abaixei minha cueca e meu pau duro surgiu, ela sorriu
— Que grandão! — Pensou um pouco e virou de costas segurando o bumbum com as duas mãos — Vai caber aqui?
Agarrei ela pela cintura e disse, com certeza cabe, meu pau forçou a bunda dela, levantei ela e joguei na cama, ela riu divertida
Assim que caiu de bruços eu arranquei sua calcinha de uma vez só, ela deu um gritinho
— Safado
A bundinha dela era empinada, estava rosada devido aos meus apertos
— Gatinho, posso pedir uma coisa?
— Pode sim, falei tentando me controlar para não comer aquela mulher deliciosa ali mesmo
— A gente dançou, comeu, se divertiu, quero me entregar inteira pra você, posso tomar um banho primeiro? Aí vou ficar mais confortável e à vontade
Ela mexia as pernas como uma moleca travessa
— Ok, pode ir
Ela se levantou, e não deixou eu ver a parte da frente de seu corpo, apenas as costas, e correu pro banheiro.
O Banho demorou dois minutos no máximo, ela saiu enrolada em uma toalha, assim que ela saiu entrei
— Vai tomar também?
— Vou sim, pra ficar limpinho pra você
Ela me deu um beijinho e disse
— Estou ansiosa
Tomei banho rápido e saí, ela esperava de toalha sentada na beira da cama, quando me aproximei ela pegou no meu pau, estava mole e quando ela colocou a mão disse
— Que exagero, o meu não é tão grande assim — Ficou uns segundos calada e disse — Falei besteira né, desculpa.
A Verdade é que eu não sabia como lidar com a situação dela ter um pênis também, então ela começou a chupar, era maravilhoso, macio, molhado, perfeito
— Que boquete é esse? Puta que pariu!
— Não esta bom? Ela me olhou com cara de coitada
— Está perfeito, e aquele cara que reclamou do boquete ruim?
— Eu fiz ruim de propósito ué, tava guardando pro meu primeiro pau de verdade
Terminou de falar isso e começou de novo, estava maravilhoso, notei que a toalha dela havia caído e ela mexia no próprio pau enquanto me mamava, eu pau estava bem duro então ela se levantou e disse
— Onde estávamos?
Se virou de costas e se jogou na cama de bruços com o bumbum apontado para mim, agarrei as nádegas com as duas mãos, apertei e puxei e separei, vi o cuzinho rosado exposto, não tive dúvidas, meti a língua nele, ela pulou e gemeu alto, comecei a lamber seu cuzinho e a apertar a bunda dela, morder e etc.
Percebi que ela mexia entre as pernas
— Ta gostoso? — Perguntei
Ela tirou a mão do meio das pernas
— Ta sim, nunca fizeram isso comigo
— É uma delícia chupar aqui, está lisinho e quentinho
Ela riu
Me levantei e falei
— Espera ai, quietinha.
Fui até minha calça e peguei um frasco no bolso, era um gel para sexo anal e dei pra ela. Também peguei uma coleira
— O que é isso? — Ela começou a ler e em seguida disse — Excelente, pode me comer — Falou como se conta uma piada.
Me aproximei e coloquei a coleira nela, ela não esboçou reação
Passei o gel no cuzinho dela e enfiei o dedo devagar, ela gemeu e reclamou de dor
— Gatinha, se você ta reclamando do meu dedo, se prepara pq minha rola é muito mais grossa.
— Me come então e tira minha frescura
Olhei no Frasco e dizia para colocar um pouco dentro do anos e esperar uns segundos para adormecer e então enfiar o pênis
Peguei um travesseiro e coloquei na barriga dela, minha mão roçou no pênis melado dela, estava duro, ela empinou o bumbum e eu me deitei em cima dela
— Ta bom, agora calminha, vamos fazer devagar
— Ta bom, confio em ti
Achei fofo ela falar isso, mas redobrei o cuidado
Apoiei meu peso nos meus braços e pernas e posicionei o pau na entrada do cuzinho dela, coloquei a cabeça e forcei, ela gemeu e empinou a bunda, forçando o pau a entrar, me contive mas ela empurrou o corpo para trás, então eu fui adiante e entrei nela
— Ai meu deeeeuuussss — Ela arqueou a coluna para trás
— Calminha — Dei um beijo no seu pescoço — deixei o pau um pouco dentro pra ela se acostumar
Ficamos quietinhos, e ela começou a rebolar devagar
— Vai, come! — Ela ordenou
Tirei o pau e coloquei de novo, ela urrou
— Isso, fode!
Tirei e coloquei de novo
— Ai caralho, me come vai
Comecei a entrar e a sair com ritmo, ela forçou a bunda para trás e ficou de quatro, comecei a comê-la nessa posição, de quatro, dei varias estocadas com força, bem fundo, ela gemia e eu também
Ela ficou de joelhos e vi ela se masturbando
— Ta muito gostoso, não para
Aumentei o ritmo e agarrei-a pena cintura, fiquei acariciando seu corpo, então decidi tirar toda a minha trava, agarrei as mãos delas, e coloquei para trás, como se ela estivesse presa, então agarrei seu pau comecei a acariciar, estava duro e molhado, melado, gozado
— Você gozou é? — Parei de meter nela
Ela disse
— Gozei, na hora que você colocou em mim eu ejaculei na hora, não consegui controlar
Empurrei ela na cama e deitei, chamei-a pra cima de mim
Ela sentou-se na minha barriga e me beijou na boca, senti o pau dela roçando meu peito e endurecendo
— Vamos, senta na rola, quero comer você bastante
Ela riu e se posicionou no meu pau, sentou devagar, fechou os olhos
— Hmmm, como ta gostoso agora, caralho, ainda bem que paguei pra ver!
começou a subir e a descer, agarrei ela a apertava e ela falou
— A mulherada faz assim né?
Começou a rebolar pra frente e pra trás e eu comecei a gozar sem controle, comecei a gemer e ela aumentou o ritmo, como que por reflexo peguei no pau dela e bati uma punheta rapida, enquanto eu gozava fiz ela gozar de novo, minha porra espirrava jatos e mais jatos dentro dela.
Senti a porra quente dela jorrando no meu peito, quando abri os olhos e olhei ela estava se masturbando, o pênis jorrando porra e tremendo com meu pau dentro dela, olhando pra mim assustada com a boca aberta
Caiu do meu lado ofegante
— A gente, a gente gozou junto?
— É o que parece
— Senti sua porra quentinha aqui dentro
Colocou a mão na bundinha
— Estou no Harém agora?
Eu Sorri
— Você passou pelo ritual de iniciação, agora você é oficialmente mulher minha como as outras
— As outras né eu sei, falei com a Paula e com a Marcia
— Você gosta delas?
— Sim, são lindas
Eu estava exausto, havia gozado muito dentro dela, foram orgasmos consecutivos que me fizeram perder a noção
— Agora eu vou descansar um pouquinho pra voltar a comer você denovo
— Eu quero, quero muito
-Ah, segunda-feira você tem médico, agendei pra você
— Médico do que? — Ela levantou a cabeça e me olhou com a sobrancelha franzida
— Endocrinologista, você vai tomar hormônios, seu corpo vai afinar, vai ter mais curvas, os pelos vão parar de crescer, sua voz vai melhorar, tudo vai ficar mais fino
— Vão crescer seios em mim? — Ela perguntou inocente
— Acho que um pouco, mas não ficarão grandes, se você quiser a gente colocar silicone
— Silicone? — Deixou a cabeça cair na cama
— Não quer? — Perguntei intrigado
— Claro que quero, mas nunca imaginei que isso poderia sequer acontecer
— Acredito, vai acontecer, eu vou fazer você ser feliz
Ela me abraçou, estava suada, melada, e eu também
— Eu não quero virar abóbora nunca mais, se aconchegou em mim e dormiu antes de mim.

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Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.

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