Capítulo 39 — Tudo Azul
No fim da tarde fui ao hospital, Marcia estava consciente mas deitada sem se mexer, medicada, estava péssima, com a cara inchada e com muitos machucados, segurei a mão dela e dei um beijinho na testa, ela sorriu.
Sentei do lado do Fê
— Oi — Dei uma ombrada de brincadeira dele — Tudo bem? — Falei animada
Ele parecia cansado, mas sorriu pra mim
— O que foi? Viu o passarinho verde?
— Não — Me atrapalhei — Vi, quero dizer…nada.
Ele não tirava os olhos de Márcia
— A Carla me falou, você vai sair pra namorar hoje né? — Sua expressão era apática, não demonstrava nenhuma emoções
— Sim, vou — Falei retraída
Ficamos em silêncio
— Tudo bem pra você? — Perguntei procurando seu olhar, mas ele continuava a olhar pra Marcia
— Gabriela, eu estou aprendendo da pior maneira possivel que eu não tenho controle de vocês, e eu não posso proteger todas vocês
— Por que diz isso, você nos protege sim
Ele olhou pra mim e seus olhos estavam vermelhos, lacrimejando
— Protejo? Olha pra ela — Apontou para a Marcia na cama — Olha como eu protegi ela.
Me levantei e sentei no colo dele
— Amor, para com isso, você não tem como resolver isso — Levantei o rosto dele e dei um beijinho nos lábios, depois com um lenço de papel limpei sua lágrimas — Você é o melhor mestre do mundo mas você não é um Deus, você não esta com todas nós ao mesmo tempo.
— Por isso eu quero vocês todas comigo, pra proteger todas vocês, aí isso não vai acontecer nunca mais
— Gatinho, isso não vai impedir que coisas ruins simplesmente aconteçam, elas acontecem mesmo, não tem jeito.
Ele torceu o lábio sem jeito
— É, não sei — Nunca tinha sentido insegurança nele, não daquele jeito, ele estava realmente perdido — Tenho alguns planos, preciso colocar eles em prática o mais rápido possível.
— Que planos? — Perguntei ingênua
Ele sorriu
— Você vai saber depois, me fala, onde vocês vão hoje? — Ele mudou de assunto
— Não sei — e não sabia mesmo — Ele vai me pegar a noite e levar pra jantar
— Pra jantar você? — falou e sorriu
Eu ri
— Não né, não vou dar pra ninguém não
— Por que não, e se o cara for gostosão?
Fiquei envergonhada
— Ah Fê, sei lá, eu não sei….
— Você está envergonhada!
Ele me agarrou e me apertou me dando beijos no pescoço, boca e bochecha enquanto me apertava a cintura, assim que parou eu disse
— Eu nunca saí pra namorar assim, só tinha dado uns beijos, nunca foi desejada
— Eu sei querida, agora que você é uma mulher linda isso vai acontecer bastante, aproveite isso, valorize isso
— Vou aproveitar — Olhei em volta do quarto tentando disfarçar, mas eu estava sem jeito
— Fala! — Ele disse
— Fala o que? — Perguntei tentando esconder
— Fala o que você quer falar, para de enrolar — Ele me conhecia, era ótimo em ler as expressões das pessoas
— Ah, eu queria saber se você vai ficar com ciumes de mim — Perguntei e notei que pareci infantil
— Quando eu transo com as meninas vocês sente ciumes?
Pensei um pouco e disse
— Sinto, um pouco — Soei infantil de novo, mas ele sorriu
— Eu sinto muito ciume de vocês todas, especialmente de você — Ele disse beijando a ponta do meu nariz
— Por que especialmente de mim? — Perguntei sem entender
— É por que você é a mais nova — Me deu um beijo nos lábios — Você é a menor — Outro beijo — Você é a mais bonita — Outro beijo e eu já estava correspondendo — E você é diferente de todas.
Nessa hora estávamos de mãos dadas enquanto eu sentava no colo dele.
— Se a pergunta é se eu aprovo você sair com esse cara a resposta é Sim, eu aprovo, vá se divertir, beije muito, se divirta, descubra seus limites e seus gostos
Eu beijei a bochecha dele e deitei a cabeça no pescoço dele
— Mas lembra — Ele falou sério — Mentira é proibido
— Eu sei amor — falei sussurrando
Nos despedimos para eu sair do hospital, beijei Marcia na testa novamente e assim que estava na porta o Fê me chamou
— Azul, a Carla disse pra pintar as unhas de Azul escuro
Apenas concordei e saí.
Saí satisfeita do hospital, fui direto fazer as unhas da cor que a Carla pediu, queria estar bonita. Quando terminei entrei na casa de Carla e do Fê, eu tinha a chave já. Fui até o quarto de hospedes onde estão minhas roupas, tomei um banho e quando saí ouvi a Carla na porta me chamando
— Gabi, é você? — Carla chamou da porta
— Sim, sou eu Carla — Gritei de dentro do chuveiro
— Quando sair vem no meu quarto — Ele falou
Concordei e terminei meu banho, minha depilação era feita na cera então eu não precisava refazer ela, estava boa, achava o máximo não ter nenhum pelo no corpo além do cabelo e das sobrancelhas, eu gostava assim e o Fê também então estava ótimo.
Saí do banho, me enxuguei, coloquei uma calcinha shortinho e um sutiã com enchimento, infelizmente eu tinha muitos desse mas assim que juntasse um dinheiro bom eu iria colocar peitos de verdade pra mim, ficaria linda.
Despertei na frente do espelho olhando meu corpo, estava ficando bom, minha cintura estava afinando, minha bunda já era arrebitada mas meus peitos realmente eram pequenos demais.
Me enrolei na toalha e fui encontrar Carla no quarto.
Quando entrei ela estava sentada na cama com as pernas cruzadas mexendo no celular e com a TV ligada. Quando me viu levantou
— Aqui, separei esse pra você, vai ficar lindo
Era um vestido azul escuro, com gola circular e grande, sem decote para mostrar os seios, tinha uma textura azul de flores em queno relevo, a parte de baixo era uma saia longa, até o meio das canelas mas não tinha o relevo, era levemente plissada.
— Nossa Carlinha, que lindo! — Peguei ele na mão, o toque era suave, parecia que não tinha peso — Posso mesmo usar isso?
— Deve usar, vai ficar lindo em você, coloque-o agora!
Fiquei eufórica novamente, nunca tinha vestido algo daquele tipo, era lindo, parecia uma princesa.
Vesti, parecia que eu ainda estava nua, ele entrou perfeitamente em mim, na cintura ficou um pouquinho folgado, mas Carla veio com uma fita, puxou na parte de trás deixando ele mais justo na frente e amarrou com um laço do lado direito.
Olhei no espelho
— Meu deus Carla que lindo! — Estava fantástico mesmo, sensacional
— Ta lindo mesmo, não vai chorar e ficar com a cara vermelha ein.
Abracei Carla e agradeci. Ela então fez uma maquiagem linda em mim e descemos para a sala, no horário combinado recebi uma ligação de um numero desconhecido
— Alô, Gabi?
— Sim, eu
— Aqui é o Fabio, estou na frente do endereço
— Estou saindo, só um minuto.
Me levantei rápido, meu estômago doía, minha cabeça girava
— Gabi, lembra, é seu primeiro encontro, você é a mulher, você controla e dita as regras — Carla me deu um beijo na bochecha — Ele não tem poder nenhum sobre você, você diz até onde ele pode tocar ou não e do que podem falar ou não entendeu?
— Entendi amor, deixa comigo.
Carla sorriu e eu dei-lhe um beijinho leve nos lábios para não borrar o batom.
— Ah, outra coisa — Carla me entregou um cartão de crédito e duas notas de cem reais — Caso precise.
— Te devolvo tá, prometo — Falei assim que peguei
— Não se preocupe, divirta-se.
Saí e ele me esperava, usava uma calça social creme, com um sapatênis e uma camisa bonita na mesma cor do meu vestido.
Me aproximei e cumprimentei, ele me deu um beijo na bochecha e abriu a porta do carro para mim, era um carro bonito, não sei a marca, mas era baixinho. Assim que entrei vi que tinha um teto grande de vidro e o painel era todo iluminado.
Ele entrou no carro e colocou o cinto, também coloquei, ele olhou pra mim
— Deus do céu como você está linda
Involuntariamente eu sorri, estava muito feliz
— Obrigada, você também está bonito
Ele sorriu e arrancou com o carro.
Fomos conversando no caminho e a viagem foi rápida, durou cerca de vinte minutos, então paramos em um restaurante que eu não conhecia, mas pelos carros e as pessoas eu imaginei que era de alto padrão.
Entramos e o cardápio era variado, pedi uma sopa leve, eu não conseguiria comer pois estava muito nervosa.
Começamos a conversar, gostei dele, era engraçado, descobri que trabalhava com o pai em uma empresa de exportação da própria família, tinha vinte e seis anos e já tinha uma filha de 8 anos. Era simpático e esperto.
Em um determinado momento da conversa ele me perguntou
— E quem é Daniel?
— Onde você ouviu isso? — Arregalei os olhos
— Eu já vi gente da academia falar que era pra ver com o Daniel no balcão, mas sempre só tem você lá
— Ah, sei lá, vai pedir algum doce? — Mudei de assunto na hora.
Ele caiu na minha, pedimos um doce e ele completou
— Gosta de dançar?
— Pra ser sincera eu gosto, mas só danço sozinha em casa
Ele riu:
— Um primo meu é dono da Alakazhan a melhor balada daqui, só da pra entrar com reserva ou convite, consigo colocar a gente lá dentro essa noite, quer?
— Óbvio que eu quero!
Essa casa era muito famosa, só iam ricos e famosos e era mega concorrido pra entrar.
Terminamos o Jantar e fomos direto pra lá, ele sempre divertido fazendo piadas e falando de seu trabalho e amigos. Eu também falava do trabalho e amigas, mas sempre com cautela e mascarando o harém
O Lugar era incrível, iluminado com muita gente, todas as mulheres eram lindas, assim que entrei já vi alguns patricinhas torcendo o Nariz pra mim, achei o máximo elas ficarem com inveja de mim.
— Está fazendo sucesso hein — Ele falou agarrando em meu braço — Já te notaram — E riu baixinho
— Nada, essas meninas são lindas, só estão curiosas por que não me conhecem
— Sei, conheço bem.
Andamos pelo ambiente e bebemos energético com Whisky, fiquei preocupada em ele dirigir, mas ele prometeu que iria parar e que se eu não confiasse a gente iria embora de táxi.
Em um dos ambientes estava tocando um Funk, e ele me chamou para irmos, eu torci o nariz por que achava meio vulgar, mesmo assim nós fomos, estava quente e cheio.
Começamos a Dançar, e eu sabia algumas coreografias, em uma das danças, eu tinha que juntar as pernas e empinar o bumbum de uma vez, jogando a saia pra cima, ele ficou louco, se posicionou atrás de mim, estava bem alto e ficou me agarrando pela cintura, falando coisas no meu ouvido, me dizendo como eu era cheirosa e linda e eu não aguentei, me virei e dei um beijo nele.
Foi muito bom, quente e macio, mas ainda tinha gosto de Whisky, não me importei tanto, ele me puxou e grudou seu corpo no meu, senti seu pau duro na minha barriga pois o vestido não me protegia em nada.
— Gostosa — ele falou enquanto mordeu meu pescoço
Eu ri de tesão.
Dançamos mais, com ele se esfregando em mim e bebemos mais um pouco, passeamos pelos ambientes da casa, dançamos e ficamos nos agarrando pelos cantos com ele cada vez mais ousado, tentou pegar na minha bunda tres vezes e eu não deixei pois tinha muita gente olhando.
Então eu peguei ele pela mão e puxei para um canto meio isolado e agarrei
— Sou toda sua, pode pegar — Falei deixando ele se deliciar
Ele babava no meu pescoço, agarrou minha bunda com força e bateu nela
— Meu, que bundão delicioso
Pegou nos meus seios e não percebeu o enchimento, mas quando tentou tocar no meio das minhas pernas eu segurei a mão dele
— Aí não gatinho, continua onde tava
Ele continuou, me encochou, me mordeu, me beijou e eu retribuí aproveitando todo o corpinho durinho dele
Então saímos para tomar um ar e eu disse que estava tarde, eram quatro horas da manhã e que eu precisava ir pra casa. Ele disse que não estava mais bêbado e que poderia me levar. Pedi pra ele fazer um quatro com as pernas e tocar ponta do nariz e ele fez rindo mas sem problemas.
Fomos embora rindo e ouvindo musica, nossa química era incrível, quando paramos na frente da casa da Fê e da Carla ele falou
— Gostou da noite?
— Adorei — Falei sorrindo sincera
— Valeu um beijinho? — Ele perguntou inseguro
Coloquei o dedinho no queixo olhando para cima fingindo pensar e ele me puxou pela cabeça num beijo fantástico, começamos a nos pegar e a coisa foi esquentando, ele tentou novamente pegar no meio das minhas pernas, conseguiu passar a mão mas o vestido dobrado não deixou ele sentir nada, então eu fui pra cima ele e continuei a beijar, ele pegou minha mão e colocou no pau dele por cima da calça.
Meu tesão estava me fazendo tremer, eu queria muito ver aquele pau e dar uma chupada nele, estava a um segundo de fazer isso, ele então colocou o pau pra fora e eu peguei, passei a mão na base dele, era grande, largo e cor de rosa, puxei a cabeça pra fora e punhetei umas quatro vezes, mas me arrependi.
Voltei para o meu lugar e me sentei no banco me recompondo.
— Não, não, me desculpa! — Falei colocando as mãos no joelho e fechando os olhos — Guarda por favor
Ele se aproximou de mim de novo e puxou meu queixo, me dando um beijinho que eu retribuí, abri os olhos e vi que sua calça estava abotoada já, beijamos mais um pouquinho
— Não tem problema viu — ele falou
— Obrigada por respeitar
— Claro! agora suma da minha frente — Falou e riu
Achei engraçado
— Adorei a noite, obrigada mesmo, eu estava precisando de uma diversão assim
— Que bom que gostou, então isso quer dizer que eu posso te ligar pra sairmos novamente?
Eu ri e abri a porta do carro
— Você deve me ligar, vou esperar
Mandei um beijinho pra ele e saí do carro.
Ele ficou esperando eu entrar em casa, assim que entrei ele saiu com o carro.
Corri para dentro e estava tudo apagado, fui para o meu quarto, tirei o vestido de Carla com cuidado, coloquei ele no cabide esticado, corri para o banheiro e fui tomar um banho rápido e me deitei na cama.
Fiquei me masturbando devagar com tesão na noite que havia passado, nas perspectivas de futuro como uma mulher bonita e poderosa, adormeci com um sorriso no rosto.
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