Capítulo 65 — Dorme aqui

O Segredo de Fernanda

Capítulo 65 — Dorme aqui

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Depois de toda a confusão meu pai e eu pegamos os documentos e saímos, fomos almoçar em um restaurante perto de casa e ficamos analisando detalhe a detalhe. Ela era realmente muito parecida comigo, olhei as fotos e senti uma pontadinha de inveja pois ela era indiscutivelmente mais feminina, principalmente nas fotos sem maquiagem.
— O que você acha que devemos fazer? — Meu pai me perguntou depois de terminarmos de ver todo o material
— Não sei, talvez entrar em contato com ela né? — Respondi sem saber bem o que pensar.
— Acho que é besteira, acho que ela nem vai querer saber da gente aqui no Brasil, ela é uma atriz de sucesso né? — Meu pai falou com a voz triste
— Não sabemos pai, vamos ver o que ela fala, vamos tentar explicar e vamos falar pra ela que ficamos sabendo agora, o quão antes tentarmos contato vai ser melhor, se demorarmos demais seremos igual à mamãe, omissos.
Ele mordeu o lábio internamente entortando a boca e depois respondeu.
— É, verdade.
Continuamos a comer e conversar sobre como seria esse encontro e como seria a abordagem, eu falei que iria pedir ajuda a Fernando
— Esse Fernando, ele é seu namorado? — Ele me perguntou e eu fiquei envergonhada
— O Fernando, é…bem, ele é meu chefe… — Respondi sendo evasiva
— Eu achei uma coleira uma vez, estava em cima da sua cama — Ele temperou a garganta — Desculpe invadir seu espaço, entrei para abrir a janela e fazer o ar circular, e estava na cama.
— Que coleira? — Me fiz de desentendida
— Uma de couro preto com um \”F\” prateado — Ele falou coçando o queixo
— Ah pai, é uma confusão isso — Tentei se evasiva de novo
— Desculpe querida, eu não queria invadir a sua privacidade — Ele falou e eu entendi que ele percebeu meu desconforto.
— Pai, desculpe, é que eu não estou tão acostumada assim a falar sobre algumas coisas. Mas prometo, vamos conversando, eu vou falar tudo o que o senhor quiser tá.
— Tudo bem, não se preocupe comigo. — Ele falou disperso
— Pai, o Senhor vai ficar na casa do tio hoje?
— Sim, vou ficar lá, e na segunda-feira darei entrada no divórcio, não quero mais saber da sua mãe.
— Tem certeza pai? Tanto tempo de casados… — falei pensando na união deles
— Ah Gabi, uma decisão dessas não se toma de uma hora para outra, essa foi só a gota d’água, na verdade faltava uma gota de água pra encher o balde e transbordar, mas veio um barril, logo…
Eu sorri
— É, muita merda né! 
— Bastante, e você o que vai fazer? Deve ter espaço na casa do seu tio pra você.
— Não se preocupe comigo pai, hoje eu vou na casa do Fabio, e talvez a noite eu durma no Fernando — Falei e vi a cara de incredulidade dele
— Olha Gabi, eu não sei o que você está fazendo, mas você está se protegendo contra doença? Você sabe que a violência com pessoas como você é muito grande né? tenho medo disso, só não sei como abordar isso com você.
Peguei na mão dele em cima da mesa
— Ah pai, obrigada, mas eu vivo num mundo teoricamente sob controle sabe…
— Fernando e Fabio são seus namorados? — Ele perguntou de novo
— Pai, você quer mesmo saber?
Ele não respondeu, expliquei pra ele que o Fernando era meu dono e o que isso significava, falei pra ele que o Fabio sabia de tudo e que me aceitava, depois de eu explicar tudo sem ele falar nada ele comentou
— Bem, sabemos de algumas coisas, que você tem sorte por ter um namorado que te aceita e que você é uma Concubina. — Ele pareceu sorrir
— Concubina? — Perguntei sem entender –  O que é isso?
— Concubina, você vive num harém e é uma esposa de um homem que já tem uma esposa, você é uma esposa secundária, na verdade você é uma das esposas — Ele pensou um pouco — esse cara, o Fernando, está de parabéns hein. — Assim que falou mudou sua postura na cadeira e riu — deve ser divertido.
— E é, eu amo estar lá, o ambiente e as coisas que fazemos.
Ele assentiu com a cabeça, parecia pensando
— O que foi pai?
— Estou sentindo um pouco de inveja de você, e muita raiva de mim, mas vai passar, sempre passa
— O nome disso é Disforia pai, Disforia de Gênero, é causada pela não aceitação do nosso corpo
Ele me olhou e entortou levemente a cabeça
— Existe nome pra tudo nesse mundo né — E sorriu novamente — Vamos embora filha, vamos amadurecer a ideia e eu vou me matricular num curso de inglês né, por que sua irmã só deve falar inglês.
— É verdade, eu vou conseguir falar com ela um pouco mas o senhor não, então acelera pra gente conversar direitinho!
— Pode deixar.
Ele pagou a conta, mesmo eu insistindo para eu mesma pagar. Mandei mensagem para o Fabio e ele veio me buscar, meu pai insistiu para conhecê-lo e eu aceitei.
Quando Fabio chegou, o carro era um desses grandões, branco e importado. Meu pai ficou admirado, ele saiu do carro bem vestido de Jeans, camiseta polo e sapatênis.
Os dois se cumprimentaram e Fabio ofereceu uma Carona para meu pai, mas ele recusou, disse que precisava andar e espairecer.
Meu pai se foi e eu entrei no carro, Fabio deu a volta e entrou, assim que se sentou me puxou e me deu um beijo na boca, foi gostoso ver o carinho e a saudade dele, eu precisava mesmo de colo.
Meu pai havia levado todos os documentos, ele queria olhar com mais cuidado, eu fui contando tudo no caminho. 
Fabio perguntou se eu queria sair, dançar, comer mas eu disse que queria apenas um colinho quetinho.
Fomos então para a casa dele, foi um fim de tarde e inicio de noite gostoso, nos sentamos no sofá e ficamos vendo séries e namorado, nunca tinha passado um tempo assim, só via em filmes, fiquei mais apaixonada ainda.
Comemos, assistimos, namoramos, falamos, rimos e eu olhei no relógio, já era próximo da meia noite.
— Meu, olha que horas são — me levantei, meu corpo doeu — Preciso ir.
— Você vai pra casa dos seus pais? — Ele me perguntou
— Não, não quero encontrar minha mãe, meu pai nem vai ficar lá.
— Entendi, eu posso te levar pra onde você quiser, inclusive pra onde eu quiser se você deixar — Ele falou olhando para baixo, parecia desviar do meu olhar
— Onde você quiser? E onde você quer? — Perguntei sem entender
— Pro meu quarto, você já está aqui, aproveita e dorme aqui.
Eu sorri e dei um beijo nos lábios dele
— Sem vergonha! — Falei procurando meu tênis
— Fica Gabi — ele pegou na minha mão, eu não faço nada que você não quiser, juro.
— O que eu não quiser? Como assim? — Perguntei
— Eu não me aproximo de você se você não quiser — Ele falou e sua voz parecia uma súplica
— Ué, não quer transar comigo? — Perguntei sendo sínica, mas acho que ele não percebeu
— Claro que quero! — Ele falou assustado
— E por que não vai se aproximar de mim? 
— Se você não quiser — Ele disse
— Mas eu quero — Falei decidida — Só não sei se é uma boa ideia, sei lá
— Então fica — Ele se aproximou e agarrou minha cintura me dando um beijinho nos lábios, era mais alto que eu e eu tive que olhar pra cima.
— Eu quero, mas a situação não vai ser constrangedora? Vai estar todo mundo aqui de manhã, sei lá.
— Vai nada, meu pai sai cedo pra correr e a Alicia nem mora aqui, vai estar a empregada só. Fica, vai ser gostoso
— Gostoso é, você não falou que a gente ia dormir? — Falei maliciosa
— Dormir só depois, primeiro a gente vai fazer um amor gostoso — Ele beijou meu pescoço e me abraçou.
Eu peguei meu celular e olhei as mensagens, no grupo do Harém haviam diversas mensagens, conversas e eu não entendi muito bem, só algo sobre a Gravidez, imaginei que falavam de Carla, Fernando havia falado para todas estarem lá as dez na noite para ficarem com ele.
Fabio havia saído para ir ao banheiro, eu nem sabia como dar a noticia pra ele, resolvi inventar algo quando ele voltou
— Gatinho, lembrei de uma coisa, tenho que dormir lá na Carla hoje, prometi ajudar ela com algumas coisas, e devia estar lá as dez, amanhã cedo tenho que ajudar o Fernando com uns papéis da academia, desculpe.
— Ah, entendi — Ele falou entristecido — tudo bem, eu te levo lá
— Não fica triste mocinho — Me aproximei dele, fiquei bem juntinho, eu sentia meu pau pulsar e eu lembrei que havia prometido ao Fernando que não transaria com ninguém e me guardaria pra ele, senti meu saquinho doer de tanto tesão reprimido. — Será que tem gente acordado aqui?
Ele olhou pra cima e falou
— A luz ta acesa, meu pai deve estar acordado, e a empregada levanta de vez em quando pra ver se está tudo certo.
Excelente, falei e tirei a camiseta, fiquei apenas de calça jeans pra ele
— O que foi? — Ele perguntou assustado
Empurrei ele no sofá e me ajoelhei
— Mostra esse monstro pra Gabi, mostra — Falei abrindo o ziper dele.
Ele entendeu o que eu queria
— Eu quero gozar dentro de você Gabi — Ele falou dengoso
— No meu bumbum amor? — Respondi fazendo biquinho e pegando o pau dele na mão
— Sim! — Ele falou já ofegante
— Mas você tem um pauzão amor, e sempre me arromba, eu gosto de fazer devagarinho e aqui vai ser rapidinho tá, só uma chupeta pra você mimir gostoso.
Ele não respondeu, eu puxei a cabeça do pau dele pra fora e dei um beijinho, sugando a ponta. Olhei para o pau e saiu muito liquido de dentro, ele estava com tesão.
— Hmmm, vai ser rápido aqui — Falei e coloquei o pau dele dentro da boca.
Era um pau grosso, largo, grande, quente, era gostoso de mamar e de lamber, mas dava um pouco de dor no maxilar se ficasse muito tempo. Acariciei as bolas e chupei bem gostoso punhetando ele rápido para que ele gozasse.
E em menos de cinco minutos ele começou a gemer e se contorcer
— Gabi, alguém pode ver, cuidado — Ele falou preocupado
— O Tesão é no perigo amor 
— É? — Ele falou entre gemidos
Resolvi testar algo que eu já suspeitava, eu punhetava devagar e chupava seu pau
— Já pensou se sua irmã entra aqui e pega a gente assim?
Ele só gemeu
— Acho que ela ia querer chupar você comigo
Ele gemeu e eu recebi uma jorrada no rosto, coloquei o pau todo dentro da boca. Foi só falar da irmã que ele começou a gozar descontrolado. Eu continuei punhetando ele e bebendo cada gota que saia daquele pau, sempre gozava muito mas eu estava virando especialista nisso, estava adorando, receber porra na minha boca me dava uma carga de energia e tesão inacreditável.
Ele terminou de gozar, e eu limpei  resto com a língua, me levantei e fui ao banheiro limpar meu rosto, quando eu voltei ele estava pronto, e envergonhado.
— O que foi amor, não foi bom? — Perguntei segurando no braço dele? — Fiz algo errado?
— Não, você foi perfeita — Ele falou já andando pra fora, mas estava distante
— Você não tá bem, me fala! — Insisti
— Vamos Gabi — Ele saiu me puxando
Entramos no carro e eu coloquei a mão no Câmbio quando ele foi engatar a marcha
— Amor, você ta com vergonha por que eu falei da Alicia quando você tava gozando
Vi o canto do seu lábio contorcer, ele não disse nada
— Querido, não tem problema ter tesão em ninguém, a gente pode tudo se formos honestos um com o outro tá.
Ele fez que sim com a cabeça
— Você tem muito tesão na sua irmã né? — Perguntei
— Sei lá — Ele respondeu sendo disperso
— Ela é linda e morre de tesão por você — Falei tirando a mão do Câmbio e deixando ele dirigir
— Como você sabe? — Ele perguntou
— É só ver como ela te olhar, ela tem ciumes de mim por que sabe que a gente transa, e ela queria transar com você — Falei sincera
— Que besteira Gabi, ela é minha irmã — Ele falou me repreendendo e levantando a voz.
— Você não usa esse tom de repreensão comigo hein, eu sei o que to falando
— Desculpa — Ele se desculpou
— Eu não sou hipócrita e jogo limpo com você, o que eu vejo aqui é um tesão escondido entre vocês dois, uma tensão, eu não sei como vocês não transaram na adolescência — pensei por um segundo — ou transaram?
— Não, não fizemos nada — ele falou prontamente.
Resolvi mudar de assunto e conversamos sobre outras coisas, ele me levou pro Harém.
Dei um beijo gostoso nele e saí, ele estava mais alegrinho. Entrei com minha chave e apenas algumas luzes do quintal estavam ligadas, a casa estava apagada. Entrei devagar, quando abri a porta do quarto principal senti um calor forte, a temperatura estava ajustada para quente. 
Do lado de fora fazia um friozinho mas lá dentro estava bem quente, olhei para a cama e todas estavam lá, haviam cobertores mas apenas Paulinha estava abraçada com o cobertor, todas estavam nuas.
Fui ao banheiro e tomei um banho, ninguém acordou, me sequei e fui me deitar, estava com muito sono, adormeci.

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Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.

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