Capítulo 93 – Cavalos
Os dias no hospital estavam tensos, Rosa começava a ceder e começava a falar palavras comigo mesmo eu querendo evitar não conseguia, tentei dar um gelo em Kelly mas também não consegui, as tentativas acabavam com ela me agarrando e me beijando.
Não estava fácil, em casa Cris me olhava com sorrisinhos maliciosos e Marjorie sempre mal humorada me deixava sempre a flor da pele. Isso sem falar no Fernando que sempre que me via perguntava \”Já resolveu as tretas?\”
Eu sabia que ia explodir e não aguentaria mais, estava trocando de roupas no consultório, eu não usava mais o vestiário com medo de encontrar Rosa e Kelly ao mesmo tempo quando bateram na porta
— Estou ocupada — Falei
Vi a maçaneta abaixar mas eu havia trancado
— Fernanda, preciso falar com você — Era a voz de Rosa
— O que você quer? — Perguntei com o coração na boca
— Quero falar com você, posso?
— Estou trocando de roupa, espera um pouco
Ela esperou, eu me vesti e saí, sempre olhando para os lados preocupada
— Fala! — Falei em tom seco mas sem ser grossa
— Vamos conversar, precisamos falar
— O que você quer falar Rosa, adianta pra mim o assunto
Eu tinha uma pontinha de medo que ela ia falar sobre a filha e no meu íntimo achei que ela poderia ser maquiavélica o suficiente para mandar a filha vir até mim, mas depois pensei bem e eliminei essa possibilidade mas mesmo assim ficava a pulga atrás da orelha, teria sido uma armadilha?
Rosa pegou minha mão e apertou
— Vamos, não quero brigar! — Falou manhosa
Soltei a mão dela
— Rosa, acabou, entende isso por favor — Falei dando um passo pra trás
— Não podemos ser nem amigas? — Ela sorriu e levantou uma sobrancelha, estava bonita, maquiagem bem feita, bem vestida sob o Jaleco
— Melhor não, você sabe — Falei olhando-a nos olhos — É melhor pra nós duas, sem sofrimento
— Você sofre por mim? — Ela perguntou
— Viu, eu não quero sequer falar disso, não faz bem.
Comecei a me afastar para ir embora, estava apertando minha bolsa de tão nervosa que estava.
— Posso te acompanhar até o elevador? — Rosa perguntou
Acenei que sim com a cabeça
— Pode — Fiz uma cara de pesar
Fomos em direção ao elevador e eu não queria dizer uma unica palavra
— Você ficou com a minha filha — Rosa falou quando chegamos ao Hall do elevador
Meu corpo gelou e eu tremi, senti uma dormência no corpo
— Co como é? — Gaguejei
— Minha filha, Kelly, você é a chefe de estágio de residência dela
Puxei o ar com dificuldade
— Ah, Kelly, sei, conheço, ela é toda pintada igual você — Falei sorrindo
— Sim, minha caçula — Ela falou animada
— Eu não sabia que você tinha uma filha tão nova assim, ela é inteligente e bonita como você
— Obrigada, nunca falei dela, você nunca perguntou, não queria saber nada da minha vida
Apertei o botão do elevador, e comecei a ficar nervosa.
A porta então se abriu e havia uma unica pessoa dentro do elevador, Kelly
— Oi mãe! — Ela acenou pra mãe e depois para mim — Oi Doutora
— Oi — Respondi seca
Entrei no elevador tremendo, Rosa desejou uma boa tarde a filha e deu as costas, a porta do elevador fechou e eu senti o suor correr por minha testa
— Você conhece a minha mãe? — Kelly perguntou
— Conheço, ela foi minha professora — Respondi seca
— Entendi — Kelly se aproximou — Você está linda
Senti a mão dela segurar minha cintura e falei em voz alta
— Sai de perto, estamos no trabalho!
— Desculpa — ela falou ao se afastar. — Você não quer mais ficar comigo né?
— Você é filha da Rosa, como você não falou isso pra mim antes? — Perguntei já bem nervosa
— O que tem eu ser filha dela? — Kelly perguntou
Virei os olhos
— Nada — Respondi
— Eu vou falar pra ela — Kelly se apressou
— Falar o que garota? — Tentei ser petulante
— Vou falar que sou lésbica, quero apresentar você pra ela como minha namorada
Olhei pra ela com a sobrancelha levantada
— O que? — Aumentei o tom de voz
— Minha ficante, minha amiga
— Eu não tenho nada haver com essa sua treta aí menina, isso é problema seu, não me envolve
— Você acha que eu devo falar? — Ela me perguntou
— Que você é sapata?
— É — Ela parecia insegura, e a porta se abriu
— Sei lá, fala se quiser, se não quiser não fala — Saí do elevador — É problema seu, não meu — Fui grossa de propósito.
Saí para o Térreo e ela ficou lá, a porta se fechou e olhei para trás para ter certeza, ela não veio atrás de mim.
Me sentei numa poltrona da recepção, abracei meus joelhos, minhas pernas pulavam involuntárias, eu estava a beira de um ataque de nervos, eu precisava de um medicamento, não queria pegar para mim no hospital para ninguém saber do que eu estava passando.
Atravessei a rua e fui a farmácia. Pedi um medicamento forte, tarja preta que me faria dormir e me acalmaria
— Senhora, esse medicamento precisa de receita, e a receita fica retida
Eu olhei distraída para o farmacêutico
— Ah sim — Coloquei minha bolsa no balcão, tirei um talão com meu nome e nome do hospital e escrevi o nome do remédio, peguei o carimbo na minha bolsa, bati no papel e depois assinei.
Ele me olhou estranho, como se eu fosse uma viciada
— Ok, Dra Fernanda — Me deu o medicamento, paguei e saí.
Cheguei em casa e fui direto pra cozinha, tomei o comprimido e me dirigi ao quarto, um banho quente e uma cama me faria tombar até no dia seguinte
— Oi Morena — Ouvi alguém falar quando passei
Olhei em volta e vi Cris e mais ninguém
— Oi
Me aproximei para cumprimentá-la no rosto e ela me deu um beijo nos lábios, a lingua dela tocou meus dentes
Virei meu rosto
— Não faz isso, por favor — Reclamei
— O que foi, repensou e chegou a conclusão que eu fui péssima?
— Fala mais baixo por favor!
— Só tá você e eu aqui, relaxa
Sai andando e fui ao meu quarto, ela veio atrás.
— Eu amei transar com você, foi maravilhoso mas eu não to bem.
Ela se aproximou
— Quer conversar? Fala comigo o que você tem — Ela acariciou meu rosto e me olhou nos olhos, encarei aquelas bolas azuis brilhantes e respirei fundo
— Olha, eu até queria explicar, mas nem sei por onde começar
Me soltei dela e tirei minha blusa e depois calça, fiquei apenas de calcinha e sutiã, ela sorriu, eu não queria parecer sexy
— Vou tomar banho tá — Falei, e ela tomou ar para falar algo — Sozinha — Completei
Ela riu
— Ta bom sua chatona — Respondeu como deboche
Me virei para ir ao banheiro e ela agarrou minha bunda apertando em seguida foi embora fechando a porta.
Tomei um banho rápido, coloquei o ar condicionado em uma temperatura agradável e me deitei nua mesmo, peguei meu celular e encontrei Marjorie no aplicativo de mensagens
\”Má, eu não estou bem, não estou conseguindo dormir, tomei um remedinho e quando você chegar eu já estarei desmontada, não se preocupe, devo dormir até amanhã cedo. Te amo Fefe\”
Mandei a mensagem e fiquei navegando na internet até o sono bater, que foi rápido, ela não havia respondido ainda, larguei o celular e adormeci.
No inicio eu tinha consciência de que era um sonho mas depois passou a ser real
— Não, não Má — Fui atirada ao chão
Era meu namorado Marcelo, estávamos na fazenda da família ele, ele me jogou no chão com um monte de feno, ambos riamos apaixonados e, ele deitou por cima de mim e rolou me fazendo rodar e ficar por cima dele. Nos beijamos apaixonados.
Então me ajoelhei
— Vou cavalgar! — Topa?
Ele riu e começou a desabotoar a calça, era uma época onde eu ainda era mais inocente do que hoje, fiquei envergonhada
— Não, no cavalo de verdade! — Falei colocando a mão na boca envergonhada
Ele riu
— Eu sei! — Debochou de mim
Fomos em direção ao estábulo e escolhemos os cavalos, eu sempre pegava o mesmo, um todo negro co uma mancha branca no rosto.
Eu sempre achei os cavalos seres lindo, imponentes, grande, fortes e majestosos. Para mim eles são o ápice da beleza que a natureza pode construir e ainda são bem pacíficos, uma perfeição só.
Eu já havia aprendido a montar, Marjorie era apaixonada por cavalos e sempre montávamos juntas.
Fiz uma pequena competição com Marcelo para saltarmos obstáculos pequenos, o cavalo que eu estava parecia adorar, ele pulava muito mais alto do que o obstáculo em sim, ganhei fácil pois eu era muito mais leve.
Andamos a cavalo a tarde toda, e ficamos observando o por do Sol, quando os mosquitos começaram a nos encher o saco voltamos, guardamos os cavalos e demos água e comida.
Antes de sairmos do estábulo Marcelo me agarrou, levantou minha blusa e começou a mamar meus seios, era delicioso ser desejada por ele, as vezes eu pensava que ele era muito autoritário mas eu adorava receber ordens
— Fica aqui — Ele falou com um sorriso nos lábios.
Foi até a parte de fora e viu se tinha alguém, voltou segundos depois
— Tira toda a roupa pra mim — Ele mandou
— Ta louco Má, aqui não!
— Estou mandando, vamos!
— Não, vai aparecer alguém
Ele pegou um chicote daqueles de Joker e se aproximou de mim, me virou de costas e bateu na minha bunda
— Anda, tira a roupa! — Ordenou
— Não Má, tenho medo
— Não vai aparecer ninguém, confia em mim — Ele falou
— Ai meu deus
Ele bateu novamente, agora na minha coxa
— Para com isso! — Falei!
— Tira, logo
Levantei a blusa e me virei de costas pra ele, tirei devagar, fazendo charminho, quando me virei apenas de sutiã ele estava com o pau para fora se masturbando
— Anda, continua
Achei um pouco estranho mas continuei, desabotoei a calça e empinei a bunda, tirei-a como aquelas mulheres de filmes pornô, olhei para ele e ele se masturbava com vontade.
Tirei o sutiã ainda de costas e joguei para ele, ele pegou e cheirou, em seguida veio em minha direção, me abraçou por trás e arrancou a minha calcinha com força
— Má, o que é isso? — Me assustei com o movimento dele, me machucou um pouco e eu fiquei assustada.
Ele me puxou pela mão com violência e me colocou com a barriga encostada em uma madeira baixa da baia dos cavalos, eu fiquei apoiada nela e dobrada, na minha frente a parede. Ele passou a mão na minha bunda e deu uns beijos, então eu senti, uma chicotada forte
— Ai má! — Reclamei
— Se você ficar boazinha vai acabar rápido tá
— Ta bom — Falei submissa
Ele bateu outra vez, e eu gemia e reclamava da dor, percebi então que ele sentia prazer, um tesão verdadeiro com essa dor, senti então ele vindo atrás de mim e me segurando pela cintura. Passou o chicote nas minhas costas e bateu de leve
— Aí dói! — Reclamei
Ele riu debochado
— Sei exatamente onde dói
Ele ergueu meu corpo, era bem mais alto que eu, minhas pernas ficaram suspensas e meus seios penduradas, ele acariciou meu corpo com as mãos apertando com força e me arranhando sem delicadeza alguma
Gemi de incomodo então senti o pau dele duro na porta da minha bucetinha
— Má, olha — eu ia avisar para ele tomar cuidado pois eu não estava lubrificada
Mas não houve chance, ele entrou em mim de uma vez completamente molhado, não foi totalmente desconfortável e eu acabei gostando, eu começou a meter em mim e foi bem gostoso. O Pau dele era cumprido e grosso, pesado e duro.
Meus peitos balançavam e eu os agarrava apertando os biquinhos, era bem gostoso, olhei para a parede e vi umas manchas, estiquei a mão, era perto, dava para alcançar.
Estava escrito \”Má e Má Para sempre\” dentro de um coração todo tremido, no momento não dei muita bola para aquilo pois ele estava me enrabando com vontade, como um macho fazia e eu estava amando, acabei gozando no pau antes dele.
Quando ele terminou, gozou nas minhas pernas e se sentou num banquinho, ficou olhando para baixo pensativo, vesti minha roupa e sentei ao lado dele
— Ta tudo bem? — Perguntei preocupada
— Ta sim — Ele parecia distante
Tomou ar e me olhou sorrindo, mas era um sorriso falso, melancólico
— Vamos — Se aproximou e me deu um beijo.
Pegamos a moto dele e fomos para casa. Chegando lá tivemos que responder o interrogatório da Marjorie, a irmã gêmea dele, foram muitas perguntas e ela tinha um ciume doentio do irmão, mas estava cada vez mais afeiçoada a mim.
Ali estava muita gente da família dele e eu não poderia dormir com ele, dormiria aquela noite no quarto de Marjorie, a irmã.
Jantamos em família e foi super animado, Marcelo sentado entre Marjorie e eu, fazia pouco tempo que estava de férias ali com eles e Marjorie realmente era grudenta, até um pouco estranha para falar a verdade.
As pessoas se levantaram e ficamos sós na mesa.
Marjorie ligou uma musica e começou a dançar na sala com umas primas menores, dançando e pulando, achei engraçado e olhei para Marcelo, ele olhava fixamente para a irmã, sem piscar
— Tudo bem aí? — Perguntei preocupada
— Sim, ta bem — Ele bebeu um gole de refrigerante.
— Você tá distante esses dias, o que foi?
— Você pode me prometer uma coisa? — Ele se virou para mim com a cadeira — Prometer de verdade
— Claro, o que é? — Respondi
— Não, não assim, a situação é a seguinte, eu tenho a Marjorie e ela é minha — Ele parou a frase nesse ponto
— Sua irmã? — Perguntei
— Enfim — Ele continuou — Ela gosta de você e confia em você, quero que você me prometa que se acontecer algo comigo um dia você vai cuidar dela
— Como assim, acontecer algo, o que ta acontecendo? — Comecei a ficar desesperada
— Calma, calma, não ta acontecendo nada, só estou falando com você, é algo pro futuro um plano
— Que plano idiota, o que aconteceria com você? — Perguntei brava
— Por favor, pode cuidar dela? Ser a pessoa que ela precisa pra tudo? — Ele falou me olhando nos olhos
— Ta, posso, mas isso não vai acontecer, você vai ficar bem aqui comigo — Falei dando-lhe um beijo
Ele sorriu
— Obrigado
Conversamos e brincamos de baralho e domino até quase de madrugada, na hora de dormir, fiquei no quarto de Marjorie quando começou uma chuva.
Eu queria dormir no chão ou em outra cama mas Marjorie insistiu em dormirmos juntas, quando a chuva apertou eu estava sonolenta e percebi que ela puxou meu braço com força
— Má, ta tudo bem? — Perguntei com sono
— Não! — Ela respondeu
— O que houve? — Perguntei me virando para ela
— A chuva vai me pegar
Me sentei na cama, estava realmente forte
— A chuva não vai te pegar, deixa de ser boba! — Falei
— Eu não sou boba, os raios vem atrás de mim
Ao fundo, ao longe um trovão fraco
Ela tremeu
— Aí! ta vindo, me ajuda por favor!
Abracei ela
— Fica comigo, não vai acontecer nada com você, eu prometo
— Ta bom
Os raios se intensificaram, eram cada vez mais fortes, achei que Marcelo viria mas não veio, Marjorie tremia e choramingava, quando o barulho diminuiu ela adormeceu com o rosto nos meus seios, e eu adormeci em seguida.
Durante a noite, eu estava muito cansada e sonolenta então senti algo nas minhas pernas, minha calcinha estava abaixada e Marjorie lambia meu grelho
— Má, o que é isso!? — Empurrei-a assustada
Mas quando acendo a luz vi ela no lugar dela deitava quieta, eu não sabia se ela estava fingindo ou se eu estava sonhando, minha buceta estava molhada e eu com tesão.
Fiquei assustada, mas não sabia de verdade. Me levantei e peguei um shortinho jeans, coloquei e voltei pra cama.
Me deitei e senti um calor no rosto minha visão começou a ficar clara e eu adormeci
— Acorda, Cinderela! — Era a Voz de Marjorie
Abri os olhos e havia um raio de sol no meu rosto, eu estava de volta ao meu quarto no Harém
— Oi Má — Me espreguicei — Tudo bem?
— Me diz você, parecia que você tinha morrido, fiquei preocupada
— Leu minha mensagem? — Perguntei me levantando
— Li sim, mas tava preocupada, não faz mais isso ta.
— Ta bom — Respondi sem dar importância
— O que está acontecendo, por que você ta tomando remédio para dormir, o que está acontecendo?
— Ah, muito plantão amor, vi umas crianças queimadas e quebradas de um acidente, fiquei mal.
— Que horror! — Marjorie falou
— É, péssimo — Levantei e fui ao banheiro
Tomei banho com Marjorie e nos ensaboamos, nos tocamos rápido e saímos.
Peguei meu celular e tinha uma mensagem da Rosa
\”Você já conheceu minha filha né? Quero falar com você!\”
Fechei os olhos e coloquei as duas mãos no rosto, tive vontade de tomar toda a caixa de remédios de uma só vez. Peguei a caixa e abri todos, joguei-os no vaso sanitário e dei descarga
— Se fuder, porra de remédio pra dormir!
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