Diário de Rafaela 1 – Capítulo 13 — Dia seguinte

Diário de Rafaela 1 – Capítulo 13 — Dia seguinte

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— Rafa, acorda, precisa ir à delegacia hoje — Rose cutucou Rafaela na cama 

 — Não mãe, eu quero dormir, tô cansada — Rafa resmungou

 — E você vai ficar cada dia mais cansada, confie em mim, já passei por isso duas vezes — respondeu abrindo as cortinas fazendo Rafaela receber o sol no rosto e se contorcer simulando queimaduras na pele de um vampiro, fazia barulhinhos de queimado com a boca para fazer a mãe rir — Deixa de bobagem — Rose falou animada já próxima à porta — Estão te esperando já

 — Quem? — Rafaela falou, mas a mãe já havia saído

 Sentou-se na cama, usava um pijama de moletom, comportado, resolveu matar a curiosidade, devia ser um policial ou algo do tipo, provavelmente teria uma escolta, mas quando desceu viu uma cena na mesa que a surpreendeu.

 Carlinhos conversava com seu pai e mãe normalmente enquanto tomavam café, quando Carlinhos viu Rafaela ele sorriu e acenou

 — Aí está a dorminhoca! — Falou sorridente — Vem cá me dar um beijo

 Aquilo parecia surreal demais para estar acontecendo, Rafaela se perguntou se havia dormido mais de um dia, se aquilo era real de verdade

 Se aproximou e Carlinhos se levantou dando-lhe um beijo nos lábios sem que ela pudesse reagir, estava lenta

 — Senta filha, toma um café, você precisa se alimentar bem — Marcelo falou apontando a cadeira

 Ela se sentou, os cabelos não estavam arrumados apenas amarrados, olhou para a mãe e ela comia tranquilamente um pão e já usava suas costumeiras luvas para esconder as mãos que ela considerava feia.

 Conversaram sobre algumas coisas, Marcel falou do trabalho na empresa, Carlinhos do hospital, Rafaela observou por vários minutos, pareciam ignorá-la, comeu um pedaço de pão, então ela interrompeu

— Gente, isso está surreal de mais — O que está acontecendo? — Perguntou olhando pra mãe

— Nada filha, estamos falando — Rose respondeu simplória

— Pode ser que eu seja meio careta, mas esse lance de vocês já terem transado — Apontou para Carlinhos e para a sua mãe — É muito estranho

Viu o rosto do pai parecer surpreso

— Oh — Ele respondeu — Então você sabe também

— Desculpe, não tivemos tempo de falar sobre isso ainda — Carlinhos falou se dirigindo à Marcel

— Entendo — Ele falou — Você acha que eu sou uma pessoa menor por isso Rafa?

Ela sacudiu a cabeça negativamente

— Não pai, não foi isso que eu quis dizer, eu só sei o que aconteceu

— Você sabe o que aconteceu mecanicamente, certo? Sexo — Ele falou algo obvio

— Tem mais? — Rafaela perguntou achando a conversa bizarra

— O Sexo é só parte do relacionamento filha, as pessoas não têm donos e podem se divertir — Ele se levantou e pegou sua maleta — A única coisa que conta é o amor e o respeito

Passou pela filha e colocou a mão no ombro dela, não deu o beijo e o abraço costumeiro, Rafaela agradeceu mentalmente, sentia-se estranha com aquele papo

— Preciso ir, bom dia a todos — Marcel falou saindo porta a fora.

Rafaela o acompanhou com os olhos, devagar e voltou para Carlinhos

— O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou severa

— Vim para irmos à polícia, sua mãe me falou, vou te acompanhar já que ela não pode

Rafaela olhou para a mãe que ainda tomava café em silêncio, aguardou algum comentário e desistiu

— Vou me trocar — Falou se levantando e indo para o quarto, parou no meio da escada e falou num tom alto — Devo me preocupar com vocês dois juntos?

— De jeito nenhum Rafa — Rose falou — Não vamos fazer nada.

Rafaela continuou a subir as escadas e foi tomar um banho, ouviu um barulho no seu quarto poucos minutos depois de entrar no banho, saiu do box e olhou pela porta entreaberta, Carlinhos estava no seu quarto lendo os bilhetes do mural de recados

Voltou ao chuveiro e se apressou, terminou rápido e saiu com a toalha enrolada no corpo, assim que entrou no quarto ele a viu

— Bom dia, minha rainha! — Ele falou sorridente se aproximando

Deu um beijo nos lábios dela, Rafaela correspondeu, não queria ser dura, não queria dificultar as coisas mais ainda.

Parou em frente guarda-roupas para escolher o que vestiria, mas não estava olhando de verdade, estava incomodada com os últimos acontecimentos, resolveu então pegar uma blusinha preta de alcinha bem fina e ao mesmo tempo testar Carlinhos.

— Sabe,  ontem eu transei depois que você saiu— Ela falou parecendo desinteressada

Ele franziu a testa

— Com quem? — Carlinhos perguntou incomodado.

— Com meu ex-namorado, fui na casa dele ali na esquina pegar umas coisas e rolou — ela falou vestindo a blusinha sem sutiã mesmo — Mas foi com camisinha e não dei beijo, essa é sua regra né?

— Entendi, sua mãe falou isso pra você certo? — Ele perguntou

— Sim, te incomoda? — Rafaela quis causar incômodo

— Se foi bom pra você eu fico contente — a resposta dele a surpreendeu — Só fico preocupado se você estiver apaixonada por ele

— E se eu estiver? — Rafaela perguntou enquanto colocava uma calcinha comportada sem remover a toalha, parecia se vestir em frente a um estranho — Queria provocar uma briga

— Se você estiver, peço que me avise, aí eu deixo você em paz — A resposta foi quase robótica.

Rafaela olhou para ele, indignada, queria ofender, estava magoada, queria atingir

— Corno manso — Ela falou irritada, tirou a toalha e ficou de calcinha e blusinha secando parte do cabelo, saiu andando pelo quarto.

Carlinhos se sentou e bateu na cadeira do escritório

— Senta aqui, vamos conversar — Ele foi amigável

Rafaela gostava dele, estava brava, não queria realmente magoá-lo.

Sentou-se no banco e olhou para ele com uma cara Blasé, ele então começou a falar

— Peço desculpas por ter deixado você descobrir isso do jeito que aconteceu. — Arrumou o próprio cabelo grisalho ao falar.

— Que mais segredos você guarda de mim? Se tiver mais, fala logo por que eu já coloco no bolo de decisões que eu tenho que tomar — Rafaela falou parecendo petulante

— Eu transei com a sua mãe sim! — Ele falou

— Isso eu entendi Carlos, até demais do que eu queria entender, quero saber até onde isso chegou, foi só sexo? Ou se nessa regra maluca de vocês o sexo era sem camisinha? Por que vocês estavam apaixonados — Rafaela o encarou severa

— No começo, com sua mãe, foi algo carnal, ela era bonita, jovem e eu um médico bem-sucedido, ela saciava meu desejo por uma ninfetinha jovem e eu o desejo dela por um homem maduro e bem-sucedido — Carlos respondeu sincero

Rafaela observava e ouvia atenta cada palavra, se controlando.

— Conforme o tempo foi passando, o que era apenas sexo evoluiu para amizade e depois para uma paixão avassaladora — Carlos continuou

— Avassaladora? — Rafaela focou nessa palavra — Isso é grande assim ou você está exagerando? O que é avassalador pra você? — a pergunta era direta

— Um pouco antes de descobrirmos que sua mãe estava grávida de você estávamos planejando ficar juntos, seu pai até tinha uma flexibilidade quanto a isso, não seria um problema, mas a minha esposa na época era totalmente contra ela queria que eu parasse de ver sua mãe, por que sabia que eu estava entregue.

Rafaela observava ofegante a reação nostálgica de Carlinhos ao contar a história.

— Meu pai aceitaria minha mãe ir embora com você? — Ela perguntou tentando entender

— Não, não ir embora, ele me aceitaria como um membro da mesma família, como um outro marido, viveríamos os três como um casal de três. — Carlinhos afirmou

— Um trisal? — Rafaela falou achando ter inventado uma palavra

Carlinhos sorriu

— Isso, um trisal! — Carlinhos respondeu bem-humorado

— Se sua esposa impedia, por que quando ela morreu vocês não fizeram? —  Rafaela questionou

Carlinhos respeitou fundo

— Seu irmão estava grande e você também, aí já era mais complicado — Fez uma pausa — E as coisas mudam 

Rafaela não sabia o que dizer, pensou um pouco

— Tudo bem aí? — A mãe, Rose, bateu na porta e entrou — Estou atrapalhando?

— Mãe — Rafaela a chamou — Senta aqui

Rose fez uma cara pouco amistosa, mas se sentou sem pestanejar.

— Você ainda o ama né? — Rafaela perguntou sendo direta

— Ah Rafa, por favor né — Rose falou revirando os olhos.

Rafaela segurou as mãos da mãe

— Mãe, eu não tô brava nem brincando, quero só entender para que as coisas voltem para o seu devido lugar. — Rafaela acariciava a mão da mãe — O que eu entenda o meu lugar nisso tudo.

— Não importa Rafa, tem coisa que passa e fica no passado, eu gosto do Carlinhos sim, te falei, mas sinto que meu tempo com ele já passou, agora é o seu tempo não o meu. — Rose respondeu sensata

Os três se entreolharam em silêncio por alguns segundos e Rose continuou

— Vocês decidiram o que vão fazer? Como vai ser com o bebê? Não estamos falando disso, mas deveríamos.

— Eu fiz um acordo com o Carlos mãe, vamos ficar juntos sim — Rafaela falou levantando-se para pegar uma calça — O que me preocupa é se vocês vão estar com algo

— Com algo como? — Carlinhos perguntou

— Para ser mais direta, eu quero saber se vocês vão meter quando eu não estiver

— Você podia ao menos respeitar sua própria mãe né — Rose falou magoada — Eu não sou uma cadela no cio, você interpretou errado

— Não foi isso que eu quis dizer mãe — Rafaela pensou um pouco — Desculpa, eu te entendo, mas o que eu quero dizer é que tudo bem vocês meterem, desde que eu fique sabendo, por que ele é meu namorado

— Rafa — Rose se levantou, esquece nisso, ao menos por hora, vamos resolver os problemas que temos antes, polícia, bebê

— Tá bom mãe, mas eu quero saber de uma coisa — Rafaela falou também se levantando — A última, prometo

— Pode perguntar — Rose respondeu olhando pra filha — Mas eu quero saber uma coisa também

— Justo — Rafaela falou — Quando vocês transaram ou ficaram pela última vez? 

Rose olhou para Carlos e ele disse

— Uma semana antes de eu te encontrar Rafa, no restaurante há alguns meses, eu chamei a sua mãe para um café e acabamos — Ele pensou um pouco — Como vocês dizem hoje, ficamos.

— Ficaram como, beijos? Só? — Rafaela perguntou curiosa

— Não Rafa — Rose respondeu — A gente transou, mas foi um erro

— Naquele quarto lá do hotel né? — Rafaela perguntou

— Sim, no mesmo quarto — Carlos respondeu

— Quando foi a sua primeira vez Rafa? — Rose perguntou sem pestanejar.

— Minha primeira vez? Com o Carlinhos?

Rafaela lembrou-se

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Anos antes

— Tchau mãe, vou pra escola — Rafaela desceu as escadas e encontrou os pais conversando com um homem que já havia visto antes, era Carlinhos, o médico que cuidava do problema da mãe.

— Filha, o Carlinhos está indo para o mesmo lado que o seu, ele te leva! — O pai de Rafaela falou

— Ah — Rafaela respondeu surpresa e envergonhada — Está bom pai

Carlinhos se levantou e se aproximou e Rafaela, deu um beijo na bochecha dela e a elogiou

— Você deve ser a menina mais bonita que existe hein, está cada dia mais incrível

Rafaela usava uma calça azul justa com tiras amarelas na laterais, uma camiseta branca com o logo triangular Azul no peito, era o uniforme padrão. Seus cabelos estavam alisados, escorridos até o meio das costas, no pé usava um tênis branco com detalhes rosados. O Colégio particular que ela estudava tinha uma certa rigidez nas vestimentas e permitia pequenos adornos e maquiagem leve, tanto que Rafaela usava brincos delicados de estrelinhas um leve lápis no olho e também uma base nos lábios

— Obrigada! — Ela respondeu satisfeita

Na porta de casa ela viu o carro de Carlos, era um esportivo vermelho baixinho

— Uau! — Ela falou admirada — Que carro lindo, é seu? — Ela perguntou passando a mão no caput

— Sim, é meu, você gosta? — Carlinhos perguntou

— Sim é incrível! — Rafaela parecia hipnotizada — Vamos nele?

— Sim, vamos nele — Carlinhos apertou o botão e as luzes piscaram, em seguida a porta do passageiro se abriu deixando Rafaela boba

Ela entrou no carro rápido e sentou-se no banco

— Que incrível aqui dentro — Ela falou enquanto Carlinhos fazia o motor roncar

Ele arrancou fazendo-a colar no banco, ela riu animada

— Uooooowwwww — Gritou divertida

Carlinhos riu

— Você já tem carta? — Perguntou para ela

— Carta? — Rafaela perguntou sem entender

— Habilitação, Carta para dirigir carro — Carlinhos respondeu simplório

— Ah, não, eu não posso dirigir ainda, mas quero muito — Rafaela falou ansiosa

— Não tem ainda? Quantos anos você tem gatinha? — Ele perguntou tendencioso

— Eu tenho quinze anos, mas faço dezesseis mês que vem — Ela respondeu animada

— Nossa? Jurava que você já tinha dezoito, talvez dezenove! — Ele respondeu sedutor

— Sério? — Rafaela perguntou animada — Eu pareço mais velha?

— Claro, com esse corpão que você tem, você é alta e é linda! — respondeu também animado

Rafaela corou, ficou contente em saber que já parecia uma mulher e não uma criança

— Chegamos — Carlinhos falou parando o carro em frente ao colégio

— Nossa, já, viemos muito rápido, adorei esse carro! — ela falou ainda eufórica

— Fico contente que tenha gostado, posso te levar para dirigi-lo se quiser — Carlinhos falou num tom sério

— Jura? eu posso dirigir? Seria o máximo! — Respondeu sorridente

— Sim, claro, uma mulher como você tem que aprender a dirigir, que horas você sai? — Normalmente as 14:00 eu posso sair, mas hoje eu tenho educação física e saio as 16:00

— Tudo bem, está no meu horário, te pego aqui as 16:00 pode ser? — Carlinhos perguntou

— Siiiiiimmm — Ela respondeu abraçando o fichário e pegando a mochila — Obrigada!

Rafaela se inclinou para dar um beijo em Carlinhos e estava atrapalhada, acabou dando um beijinho no canto da boca dele, ficou envergonhada e saiu rápido do carro.

As outras meninas viram ela saindo do carro animada e ficaram fazendo milhões de perguntas, Guilherme seu ficante ficou com ciúmes, disse que seu pai também tinha um carro e podia emprestar para ele sair com Rafaela, ela apenas revirou os olhos para ele, sabia que ele não conseguiria pegar um carro.

As 16:00 Rafaela saiu da educação física com o material na mochila e segurando o fichário, agora usava uma roupa diferente, estava com uma regata com o logo do colégio e um shortinho azul claro, até os joelhos, mas bem justinho, quase obsceno.

Avisou o carro chegando junto com a saída dela, acenou e correu para ele, a porta se abriu

— Oi Carlinhos! — ela respondeu animada entrando no carro.

Eles se cumprimentaram com um beijo na bochecha, Rafaela estava envergonhada.

Ela já conhecia Carlos há alguns anos, era amiga da filha dele, haviam estudado juntas num curso de inglês, apesar de serem relativamente amigas, elas sempre estavam em atrito justamente por Carlinhos, Rafaela havia comentado que achava-o bonito e causou um enorme ciúmes nas filhas, usava isso para irritá-la quando queria.

Carlinhos entrou num estacionamento, as luzes estavam apagadas, um homem saiu da cancela e abriu o portão e voltou para a cabine.

O lugar era amplo e asfaltado, havia maquinas paradas de um lado e vagas delimitadas no chão

— Que lugar é esse? — Rafaela perguntou preocupada

— É um terreno da minha família, vamos reformar e refazer o estacionamento com mais andares, um prédio, então aqui tem espaço para você aprender

— Tá bom — ela respondeu animada

— Agora me fala, o que você sabe sobe dirigir? — Carlinhos perguntou

Rafaela corou

— Eu sei que o volante controla e você acelera — Respondeu inocente

Carlinhos sorriu

— Certo, então acho melhor você vir aqui primeiro — Bateu na própria perna

— No seu colo? — ela perguntou pensativa

— Sim, o carro é muito forte, preciso te ensinar o mínimo se não pode dar algum acidente, ok? — Ele perguntou

Rafaela pensou um pouco, olhou para ele e seu coração bateu rápido, achava-o bonito, carinhoso, mesmo sendo nova já havia pensado em ficar com ele como ficava com os meninos da escola, era curiosa para saber como era ficar com alguém diferente de um garoto.

Ela soltou o cinto e se ajoelhou no banco, desajeitada, passou a perna por cima do câmbio indo par ao colo dele, sentou-se de lado mas ele a posicionou, fez ela sentar de costas pra ele com a coxa dele no meio da pernas dela.

Rafaela ficou sentada olhando para frente.

Ele começou a ensiná-la, marcha, embreagem, volante, ele começou a acelerar para ela, deram algumas voltas com ela passando a Marcha e pisando na embreagem e também dirigindo o carro para lá e para cá.

Ela adorou, dava gritinhos de alegria e pulava na coxa de Carlinhos deixando-o extremamente excitado até que pararam depois de mais de uma hora

— Acho que agora chega né mocinha? — Ele falou relutante, não queria que aquilo parasse, o cheiro da menina era maravilhoso, o corpo dela era quente e suave — Te levo pra casa

— Ah não! — Ela falou desanimada, colocou as duas mãos no joelho dele e rebolou devagar para frente e para trás na coxa dele falando — Vamos andar mais, eu gostei!

Carlinhos não sabia, mas Rafaela estava esfregando a buceta de propósito na coxa dele, estava excitada

— Precisamos ir, podemos fazer mais depois, prometo! — Ele falou não demonstrando interesse

— Tá bom — Ela respondeu desanimada, devagar levantou a perna e virou-se para ir ao seu lugar, mas ao invés disso deslizou para o colo dele, sentando-se de lado, com as pernas no banco do passageiro, deu um abraço nele beijando seu pescoço — Obrigada, adorei!

O corpo de Carlinhos se arrepiou, não tinha como não tem tesão naquela menina

— Ah, desculpa — Ela falou sem jeito, eu estou suada, preciso tomar um banho desculpe — Se esforçou para sair do colo dele

Carlinhos a puxou para ela 

— Deixa eu sentir o cheiro — Cheiro o pescoço dela, estava suada — O cheiro está maravilhoso, é seu perfume

Agarrou a coxa da garota enquanto falava e a cintura quase apertando a bunda

Ela olhou para ele sorridente e se aproximou, dando um beijo nos lábios dele, era curiosa, fazia tempo que pensava que aquilo podia acontecer, se estivesse interpretando certo os sinais, aquele coroa charmoso estava dando bola para ela

Assim que o beijo se desfez ela o observou assustada

Ele sorriu

— Que beijo gostoso — A resposta dele fez ela relaxar e o abraçar

— Adorei também, mais que dirigir — Ela falou acariciando o rosto dele

Carlinhos se surpreendeu, ela tornou-se carinhosa, como uma mulher experiente.

Rafaela até então só havia ficado com meninos da sua idade e feito algumas brincadeiras com um primo mais velho.

As mãos de Carlinhos deslizaram pelo corpo dela e ele apertou a bunda da garota, fazendo ela soltar o ar e tremer de tesão e nervoso, voltaram a se beijar, ele sentiu o corpo dela tremer, ficou preocupado

— Tudo bem? — ele falou parando o beijo, está tremendo? — Ele perguntou preocupado

— Sim, tudo — ela mentiu, estava nervosa, com tesão, mas era virgem, morria de medo de sua primeira vez ser ruim, adoraria que fosse com ele, mas tinha muito medo

— Que bom — ele respondeu e voltou a beijá-la

O Beijo era molhado, lento, as línguas se deram bem de primeira, era como se fosse um beijo conhecido e apaixonado, Rafaela gostava de chupar línguas dos homens, descobriu que homens mais velhos tinham uma língua mais grossa que dos adolescentes e gostou disso.

Gostou também de sentir o rosto áspero da barba por fazer roçando seu rosto liso e delicado, a brutalidade masculina adulta com sua experiência infantil

Uma das mãos de Carlinhos avançou por baixo da camiseta dela e tocou seu peito, com habilidade ele abaixou o sutiã e acariciou o bico a fazendo tremer ainda mais, a mesma mão deslizou e entrou no short dela, encontrou a calcinha e deslizou para dentro.

Rafaela segurou a mão dele, nervosa, trêmula

— Espera, espera! — Ela falou sabendo que ele era experiente, era um homem, já tinha filhos, já havia transado — Eu nunca fiz isso assim antes! — Ela falou assustada

— Você é virgem né? — Ele perguntou preocupado

— Sim, sou — Ela falou — Mas eu já sei bastante coisa!

Ele fez uma cara de decepção

— Tudo bem-querida, precisamos ir embora, vou te levar pra casa — Empurrou ela devagar para o banco do passageiro

— Não! — Ela falou abraçando-o — Quero dar pra você! — Ela falou procurando o beijo novamente e sendo correspondida — Eu sempre quis dar pra você primeiro!

As palavras dela o excitaram mais

— Aqui? — Ele perguntou confuso

— Não, aqui não, eu faço dezesseis daqui a duas semanas, no dia quinze. Você pode ser meu presente de aniversário, o que acha? — Ela perguntou alisando o rosto áspero dele — Você é tão bonito — ela completou

Ele sorriu

— Seu presente? — Carlinhos pensou no que ela dizia — Como assim?

— Sim, meu presente, ser meu primeiro, se você quiser né — Ela falou já insegura

— É claro que eu quero ser seu primeiro, seria uma honra, só não acho certo — Ele respondeu

— Por que não? — Rafaela perguntou frustrada

— É melhor você ter algo com alguém da sua idade e depois ir se conhecendo, se apaixonando e descobrindo juntos — Carlinhos falou

— Ah não, são muito imaturos, se eu transar pela primeira vez com alguém da minha escola, vai todo mundo ficar sabendo, e são… são — Ela pensou — Imaturos mesmo, eu não quero isso, quero alguém que saiba, que me mostre, que me ensine, eu quero que seja perfeito e sei que você pode fazer isso!

— Por que eu? — Carlinhos perguntou

— Porque você é bonito, é educado, gosta de mim, e eu tenho muito tesão em você! — Ela falou deslizando a mão e pegando no pau dele por cima da calça

— Entendi — Ele falou sentido o carinho dela no pau — Isso você já sabe fazer? — Ele perguntou sorridente

— O que? Punheta? — Ela perguntou

— É, isso você faz com seus coleguinhas? — Perguntou malicioso sentindo seu pau pulsar

— Sim, você quer? eu sei bater — Ela abriu o zíper — Bato gostoso! — falou satisfeita

— Bate para os meninos da escola é? — Ele falou ajudando a colocar o pau pra fora

— Não, não! — Ela respondeu rápido — Da escola não, ia todo mundo ficar sabendo, só pra meninos mais velhos e pros meus primos em minas

— Você parece bem safadinha hein — Ele beijou-a novamente e colocou o pau pra fora

— Puta merda! — Rafaela falou olhando para o pau dele parando o beijo

— O que foi? — Ele perguntou preocupado

— Isso é muito gigante — Ela pegou e puxou a cabeça para fora 

— Você gosta? — Ele perguntou

Ela estava ofegante

— Gosto, bastante! — Respondeu hipnotizada

 — Você já mama também? — Ele perguntou acariciando o cabelo liso dela

 — Eu já mamei uma vez, mas não foi legal, eu queria que fizesse parte da minha primeira vez — Ela falou séria

 — Então me mostra o que você sabe fazer gatinha! — Ele falou deslizando o banco para trás e se deitando

 Ela pegou o pau dele e observou, era grande comparado com suas mãos pequenas e finas, puxou a cabeça para fora novamente e depois fez voltar, repetiu o processo, viu que Carlinhos respirou fundo

 — Gostoso assim? — Ela perguntou

 — Maravilhoso — Ele respondeu

 Rafaela então fez o que sabia, voltou a punhetá-lo devagar e foi aumentando o ritmo, a cada movimento via o pau cada vez mais molhado, era diferente dos paus que experimentara antes, nunca alguém tão velho, os pelinhos eram bem aparados e grisalhos, achou engraçado e acelerou o ritmo, o pau estava muito molhado, e ela tentou fazer uma coisa, havia tentado uma vez e não havia dar certo.

 Puxou a cabeça para fora de novo e colocou a boca, sentiu o gosto salgado, não era muito bom mas quando sua língua tocou o liquido sentiu sua buceta molhar imediatamente e pulsar, abocanhou de vez e continuou a tentar masturbá-lo com a boca, do jeito que havia visto num filme pornô, sentiu que o líquido ficou mais volumoso e quente, o pau pulsou

“Vai vir agora!” — Ela pensou — “Ele vai se surpreender”

 Ela passou a mão no saco dele devagar e ele urrou, sentiu a boca se encher e o pau tremer, engoliu o liquido rápido, mas veio mais e ela engoliu de novo, mais e ela tentou, teve um leve engasgo e o liquido não parava, era cada vez mais volumoso e grosso, ela tentou engolir o que tinha na boca mas sentiu ânsia e vontade de tossir, tirou o pau da boca e recebeu um jato no rosto, começou a tossir, recebeu outro jato no pescoço e no peito

 Ficou tossindo com porra engasgada na garganta, colocou a mão na boca e saiu do carro correndo

 Carlinhos ficou no banco gozando e melando o painel o assoalho, o banco e as calças….

 Ouvia Rafaela tossir do lado de fora do carro, quando for sair a porta se abriu e ela entrou, temperando a garganta

 Estava com o rosto molhado, era sêmen, que escorria pelo corpo dela

 — Você está bem? — Ele perguntou passando a mão na coxa dela

 — Engasguei — Ela falou de forma quase infantil

 — Eu vi, sujou sua roupa — Ele falou preocupado

 — É eu vi, vim preparada já — Ela falou colocando a língua para fora e pegando sua mochila, tirou outra camiseta de dentro e tirou a que estava, limpou o rosto e a jogou dentro da mochila, por poucos segundos Carlinhos a viu de sutiã, era grande, comportado, branco com moranguinhos pequenos

 A visão fez ele se arrepender e se achar um aliciador, sua consciência doeu

 “Podia ser a minha filha, você é retardado?” — Ele pensou e ficou sério

 — Bem, vamos pra casa, vou te levar — ele falou sério

 Ela estranhou

 — Tá bom — Ela respondeu vestindo a camiseta

 Ficaram em silencio o trajeto todo, pararam na frente da casa dela

 — Pronto — Ele falou

 — Eu fiz algo errado? — Rafaela perguntou preocupada — Desculpa

 — Não, você não fez nada de errado, você foi perfeita — Ele falou

 — Então por que está chateado comigo? — Ela perguntou preocupada

 — Eu não sei Rafa, só preciso pensar — Ele falou — Falamos depois tá bom?

— Tá bom — Ela respondeu — Tchau — Se inclinou para um beijo nos lábios, mas ele deu a bochecha para ela beijar, ela fez isso, sabia quando era um fora, quando estava sendo dispensada

 Abriu a porta do carro e saiu entristecida

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 TRIIMM TRIIIIMM

 O telefone da casa tocou chamando a atenção de todos

 Rose se levantou atenta

 — Vou atender, depois a gente conversa. — Rose parou na porta, pensou um pouco enquanto ouvia a campainha — Carlos, pensando bem, acho que você é doente.

 — Doente? — Rafaela perguntou curiosa

 — Conta pra ela Carlos, na sua tara repentina em mulher grávida — Rose falou e saiu

 Rafaela olhou para Carlos e abiru o armário, não falou mais nada, pegou o tênis e o calçou. Quando estava pronta disse

 — Eu não quero mais falar de passado hoje, chega.

 Carlinhos concordou

 Rafaela e Carlinhos se prepararam e foram a delegacia.

 Na delegacia foram informados que Patrick foi liberado sob fiança e deveria ter se apresentado na delegacia há uma semana e não apareceu, procurado no endereço de conhecimento também não estava lá.

 Rafaela ouviu tudo como se fosse um filme, uma história distante, alguém contando algo que ela não fazia parte.

 O telefone tocou, era Amanda

 — Alô — Rafaela atendeu sem energia

 — Por que você fez isso comigo? — Amanda falou do outro lado, chorando — Você queria acabar com meu namoro, conseguiu então sua puta! — Amanda falou aos berros — Agora ele é seu, pode pegar

 — Eu não quero ele, enfia no cu! — Rafaela respondeu e antes de desligar o telefone ouviu

— Eu tô grávida sua vagabunda! — Amanda falou

 Rafaela desligou em seguida, estava no carro de Carlinhos, ele observava, ela se abaixou no banco e abraçou as coxas, sabia que não poderia fazer esse movimento em poucos meses quando a barriga crescesse.

 Muitas dificuldades, problemas e situações e o que ela conseguiu pensar arrancou um riso irônico dela mesma

“É uma epidemia de mulheres grávidas”

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Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.

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