É assim que eu me lembro 1 – Capítulo 08 – Desgraçados

É assim que eu me lembro 1 – Capítulo 08 – Desgraçados

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Voltamos para casa, tomamos uma ducha, nos vestimos e fomos almoçar em um restaurante próximo, ficamos umas 4 horas no restaurante, conversando, comendo e bebendo. Chegamos em casa no fim da tarde já exaustos, eu estava pronto para tirar um cochilo, entramos em casa com todos se arrastando e eu já anunciei logo “Estou indo para a cama, vou dormir um pouco” fui seguido de um coro de “eu também” Subimos a escada, Christiane e eu de mãos dadas, com Táta e Dani logo atrás. Rosana e Henry se aconchegaram no sofá mesmo. Christiane entrou no quarto e falou “Vou tomar um banho rápido” e se dirigiu ao banheiro de dentro do quatro, Dani me agarrou por trás me dando um forte abraço e disse baixinho “Eu queria mimi com você” eu segurei suas mãos e disse “Um dia a gente consegue fazer um bem bolado”, me soltei de suas mãos, me virei e dei um beijinho em seus lábios e  entrei no chuveiro com Christiane.

Tirei minha roupa para tomar banho junto com minha esposa, assim que abri o box eu a vi, se ensaboando de costas para mim, com sua pele branquinha avermelhada por causa do sol da manhã, o sabão escorria em

espumas pela extensão de suas costas e contornava toda sua pele, olhei entre suas pernas e consegui ver, por trás, o volume de sua bucetinha então ela disse “Amor? é você?” e eu confirmei que sim, não pude evitar uma ereção, meu pau ficou duro na hora e eu a abracei por trás e ela disse “Hmm, que gostoso, tava pensando no que?” e eu disse “Em nada, eu fiquei assim quando te vi aqui tomando banho” e ela disse sorrindo e fazendo um gesto com a mão para reverenciar um rei “Que honra” apertei meu pau e ele entrou todo de uma vez no meio de sua bundinha, tocando o cuzinho bem forte e ela reclamou “Cuidado ai ein, devagar”, eu peguei seus seios e forcei um pouco mais, ela se virou e me abraçou de frente, ainda estava toda lisa devido ao sabão em seu corpo, e falou “ai amor, eu to tão cansadinha, vamos dormir um pouquinho” eu me desanimei e disse para ela que estava tudo bem, terminamos de tomar banho e eu ainda estava de pau duro, mas fomos deitar assim mesmo, nus. Revirei na cama uns durante uns

40 minutos e percebi que Christiane  já dormia profundamente. Levantei, peguei a toalha e me cobri, fui em direção ao quarto de  Dani,  bati  na  porta  e  ninguém  abriu,

imaginei que estavam dormindo, abri a porta bem devagar e não vi ninguém, procurei no banheiro, que estava molhado, mas não vi ninguém. Dei uma rápida vasculhada na casa e encontrei apenas Rosana e Henry dormindo no sofá e uma garrafa de whisky no chão, os dois estavam cobertos por um lençol, não consegui ver direito, mas pareceu que estavam pelados, devem ter transado muito, bebido muito e caídos de cansaço.

Fui até lá fora e nada, me senti um pouco frustrado, aonde Dani e Táta poderiam ir, e sem me avisar? Pensei bem e cheguei a conclusão que ela era realmente livre, devia estar dando umas voltas na praia com Táta para paquerar um pouco, voltei para cama e tentei dormir, agarrei Christiane e colei meu corpo ao dela, então peguei no sono. Acordei com Táta batendo na porta do meu quarto de maneira muito brusca e rápida e gritava “Tio, tio” acordei assustado, olhei para a janela, já estava escuro, olhei para o relógio e Marcava 22:23, dormi muito, levantei correndo e abri a porta, sem me lembrar que estava Nu, do outro lado da porta estava Táta, suada e chorando eu perguntei “O que foi? O que aconteceu?” Christiane acordou também e

perguntou o que estava acontecendo então Táta falou “A tia Dani, ela saiu com uns caras, mas eu acho que eles vão matar ela Tio, eles pegaram ela pelo cabelo e levaram” tomei um choque, corri para o armário e vesti a primeira roupa que eu tinha visto, peguei Táta e joguei dentro do carro e fomos ao lugar aonde ela tinha dito que tudo tinha acontecido, procuramos e procuramos sem sucesso por uns 20 minutos, então meu telefone tocou, atendi sem ver quem era então Christiane falou “Amor, calma, a Dani voltou, vem pra casa” eu perguntei “Está tudo bem com ela?” e Christiane repetiu “Ela voltou, vem pra cá” e desligou o telefone. Acelerei o máximo que pude e parei o carro torto na calçada, entrei correndo e vi Dani sentada no sofá chorando no colo de Rosana que a consolava, cheguei perto e ela olhou para mim, estava com o olho direito roxo, na verdade estava mais para preto, devido a uma pancada, sua roupa estava toda rasgada e seu corpo cheio de arranhões.

Corri, me ajoelhei a sua frente e perguntei “O que houve?” ela olhou para mim, largou a irmã e se ajoelhou comigo no chão e me abraçou e falou algo chorando mais alto e

mais forte, ficamos ali abraçados uns segundos até ela se controlar mais, eu perguntei “Quebrou algo em você?” e ela fez que não com a cabeça, e olhou para baixo, eu peguei em seu queixo e levantei sua cabeça para olhar para ela, e percebi que tinham mais alguns arranhões em seu rosto, e havia sangue em seu cabelo, seu nariz estava escorrendo. Então eu perguntei “Eles te estupraram, foi isso?” e ela fez que não com a cabeça e completou aos soluços “Eu não deixei, eu corri, aí eles me bateram, e me jogaram na areia, e roubaram meu celular, falaram que viado tem que morrer” e recomeçou a chorar, mas agora ela berrava e socava meu peito com o punho, estava com um ódio que eu jamais havia visto, segurei seus pulsos e disse “Calma Dani, já passou” vamos para o hospital e depois fazer um B.O agora, vamos resolver isso, e ela ficou em silêncio, Christiane apareceu ao meu lado com um punhado de roupas folgadas e disse “Tó Linda, veste isso, vamos lá na polícia”, Dani pegou a roupa e Christiane a puxou para o banheiro que estava no Andar debaixo, fui ao meu quarto e lavei o rosto, estava assustado com o que tinha acontecido, desci em seguida e encontrei Dani já vestida, seu

rosto todo vermelho devido ao choro e aos machucados, Christiane com algumas gases e uma garrafinha na mão limpando o cabelo e os cortes nos braços e no rosto, algo para desinfetar.

Fomos ao carro e Dani andava vagarosamente e a cada passo fazia uma micro careta, algo devia estar doendo, Christiane guiou-a até o banco de trás e se sentou com ela. Falei para Rosana e Henry ficar em casa que eu iria ligar, Táta correu e pulou no banco da frente e disse “Eu vou com vocês”, não falei nada e fomos saindo, peguei avenida que margeia a praia e dava para ver diversas pessoas em quiosques, o transito estava um pouco carregado então andávamos devagar, então Táta arregalou os olhos e me cutucou “Tio, tio” e eu que me concentrava nos soluços de Dani e disse distraído “O que foi?” e ela se aproximou de mim e falou baixinho “ta vendo aqueles tres ali, dois de branco e um de vermelho?” e eu olhei e vi uma mesa com uns cinco ou seis caras sentados com duas mulheres e todos estavam conversando alegres e rindo muito, perguntei “To, o que tem?” e ela falou “Aqueles dois de branco e aquele de vermelho foi que pegaram

a tia Dani” meu coração bateu rápido, meu sangue ferveu e eu disse “Dani” e ela murmurou um “haam?” e eu disse “Foram aqueles caras ali que te bateram?” ela virou a cabeça para olhar e disse “Foi, foram eles mesmos” ficou olhando e disse “Foi o de vermelho, ele pegou meu celular” e completou assustada “Vamos embora, vamos chamar a polícia, corre, corre” mas eu estava em um estado em que fiquei poucas vezes na vida, sabe quando apenas o ódio e o terror te dominam, o universo todo esta para explodir na sua cara e o mundo vai cair quer você segure quer não? então nesse momento você adquire a calma total e atinge o nirvana.

Estacionei o carro quase em frente ao bar e Dani estava histérica “O que você vai fazer, eles vão te matar, vamos embora, pelo amor de Deus” e eu me virei e disse “Calma, vai ficar tudo bem, fiquem quietas” Christiane disse “Amor, vamos procurar um policial” eu nunca havia sido grosso com Christiane desde aquele dia então eu disse “Quieta porra, já falei” ela olhou para mim assustada, Táta se encolheu no banco do carro e ficou quieta. Sai do carro calmamente, peguei a chave para trocar o pneu e coloquei na parte de

trás da Calça, me aproximei da mesa dos caras, peguei meu celular e liguei para o número de Dani e fiquei aguardando, o celular tocou no bolso do cara de vermelho, o maior da mesa, ele tirou, olhou e desligou, insisti, ele tirava do bolso desligava, na quarta ligação ele atendeu “Fala caralho” e eu me aproximei da mesa e falei “Oi amor, gostou do celular que eu te dei?”, todos da mesa me olharam e o cara de vermelho se assustou, acho que não esperava ouvir a voz no celular e ao vivo ao mesmo tempo, ele se levantou e falou antes de estar em pé “O que foi cuzão?” eu tirei a chave da parte de trás da minha calça e batei com toda força no rosto dele, mas acertei o pescoço, ele cambaleou e colocou a mão direita no chão, eu pulei e o empurrei fazendo-o cair do calçadão até a praia, uma altura de uns 2 metros, vi quando ele bateu no chão e não se mexeu mais. Imediatamente senti uma pancada em minha perna que me fez cair e vi as mesas sendo jogadas para cima e as pessoas correndo, levantei e vi que um dos caras de branco me acertou com um taco de sinuca e quebrou-o em minha perna, levantei e levei um soco na cara, caí e na queda puxei uma das pernas do cara, o suficiente para

fazê-lo andar para trás para se equilibrar, levantei de novo e peguei uma mesa de ferro que tinha acabado de cair, o outro cara de branco veio para cima de mim, mas usei a mesa como escudo, entrei atrás dela e empurrei contra ele, ele tropeçou e caiu, pisei na sua barriga e no seu pescoço, machucando bastante e dei um chute em suas costelas, em seguida ouvi uns gritos finos, quando olhei vi uma cadeira voando, Christiane havia jogado no outro cara e Dani estava com um taco de sinuca, com a parte grossa tentando acertar o cara que se defendia com outra cadeira, Táta estava atrás de Christiane estática, Dani então  gritou “Estuprador, filho da puta”, Christiane falou alto “Ele tentou estuprar minha irmã” as pessoas que restaram no bar e na calçada apenas observavam mas mudaram a  expressão olhando para ele, o cara saiu correndo e passou pelo meio de Christiane e Dani e disparou pelo calçadão.

Me afastei do cara no chão e fui  correr, mas no meio do caminho fui derrubado por alguém, e cai de peito no chão, faltou pouco para não bater os dentes, a pessoa que me empurrou gritou “Parado aí,

perdeu, perdeu, mão pra trás”, colocou o joelho no meu pescoço e o peso do corpo todo em cima de mim, me algemou e disse “Fica quietinho ai, quietinho” olhei para o lado, Dani e Christiane estavam encostadas na parede enquanto a polícia falava com o cara no fundo do bar, ele apontava para mim e para Dani e Christiane, vi as luzes do giroflex da polícia e vi o policial calmamente algemar ele. Na seqüência o policial falou para mim “Ta mais calmo?” eu fiz que sim com a cabeça e ele falou “Levanta” e me ajudou a levantar,segurando o meu braço e disse “Sem gracinha ein” senti uma dor imensa em minha perna e tive que ficar equilibrado em um pé só, o policial me mandou encostar de frente na viatura e mandou eu ficar parado, foi ajudar o outro policial que estava algemado no chão e se debatia, xingava e dizia que era inocente, Christiane e Dani vieram para mim e perguntaram se estava tudo bem e eu sentia uma dor imensa em minha perna, mas disse que estava tudo bem, bem devagar eu olhei para o cara de vermelho que eu tinha jogado do calçadão, ele estava sentado com quatro pessoas em volta, uma delas um policial, tinha sangue na areia e ele estava com uma garrafa de água na mão. Notei nesse

momento que Táta vinha ao longe, achei estranho ela se afastar mas nada falei.

O policial me colocou na viatura junto com os dois sujeitos de branco e saiu. Assim que o policial saiu um dos caras falou “Nós vamos te matar seu viado do caralho, fica defendendo aquele viado lá, você vai ver” e eu disse “Vai matar porra nenhuma, você não é homem para isso” e olhei para frente fingindo ignorar ai o outro falou “Aqui é Vida Louca meu irmão, tá pensando o que?” eu disse eu disse “Além deu cuzão eu não sei mais o que você é” e ele disse “Ta pensando que eu to brincando né, tua hora tá marcada, fica esperto” e eu disse “Cala a boca cuzão” o policial voltou pra viatura e falou, “Não quero um pio das princesas ai, entenderam?” e não esperou resposta.

Seguimos para a delegacia, lá nos deixaram sentados numa salinha, demorou umas 3 horas até fazer o depoimento. O Delegado, Doutor Ivan, me perguntou o por que de eu ter agredido os caras, e eu expliquei para ele o que tinha acontecido e mostrei Dani com o olho preto e toda arranhada, os dois ainda estavam na sala e um deles falou “Seu delegado, é homem essa

porra!” e Dr. Ivan olhou para o rapaz, e para mim e Dani e perguntou bem baixinho “Verdade?” e eu confirmei com a cabeça, Dani olhou para o chão, ai ele levantou e falou de maneira ríspida para o cara “Levanta” e pegou ele pelo braço e disse “Fala de novo que eu não tava prestando atenção”, e ele falou “Doutor, não é mulher não, é um viado, é homem doutor”, o Dr. Ivan deu um tapa na cabeça dele e disse em um tom de voz elevado “Olha de novo e me fala o que você tá vendo ali” e apontou para Danielle, o cara olhou meio confuso e falou “To vendo um viado e o namorado dele”, então o policial que estava do lado bateu com tudo nas costelas do cara, o delegado falou com a voz tranqüila “Precisa melhorar a vista rapaz, e agora, o que você tá vendo ali” e ele disse “To vendo uma mulher, mas ela tem um pinto no meio das pernas, não é o que parece doutor” e delegado falou “Pereira, leva os dois lá pro fundo e mostra pra eles o que é respeito, faz o exame de vista neles” o que estava calado falou “É mulher doutor, é mulher” o outro cara começou a chorar e falou “É mulher doutor, é mulher, to vendo uma mulher” e o delegado disse “A visão melhorou, mas ainda não sabe o que é respeito”, nesse momento o

policial Pereira já estava grudado no braço deles, e os levou para os fundos e não se ouviu mais nada além de gritos abafados.

Passamos mais umas duas horas de depoimento, falei tudo que havia acontecido, inclusive que Dani havia morado no Canadá e havia se transformado,assim que terminei de falar, Dr. Ivan olhou para Dani e disse “Agora vamos tomar o seu depoimento menina, vamos, diga para mim o que fizeram com você, detalhadamente” então Dani olhou para mim e hesitou um pouco e o Delegado falou “Quer que ele saia?” e ela falou rápido “Não, ele pode ficar” e continuou “Eu tenho vergonha de falar para o senhor” e o delegado disse “Minha filha, se eu começar a te contas as histórias que eu já ouvi aqui você vai ficar de cabelo em pé, pode falar, comigo não tem crise, não vou te julgar, apenas fale”, abriu a gaveta e mostrou um Halls preto e disse “Pega um, é refrescante”, Dani pegou e guardou na mão, ele me ofereceu mas eu fiz um sinal de recusa com a mão, ela então começou “Voltamos da praia e fomos almoçar, comemos bem e depois voltamos para casa, ai todo mundo foi dormir e eu e minha sobrinha fomos dormir juntas, como

sempre fazemos, ai ela disse que queria dar uma volta na praia, fora do condomínio, para ver se paqueravam ou ficavam com alguém, e eu concordei, nos arrumamos e saímos, fomos até o barzinho próximo ficamos lá no balcão conversando, ai apareceu um rapaz grande de camiseta vermelha, esse ai que vocês pegaram, conversamos e chegaram mais dois amigos dele e perguntaram se não tínhamos mais uma amiga, eu disse que não e ficamos os cinco conversando, eu e o cara grandão, o Fábio, estávamos bebendo e ele me disse que atrás do barzinho tinha um lugar vazio pra gente dar um malho, eu fui e ficamos, nos beijamos, mas ele começou a querer tirar minha roupa, e eu não estava querendo deixar, ai ele mandou eu parar de frescura e abaixou minha blusinha tomara-que-caia deixando meus peitos para fora e começou a chupar forte, eu tentei sair e mandei ele sair, mas ele era muito grande e pesado, gritei por ajuda mas ninguém veio, então ele num movimento pegou minha calça e calcinha e abaixou até a canela e quando passou a mão entre minhas pernas ele me olhou e disse ‘Que porra é essa?’ e eu disse para ele me largar que eu era um menino, ele voltou a chupar e morder meus peitos e eu tentando

empurrar, então ele me deixou sair, eu me vesti e voltei para o bar para Chamar a minha sobrinha, e falei para ela vir comigo depressa, quando saímos do bar e andamos um pouco no calçadão, o Fábio veio e me pegou pelo cabelo, eu mandei ele me soltar e os dois amigos dele apareceram e me levaram para areia com minha sobrinha desesperada batendo neles e pedindo para eles soltarem, ai o grandão de vermelho empurrou minha sobrinha no chão e disse pra ela ir embora que eles iam me bater um pouco para eu aprender a ser homem, e que se ela chamasse a policia o bicho iria pegar para ela. Eu gritei pra ela correr, e ela correu, estávamos a dois quarteirões de casa e ela foi para casa avisar o pessoal, o Fábio me arrastou para o mar e eu fiquei com muito medo, achei que ele ia me matar” Dani começou a chorar, o delegado abriu a gaveta e pegou uma caixa de lenços, deu pra ela e ela continuou a falar “eles me jogaram na areia e começaram a me chutar e a rasgar minha roupa, um que tava de branco tirou a parte de cima da minha roupa e me deixou de topless e disse ‘Peitão gostoso ein, tem silicone, o traveco é madame’ eles riram de mim e o Fabio me deu um soco no olho e eu acho que desmaiei por

alguns minutos, quando acordei, eu estava de bruços no colo de um dos caras de branco, com as calças em minha canela, o tal do Fábio com o pau duro tentando meter em mim, só que acho que tava muito bêbado pra isso, eu empurrei ele com os pés e comecei a gritar para um grupo de pessoas que estavam no calçadão, um rapaz me olhou e pegou o celular para ligar para algum lugar, um deles falou ‘Fudeu, fudeu’ e os três saíram correndo, mas antes me jogaram na areia com força. Eu me vesti e voltei para casa, o rapaz do calçadão veio, e ligou para a policia, me ajudou a chegar até a porta de casa, mas disse que não queria se envolver, eu agradeci a ajuda e entrei em casa” e contou o resto da história que vocês já sabem.

Me espantei com o delegado, ele foi super gentil com Dani, eu esperava algo mais bruto, achei que teria que procurar a delegacia de mulheres, ele se levantou e veio até Dani, quase passou a mão no seu rosto, contornou sua face coma mão sem tocá-la, olhou os ferimentos e disse “Machucou muito?”, ele também já havia tomado o depoimento de Christiane e Táta e sabia exatamente o que tinha acontecido, ela fez

que sim com a cabeça e ele falou “Então você era homem?” e ela respondeu positivamente com a cabeça, ele deu uma volta na sala, colocou os braços em torno da cabeça, sentou-se e falou pausadamente “Filhinha, a sua condição é muito diferente, as pessoas tem muito preconceito com travestis, transexuais, seja o que for, as pessoas tem medo, ainda mais uma menina bonita como você. Tome muito cuidado, aqui não é o Canadá, eu já viajei para vários lugares, fui inclusive para o Canadá e sei que em países de primeiro mundo existe o respeito às suas opções, aqui não é assim, tome mais cuidado por favor” e ela disse “Eu vou tomar, obrigada” e ele falou “Agora vocês dois vão para o IML fazer o exame” Nesse momento chegou meu cunhado, Roberto Carlos, o pai de Táta, com o João Pedro, o irmão de Tânia que é advogado, ele conversou com Dr. Ivan de maneira animada, pareciam velhos amigos, e em menos de dez minutos saímos de lá.

Fomos para o IML mas umas duas horas de espera e depois fomos ao hospital, descobri que eu tinha uma fratura na perna, por isso doía muito e eu não conseguia pisar

direito, a pancada trincou o osso da minha canela, eu fiquei internado e Dani foi tratada e liberada, tinha vários ferimentos pelo corpo, mas nada muito grave.

Descobri que minha perna estava pior do que eu pensava, teria que fazer alguns exames e ficar de repouso com a perna imobilizada e tomando medicações por sete dias. Na primeira noite, ninguém pode ficar comigo, o hospital estava lotado, meu plano da direito à apartamento de internação mas não havia vagas, então fiquei na enfermaria com outros dois homens. No dia seguinte varias pessoas vieram me visitar, conversei com João Pedro o Advogado tio de Táta e ele me explicou que os caras estavam presos por que ele entrou com o processo de tentativa de estupro e homicídio, e que eu não seria preso pois era réu primário e que o juiz provavelmente iria considerar que eu saí em defesa da honra de Danielle, eu estava em desvantagem, o grandão que eu derrubei na areia estava bem, quebrou apenas um dedo na queda e saiu de ambulância do lugar.

João Pedro também me contou que ele já conhecia o delegado com quem falamos, Ele  e Dr. Ivan haviam estudaram juntos direito

anos atrás, já se conheciam a muitos anos, ele tinha um filho que era homossexual, e bateu muito no filho para que ele virasse “homem” acabou que aos 16 anos o filho fugiu de casa e foi para a rua se prostituir, foi preso diversas vezes, ficou viciado em drogas, Dr. Ivan o internou sete vezes em clínicas de reabilitação e o trouxe para morar em casa novamente, aceitando a sua condição de homossexualidade, desde que ele estivesse vivo, mas o atrito entre os dois foi constante e o relacionamento estava desgastado até que seu filho fugiu de casa novamente, seis meses depois foi morto por uma gangue de Playboys que matavam homossexuais nos arredores da cidade.

Conversei com Christiane que estava cuidando de tudo quanto é tipo de papel e procurando uma transferência para um apartamento de internação, falei com Táta e perguntei “Eu vi você voltando lá da praia quando o policial me prendeu, aonde você tinha ido? Ficou com medo?” e ela falou “Não tio, eu peguei a chave de roda do carro que tava com sangue e enterrei na areia para não incriminar o senhor” eu fiquei surpreso, passei a mão no rosto dela e disse “Garota

esperta” ela sorriu, Dani estava melhor, em apenas um dia o inchaço em seu olho havia mudado de cor, mas continuava grande. A noite, uma pessoa poderia ficar comigo, mas tinha que ser do sexo masculino pois haviam mais dois homens internados e mais dois homens acompanhando os internados, Dani logo se prontificou “Eu fico com você” e eu disse “Não Dani…” e fui interrompido por ela com uma tom que eu julguei de mágoa “Eu sou homem” eu sorri sem graça e disse “Tá bom, melhor mesmo” imagino o quão difícil foi para ela dizer que era um homem.

Eu já me sentia bem, só a perna que doía um pouco, mas ia melhorar tinha apenas que tomar os medicamentos, Dani voltou as 19:00 para passar a noite comigo, estava preparada, Ipod com fones de ouvido, três livros e um IPad, fora sua bolsa gigante que deve ter até um portal para outra dimensão. Ficamos jogando conversa fora, e ela me falando das coisas do Canadá e me agradeceu por eu ter defendido ela, e concordamos que ela não sairia mais assim sem ninguém saber e ela não confiaria mais tão depressa em alguém. Lá pelas 23:00 a enfermeira veio nos informar que liberaram um apartamento e

que eu poderia ir para lá, um enfermeiro grande veio e me colocou em uma maca, depois fomos até o quarto e ele e Dani me colocaram na cama, o cara ficou olhando  para Dani e perguntou “O que aconteceu com você?” ela falou “Tentaram me estuprar e meu cunhado aqui” apontando pra mim “Me defendeu” e o cara olhou pra mim e falou  “Ta certo cara, estuprador tem que morrer mesmo” foi saindo e falou “Estou indo embora, então até amanhã, melhoras para os dois”.

O Apartamento era excelente pois tinha uma caminha aonde Danielle dormiu, ela puxou a caminha e colocou ao lado de minha cama, e dormiu segurando minha mão. Pela manhã ela desceu para tomar café e os médicos passaram e falaram comigo, ela voltou um pouco maquiada e percebi que o inchaço já havia diminuído e que estava mascarado pela maquiagem, ela ficou do meu lado conversando e disse “Já já as visitas podem subir, uma meia hora para começar o horário” e eu disse “Que bom, ai você descansa um pouco” ela ficou mexendo na minha roupa de cama e levantou o lençol e viu meu pau que descansava de lado, abaixou

em seguida e disse “Você tá pelado” e riu, eu disse “Claro, no hospital todo mundo fica, no Canadá não” e ela disse “Fica sim” e riu de novo, ela olhou fixo para a porta e eu olhei também, então senti suas mãos macias e suaves em meu pau, olhei pra ela e disse “Não Dani, vai entrar alguém” e ela disse “Vai nada”, saiu do lado da cama e foi na porta, nosso quarto era o ultimo do corredor, ela olhou pelo corredor e disse “Tem ninguém”, voltou andando devagar e pegou meu pau de novo, me acendi rápido, fiquei com ele duro, ela começou a chupar enquanto me punhetava e eu falava “Para, sua louca” ela apenas ria e continuava, o telefone do quarto tocou, ela atendeu e continuou chupando minha rola e disse “Alo?” e em seguida “Oi Chris, estou aqui cuidando dele” e olhou para mim, lambendo meu pau “Sim, ele tá melhor, bem melhor” e colocava e tirava da boca, babando todo “Acordou revigorado hoje, tá animado até”, “ta bom, pode vir, estamos aqui, tchau” e continuou mamando e disse “Sua mulher tá subindo ai, vamos lá, goza rapidinho” e eu disse “Que gozar o que, sua doida” e ela disse “Em menos de um minuto ela tá ai, você vai explicar como o pau duro?” nesse momento

entra uma mulher na sala empurrando um carrinho e vê Dani com a mão embaixo do lençol e olha bem para meu pau duro e diz “Café da manhã”, Dani ficou sem graça e tirou a mão bem de vagar, minha ereção passou rapidamente e antes da mulher sair da sala Christiane entrou com um crachá e foi falando “Oi meu amor, como você ta?” e veio me beijar e me encher de dengo.

Dani desceu para que outra pessoa pudesse subir, e assim que saiu do quarto Christiane pegou no meu pau por cima do lençol e disse “to com saudades” e eu perguntei “esta sentando em outra rola amor? Pra matar a saudades?” e ela falou “Não, meu maridinho tá dodói, só quero você e mais ninguém, quando você ficar bom eu  volto com a putaria”, meu pau ficou duro, ela deu a volta na cama e pegou nele por baixo do lençol e disse “Humm, tá molhadinho já ein”, passou a mão em meu saco e disse “O que você e a Dani andaram fazendo ein?” e sorriu e eu disse “Conversando” e ela disse “Ela te chupou, fala a verdade” e eu fiquei estático e falei, não “Não amor, a gente conversou só” e ela falou, “Ta muito molhado esse pau ein, que delicia” e então entra minha cunhada

Rosana, veio me cumprimentar e olhou direto para o lugar aonde Chris me punhetava, Chris não tirou a mão do meu pau, e me punhetava devagar, a bandeja com comida estava bem em cima, conversamos e percebi que ela estava perdendo o foco na conversa, ela então disse “Para com isso Chris, para de pegar no pau dele, coisa feia” e Christiane fez uma careta para ela e tirou a mão a muito contra gosto.

Recebi várias visitas Henry ficou comigo no hospital até umas 20:00 até a chegada de Christiane, que já chegou reclamando “Aonde já se viu, ela pensa que é quem?” e eu perguntei “Quem pensa o que Chris?” e ela falou “Essa vaca” e eu “Que vaca?” e ela falou indignada “A Dani, ela quer vir aqui ficar com você, sua esposa sou eu, quem fica aqui sou eu” e ficou, todos os dias das 20:00 até umas 8:00 da manhã, Dani entrava no horário de visitas, quando recebi alta era o último dia de folga de Christiane e assim que entrei em casa haviam balões, bolo e várias pessoas com uma faixa grande de “Bem vindo ao lar”.

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Rafaela Khalil é Brasileira, maior de idade, Casada. Escritora de romances eróticos ferventes, é autora de mais de vinte obras e mais de cem mil leitores ao longo do tempo. São dez livros publicados na Amazon e grupos de apoio. Nesse blog você tem acesso a maioria do conteúdo exclusivo.

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