É assim que eu me lembro 1 – Capítulo 16 – Você pode voar
Saímos junto com Steve para ver um imóvel que ele havia comprado, Dani estava animada, mais que o normal, perguntei “Por que o foguinho?” e ela disse “Não sei, tenho a impressão que hoje uma coisa muito boa vai acontecer”. No caminho conversávamos sobre trivialidades e tocamos no assunto da viagem de Steve e Kátia para o Brasil, então Steve disse “Danielle, não se preocupe, eu não vou deixar sua mãe te levar para o Canadá, não por causa dessa besteira, acidentes acontecem, e tenho certeza de que você está mais esperta com o ocorrido” Dani disse “Claro que estou, nunca mais vou facilitar para que esse tipo de coisa ocorra novamente, foi um terror, infelizmente vou guardar esse momento para o resto de minha vida” e seu rosto desenhou um semblante entristecido, eu disse “Vamos parar com essa tristeza, prefiro a menina serelepe” e ela disse tá bom e desarrumou meu cabelo, eu estava dirigindo o carro, Steve estava no banco do caro na e Dani no banco de trás, ela tirou um estojinho da bolsa e começou a se maquiar, de sacanagem um passei em um buraco e ela gritou “Oh, cuidado aí” Steve olhou pra mim e sorriu, passei em outro buraco e ela xingou “Oh filho da puta, tá
fazendo de propósito, aí, borrei meu olho, mancada” Eu brinquei “Mancada é corrida de aleijado” ela me mostrou o dedo pelo reflexo do retrovisor, Steve repetiu em português “Filho da puta” e sorriu, eu e Dani rimos e ele disse “Sonoro isso” rimos mais ainda.
Steve disse “Antes de voltar para cá, eu fiquei preocupado se Danielle iria se enturmar de novo, ela tem um temperamento bem…” e parou nisso Dani perguntou irritada “Bem o que?” e eu disse “Difícil de se controlar, como todas as suas irmãs Dani”, ela voltou a se maquiar e não falou mais nada. Steve continuou “Quando vi a consideração que você e Christiane tem por ela, o respeito com que a tratam eu percebi que aqui é um bom lugar para ela ficar, estudar e tudo mais. Quando ela decidiu vir para cá eu ofereci para pagar os seus estudos nos Estados Unidos, no Canadá mesmo e até em escolas Suíças, mas ela queria voltar de qualquer jeito, pediu pelo menos alguns meses para tirar umas duvidas” e eu disse “Que duvidas?” e Dani disse de novo “Não interessa, isso é particular” e eu brinquei “Vai Dani, pode falar, é um namoradinho de internet? Um amor perdido?” vi seu rosto
ficar vermelho pelo retrovisor e ela disse “É sim, já falamos sobre isso e você sabe o que é e quem é” fiquei quieto e entendi o que ela estava tentando dizer, ela deixou de estudar em escolas internacionais, largou o seu futuro para saber se podia ter algo real comigo, imaginei então que ela foi rápida nesse assunto, lembro agora que parecia que ela não queria perder tempo, sempre foi muito intensa em seus sentimentos, entendo agora que ela estava com o tempo marcado, um cronômetro estava ligado na cabeça dela para decidir se ficava ou ia para outro país, ao que entendi, os planos dela deram certo e eu me apaixonei por ela, e o amor dela por mim cresceu ainda mais, ficamos juntos e fizemos amor juntos, compartilhamos nosso amor com minha esposa, a irmã dela, e Táta a sobrinha dela. Percebi que as minhas atitudes com relação a ela foram decisivas, tudo que aconteceu fez ela sofrer, chorar, sorrir e se alegrar, passou perigos tentando entender o que sentia por mim.
Pensei na situação de perigo que ela correu quando apanhou dos caras no bar, e quase foi estuprada, ela estava tentando entender a fase “Mulher” da própria vida, comigo tinha
funcionado, eu cai na “Armadilha” dela, não que eu entenda isso como uma coisa ruim, de forma alguma, ela tem realmente que tentar de tudo e esgotar as possibilidades para não se enganar e se arrepender no futuro, vejo agora que a tentativa dela de sair com outra pessoa foi apenas para compreender melhor se funcionaria com outra pessoa, se alguém aceitaria sua condição, como seria tratada quando contasse a verdade, quando a pessoa descobrisse que visualmente ela era uma propaganda enganosa e consumidores odeiam propagandas enganosas.
Despertei de meu transe com Dani falando alto “ADORO ESSA MUSICA, AUMENTA” e eu
aumentei, estava tocando “Don’t stop Dancing” da banda Creed, e ela realmente adorava essa banda:
At times life is wicked and I just can’t see the light
[Às vezes a vida é má e eu não consigo ver a luz]
A silver lining sometimes isn’t enough
[Um forro de prata as vezes não é suficiente]
To make some wrongs seem right
[Para fazer alguns erros parecerem certos]
Whatever life brings
[O que quer que a vida traga]
I’ve been through everything
[Eu já passei por tudo]
And now I’m on my knees again
[E agora caio de joelhos novamente]
Dani começou a canta animadamente, e eu acompanhei, Steve parecia não conhecer a musica, talvez não fosse seu estilo de música preferido:
Children don’t stop dancing [Crianças não parem de dançar] Believe you can fly [Acredite Você pode voar]
Away… away
[Para longe… bem longe]
Continuamos cantando até que chegamos próximos ao local do imóvel, e eu abaixei o som com protestos de Danielle, descemos e entramos no prédio, era o oitavo andar, o elevador apontava dezesseis andares, assim que entramos no apartamento Dani correu na frente e disse “Que coisa mais linda” e era lindo mesmo, todo branco, com chão de
madeira, decorado, quadros na parede, parecia que não estávamos no Brasil, uma típica casa de filme americano. Steve sorriu para mim e perguntou “Gostou dele mesmo?” e Dani abriu os braços e rodou imitando a noviça rebelde e disse “Lindo demais, quem for morar aqui vai ficar super feliz” Steve disse para Dani “Pega” e jogou a chave para ela e completou “É seu” ela pegou a chave no ar e ficou olhando pra ele “Como assim meu?” e ele disse “Estou te dando, para você morar aqui, aí não vai precisar encher o saco do Beto e da Christiane” fiquei preocupado, Dani iria ter que sair de casa, mas mesmo assim era mil vezes melhor que ela mudar para o Canadá. Dani olhou para mim e eu me esforcei para sorrir e disse “Alta classe agora ein” e ela olhou para Steve devolvendo a chave “De jeito nenhum” apertou a mão dele contra a chave e disse “Steve, eu sei que minha mãe que mandou você fazer isso, e que você daria esse apartamento para mim de todo o coração mas eu não posso aceitar, se eu começar a minha vida assim com diversas regalias eu tenho medo que no futuro eu não consiga fazer nada sem que ninguém me ajude, eu já tenho emprego garantido depois de sair da faculdade, a
Christiane falou que eu e a Táta vamos trabalhar com ela quando nos formarmos, não tenho nenhuma insegurança, prefiro eu mesma economizar e comprar as minhas coisas, o carro que você me deu já foi demais.
Steve, pegou as chaves e colocou no bolso, devagar, sorriu para Dani e disse “Eu tinha certeza que você não iria aceitar, aliás, eu ficaria decepcionado se você aceitasse” Christiane abraçou Steve e se pendurou no seu pescoço, ele era bem alto, não da minha altura mas deveria ter seus 1,80 cm, aproximadamente o suficiente para conversar comigo e não me fazer olhar muito para baixo. Steve continuou “Dani, você sabe que eu te amo não sabe?” e Dani respondeu “Claro que eu eu sei” e ele disse “Amo também a sua mãe, vocês duas são tudo que eu tenho” Dani brincou “É nada, você tem casas, carros, e até um barco, sem falar nos trilhões de dólares nos bancos” Steve riu e disse “Mas eu trocaria tudo para que vocês duas estivessem bem, e agora imagino que a Christiane e o Alberto entraram no meu círculo de importância, pelo modo como eles te tratam creio que eles te amam tanto
quanto eu então eu os amo e confio e sou grato a eles também” eu me aproximei e falei “Steve obrigado pela confiança, mas o que fizemos com Dani ou como tratamos ela não é esperando gratidão, fazemos por que gostamos dela, mesmo com os problemas que enfrentamos ela continua no nosso coração e jamais vai sair” Dani falou “Ai gente, vamos parar com essa conversa, eu sou foda e sei disso” rimos e fomos explorar o apartamento.
Perguntei para Steve se ele pretendia vender novamente e ele disse que não, que iria alugar, e por já ter a mobília podia pedir um preço maior que o normal. O Apartamento era realmente fantástico, Steve pegou num armário alguns documentos, acho que havia combinado com o antigo proprietário ou o responsável da imobiliária e disse “Podemos ir embora, vim só pegar isso” e saímos, voltamos conversando no carro e Danielle Logo adormeceu, ficamos apenas Steve e eu acordados, eu olhei pelo retrovisor e apontei para o Dani e disse “Dormiu” e Steve disse “Tem sido difícil para ela esses dias, ficou o dia todo trancada no quarto chorando, não imaginei que ela gostasse tanto daqui” e eu disse “É, nem eu, ela ficou realmente
abalada, parecia que ia morrer” ele disse “Eu realmente adoro essa menina sabe, ela é a filha que eu nunca tive” e eu perguntei “Por que não teve? Não teve oportunidade?” e ele disse “Eu sou estéril” eu me envergonhei da pergunta e disse “Desculpe” ele disse sorrindo “Não se preocupe, você não tem culpa disso” e eu ri da sua resposta, ele abaixou o quebra sol do carona e posicionou de maneira que o espelho o permitisse ver Danielle pelo reflexo e disse “Ela é linda não é mesmo?” e eu disse “Linda de verdade” ele disse “Quando ela chegou no Canadá era um diamante bruto, tive que ajudá-la a se preparar e chegar a ficar desse jeito”.
Eu nunca havia pensando bem nessa parte da vida de Dani, a preparação para se tornar mulher, a aceitação, a decisão de fazer ou não a cirurgia de troca de sexo. Steve continuou “Eu percebi logo que o garoto Daniel era bem infeliz, tratei de conversar com ele para saber qual o motivo da tristeza, tentei usar a minha formação para isso” e eu disse “Que formação?” ele disse “Eu sou Psiquiatra formado, me formei em Phoenix nos EUA” isso era novidade para mim, eu olhei para ele sem expressão, deveria estar
com uma cara de idiota e disse “Não sabia” e ele disse “Não costumo comentar isso, não é o foco do meu trabalho” eu fiquei quieto, as vezes acho que ele é muito profissional, até na vida pessoal, mas não iria criticá-lo, isso deve ser a criação que os americanos dão aos seus filhos. Ele então continuou “Mas conversando muito com Daniel eu consegui apenas arranhar e tentar entender o que estava acontecendo, em uma de nossas conversas ele se abriu para mim e disse que queria acabar com a própria vida e que tudo que havia acontecido com ele estava errado, pois ele era um homem e devia ter nascido mulher, pensava como mulher, queria ser uma mulher” Steve respirou fundo ainda olhando para o espelho e vendo Dani dormir “Seus trejeitos homossexuais eram evidentes, quando fui comentar com Kátia que o garoto poderia ser Homossexual ela me insultou e disse que não existia isso na família dela e que ele era um homem, passamos semanas brigados, decidi secretamente contratar um psicólogo para tratar de Daniel, eu era muito amigo para ser seu psicólogo, um pai não iria conseguir surtir o mesmo efeito, teria que ser um profissional desconhecido, combinei com ele que ninguém ficaria sabendo e que
diríamos à Kátia que ele estaria em um período estendido da escola, ele ficou muito feliz com a idéia” eu interrompi “E quanto tempo durou esse tratamento” ele respondeu “Durou até o dia em que ela veio embora, com apenas 4 meses de tratamento a melhora já era evidente, Daniel andava pela casa feliz da vida, mas seus trejeitos homossexuais estavam mais fortes do que nunca, ao ponto de Kátia me confessar aos prantos que seu filho era provavelmente homossexual e que não sabia o que fazer” respirou fundo e prosseguiu “Ela me disse que talvez deveríamos colocá-lo em um psiquiatra para curar isso, tive uma conversa séria com ela dizendo que ele já fazia terapia, por isso estava mais feliz do que nunca, ela ficou brava comigo, mas não falou nada para Daniel que continuou com o tratamento. Expliquei para Kátia que ele era do sexo biológico era Masculino, porém seu gênero era feminino e sua orientação era homossexual. Quase um ano depois do inicio do tratamento o Psiquiatra de Daniel me ligou e queria falar comigo e com Kátia, fomos lá sem Daniel saber, o Psiquiatra nos disse que se tratava de um reposicionamento de gênero, era realmente uma mulher que havia nascido em
um corpo masculino, Kátia chorou muito, tratou como se fosse uma doença, acho que assim seria mais fácil para ela entender, levamos Daniel ao médico e o médico recomendou um tratamento hormonal para que ele tivesse o corpo remodelado para uma mulher, mesmo que quisesse reverter o processo mais tarde seria mais fácil transformar uma mulher em um homem, mas o contrário era muito difícil e quase nunca ficava bom” Eu já estava dando voltas aleatórias nos quarteirões para demorar e ele terminar de contas a história, atrasei de propósito e torcia para Danielle não acordar, estava realmente muito curioso e Steve continuou “Conversamos com Daniel, e Kátia juntos, ela não o hostilizou pois tratou como uma doença, um problema que deveria ser curado e resolvido a qualquer custo, Daniel adorou a ideia do tratamento hormonal, apesar de dolorido, diversos exames foram feitos e ele levou dezenas de agulhas em diversas partes do corpo. No dia de iniciarmos o tratamento, eu e Kátia fomos com ele as injeções eram doloridas a primeira foi dada na coluna, e as seguintes em diversas partes do corpo, e também comprimidos que ele deveria tomar, o sorriso de Daniel no dia em
que saiu da sala superou as caretas que havia feito durante o tratamento, estava super feliz e empolgado com a ideia de ser uma mulher, conversamos naquele mesmo dia a noite e ele me disse ‘Steve, vou me chamar Danielle, o que você acha?’ e eu disse que achava perfeito” Steve parou de falar, sua voz ficou embargada, ele tirou um lenço do bolso em enxugou os olhos, olhou pra mim e falou “Um cisco” eu sorri e falei “Sei” ele sorriu e disse “Você deve estar achando isso tudo chato né, deixa pra lá” e eu disse “Ta louco, estou dando voltas nas ruas para você acabar a história, eu quero realmente ouvir, continue, por favor e ele continuou “Daniel ficou aflito pois o tratamento parecia não surtir efeito, ele lia tudo sobre o assunto, entrava em contato com todo o tipo de transexual ou algo parecido pela internet para procurar saber mais, pedi que ele limitasse o contato e o fizesse apenas através da internet, ele me ouviu nesse sentido, quando fez quinze anos seu corpo começou a mudar de uma maneira inacreditável, e ficou mais feliz ainda quando eu percebi e disse que a cintura estava ficando fina e seu rosto estava mais fino, as mudanças continuaram, aos dezesseis anos seus seios já estavam grandes, a cintura fina
e a bunda era realmente de uma mulher brasileira, fiquei impressionado não com a transformação pois além da transformação ficou uma mulher bonita, lembrava a sua esposa a Christiane. Daniel agora exigia ser chamado de Danielle, estava ficando realmente linda, sofreu muito preconceito na escola, mas parecia estar preparada o tratamento psicológico havia dado certo ela levava as brincadeira na boa, havia arrumado amigos diferentes, poucos homens agora, mais mulheres. Quando fez dezessete anos, mudou de escola, estava atrasada na escola devido ao ensino brasileiro, seu corpo já era basicamente o que é agora, mas era menor em tamanho, isso a preocupou também, não queria crescer muito, conversou com os médicos e se não me engano o médico a convenceu que não cresceria muito, e cresceu apenas uns dois centímetros ficando uma baixinha linda. Ela se olhava no espelho todos os dias e se comparava com Christiane.” Steve parou de falar e ficou pensativo em seguida continuou “Uma vez, conversávamos na cama dela, eu havia passado quase um mês fora de casa e quando voltei ficamos conversando sobre horas e horas, ela falava alegremente de seu próprio
corpo e de que alguns garotos da escola nova se interessavam por ela e a haviam chamado para sair, como ela era mais velha tinha uma vantagem mental sobre meninos e meninas, lembrei também que conversei com o diretor do colégio novo que ela foi para que o nome dele passasse de Daniel para Danielle nas chamadas e não tivemos problemas em fazer isso, la no Canadá eles chama isso de ‘Social Name’ o nome que você quer ser chamado e funciona bem. Voltando a conversa, nos falávamos alegremente e algo que eu disse deu a entender que eu esperava retribuição pelo tratamento que eu tinha pago para ela, então ela me olhou com os olhos brilhantes e abriu a blusa mostrando os seios, eu avancei sobre ela e fechei sua blusa rapidamente, me senti um pouco ofendido e o clima ficou ruim entre nós dois por uns tempos, falei com o médico e ele disse que os hormônios poderiam causar esse tipo de confusão mental, conversei com ela sobre isso e ela me pediu desculpas e que não se repetiria, entendi que não era culpa dela” Dani acordou e me cutucou olhando em volta “Aonde estamos ein?” e estávamos na rua de casa, já havia passado por ali umas oito vezes, entramos em casa.
Apertei o botão do controle remoto, o portão abriu até a metade e parou, encostei a cabeça no volante e apertei o botão novamente, nada, Steve perguntou “O que foi?” e eu disse “Essa droga quebrou de novo” Dani disse “Deixa que eu abro” saltou do carro e entrou em casa para abrir o portão manualmente, segundos depois ele se abriu lentamente, entrei e estacionei na garagem. Sai para verificar o portão e Dani e Steve entraram em casa, fechei-o manualmente e percebi que o motor deveria ter quebrado novamente, estava decidido iria comprar um motor novo e um portão novo, isso estava me irritando. Quando me dei conta, estava sozinho no quintal, entrei em casa e estava silencioso demais, achei estranho, vários carros de conhecidos na rua em frente a casa e ninguém em casa, aonde estariam todos? Entrei e fui até a piscina, quando cheguei na Sala gritaram e me assustaram “Surpresa!” vi faixas de feliz aniversário, parabéns, pessoas me abraçavam e me beijavam então eu me lembrei e disse “É o meu aniversário” isso nunca havia acontecido, mas esqueci completamente dele, não fazia idéia que essa
festa era por esse motivo, ninguém nem me deu pista sobre isso, cumprimentei todos animado, Dani estava lá, Táta e todo mundo, ganhei um Ipad de Danielle, igual ao dela, uma jaqueta de couro e um relógio combinando com a Jaqueta de Cristhiane, Táta me deu uma camiseta de uma banda que ela gostava, adorei, ganhei diversas outras coisas também, bebemos muito e percebi que em determinado momento minha sogra tinha uma discussão exaltada com Ana Paula em um dos banheiro da casa, saí de perto para evitar a confusão, chamei Danielle de canto e disse que tinha uma surpresa para ela, disse para ela me encontrar em seu próprio quarto dali a uns cinco minutos.
Subi primeiro fui ao meu quarto e tomei um delicioso banho rápido. Christiane me encontrou no quarto e tinha uma cara preocupada e disse “Vou ter que ir na clínica, a vet de lá não esta dando conta, já volto” dei um beijo em seus lábios e ela saiu apressada, me vesti e me perfumei e fiquei atrás da porta até ver Danielle chegar e entrar no quarto dela, fechei a porta do meu quarto por fora e fui para lá em seguida e ela estava sentada na cama com um vestidinho
branco de saia curta, parecendo uma debutante e me disse com um sorriso no rosto “O que foi seu bobo que ta ficando velho?” eu sorri para ela, fechei a porta e me aproximei, me ajoelhei e coloquei o rosto em sua perna, ela se preocupou e me perguntou “O que foi amor?”, eu tirei do bolso a embalagem do gel que ela usou para adormecer o cuzinho e ela o pegou sem falar nada, eu me ergui e a empurrei para a cama, subindo em cima dela, e ela me perguntou “É o que eu estou pensando?” e eu sem saber exatamente o que ela pensava confirmei com a cabeça sorrindo, ela sorriu e perguntou para ter certeza “Você vai deixar eu entrar em você?” eu disse que sim com a cabeça, e sai de cima dela, coloquei a mão por baixo de seu vestido e tirei sua calcinha, também era branca, coloquei a mão e tirei sua proteção, seu pau já dava sinais, enfiei a cabeça embaixo da saia e comecei a chupá-lo, tirei minha camiseta, ela se levantou e me empurrou na parede, me beijou e disse “Nossa, que cheiroso”, desabotoou minha calça e abaixou com cueca e tudo, meu pau ainda estava mole e ela começou a mamar e disse “Vou fazer com bastante carinho tá meu amor, você só vai sentir a parte gostosa, vai
adorar”, ela tirou minha calça dos pés e eu fiquei nu.
Nesse momento alguém bateu na porta, era Kátia “Dani você está aí” Dani se levantou e foi até a porta do banheiro, do outro lado do quarto e gritou “Estou” e Kátia disse “Abre a porta” e Dani disse “To no banheiro mãe” e Katia perguntou “Você viu o Beto?” e Dani falou “Ele disse pra mim que ia comprar alguma coisa e já voltava, não vi ele mais” e Katia disse “Ta bom” e foi embora, Dani voltou com o dedinho lambusado de gel, de salto alto e com as unhas grandes, me puxou e colocou na cama deitado de lado “Assim amor” abriu minha bunda e passou o Gelsinho bem no meu anus, massageando e apertando, colocou um dedinho e eu reclamei e ela disse “Calma amor, é só um dedinho, já tiro” passou o Gelsinho por dentro e me fez virar, sentou em meu colo de uma só vez, e falou com cara de dengozinha e arrumando o cabelo para ficar no alto da cabeça amarrado “Você vai ver amor, vai ser delicioso, acho que você vai gozar sem eu colocar a mão ein” e eu disse “Nossa é tão bom assim?” e ela falou “Não né, mas eu sou seu amor e vai ser mais gotoso do que qualquer coisa no mundo,
prometo” eu sorri e nos beijamos, eu perguntei “melhor que doce de abóbora?” e ela fez uma careta “credo, quem gosta de doce de abóbora” e eu ri, terminei de arrancar seu vestido, deixando-a peladinha e de salto alto e brinquei “Ta parecendo aquelas putas de filme pornô, de salto alto” ela disse “Você gosta?” e eu disse “É bonito” ela sorriu e falou “Então não vou tirar”, começou a mamar em meu pau de novo e pegou um travesseiro colocando-o na parte debaixo da cama e disse “Vem cá amor, coloca esse travesseiro na sua barriguinha”, me virei de bruços e coloquei, e ela deu um tapa e um beijinho na minha bunda e disse “Isso vai ser muito bom, eu sonhei muito com isso” eu mexi a bunda, rebolando e disse “Não vai broxar ein, é minha primeira vez” ela riu e disse “Aqui tem macho meu” e eu ri e disse “Agora é macho né?” ela disse “Eu to nervosa, não me atrapalha vai” ouvi ela rasgando um pacotinho, devia ser da camisinha e eu disse “Não põe a camisinha não, vem aqui, ela veio do meu lado e eu peguei no seu pau e dei uma mamada, e apertei sua bunda, ela com a camisinha na mão, virou a cabeça para cima e fechou os olhos mordendo os lábios e com a outra mão
pegando nos seios, deixei o cacete dela bem duro e molhado, ela colocou a camisinha e se abaixou, me deu um beijinho doce e perguntou “Amor, tem certeza que é isso que você quer?” e eu disse “Sim, só vou fazer isso por você” e ela disse sorrindo “Obrigada, eu te amo” e eu disse “Eu também de amo menina boba” e ela disse “Se doer você me avisa que eu paro ta?” eu confirmei e ela foi para trás de mim, colocou a cabeça do pau em minha bunda e disse “empina a bundinha meu anjo” e eu empinei, senti ela forçando o pau em meu cuzinho ainda virgem, fiquei esperando a dor mas não veio, senti o pau entrando, foi gostoso e me preenchendo por dentro, eu quis gritar e gemi alto, Dani tampou minha boca e disse “Quieto, eu não falei que era fantástico” e ela tirou e colocou de novo, a sensação realmente era fantástica, ela se deitou em cima de mim e seus seios amorteceram e se amassaram em minhas costas, ela deixou o pau dentro e beijou minhas costas perguntando “Tá gostoso amor?” eu disse “Esta sim” e ela falou “Continuo ou paro?” e eu disse “Tá gostos Dani, vai mete” e ela se animou, começou a meter gostoso, estava realmente bom, em determinado momento senti uma
fisgada de dor, mas ficou mais gostoso ainda, ela me puxou pela cintura e me fez ficar de quatro, então começou a comer de verdade, seu saco batia no meu, ela pegou no meu pau e começou a me punhetar e eu gozei, forte e muito ela sentiu e falou “Já gozou?, eu falei que ia gozar rápido” ao contrario do que acontece normalmente, não tive vontade de parar depois de gozar, meu tesão aumentou, ela metia forte e eu jogava meu corpo de encontro ao dela para que entrasse mais e mais forte, estava sentindo ela dentro e ela me disse “Não falei que eu era macho, cadê o travesti agora? É isso que eu dou para quem me chama de travesti, dou rola, muita rola dura e grossa” a rola dela não era tão grossa nem tão grande, talvez por isso ficou confortável mas era delicioso, parou de repente e me fez virar, fiquei deitado olhando para ela, ela chupou meu pau, estava ofegando, veio para cima de mim e colocou sua rola em meu cuzinho de novo, fizemos um papai e mamãe delicioso, ficamos nos olhando nos olhos enquanto transávamos deliciosamente ela disse “Ai amor, vou gozar” e eu disse “tira a camisinha amor” ela tirou rápido e colocou o pau dentro de mim de novo e dessa vez ela que gemeu alto e disse
“CARALHO!” eu disse “Shiiu, silêncio” ela riu e começou a entrar e sair mais rápido, e cada vez mais rápido até que gozou dentro de mim, senti seu corpo tremendo e seu pau aumentar de tamanho me preenchendo, ela ficou em silêncio com o pau dentro de mim, ela tirou o pau e deitou em cima de mim, me beijou o pescoço e disse “O que você achou?” e eu disse “Fantástico, não doeu mesmo, exatamente como você falou, foi apenas gostoso, se eu soubesse que era assim, tinha te dado antes” e ela disse “Nada de ficar viciado em pica ein, quem gosta de levar rola aqui sou eu, você só leva de vez em quando, eu fiz um sinal de OK com a mão e ela riu e disse “Vem amor, vamos nos lavar, já estão todos nos procurando, fomos ao banheiro e fiz uma limpeza geral, Dani me ensinou o método do chuveirinho, nos beijamos e abraçamos, nos vestimos, Dani agora colocou uma roupa diferente, um vestido azul coladinho ao seu corpo, e claro uma nova proteção para seu pau, com uma calcinha bem pequenininha,
Fomos até a porta e Dani colocou a cabeça pra fora, ela saiu e voltou “A barra tá limpa, vai para o seu quarto” e eu corri, entrei no
banheiro, demorei uns cinco minutos e desci, Christiane estava chegando, todos conversavam, alguns tomavam banho na piscina devido ao calor, outros comiam e viam TV alegres, Christiane me deu dinheiro e disse “Amor, vai buscar sorvete, pega um 10 potes” e eu disse tá bom, ia saindo e Dani disse “Aonde você vai?” e eu falei “Vou comprar sorvete para a festa” Dani disse posso ir com você? Eu disse que sim, e Táta apareceu “Posso ir também” eu disse “Claro” e as duas entraram no carro, apertei o botão para abrir o portão e o mesmo não abriu, me lembrei que estava quebrado e xinguei “Caralho de portão” Dani disse “Táta abre o portão lá pra gente”, Táta saiu do carro sob protestos e tentou abrir mas era muito pesado, Dani saiu e ajudou-a a abrir, eu saí com o carro e parei na frente de casa, as duas fecharam o portão, Dani disse para Táta “Trava ele por dentro e sai pelo portão pequeno” fecharam o portão grande e Dani veio para o carro.
Ouvi um barulho de pneu cantando e olhei no retrovisor, havia um carro grande e preto atrás de mim, surgiu do nada, me assustei e dei ré com toda força, mas meu carro bateu
na barreira e parou, tentei engatar primeira para entrar em casa, mas o carro, nesse momento apareceram dois caras com capuz preto do meu lado, um deles olhou para Dani e apontou “É ela mesmo” um dos caras encapuzados levantou a arma e eu vi tudo em câmera lenta, ele atirou em Dani, coloquei minha mão na frente da arma e vi a bala atravessar meu punho, o outro cara levantou a arma, apontou para mim, e atirou, pegou na minha perna e outro tiro que pegou na porta do carro, olhei para Dani e ela estava apavorada, o primeiro cara mirou para ela de novo e puxou o gatilho, tentei impedir mas não fui rápido o suficiente vi o tiro acertar Dani na cabeça, atrás da orelha, seu cabeça bateu com violência no vidro que estilhaçou na hora e o sangue se espalhou e respingou em mim, senti um tranco no peito e ouvi Táta gritando e entrando correndo para dentro de casa, os homens saiam do meu lado correndo e a imagem ficava escura e cada vez mais distante.
Eu me transformei em um robô feito de peças de metal, de braços abertos eu caia em uma cachoeira e a cada batida que dava nas pedras as peças do meu corpo se trocavam
com as peças que já estavam nas pedras, atingi o fundo da cachoeira e eu era muito pesado, não conseguia nadar, não conseguia fazer nada e gritei:
“NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO” me levantei da cama, olhei em volta e estava em um hospital, com equipamentos ligados em mim, soros, tubos e um monte de coisas que eu não conseguia identificar, eu estava sonhando.
A porta se abriu rapidamente, Christiane e Steve virem em minha direção, Christiane me abraçou e chorou dizendo “Que bom que você está bem, meu amor” me beijou nos lábios e eu retribuí, mas me sentia fraco, mole zonzo, meu corpo estava dormente, não tinha um bom controle sobre ele e eu disse “O que aconteceu?” Christiane disse aqueles caras que bateram na Dani saíram da cadeia, eles fugiram de alguma forma, e foram eles que atiraram em vocês. Eu me lembrei de Danielle e a cena do tiro em sua cabeça me veio a mente meu coração bateu forte, ouvi o monitor cardíaco apitar alto, o desespero me
atingiu e eu perguntei “E a Dani, esta bem?” Christiane abaixou a cabeça e colocou as duas mãos na frente do rosto, começou a chorar, Steve também não se conteve, colocou a mão em minha perna e abraçou Christiane, eu relaxei meu corpo na cama olhando para o horizonte e pedi uma confirmação “Ela morreu?” Christiane disse “Não, ainda não, está em coma, não acorda e os médicos não sabem por que” eu ainda atordoado perguntei “Mas ela esta bem?” Christiane disse limpando as lágrimas “Apenas dois tiros acertaram ela, um pegou de raspão na canela e outro direto na cabeça, houveram danos mínimos, os médicos disseram que ela teve sorte e que já deveria ter acordado, eles acham que o impacto do tiro e a pancada com a cabeça no vidro fez o cérebro inchar além do normal, estão esperando que volte ao normal para saber o que fazer” eu me lembrei de Tamires e perguntei “E a Táta?” Christiane disse, ela esta bem, correu para dentro e o grito dela assustou os bandidos. Eu respirei fundo e fiquei tonto, o aparelho ligado em mim começou a apitar mais rápido, a enfermeira veio ao lado e aplicou algo no soro e disse “Até mais” e eu apaguei novamente.
Pisquei e tudo estava silencioso, percebi que alguém estava do meu lado, era Steve. Virei a cabeça para ele e perguntei “Aonde está a Christiane” e ele disse “Foi dormir, ela esta aqui a noites e dias inteiros, falei para ela ir para casa e eu ficaria aqui, seus pais estiveram aqui, sua irmã e sua mãe ficaram algumas noites com você, mas agora foram para casa se alimentar e se banhar, como você está se sentindo?” e eu disse “Mal, como está a Danielle?” e esteve fez uma careta e respondeu que não com a cabeça e acrescentou “Não responde a nada, não tem reflexo, não reage aos medicamentos” Steve passou as mãos com força em seu próprio rosto, respirou fundo e disse “Ainda tem atividade cerebral e batimentos cardíacos” eu perguntei “A quanto tempo estou aqui?” e ele me falando “Hoje é sábado, faz uma semana” fiquei zonzo novamente e deitei a cabeça olhando para cima, pensei em tudo que havia acontecido e chorei sem me segurar, solucei, Steve pegou minha mão e deu tapinhas, como quem entende o que houve, chorou junto comigo.
O médio chegou na manhã seguinte e disse “Sr Alberto, que bom que está acordado”
olhou soro, colocou um termômetro embaixo do meu braço, fez algumas anotações e então me perguntou “Dói alguma coisa?” e eu disse “Nada em específico, mas me sinto um caco” o médico disse “É normal, você esta a uma semana deitado direto, vamos ter que fazer fisioterapia se você não se mexer mais” e eu perguntei “Eu posso andar?” o médico disse “Pode, mas com cuidado, a bala que pegou em sua perna atravessou-a, essa da sua mão também varou mas fizemos a reconstrução, vai ficar 100% em alguns meses, o outro tiro entrou por seu braço bateu em sua clavícula e saiu pela frente, então você não tem nada alojado no seu corpo, pode se mexer com cuidado e dar umas voltas. Qualquer dor fora dessas regiões chame para enfermeira imediatamente”
Eu perguntei “Doutor, e a paciente Danielle?” ele me olhou como se não soubesse do que eu falava e olhou no seu portuário, Steve disse “Doutor, Daniel, o Daniel que esta em coma” e o Doutor levantou as sobrancelhas e disse “Ah sim, Danielle, me desculpem” a bala entrou na cabeça dela mas devido a posição não foi muito profundo, ricocheteou e ficou por lá mesmo, conseguimos tira-la”
desconcertado e pensativo ele acrescentou “Ela já devia ter acordado”, o doutor tirou o termômetro, olhou a temperatura e disse “Esta bem, se precisar chame a enfermeira, qualquer dor fora da coxa, da mão ou da região do ombro avise a enfermeira que ela me informa, ok?” eu concordei e ele saiu, eu tentei levantar e Steve perguntou “Aonde você vai?” e eu disse “Ver Danielle, ela esta perto?”Steve disse “Está” e me ajudou a levantar, meu corpo inteiro doía, a cada passo eu tremia e gemia de dor, com paciência cheguei no quarto aonde Danielle estava, lá Dona Kátia e Ana Paula conversavam baixinho, entrei devagar amparado por Steve e Ana Paula falou “Pode sair daqui, é por causa de você que ele está assim” eu fingi não ouvir, sequer olhei para ela, fui direto em direção a cama, não queria perder energia e nem tempo com essa mulher, Kátia deu-lhe um bofetão no rosto e disse “Não é culpa de ninguém, para com isso, para de ofender e acusar as pessoas, fique quieta, não é hora” Ana Paula pegou sua bolsa e saiu pisando duro e disse ao longe “Você vai ver”, acho que isso foi pra mim, mas não me importei.
Aproximei-me da cama e Dona Kátia também me ajudou quando olhei na cama lá estava Dani, deitada com um soro ligado ao seu braço, um monitor cardíaco ao lado, mostrando os batimentos cardíacos normais, olhei para seu rosto e ela estava careca, com um enorme curativo do lado esquerdo da cabeça, toda a região da sua orelha até o topo da cabeça estava roxa. Respirei fundo e me aproximei dela, coloquei a mão sobre sua barriga e disse “Você não pode morrer, eu não morri, eu voltei por você, eu te amo”, me aproximei de sua cabeça cantei no seu ouvido direito suavemente tentando me lembrar da melodia por completo:
Children don’t stop dancing [Crianças não parem de dançar] Believe you can fly [Acredite Você pode voar]
Away… away
[Para longe… bem longe]
O monitor cardíaco registrou batimentos mais fortes, e aumentaram, minhas lágrimas desciam novamente, vi quando Danielle abriu os olhos, nossos olhares se encontraram e vi suas pupilas diminuírem de tamanho, deu um tranco se mexeu na cama dando um berro
muito estranho, parecia que estava sufocada. A enfermeira veio correndo e a segurou dizendo “Calma querida, calma querida” Steve me puxou para trás para dar passagem para os outros enfermeiros vi Kátia dizer “Ela acordou”. Vi Ana Paula na porta do quarto, junto estavam Christiane, Minha mãe e minha irmã, As enfermeiras conseguiram fazê-la ficar quieta, ela se debateu como se tentasse escapar de algo e a encostaram na cama, quase sentada e ela disse colocando a mão levemente sobre o curativo “minha cabeça está doendo mãe” e Dona Kátia se aproximou e falou “Claro filha, você sofreu uma acidente, bateu a cabeça” ela olhou para Kátia e ficou analisando o rosto da mãe, passou a mão no rosto, nos olhos e na orelha e disse “A senhora tá queimada”, era a voz de Danielle, mas havia algo estranho, eu me aproximei da cama e disse “Oi Dani” ela me olhou e parecia uma boneca, nossos olhos se encontraram e eu vi o que estava estranho, era fisicamente a mesma pessoa, mas Danielle não estava lá, a luz estava acesa, mas não havia ninguém em casa, ela me disse “Oi?” entortando a cabeça levemente para o lado, eu senti uma dor forte no peito, mas acho que foi sentimental, não física, Steve
me segurou e me sentou na cadeira aonde estava Ana Paula anteriormente.
Dani virou para a mãe e disse “Mae, aonde eu estou?” e dona Kátia disse novo “Está no hospital filha, não se lembra, você e o Beto sofreram um acidente” Christiane entrou nesse momento, se ajoelhou ao me lado e me abraçou com cuidado, me beijou, meus familiares também chegaram e me cumprimentaram, Christiane disse para Dani “Oi minha linda, que bom que você acordou” e deu um pequeno abraço nela, Dani então disse “Chris, por que você tá tão grande? E por que tão me tratando como menina?” Christiane franziu a testa e olhou pra mim assustada, apontou para mim e disse “Dani, quem é ele?” Dani me olhou com seu rostinho de boneca, encarei-a e seus olhinhos piscaram inocentes, ela me disse “Eu não sei, mas ele tava no meu sonho” Christiane disse “Que sonho, querida?” e Dani disse “Não lembro, quer parar de me chamar de menina? que saco”.
Os médicos chegaram e tiraram todos exceto a Dona Kátia da sala, voltei ao meu quarto e me recuperei, Christiane disse depois que Dani não reconhecia ninguém, tinha voltado
mentalmente uns 10 ou 12 anos, não me reconhecia e nem lembrava que Christiane era casada, tão pouco se lembrava de Steve e de ter morado no Canadá, mas Christiane me disse que ela, que agora exigia ser chamado de ele ou Daniel ficou contente em saber que fala inglês fluente e precisava só reativar esse conhecimento e poderia jogar videogame bem melhor. Saí do Hospital cinco dias depois, Daniel levou mais sete dias para ter alta, e foi para o apartamento de Steve e Kátia, até que eles decidiram voltar para o Canadá e tentar um tratamento para memória, fui me despedir deles no aeroporto, quando vi Danielle, estava totalmente descaracterizada, com cabelo curto e boné, com óculos escuros e roupas folgadas, creio que para esconder as formas de seu corpo, me aproximei para falar tchau e Daniel me estendeu a mão e disse “Tchau Beto, me desculpe por não me lembrar de você, o médico falou que minha memória talvez não volte, mas mesmo assim eu volto pra gente jogar um videogame” eu sorri e o abracei, talvez ele não tenha entendido o por que disso, mas eu chorei ele ficou imóvel, assustado e depois disse “Preciso ir, tchau” e me estendeu a mão de novo, demos as mãos e ele foi embora com sua família.
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