É assim que eu me lembro 3 – 11 – Ana Paula
Eu estava preocupado com Danielle, ela estava se arriscando em novos relacionamentos, incentivados por mim e por Christiane, ela havia passado um forte perigo com um tal de Fernando, tive que recorrer ao amigo Ivan, delegado que teve uma filha com o mesmo “problema” Danielle, por isso ele se compadecia do caso, Ivan deu uma prensa no rapaz e acabou descobrindo que ele não daria problemas pois era casado, tinha filhos, em fim, um idiota completo, já o tal do Marcelo, parecia um cara bem legal, trabalhador, solteiro e devoto a própria mãe. Eu não estava com tanto ciúmes, apenas estava com saudades da atenção que ela me dava antes.
Cheguei cedo no escritório, por volta do meio dia o telefone tocou, era a secretária, que anunciou uma visita para mim e disse que era minha cunhada, imaginei ser Danielle e mandei entrar, para minha surpresa quem cruzou a porta foi Ana Paula, olhei admirado e minha sobrancelhas se arquearam, ela entrou e fez um tipo menininha que eu nunca tinha visto nela, me fez lembrar a Christiane quando brincávamos “Oi Beto” eu me levantei e disse “Oi Ana Paula, tudo bem?” cheguei perto dela beijei-a no rosto, eu disse “Sente-se” voltei para meu lugar e ela se sentou, observei que ela fechou a porta discretamente, fiquei um pouco assustado e ela disse “Surpreso em me ver?” eu disse “Um pouco” ela disse “Eu falei que precisava falar com você” me lembrei então da conversa que tivemos no restaurante quando Táta foi pedida em casamento por Pedro, eu disse “Lembro sim, pensei que você tinha desistido, já faz algumas semanas” ela disse “Sim, não pude vir antes” eu quis ser educado e disse “Eu estava indo almoçar, me acompanha?” ela sorriu e seus olhos brilharam, falou um suave “Sim”.
Ela estava diferente, maquiagem leve, usava um colant, bem justo preto, sem mangas que ia até o meio do seu pescoço, usava uma saia social preta com discretas listras cinza escuro, quase imperceptíveis, meia-calça fina preta e sapatos também pretos, sua pele branca contrastava com a roupa, estava muito bonita, já de pé fiz um sinal para que ela saísse primeiro, ela iniciou a saída e eu fui atrás, ela parou repentinamente e eu esbarrei em suas costas, meu corpo colou ao dela, sua bunda ficou perfeitamente encaixada em meu pau, dei um passo rápido para trás e disse “Desculpe” ela disse “Não se preocupe” se esticou e pegou em minha mesa o seu celular, ela estava esquecendo-o.
Fomos no carro dela, um carro igual ao de Dani, só que na cor dourada, ela insistiu em um restaurante próximo dali, disse que era muito bom, entramos e comemos, o papo foi tranquilo, falamos da família, de atualidades e voltamos para o carro, pegamos um trânsito e o silêncio se instaurou no carro, resolvi então questionar aquela visita inesperada “E então, o que você tinha de tão importante para me falar?” lembrei que estava extremamente curioso, mas como ela demorou para falar eu acabei me esquecendo, então ela balbuciou algo, gaguejou e ficou vermelha e eu perguntei “Ana Paula? O que foi? Ta tudo bem com você?” e ela disse “Sim, ta tudo bem comigo” olhou para mim e sorriu, em seguida voltou a olhar para frente, resolvi intimá-la “E aí?” ela respirou fundo e disse “Olha, não tem jeito fácil de fazer isso” franzi a testa, não compreendendo e disse “Como?” ela disse “Eu sei de tudo” e eu disse “Que bom, sempre te achei inteligente” e ela me olhou séria “Eu sei de tudo sobre você, a Dani, a Christiane e a Táta” fiquei branco, mas tentei manter a calma e disse “Sobre eu e a Christiane
também? Puxa” e ela disse “Eu não estou brincando” e eu disse em tom sério “Nem eu” ela disse “Eu sei que você transa com meu irmão e com minha sobrinha?” eu disse “Irmão? Ta dizendo que eu transo com o Roberto?” e ela disse “Você entendeu” eu falei em tom sério “O único irmão que você tem é o Roberto, ou você se refere à Danielle, por que ela é uma mulher” ela encostou a cabeça no volante e deu uma batidinha, erguei a cabeça e disse “Isso, dela mesmo” e eu disse “E o que te faz ter certeza disso tudo? Quem te falou essa besteira?” ela disse “Eu, eu mesma sei” fiquei mais aliviado, as afirmações dela se baseavam em suposições e eu disse “Então é achismo seu Ana Paula” ela virou o rosto para mim e suas sobrancelhas estavam caídas “Você pode me chamar de Ana, por favor?” eu disse “Vamos Ana, fala o que você sabe, por que até agora só ouvi besteira” ela virou a mão e procurou algo atrás do banco do passageiro, era um tablet, ela o destravou e me mostrou uma tela, era uma galeria de Vídeos e fotos, apertei Play no primeiro vídeo, ele mostrava eu e Danielle andando no shopping, Danielle estava diferente, menor, mais nova, e eu também eu disse “De quando é isso?” ela disse “No dia que ela voltou a primeira vez” olhei para ela sem compreender direito e ela disse “Continue assistindo” o vídeo se acelerou sozinho, mostrou Dani e eu entrando em lojas, voltando ao carro, e indo em mais lojas, então o vídeo nos filmou entrando na escada de incêndio, a pessoa que filmava correu e subiu um lance de escadas, entrou cuidadosamente na mesma escada do andar superior, a imagem ficou verde e depois preto e branco, e ali eu via Dani e eu no nosso primeiro beijo, um amaço delicioso. Ela bateu na tela do tablet e mostrou varias fotos de nós nos beijando no carro, entrando e saindo de motéis, e uma
sequencia de fotos mais recentes de Táta comigo em um terreno baldio, a noite, estávamos transando. O Vídeo acabou e eu fiquei em silêncio, não sabia o que dizer e ela disse “E aí?” eu disse “Contra fatos não existem argumentos Ana, por que você está me mostrando isso?” ela disse “O que você sabe de mim?” me surpreendi com a pergunta “Como assim?” ela disse “Além do meu nome, o que você sabe de mim?” eu gaguejei e disse “Você, você, é a irmã mais velha da minha esposa, minha cunhada…” e notei que realmente eu não sabia nada sobre ela e ela disse “Com o que eu trabalho?” percebi que seus olhos estavam brilhando eram lágrimas, ela saiu do transito e começou a andar por ruas do bairro aonde estávamos, não estava indo em direção à minha empresa e eu disse “Você, é, bem…” pensei bem e disse “Não sei” ela disse em um tom um pouco mais alto que o normal “Eu sou médica” eu disse de reflexo “Médica” ela disse “Sim, dermatologista” fiquei quieto, não sabia disso, nunca tinha me interessado sobre ela, acho que ela criava uma proteção, sempre era desagradável com todos, afastava as pessoas, eu disse “Por que eu não sabia disso?” ela disse “Me diz você” entramos em uma rua sem saída ao fim da rua havia um letreiro Motel/Drive-in, eu perguntei “Aonde vamos Ana?” ela não respondeu, embicou o carro no motel e a porta se abriu, deu um jóinha para a atendente que abriu o portão imediatamente, ela parecia saber exatamente o que fazia, parecia estar planejando aquilo tudo, entrou em uma garagem com a porta aberta, assim que ela parou a porta da garagem abaixou, ela desligou o carro e ficou olhando para frente.
Não sabia o que ela queria, mas as intenções não eram boas, ela havia me mostrado vídeos e fotos de sexo, será que ela
queria algo comigo? Nunca tinha dado nenhum sinal de nada, eu estava assustado e ansioso e eu disse “O que você quer Ana?” ela apertava o volante do carro com as duas mãos, parecia estar com muita raiva e eu perguntei “O que estamos fazendo aqui?” ela começou a ficar ofegante e vi as lágrimas descendo de seu rosto, peguei suas mãos e tirei do volante delicadamente, ela não fez força contrária ela disse “Ninguém se interessa por mim, ninguém sabe nada de mim” eu disse “Isso não é verdade” ela me olhou e disse “É verdade sim” eu sabia que era, e eu disse “Ana, as vezes você é um pouco hostil com as pessoas, por isso as pessoas não se aproximam muito”, vi seus olhos analisando o painel do carro, ela sabia do que eu estava falando, ela ficou em silêncio, deixei ela respirar e pensar, então ela disse “Quando você me viu a primeira vez?” eu pensei por um instante e disse “Acho que foi quando a Christiane me levou para almoçar na casa de sua mãe lembra? Foi a primeira vez que vi todas vocês” ela balançou a cabeça de forma negativa, fiquei sem compreender novamente e ela disse “Aonde você conheceu a Christiane?” e eu disse “Nunca casa noturna aqui na zona sul da cidade” ela continuou “O você ia muito a essa casa noturna?” eu disse “Fui apenas duas vezes” e ela disse “E a vez que você conheceu a Christiane foi a segunda né?” eu disse “Sim, foi” ela falou “A primeira foi uma semana antes né?” eu disse “Sim, como você sabe” ela disse “Uma semana antes, você estava lá, camiseta social azul escura, calça preta e sapato preto, cabelo bem penteado, cavanhaque escuro e um sorriso doce” eu disse “Não me lembro” ela disse “Você chegou em uma menina de vestido azul e cabelos negros com duas amigas” parei para pensar, fechei os olhos e tentei relembrar a cena e somente agora notei que a menina se
parecia com Dani, não, ela se parecia com Christiane… não… era Ana e eu disse “Era você?” seu rosto ficou vermelho, ela colocou a mão na boca e soluçou, chorando e balançando a cabeça de forma positiva, deixei-a se acalmar e ela disse “Você me conquistou, ficamos aquela noite, foi tão bom” ela falava com um olhar perdido e eu disse “Desculpe, eu não me lembrava” ela disse “Quando eu te beijei, tive certeza que você era o homem da minha vida, você pegou meu telefone e eu falei com minhas amigas, e até com Christiane que estava apaixonada, uma paixão boba claro, mas uma paixão mesmo assim, você não me ligou, eu fiquei triste e Christiane para me encorajar voltou comigo na mesma balada na semana seguinte para encontrar você, mas ela te achou antes que eu. Fui ao bar pegar uma bebida para nós duas e ambas sondavam para procurar alguém com suas características, mas você havia raspado a cabeça e o cavanhaque, e quando te vi, você e Christiane estavam se beijando apaixonadamente, fiquei com muito ódio, achei que você era um babaca, daqueles que fica com dezenas de mulheres nas baladas, liguei para o celular de Christiane dizendo que havia te encontrado e ela me disse que tinha conhecido um cara com o mesmo nome, eu disse para ela que eu estava saindo da balada com você, apenas não queria ficar mais ali” eu disse “Eu não sou o tipo de pessoa que sai por ai ficando com dezenas de mulheres” ela falou “Para meu desespero você não era, você tem ideia do que eu passei quando ela te apresentou para toda a família e você olhou para mim como se nunca me conhecesse?” fiquei quieto “Você tem ideia de quanto eu sofri?” eu disse “Eu não tinha a intenção, desculpe” ela disse “Eu sei que não tinha” e eu disse “Por que não falou comigo antes?” ela disse “É? E para que? Causar uma
briga, se eu tirasse você dela, provavelmente você não ficaria comigo também” fiquei sem entender e ela sussurrou “Eu preferiria que você ficasse por perto” e ela completou “Um dia, Christiane estava chorando em casa, vocês haviam terminado o namoro, eu a convenci que deveria voltar para você, pois você era o homem certo para ela, fiz isso por egoísmo mesmo”.
Decidi mudar o rumo da conversa “E por que estamos aqui” ela riu e disse “Por que eu estou desesperada” eu disse “Com o que?” ela pegou um lenço e limpou as lágrimas, se recompôs e disse “Não consigo mais fingir, quero você” falando nisso se atirou para cima de mim, seus lábios se colaram aos meus, seu rosto estava quente e úmido, sua língua invadiu minha boca e tocou a minha com força mas delicadamente, peguei ela pelos braços e disse “Não Ana” ela veio mais para cima de mim ainda, puxou uma alavanca e o banco deitou, sentou sobre minhas coxas, puxou tirou a blusa e vi seu sutiã preto com rendas, sem dizer nada e rapidamente, colocou a mão nas costas e tirou o sutiã, vi seus seios desnudos, eram branquinhos como o das irmãs, bicos rosados e perfeitamente sustentados, ela pego minha mão e colocou sobre seu peito, eu tentei tirar e ela segurou com força e falou “Fala que eu não sou gostosa” eu disse “Não é isso” ela se abaixou e beijou meu pescoço, fiquei estático, tentei fazer o mínimo de movimento possível, não sabia como sair dessa, ela desabotoou a saia e ficou apenas de calcinha, era branca com a lateral bem fininha, ela, pegou minhas mãos e as colocou na cintura falando “O que foi, não me acha bonita?” e eu disse “Ana, você é linda, mas essa não é a questão” ela disse “Sente o tom da minha pele, como é gostoso, como é delicado, essa pele é toda sua” era realmente muito macio e quente, qualquer um comeria aquela fêmea ali
mesmo, mas isso teria implicações terríveis, enquanto eu pensava ela desabotoou minha calça com violência, estourando meu botão, pegou meu pau e puxou para fora falando “Ah, isso sim é que é uma rola de verdade, você vai me comer hoje”, eu me esquivei e disse “Não Ana, chega” ela disse “Comer aquele viado você come né?” eu disse “Não fale assim dela” ela disse “E o que você acha que meu irmão iria dizer se soubesse que você come a filhinha linda dele” percebi o que ela estava fazendo, uma chantagem, ela pegou meu pau novamente e começou a punhetá-lo, me esforcei para que ele não ficasse duro mas não consegui e ela disse “E o que você acha que minha mãe e o Steve iriam achar de você está comendo o cu do Daniel ein?” eu disse “Pare com isso” ela disse “E se a família toda souber que você deixa a Christiane sair por aí dando a buceta para um monte de gente” eu disse “Isso não acontece” ela disse “Eu tenho fotos dela beijando outro cara e até ligação telefone dela contando pra você” eu disse “Isso é crime Ana, você é maluca” ela gritou “Maluca o caralho!, eu sou o que sou e bateu em meu peito” eu disse “Chega, vou embora” ela disse “Fica aí, se você sair desse carro eu juro que coloco esses vídeos na internet e até meu pai vai ficar sabendo o que está acontecendo esteja ele aonde estiver, ela saiu de cima de mim e ficou ajoelhada no banco do motorista, começou a chupar meu pau, gemia como uma gata no cio e disse “Meu, esse pau é exatamente como eu imaginei, uma delícia, é tão grosso, tão gostoso, mal posso esperar pra você me comer” meu coração batia rápido, pelo medo e pela excitação e eu disse “E depois?” ela ainda com o pau na boca me olhou, tirou-o e disse “Como assim?” eu disse “E depois, que a gente transar aqui, o que acontece?” ela disse “Você vai ficar disponível para transar
comigo sempre que eu quiser, agora que a Táta vai se casar você me coloca no seu triângulo, eu odiaria mostrar o vídeo dela dando para você enquanto ainda namorava com o Pedro, isso arruinaria o casamento dela, tadinha” fechei os olhos e ela intensificou o boquete, estava gostoso, ela tinha muita pratica, fiquei tentando pensar como sair daquela situação, se eu simplesmente saísse o mundo iria desabar sobre Christiane, Dani, Táta.
Ana largou meu pau, ele estava grande e pulsava ela rasgou a própria calcinha e voltou para cima de mim, sua bucetinha tinha poucos pelos acima, mas na bucetinha mesmo era completamente pelada e branca, arranhou meu peito e beijou- o, pegou meu pau e passou na porta de sua bucetinha, esfregou a cabeça de meu pau em seu grelhinho, eu a segurei e disse “Não Ana, não esta certo” ela disse “Você que sabe, ou ganha uma trepada grátis comigo ou detona sua vida” continuei segurando-a e ela disse “Até parece que você não quer me comer, olha como ta esse pau” fiquei estático segurando ela com força e ela disse “Eu também sei da Rosana” em seguida disse “Você está me machucando”.
Joguei-a no banco do motorista e disse “Você ainda pergunta por que as pessoas não querem saber de você, não ligam pra você? Olha o que você está fazendo” ela disse “Estou fazendo o que está ao meu alcance” e eu disse “Por que você não tentou se aproximar de mim?” ela disse “Você não iria aceitar, ninguém iria aceitar” e eu disse “Sua situação por acaso é mais fácil que a da Dani” ela ficou quieta me analisando “Você acha que eu rejeitaria a atenção de uma mulher deliciosa e preferiria um travesti” os olhos dela se arregalaram e ela disse “Você não teria dado atenção para mim, não daria certo” e eu disse “Por
que?” ela disse “Por que eu sei” e eu falei “Estamos abrindo o jogo aqui Ana, abra o jogo” ela disse “Eu simplesmente sei” eu disse “Você nem tentou.” Ela ficou em silêncio, seu olhar denunciava seu desespero, eu completei “Você se julga melhor que sua irmã?” ela disse petulante “Qual?” eu disse “A Dani” ela disse “Muito mais, eu não tenho problemas na cabeça, não sou homossexual, sou mulher de nascença, sou digna e não saio com homem casado” e olhei-a com reprovação e ela disse “Essa vez não conta” e eu disse “Deixa eu entender, sua irmã, Danielle, não aceitou como era, mudou o próprio corpo para ser feliz, veio atrás de mim e me conquistou, passou por diversos problemas, inclusive um tiro na cabeça que a fez esquecer tudo o que já tinha vivido, mesmo assim voltou a ser quem era, me reconquistando e seguindo seu objetivo que é viver e amar. Você se julga melhor que essa mulher?” ela gritou “Ela não é mulher!” eu gritei mais alto “Ela é mais mulher que você” seus olhos se encheram de lágrimas e ela disse “Era eu!, era para ser eu a sua esposa, era para nós dois estarmos casados, estarmos transando todos os dias de nossas vidas, não essas vagabundas” e começou a chorar com força, eu disse “Para de chorar” ela me olhou e eu tive pena, ela se cobriu, como se estivesse com frio e eu disse “Vista sua roupa” ela não disse nada eu falei “Você vai mesmo contar para todos?” ela disse “Depende de você” e eu disse “O que você espera depois de contar a todos? Que eu venha de braços abertos para você e vamos viver felizes para sempre?” ela olhou para o painel e seus olhos se moveram analisando o radio, era óbvio que ela não tinha uma resposta para isso.
Me recompus e tentei fechar minha camisa, mas alguns botões estavam destruídos, tentei sair do carro e ela me pegou pelo
braço “Não vá, por favor, eu te amo” eu disse “Você teve anos para falar isso, teve diversas opções no decorrer dos anos, mas escolheu a mais fácil” ela saiu do carro também, estava completamente nua e disse “Você não entende” e me virei e disse “Explique” ela disse “Eu sou médica, formada, apesar de exercer dermatologia eu sou uma médica, quando você e… a Dani foram baleados eu corri para ajudá-los mas ninguém deixou, era como se eu fosse uma leiga, lutei contra a multidão e prestei os primeiros socorros para vocês dois, ninguém nunca fala nisso, eu arrumei uma clínica para sua namorada homossexual ser operada, vocês são ingratos comigo” e eu disse “Ana, entenda, se você faz uma boa ação esperando que alguém retribua a boa ação você não deveria nem ter começado” eu fui saindo e me surgiu uma dúvida, voltei e ela estava em pé me olhando, seus seios firmes, provavelmente era silicone, pois na sua idade não estariam tão firmes assim e eu disse “Por que você foi para o Canadá quando Dani voltou a ser Daniel” ela disse “Eu queria me certificar que ela não voltaria, mas não consegui, o amor dela por você era muito grande, talvez seja maior que o amor da Christiane”.
Apertei um botão verde com uma seta para cima escrito “Abrir” o portão começou a se abrir e eu fui saindo, ouvi ela chorando, iria deixá-la ali, ela veio atrás de mim, nua no meio do pátio e disse “Eu vou contar” eu disse “Você já estava decidida a contar de um jeito ou de outro” ela ficou quieta eu me afastei e ela disse “Eu te amo, não se vá, vamos conversar” eu disse “Não Ana, você já disse tudo que tinha pra falar”, olhei-a de cima e baixo, ela era uma mulher deliciosa, mais velha, experiente, linda e gostosa, passei pela portaria e vi ela voltando para o carro e rebolando pelo andar apressado,
paguei a conta da estadia, sai andando pela calçada atordoado, minha vida como eu conhecia estava prestes a acabar, pensei em diversas hipóteses, o que eu deveria fazer e cheguei a uma conclusão, eu deveria reunir Táta, Christiane e Danielle imediatamente para contar o que aconteceu, dizer para elas o que estava por vir.
Ouvi um barulho característico de um arrastar de pneu de carro, olhei para o lado e um carro branco vinha em minha direção, eu estava no meio da rua, senti meu corpo ser arremessado para o alto, não doeu, senti um alívio na verdade, tudo se apagou.
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